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O Inicio do Fim
Passaram-se quase vinte e quatro horas desde o encontro dos comandantes com o Tsuchikage. Keitaso, o unico que ficara de vigia ao Tsuchikage, seguia-o pelo meio da cidade, semi-deserta. Sempre atento ás palavras que dizia, o Kage de Iwa tentava, quase forçosamente, evacoar a cidade. Expulsou cidadões, enviou gennins para missões a outros paises entre outros. Muitos duvidavam de tais acções do Kage, tão ensasatas e repentinas.
-- Bem – dizia Keitaso puxando de um relogio do seu bolso. A rua encontrava-se deserta. Lojas fechadas, restaurantes encerrados, casas vazias. – fizeste um bom trabalho Kage. – dizia Keitaso sorridente enquanto mudava para a sua forma habitual. As roupas como se absorvidas davam origem a um tecido mais negro e solto que o cobria todo.
-- Falta quanto tempo? – perguntava o Kage levando ligeiramente a mão ao cabo da espada.
-- Pouco. Menos de três minutos. – dizia Keitaso olhando para o relogio novamente. No vidro o reflexo de um Sol fazia-se notar. Um Sol fraco como se á espera da noite. Keitaso olhou para o céu fixamente. Notava-se uma ligeira sombra á sua volta, algo raro mesmo para Keitaso. Desviou o olhar para o Kage, começando logo um processo rápido de cicatrização de ter olhado tão prolongadamente para o Sol.
-- Parece que a invasão está quase a começar e como o meu trabalho está feito, acho que estou no meu direito de te “soltar”. – O Kage olhou rápidamente para Keitaso. Estava á espera de um golpe final naquele momento. Nesse instante viu Keitaso a virar-lhe as costas e a desaparecer rápidamente. O Kage correu imediatamente para o centro ANBU para explicar toda a situação. Teria de ser rápido.
-- Falta quanto tempo?
-- Menos de trinta minutos antes do eclipse. – respondia-lhe o homem. O Sol e a Lua encontravam-se quase posicionados no mesmo local...
-- Está quase...
Ao lado da mulher e do homem caminhavam cópias suas de cristal. Eram copias imperfeitas, com aspecto de cristal mas que possuiam uma pequena amostra dos lideres e possuiam o conveniente de poder sair daquele mundo que os mantinha prisioneiros. Aquelas multiplas copias atravessavam o espelho e chegando ao mundo real aglomeravam-se para formar alguns portais que os levariam a Iwagakure.
-- Falta menos de um minuto! – gritava Desu. – Quero todos no seu respectivo lugar!
O Kage corria o mais que podia para chegar ao esconderijo da ANBU. Ao seu lado já dois ANBU’s encontravam-se a ouvir tudo o que o Kage sabia.
-- Cinco, quatro, três, dois... – Desu fazia a contagem decrescente. No perfeito silêncio a sua voz ecoava pela enorme sala. – Um... – Dito o ultimo número um pequeno exercito de ninjas entravam nos espelhos, um a um , mas muito rápidamente.
O céu de Iwa ficou momentaneamente envolto numa luz purpura-prateada, á medida que feixes de luz da mesma cor inundavam aquela aldeia ninja.
-- Merda... tarde de mais... – dizia o Kage. – Tu! Avisa o resto do esquadrão ANBU e tu encontra todos os ninjas que aqui ficaram. Quero todos, TODOS, a defender esta cidade. – dizia o Kage bastante exaltado. A sua incapacidade de ter retaliado tinha-se acumulado e agora finalmente podia dar porrada aos primeiros que aparecessem á sua frente.
-- Com que então esta é que é Iwagakure no Sato, hmm? – exclamava uma mulher de cabelos azuis. – Parece que estás de volta a casa, certo campeão? – perguntava ela a um ninja bastante alto moreno. Este não lhe respondeu.
-- Encontrei uns! – exclamava alguem. – São só dois! Podemos com eles!
Os dois ninjas da Karasuemo nem tiveram tempo de procurar de onde vinha á voz. No momento a seguir estavam a ser inundados por Shurikens, Kunais e outros explosivos. Ambos só tivereram tempo de fazer um selo. Depois de tantas armas arremessadas tinha-se erguido do chão terroso de Iwagakure uma nuvem de pó, que cobrira-os.
-- Apanhamo-los? - perguntou um dos ninjas. O seu escalão não devia ser maior que o de Chunnin, assim como quase todos os restantes do grupo. Visivelmente assustados com esta subdita invasão, deveriam-se ter organizado mal e todos os seus movimentos eram previsiveis.
-- Isso doeu, sabiam?! – dizia a voz de uma mulher.
A poeira acentou surpreendendo todos os Iwagakurianos. Ambos os ninjas encontravam-se quase nos mesmos locais. O ninja masculino não tinha nem um arranhão. Parecia impossivel. Por contrário a konoichi tinha a roupa e a pele rasgada mas nada de sangue.
A mulher fez mais uma sequência de selos e todo o seu corpo tornou-se água, mas manteve a mesma pose e postura que antes tinha. No seu interior podia-se observar um grande aglomerado de armas que foram lançadas pelos ninjas da pedra. O homem movimentou-se um pouco dando um forte murro no chão. A terra fendou em direcção aos ninjas adversários e estes perdiam o seu equilibrio. Parecia um mini tremor de terra. A mulher aproveito para terminar o combo. Com um movimento rápido e solto, um movimento bastante “liquido”, percorreu o campo de batalha colocando-se no meio dos ninjas. Com um giro rápido sobre o seu corpo, pequenos braços de água puxavam e arremassavam as mesmas armas que os ninjas tinham atirado. Não passou muito tempo até que o pequeno grupo de ninjas tivesse sucumbido...
-- Eles parecem percorrer a cidade a pé em pequenos grupos de dois ou três membros. Não mais do que isso. – Um ANBU comunicava o que conseguia ver do topo de um telhado.
-- Tens de lhes dizer tambem para terem cuidado com aqueles que andam sozinhos. Ouvi dizer que esses é que são os perigosos. – disse uma voz por detrás do ANBU. Este deu um salto rápido e pus-se em posição de defesa. Á sua frente encontrava-se um homem de cabelo ruivo. Vestia um longo casaco negro que lhe cobria o corpo. No tronco não tinha nada vestido, apenas o casaco.
-- Quem és tu? – perguntava o ANBU. A mascara abafava e camufulava a sua voz.
-- Como é para ti podes me chamar de – fez uma pausa – Desu (Morte). – Quando disse o seu nome puxou do seu casaco. Este transformou-se num misto negro e pesado que envolveu rápidamente a cena de batalha.
-- Ninjutsu ou Genjutsu? – perguntava o ANBU.
-- Chakra. Chakra puro. Nunca fui muito bom com nenhum dos dois se precisas de saber.
Mesmo com a mascara podia-se notar a respiração ofegante do ANBU e o seu espanto.
-- Bem passemos ao que interessa que eu tenho mais gente para matar. Sabes não és só
Nem acabou a frase quando o ANBU se colocara ao seu lado com a lamina de uma espada. Desu ficou admirado com a sua rápidez e foi graças aos seus rápidos reflexos que não sofreu um golpe maior. A espada tinha-lhe cortado um pouco o seu braço esquerdo. O golpe era grande o que fazia com que o ANBU sorrisse por dentro.
-- Estou admirado. – disse Desu. Mesmo no meio de tanta sombra conseguia-se ver os dois. As mãos de Desu ficavam lentamente negras até formarem uma espécie de luva comprida que lhe percorria os seus braços. – Agora sim, começa a acção. – dito isto aponta a sua mão direita para o peito do ninja, projectando uns longos dedos que o trespassam rápidamente e sem nenhuma dificuldade.
-- Tiveste sorte. Tentei evitar o teu coração. – dizia Desu com um sorriso nos lábios. – Mas a dor ainda não acabou. Ou não, essa começa agora!
O ANBU sentia o seu chakra a ser sugado, ou melhor devorado a uma velocidade estonteante. Começava a sentir-se fraco. Olhou para Desu e tentava agarrar na espada que tinha nas costas. Nesse momento o nevoeiro ganhou forma humana, agarrando-lhe a sua mão gentilmente mas com força. Tinha a forma de uma mulher de cabelos loiros-negros e olhos azuis escuros. Só de olhar para aquela jovem mulher o ninja ficou calmo. Seria efeito da mulher ou do seu chakra estar a ser devorado. Ganhou forças e olhou novamente para Desu. A sua cabeça não conseguia subir mais que á altura do seu ombro. Foi ai que observou. O golpe que este tinha feito a Desu estava a desaparecer, a curar-se com o seu proprio chakra.
-- Agora percebo *cof* o teu nome. –disse o ANBU tossindo antes de perder os sentidos. Desu deixou-o cair fortemente no chão.
-- Nem sabes de metade dos meus poderes, mortal... – e despareceu levando o nevoeiro consigo procurando novas vitimas.
O ceu escurecia rápidamente. Um eclipse dava um ambiente sinistro e macabro á invasão. Já estava quase no fim, e já tinha iluminado o caminho da Karasuemo no seu longo caminho de destruição.