Caminhavam lentamente pelas ruas de Tanigakure, uma chuva miúda começava a cair na vila, Vitan não sabia para onde ia, simplesmente vagueava em busca de algo que nem ele sabia bem o que era, a chuva molhava o chão, trazendo á superfície desagradáveis odores, que intoxicavam o ar, mas não incomodavam Vitan, alheio a tudo o que o rodeava, perdia-se numa Tanigakure cheia de vida e cor.

- A culpa á minha… tudo isto, ficou assim por minha culpa. As flores, as hortas, os animais… as pessoas, desapareceu tudo. – Um relâmpago interrompeu os pensamentos de Vitan.
- Temos de ir Vitan, esta a levantar-se uma tempestade, não podemos ficar muito mais tempo.
- Ainda não, ainda é cedo.
- Já sabia… - Pensou Murimoto, assentindo em silêncio.

A chuva tornou-se mais intensa, os relâmpagos inundavam os céus, e Vitan continuava sem rumo, cabisbaixo.

- Isto já me começa a meter nojo! Tanta procura para nada, nem sequer sei o que procuro! Para que tudo isto, para que? O que é que eu ca vim fazer? O que? RAIOS! – Gritava Vitan para os céus. Murimoto limitava-se a observar tudo aquilo.
- Estou tão perto de encontrar, mas porque não consigo, porque…? – Vitan caiu sobre os joelhos, com a cara inundada em lágrimas. Batia com as mão no chão, tentando expulsar toda a confusão e indecisão que percorria no seu ser, de repente algo cai do seu bolso, era a foto de a pouco. Pegou nela, eram os seus pais, olhavam para ele com felicidade nos olhos…
- Pai..Mãe… espera ai! O que é aquilo lá atrás?
- O que? – Diz Murimoto aproximando-se.
- Isto. – Diz Vitan apontando para uma pequena estrutura no fundo da foto.
- Parece uma espécie de altar…
- Altar… - Vitan saiu a correr desenfreado, seguindo um instinto inexplicável, não fazendo a mínima ideia onde era o altar.
- Espera! – Diz Murimoto, mas em vão.

A tempestade estava pior que nunca, Vitan ensopado, saltou para o topo de uma casa, de onde viu novamente a esperança.

- Ali está ele. – De telhado em telhado aproximou-se do altar, era um estrutura em pedra branca e madeira de carvalho, 3 pilares erguiam-se aos céus, enquanto outros 3 estavam destruídos e caídos no chão, não havia telhado, permitindo à tempestade corroer a pedra e ensopar a madeira. Vitan subiu silenciosamente a escadaria que dava acesso ao altar, Murimoto acompanhava-o na subida, o som do ranger da madeira inchada pela chuva era irritante, e os nervos de Vitan estavam à flor da pele.
- Espero bem que encontre algo aqui, senão faço o mesmo que aquele rapaz de Suna fez…
- Eh, tem calma pá…

O altar tinha a forma de um quadrado, de aproximadamente 10 por 10 metros, não era nada de especial, constituído por um pequeno local de oração no centro de um grande círculo meio apagado de 10 metros de diâmetro, com alguns símbolos a preenche-lo.
Vitan aproximou-se de um pequeno bloco de pedra, onde se executava as orações, ajoelhou-se á sua beira, colocou as mãos sobre ele, fechou os olhos, e pediu com toda a sua força que algo acontece-se naquele momento… e aconteceu. Um gemido frio preencheu o ar, seguiu-se um silêncio assustador, passos, muitos passos ouviam-se a aproximar, por entre as casas, uma visão tenebrosa vez Vitan e Murimoto engolirem em seco. Os esqueletos da vila haviam ganho vida, avançavam lentamente na sua direcção, gemendo, em dor e sofrimento, á sua frente, dois vultos, estes humanos, lideravam o pelotão. O exército de esqueletos parou em frente à escadaria.

- Finalmente chegastes… - Disse Murimoto.
- Sim, tivemos de manter alguma distância. – Respondeu o homem que liderava o pelotão.
- Mas não havia necessidade de este aparato todo. – Murimoto deu uma gargalhada seca.
- Nunca se sabe o que poderá acontecer, e eu gosto do elemento surpresa.
- Nem sei porque me obrigas-te a trazer o gaiato aqui, sabes tão bem como eu que ele nunca encontraria nada aqui.
- O que? O que esta a dizer Sensei? – Perguntou Vitan confuso.
- Sensei? Não sejas idiota. Nunca foi minha vontade ser teu Sensei, fazia tudo parte do plano.
- Que plano? – Vitan estava confuso.
- Deixa que eu explico Murimoto. – Os dois homens avançaram lentamente sobre a escada. – O nosso plano é simples, usar-te para obter o poder das tuas almas. Um poder tão misterioso e poderoso como o próprio Shinigami, um poder capaz de talvez destruir vilas inteiras. Mas claro, esse poder nas mãos de um gaiato como tu, provavelmente iria acabar por ser desperdiçado, por isso precisas de alguma orientação, precisas de alguém que te ensine a usar esse poder, para os fins a que esta destinado.
- Nunca! Estes poder é o legado que esta vila me deixou! Não preciso que me digam o que fazer com ele! E como é que sabe da sua existência?
- O Murimoto sempre soube, foi só uma questão de tempo até ele me comunicar.
- Agora não sejas parvo, e entrega-te! – Diz Murimoto dando um murro em Vitan.
- Você… enganou-me… - Diz Vitan levantando-se agarrado à cara.
- Ahaha, foi tão fácil fazer-me passar por teu amigo. Eu odeio-te!
- Mas porque?
- Eu nasci nesta vila, tal como tu! Quando nasces-te toda a vila falava de ti, de como havias nascido sem alma, e em como deveriam fazer algo. Foi então que decidiram realizar aquele Kinjutsu. Mas nem todos estavam a favor, os meus pais sempre acharam isso uma estupidez, e sempre se opuseram à ideia, mas foram obrigados a cooperar, pois toda a vila estaria presente. Com receio que algo acontecesse fecharam-me em casa, para que ficasse em segurança… quando saí, toda a vila estava morta, os meus pais estavam MORTOS! E tudo por tua causa! – Murimoto ia a correr na direcção de Vitan quando o homem o segurou.
- Tem calma Murimoto. Não é momento para vinganças.
- Sim senhor Antetsu.
- Agora, Vitan anda connosco, será melhor para todos, não queremos magoar-te.
- Nunca! Vocês metem-me nojo! – Disse Vitan cuspindo para o chão.
- Parece que terá que ser a mal! – O homem começou a fazer alguns selos, mas foi interrompido por um trovão que caiu entre os dois.
- Já não era sem tempo… Hiagushi. Finalmente sais-te do teu esconderijo, seu cobarde. – Disse Murimoto numa voz fria, como se sempre soubesse da sua presença.
- Vitan estas bem? – Disse Hiagushi.
- Sim… ainda bem que chegou a tempo.
- A quem devo a honra? – Perguntou Antetsu.
- Não interessa, nunca tocarás num fio de cabelo deste rapaz!
- Não teria tanta a certeza… - De repente o exercito de esqueletos começou a subir as escadas, mas um estrondo de aço a bater em osso ouviu-se por entre a multidão. 4 Jounins de Kumogakure estavam misturados por entre os esqueletos e começavam agora a reduzir um por um os esqueletos a pó.
- Vejo que trouxe reforços…
- Prepara-te! – Disse Hiagushi á medida que um Jounin e um Chunnin apareciam a seu lado.
- Murimoto, Kuja… não tenham dó nem piedade, matem-nos da forma mais cruel que vos ocorrer.
- Sim. – Disseram os dois em coro. Os seis ninjas colidiram no ar, com a tempestade era difícil a Vitan perceber o que se passava. Foi então que uma voz lhe chamou à atenção.
- Só nós ficamos sem adversário… - Um rapaz mais ou menos da sua idade aproximava-se lentamente. Era da sua altura, tinha o cabelo negro pelo ombro, os olhos vermelhos brilhavam por entre a escuridão.
- Quem és tu? – Disse Vitan com a voz trémula.
- Chamo-me… Ankuko.

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Tcham, Tcham, Tcham! Desta não estavam à espera? Espero eu
Pois é, não é coincidencia eu ter ido para Kumogakure, na verdade, Antetsu trabalhava como espião de Kunogakure em Konoha.

Será que Antetsu irá vencer? Será que Vitan vai encontrar o que procurava? Ou apenas uam morte às mão de Ankuko.

Citação :

Não percam o próximo episódio filler, porque nós, também não!

Ankuko e Vitan lutando hehe

Agora aparecia ai o Sueji e cortava a cabeça a todos vocês enquanto estavam distraidos.

Vai haver lutas a serio, ísso é que é bom!

O "velho" Ankuko vai lutar e tudo, será o último duelo dele?

Genial!

O que me surpreende é a razão pela qual o Ankuko está do lado dos "maus"...

Muito bom mesmo! Continua assim!