Já passava alguns dias sem ver aquele brilho. Brilho situado na palma da sua mão, simbolo do Poder entre os seus, alguém que possuisse aquele rasgo de luz deliniado na pele seria de certeza alguém de um estrato superior. Não físicamente superior, em vez disso, um “ver o que mais ninguém consegue ver” tipo de poder. Liro retirava das imponentes estantes um livro, cuja capa preta com pormenores em azul, detalhadas com safiras era aberta com a junção do polegar e do indicador na mesma, mostrando uma folha completamente branca. Percorreu mais algumas páginas, todas elas em branco. Parou no meio do livro e colocou lá a sua mão que brilhava.
Uma sensação de serenidade durou durante alguns segundos, o seu corpo elevou-se no ar alguns centimetros e voltou a chegar ao chão. Tocou uma superficie diferente agora, pois tinha mudado de lugar de um momento para o outro. Escadas opacas formavam-se à sua frente, ligando-se à plataforma onde se encontrava. Caminhou durante alguns minutos e depois de ascender até ao piso seguinte os seus lábios formaram as primeiras palavras proferidas naquele dia.
- Eshaku Nushi – que por palavras comuns se traduziam por “Estou aqui.” Mas que de certa forma só poderiam ser ditas para saudar alguém de um estrato superior. O patamar de um Deus. – Temos de falar sobre Seyur.
Poseidon emergia no olhar de Liro. – Eshaku Daisei – retribuiu ele – Suponho que podemos.
- Eu sei que sabes o que Denkou quer. De que lado estás afinal? – Parecia se ter esquecido de todas as formalidades anteriores e fora directo ao assunto como falando com alguém com o mesmo poder.
- Não te dirijas a mim dessa maneira. Já não crees em mim? Posso te retirar todo o poder num piscar de olhos. – disse calmamente
- Sobre a minha alma extinta, apenas. – atacou ele através de algumas palavras
- Os interesses de Denkou precedem a própria Guerra. Eu sou apenas uma ligação entre o meio e as consequências, tirando partido de alguns beneficios. E as consequências podem ser mais graves do que imaginas se te impores no meu caminho. Eu tracei uma evolução irrepreensivel para o teu filho e Denkou é um mero obstáculo que ele irá ultrapassar para concluir a sua aprendizagem. – pausou durante um momento e voltou a projectar a sua voz épica - Vai retirar uma lição muito importante, depois disso, poderá escolher dois caminhos.
- Quais? – inquiriu o pai de Seyur
- A morte ao meu lado…Ou a morte ao teu lado. – proferiu
- Denkou irá cair! – afirmou Liro num tom mais alto do que o seguido na conversa
- Então tu cairás com ele. – reiterou o Deus – escolhe bem entre as duas opções Liro, a tua sensatez sempre foi tão grande como o teu potencial. – Liro fechou os olhos ao ouvir aquelas palavras e quando voltou a abrir estava novamente na biblioteca do clã. O livro fechava-se sozinho e a palma da sua mão parava de brilhar. Repousou um pouco sobre a consciência pergutando a si mesmo o que fazer a seguir. Lacrimejou um pouco face a tanta falta de capacidade de acção. Deixou-se cair com as costas apoiadas na parede de uma estante.
A casa do clã tinha ficado muito vazia desde há uma semana, a Mãe de Seyur levou os filhos para uma cidade escondida algures no País do Trovão, acompanhados da avó, para se protegerem da Guerra. Lá a mesma ensinava os netos a melhorar as artes ninjas que bem iam precisar para se proteger.


Seyur encontrava-se no piso inferior da mansão, em direcção à porta principal. Abriu-a e saiu para o exterior. O jardim outrora verde e cheio de vida devido à presença dos seus irmão passava agora a ser algo igualmente esbelto mas sem emoção nenhuma na alma do Chibi. Levava a sua capa da Kuroy Kumo e um traje tipico do Jounin. Calças negras, uma camisola azul escura e a sua hitayate presa à perna.
Preparava-se para enfrentar novamente perigos. Mentalizava-se que iria voltar a matar pessoas pois se não o fizesse quem morreria era ele. Sentou-se um pouco no relvado, adiando um pouco a saída para a missão. Observou o vento e a maneira como o mesmo trazia nuvens escuras para cá.
- É um sinal. – disse uma voz vinda das suas costas. – a Kuroy Kumo precisa de sangue novo. – era Liro
- Irei encontrar quem queira servir Kumo mais que tudo, durante o meu trilho na guerra certamente descobrirei essas pessoas, por poucas que sejam.
- Vai agora Seyur. Nunca baixes a guarda, deixa-te levar pela inteligência filho. Não há poder que te salve da guerra. Ouve com atenção. Tu nunca conheceste a paz nesse teu coração, a Yumi acabou por te dar um pouco da mesma. Seria bom que a visitasses.
- Talvez… - terminou ele deixando o tema de certa forma esquecido – Adeus – finalizou abrançando o pai e saindo a correr pelo portão das imponentes muralhas que rodeavam o espaço.

hmmm.... Interessante, posso dizer que tens o dom de fazer um diálogo algo extremamente envolvente e interessante, é pequeno mas satisfatório, gostei ^^

Vai ter com a Yumi! Use Protection! *hohoho*

Filler pequeno mas bom, para variar xP
Continua

Prendeste-me à tua descrição mitológica ÉPICA

O filler está awesome e reforço as palavras do Loan:

Tens uma maneira muito própria de criar
diálogo ! admiro isso!

Imaginei cada canto da tua descrição meticulosamente bem sucedida

Os meus sinceros parabéns

Podes esperar um comentário meu nos próximos fillers!

A Kuroy precisa de novo sangue

Força aí Madeira

Well.. Tinhas um ou dois pequenos erros que poderiam ser corrigidos com uma revisão.

Óptimo filler como de costuma Wood, embora sinta um pouco a falta da "quantidade" ^^
Continua, e traz um maior para a próxima! (algo me diz que me vou arrepender do pedido ^-^'')