< Treino N.23
AMEAÇAS
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O local era escuro e pouco fino. Mesa e bancos eram de madeira, dois deles estavam ocupados. Os múrmurios de quem os ocupava ouviam-se na perfeição dentro daquele espaço...
- Vamos começar a trabalhar... - dizia um dos homens colocando monstes de ficheiros em cima da mesa de madeira, - imediatamente...
- Tempo de actualizar a lista? - Perguntou o segundo.
- Evidentemente... faremos tudo hoje. Não podemos perder tempo...
- Vou buscar o livro. - Afirmou, levantando-se do banco em direção a uma poeirenta preteleira com alguns livros. Retirou um, não muito grosso livro de capa preta. Pousou-o na mesa. "Kiri no Myou-Sasshi" (Livro Negro de Kiri / Lista Negra de Kiri) eram as letras curvas de cor cinza com um contorno azulado que estavam na capa. - Sentou-se e abriu-o...
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Kattomy Mai
- Hey Mai! Tens feito mais missões giras com aventuras que possas contar!? - Perguntava Suzimi.
- Eh, conta! Talvez posssam vir a ser matéria na história shinobi no futuro! - Exclamou Sonya, revelando o entusiasmo pelos seus estudos.
- Hehe, ah, nada de mais, dúvido que alguma delas seja importante o suficiente para aparecer nos livros...
- Huh!? Não digas isso... - Sonya tentava puxar pela sua amiga shinobi. - Hey, por exemplo, daquela vez que ouve um ataque à vila, estiveste envolvida. Esse ataque pode ficar muito bem registado nos livros!...
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- Vamos começar pelos "antigos" talvez... - Sugeriu o que tinha o livro à sua frente, já com uma caneta na mão e um frasco de tinta na mesa.
- Boa ideia, risca os nomes dos que morreram.
O tipo molhou o bico da caneta na tinta e começou a fazer um traço por cima de alguns dos nomes que estavam na primeira página. Enquanto tiscava murmurava:
- Momochi Zabuza... Eliminado!... Kurosuki Raiga... Eliminado!... - Antes de passar para o próximo interrompeu-se lembrando-se de dados importantes. - Falando de Raiga, e quanto aos outros dois relacionados, Ranmaru e Kakashi, não, Karashi penso que era esse o nome.
- Segundo o que sei, a situação de ambos está plenamente controlada, não são uma ameaça...
- Narokoto... - voltou a olhar para o livro e a riscar outros nomes.
- Hm... membro da Akatsuki, Hoshigake Kisame...
- Hoshigake Kisame... AMEAÇA!
- Hmm... Penso que para ser mais fácil, é mesmo colocar toda a Akatsuki como uma ameaça.
- Definitivamente...
Um bater de porta interrompeu-os. A voz feminina do outro lado foi-lhes familiar e eles permitiram a sua entrada.
- Novidades?
- Hai, encontrei dois "recrutas" perfeitos. - Disse ela num tom satisfeito e prometedor.
- Como perfeitos?
- Pelas ideologias, capacidades, personalidades, entre outras características...
O tipo que tinha alguns ficheiros nas mãos silenciou-se e olhou para ela uns segundos. Depois voltou a falar-lhe:
- Um deles é de plena confiança minha. Está um pouco farto do mundo e não hesitou em aceitar o convite. Concerteza será uma boa ajuda para combater todo o tipo de inimigos, sendo que amigos, para além de mim, não tem muitos...
- E o outro!?
- É um shinobi caminhante que deambula de vila em vila tentando adquirir novos conhecimentos. É jovem e utiliza uma técnica itneressante. Já foi mercenário, ladrão, entre outras ocupações, tudo apenas para aumentar a sua experiência e conhecimentos pessoais. Também não foi capaz de recusar a proposta... Além do mais, ambos são bons espadachins. Aliás este rapaz utiliza também técnicas parecidas com um dos nossos...
- Hmm... Confio em ti, mas jovens são questionáveis...
É nesse momento que um outro indíviduo bate na porta de madeira aberta interrompendo a conversa.
- Trago notícias importantes... - Os dois que estavam sentados franziram os sobrolhos. - Estam relacionadas com Iwakagakure.
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Kattomy Mai
Os quatro saíam do restaurante de barriga cheia.
- Ahhh que bom! - Exclamou Sonya, satisfeitissima com a refeição.
- Hehe, ainda bem que gostaram. Sempre apreciei a comida deste local. - Disse Kosuke.
- Muito bom mesmo, sobretudo sendo de graça! - Dizia Suzimi. - Mai o teu sensei é fantástico, não só é giro como é simpático!
- Eh, suponho que sim. - Concordou Mai subtilmente enquanto via Kosuke corar ficando um pouco embaraçado.
- Ah Suzimi, não digas isso que a Mai fica com cíumes! - Sonya apimentava a conversa numa brincadeira.
- Baka!! Não digas asneiras! - Mai corou também, ficando ainda mais vermelha que o seu sensei.
- Vah, vah, pronto, ainda bem que gostaram do jantar, mas eu agora estou de saída, até uma próxima!
Kosuke foi-se embora, e pouco depois as três separaram-se também indo cada uma para a respectiva casa...
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- Hmmm... interessante... - murmurou ao ouvir as novidades trazidas pelo companheiro. Depois olhou para a mulher preparando-se para disparar alguma súbita ideia. - Já sei como colocar o miúdo à prova! Envia-o a Iwakagakure, ele que se precavenha, sobreviva e regresse com notícias.
Ela fez um sorriso confiante:
- Wakarimashta... de certeza que ele irá dar conta do recado.
Fazendo pequenos gestos com a cabeça, os que estavam de pé sairam fechando a porta atras de si, deixando a sala para os dois que lá estavam inicialmente.
- Parece que estamos perante mais uma ameaça para colocar no livro. - Afirmou já escrevendo algo.
- É...
Enquanto escrevia, o tipo continuou a falar:
- Esta situação lembrou-me também de um outro pormenor... A ANBU e o Mizukage concerteza irão também começar a tomar certas medidas... afinal de contas, como os deveremos ver!?
O tipo que segurava os vários ficheiros largou-os na mesa e colocou-se numa pose pensativa...
- Okashii, agora, Mizukage-sama, apresento-me aqui com uma proposta.
- Fala!
- Sou membro da mais conhecida elite de Kiri, venho pedir permissão para erguer de novo a organização, nesta altura em que a vila sofreu uma mudança de Mizukage. ...que tipo este... não gosto da cara dele, demasiado jovem... demasiado moderna... Gostaria de saber se aprovam a elite em concordância com o vosso sistema, ou seja, de acordo com o "nosso sistema".
- Sei do que falas, não aprovo.
- Nani!?
- Não só não aprovo, como exijo que apague essa ideia da cabeça. Conheço bem os idiais dos Espadachins da Névoa. A elite a que te referes tinha como fim eliminar as possíveis ameaças a Kiri, até aí tudo bem, mas os métodos que usam são demasiado radicais. O vosso movimento procura eliminar as ameaças e evitar que novas surjam, para isso lançam ataques pouco racionalizados e... no fundo, ao tentar terminar com as ameaças acabam por criar novos inimigos e novas ameaças para a vila, temos vários exemploes de...
- Páre imediatamente! Não ouze sequer usar esses nomes como exemplos. Apesar de tudo a nossa elite foi a mais respeitada de sempre na história de Kirigakure. O funcionamente que planeias dar irá aumentar as possibilidades de ataque e apróximação à vila...
- Não quero nem mais discutir isto! A ANBU, em conjunto comigo, iremos dar à vila a protecção necessária. Não me obrigues a considerar-te a ti ou a vós como uma possível ameaça. Aliás, que esse "vós" não volte a existir, ou serei obrigado a dar-lhe um fim pessoalmente! Entendido!?
- Pftt... Wakkateiru... São todos iguais afinal de contas. Este ainda é pior que o outro...
Após ter recordado as memórias de um diálogo que tivera, respondeu por fim ao companheiro que estava imóvel com a caneta a alguns centímetros do papel, exitante sobre o que haveria de escrever, ou se haveria de escrever ou não:
- Okashi, Mizukage-sama... AMEAÇA!
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