Depois do longo e intenso treino, Katsuo voltou a entrar na casa da sua avó. Estava a ficar tarde. O brilho do sol começava a ser substituido pela escuridão da noite e Katsuo achou por bem voltar para casa.
- Está a ficar tarde... – disse Katsuo para a sua avó. – Vou voltar para casa.
No momento que se levantou, uma dor percorreu a sua perna, o que fez com que Katsuo estremecesse e voltasse a cair para trás Apesar de não ser muita, era o suficiente para o fazer cair de novo no banco onde estava sentado. A ferida que fez para se safar do genjutsu permanecia, sem ter sido tratada de modo algum. Possivelmente, podia ter começado a infeccionar.
- Acho que devias ficar aqui até amanhã – aconselhou Sayuri. – Tomas um banho e, de seguida, trato-te dessa ferida.
Sayuri tinha poucos conhecimentos médicos, mas também não era preciso um grande ninja médico para tratar de uma ferida como aquela. O corte não era profundo. A infecção era o que fazia Katsuo estremecer de dor sempre que fazia esforço naquela perna.
- Mas esta é a única roupa que tenho comigo. Não vou dormir com isto! – exclamou Katsuo, não vendo maneira de como dormiria ali.
- Vou a tua casa e peço ao teu pai para me dar a roupa que precisas. Enquanto isso, vai tomar banho.
- Não sei se me sinto muito confortável a despir-me aqui... – confessou ele num tom baixo, quase sussurrando.
- Mesmo que visse alguma coisa, não era algo que não tivesse visto antes... – respondeu Sayuri com um pequeno sorriso e ar de gozo.
- Acredita que não. Desde esse dia, cresci em todos os aspectos – afirmou o jovem, com a mesma cara de gozo, mas um sorriso ainda maior.
- Vai lá tomar banho. Até eu voltar, tens mais do que o tempo necessário para o fazeres!
Katsuo assim fez. Enquanto estava ainda no banho, a sua avó voltou e deixou a roupa que trouxera da casa dele na porta do quarto de banho, para que o jovem pudesse depois vesti-la. Avisou Katsuo que a roupa lá estava e dirigiu-se para o seu quarto.
Katsuo abriu lentamente a porta, ainda desconfiado de que a velha pudesse tentar alguma coisa. Depois de o ter posto a treinar daquela forma, ele tinha a certeza de que a velha não batia bem. Ao ver que não havia sinal dela, pegou rapidamente na roupa e fechou-se de novo no quarto de banho.
Com a sua roupa de dormir vestida, Katsuo saiu do quarto de banho e, logo de seguida, a sua avó começou a tratar-lhe a ferida no seu quarto. Apesar de estar a sentir dor, Katsuo não fazia um único som que o indicasse. Não queria dar motivos de gozo à sua avó.
Visto só haver um quarto naquela casa, o jovem pensava onde iria dormir. Sabia que Sayuri não era a típica velha amável, portanto não cederia o seu quarto. Foi então perguntar à sua avó onde dormiria.
- Tens várias opções – disse Sayuri. – Uma delas é o chão, outra é o tapete, mas, se queres conforto, podes dormir no sofá. Agora deixa-me passar, preciso de ir ao quarto de banho.
Assim que a sua avó saiu do quarto, Katsuo começou a explorá-lo com os seus olhos. Reparou numa gaveta ligeiramente aberta. Tinha lá um scroll. Katsuo, embora intrigado com o que aquilo pudesse conter, decidiu não mexer, pois gostava que respeitassem a sua privacidade e, para isso, respeitava também a dos outros. Pegou no cobertor que a sua avó lhe tinha deixado e dirigiu-se para o sofá, ainda a pensar sobre o que poderia estar naquele scroll. Acabou por adormecer com esse pensamento.
Era manhã e mais um lindo dia em Konoha. No entanto, Katsuo, mais uma vez, nem do desconforto do sofá saía, mas com a sua avó as coisas não funcionavam assim. Eram 9:30 da manhã quando Sayuri tentou acordar Katsuo normalmente. Este nem reagiu. Foi então que Sayuri preparou um dos seus murros para a nuca de Katsuo e acertou em cheio nesta.
-Fo**-se! – gritou Katsuo em dor, com a mão na sua nuca. No entanto, apenas comeu outro soco por usar tal linguagem em frente da sua avó. Dessa vez, nem piou, pois não queria levar mais na boca.
Sayuri, ao ver que já tinha imposto respeito ao jovem, disse para este se vestir e se dirigir para sua casa.
Surpreendentemente, Katsuo nem sono tinha. Dois socos bem dados tinham sido suficientes para despertar o preguiçoso jovem logo pela manhã.
No caminho para casa, Katsuo reparava em toda a população idosa do pequeno bairro do seu clã em Konoha. Muitos destes idosos comentavam a vida das outras pessoas e até falavam mal delas nas suas costas de vez em quando, coisa que Katsuo não tolerava. Pensava apenas que a novela da RTP tinha acabado e os velhos, a partir desse momento, deixavam de ter vida própria, por isso comentavam a dos outros. Era esse pensamento que o fazia aguentar ter de passar por aquilo quase todos os dias. Quando deu por si, o jovem estava já perto da sua casa. Ao entrar pela porta, o seu pai não acreditava no que os seus olhos viam. Katsuo a pé às 10 horas da manha?! Impossível!
Assim que Katsuo fechou a porta, Kazuya correu rapidamente para ele e agarrou a sua t-shirt.
- O que é que ela te fez, meu filho? Conta-me tudo! - gritava Kazuya, como se Katsuo estivesse a quilómetros de distância, embora não estivesse.
- Calma... - pediu Katsuo ao seu pai. – Apenas tivemos um treino, nada de mais. Podes largar-me a t-shirt, por favor?
Kazuya assim fez. Largou a t-shirt do jovem e deixou-o continuar com o que quer que fosse fazer. Começou a fazer o almoço. Não tinha grande habilidade para cozinhar, mas Katsuo era ainda pior.
- A velha é lixada, não é? – perguntou Kazuya, com um pequeno sorriso na cara.
- Como sabes? - inquiriu Katsuo, sem saber como é que seu pai tirou essa conclusão assim do nada.
- O que tu estás a ver agora nela já eu e a tua mãe vimos há muito. Os métodos dela não são os mais gentis, mas dão resultado. Fica grato por não a teres apanhado ainda nos seus bons anos, como eu e a tua mãe, senão era a duplicar!
Katsuo apenas sorriu e voltou para o seu quarto.
Nisto alguém bateu à porta. Era Sayuri. Kazuya abriu a porta para os dois conversarem.
- Espero que nao te importes, mas vou ficar encarregue do treino do Katsuo por agora – disse Sayuri.
- Não sei se é o mais acertado... - respondeu Kazuya, com um tom de preocupação. – Puxaste muito por ele, visto não treinar há muito. Se continuas a puxar assim por ele, aquilo talvez se manifeste e isso é que eu não quero!
- Não te preocupes. Tenho sempre isso em conta. Para além disso, ele é o futuro do clã. Tem de ser forte!
- Muito bem então. Deixo isso a teu cargo. Mas assim que aquilo se manifestar, está também nas tuas mãos pará-lo...
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Nota: Sim, a RTP existe em konoha! As coisa que descobrimos com população idosa. Quem diz que não existe é porque não sabe sintonizar o canal >.<.

O Kazumi vai ter que arranjar um LCD e assinar a Meo, que em Suna apanha-se mal aquilo
Este filler está mesmo LOL, ri-me tanto com algumas partes xP
Estás no bom caminho Wolf, estás a evoluir em todos os aspectos. Textos mais descritivos e mais extensos, sim senhor
Bom filler, continua assim ^^

Não sei se em Suna apanha :S, mas também queres ver a novela é?
Obrigado Sennin .

Ainda dizes que escreves mal. :C
Estas cada vez melhor Wolf, espero pelo proximo.^^

Bom filler Wolf! Faço quote ao Sennin

Fiquei curioso quanto a parte final, parece que ele em algo de especial ^^

Espero por mais ^^

Obrigado pessoal ^^, apenas não esperem muito porque nunca sai nada de especial .

SupeRaul escreveu:

Bom filler Wolf! Faço quote ao Sennin

Fiquei curioso quanto a parte final, parece que ele em algo de especial ^^

Fazes sempre quote do que eu digo, fantástico
Eu já sei o que é MUAHAH xP
Quanto ao que me perguntaste Wolf, é verdade eu quero muito ver a novela. Fiquei agarrado quando a vi na casa do Broly, por isso tenho de ver em Suna ^^

E eu aqui a pensar que vocês estavam em treino intenso....a unica coisa intensa deve de ser as voças emoções a ver a novela . Sabes porque não tive alternativa, também não é nada de mais, mas quero manter algo ainda não revelado por enquanto, espero que ajudes Sennin .

Não te preocupes, eu conto a todos em segredo
Nah, se souberem é por ti ^^

Espero que sim, mais uma vez, obrigado pessoal ^^.