Título: Um jarro importante.
Descrição: Um senhor afortunado de Amegakure, possuía um jarro muito valioso que lhe fora roubado, por um par de ladrões. Suspeitasse que os ladrões, não possuam habilidades ninjas. Para pior a questão, o jarro contém as cinzas do pai do senhor, se o jarro se partisse seria muito desastroso e talvez pudesse acabar pela família cortar relações com a vila. O que seria muito mau visto que são grande comerciantes para a vila. Vá atrás dos ladrões e recupere a jarra.

Participantes: Kiutchy;
Belton (Personagem Secundária)

Recompensa: 300 ryos + 1 scroll de novo jutsu + 1 ponto de cumprimento

Kiutchy levantara-se e já começara a dirigir-se ao seu ponto de encontro. Foi passando pelas ruas da vila, com o seu habitual desinteresse por tudo. Chegou a ver dois encapuzados, com vestes escuras de um estranho tecido, muito colados a correrem pelas ruas debruçados, como que a tapar algo. Devolvendo o seu olhar ao trajecto a seguir, continuou a andar com um certo desprezo por tudo o que via.

Passados minutos apresentava-se diante do maior edifício de Amegakure, o local onde vivia Gõu o líder de Ame. Depois de ter passado pelos guardas, que guardavam habitualmente o prédio, subiu pelas intermináveis escadas, até parar e empurrar a porta para o andar que lhe estava destinada a sala para falar com Gõu. Parou diante a porta da sala e bateu à porta. Ouviu-se uma voz dizendo que pudesse entrar. Rodou a maçaneta da porta e entrou.

- Chamou-me! – Apresentou-se Kiutchy diante de Gõu e Belton à sua direita. O Gennin já começava a irritar-se de ter sempre o seu mestre na sua vida.

- Sim chamei. – Disse o líder de Amegakure, acordando Kiutchy dos seus pensamentos. – Irás executar uma missão. – Gõu fez uma pausa acentuada para enroscar melhor na sua poltrona. – Um comerciante rico chamado Nakamura Takana, possuía um jarro muito valioso que lhe fora roubado, por um par de ladrões. Suspeitasse que os ladrões, não possuam habilidades ninjas. Para pior a questão, o jarro contém as cinzas do pai de Nakamura, se o jarro se partir será muito desastroso e talvez pode acabar por levar a família Takana a cortar relações com a vila. O que seria muito mau visto que são grandes comerciantes, e ajudam a desenvolver a economia da vila. Vá atrás dos ladrões e recupere a jarra. Temos umas indicações de onde seja o covil dos assaltantes. Está tudo neste pergaminho. – Gõu moveu-se e expressou um leve sorriso. De seguida pegou num pergaminho e entregou-o à pessoa que estava a seu lado - Belton ofereceu-se para o acompanhar na missão.

Kiutchy olhou para o seu mestre com o pergaminho na mão e de seguida despediu-se do líder de Amegakure e dirigiu-se à porta seguido de Belton. Quando rodou a maçaneta ouviu Gõu desejar-lhe felicidades para a concretização da missão.

Empurrou a porta da saída do edifício. Passou pelos guardas e virou-se para trás, para pedir o pergaminho a seu mestre. Sem cerimónias este entregou-lho. Abrindo-o Kiutchy passou detalhadamente os olhos pelo mapa que assinalava o local em que viviam os ladrões da tão preciosa jarra. Depois de memorizar o local marcado com um ponto vermelho, fechou o pergaminho, voltou costas a seu mestre e saltou para o telhado da casa mais próxima. Muito rapidamente saltou de prédio em prédio dirigindo-se ao portão Este, que ficava uns quarteirões depois do local.

Passados minutos a correr e saltar, Kiutchy estava diante da suposta casa. Aquele prédio era-lhe muito familiar, do telhado da sua casa conseguia distingui-lo facilmente pela sua altura, apenas ultrapassada pelo edifício do líder de Amegakure, e pela sua estranha arquitectura que fazia lembrar a torre inacabada de uma antiga catedral. Ao longo das suas paredes viam-se grandes rachaduras, falta de tijolos, que facilitava a entrada da habitual chuva, e pequenas crateras como se tivesse sido bombardeada.

- Como deves reparar este é o edifício mais antigo de Amegakure. Foi construído como posto de vigia e foi o único edifício a sobreviver à 3ª Grande Guerra Ninja. É deveras difícil o acesso devido aos danos infligidos. – Belton avançou até ao que pareceu ser a entrada para o edifício. – Pelos visto a entrada foi forçada.

Kiutchy posicionou-se ao lado de seu mestre e deparou-se com três cadeados partidos, a seus pés, apresentavam marcas de alguma máquina laminadora. O Gennin dirigiu-se à porta de madeira em decomposição e empurrou-a. Muitos corvos guincharam de irritação por um estranho lhes ter acabado com o descanso, levantaram voo e saíram dali. O Jovem deu uns passos, ouviu um som – clic - e de repente sentiu alguém atira-lo ao chão. Embateu na pedra fria e sentiu o corpo do indivíduo que o empurrara a cair sobre si. Fosse lá quem fosse que estava nas suas costas, levantou-se. Kiutchy rodou para o lado de forma a olhar para cima e deparou-se com Belton a estender-lhe a mão, atrás das suas costas via-se três lâminas cortantes a sair da porta de onde havia passado há segundos.

- Obrigado. – Disse Kiutchy passando as mãos pelas suas vestes.

- Daqui em diante eu irei na frente, parece que os amiguinhos nos deixaram algumas surpresas. - Disse Belton ultrapassando seu pupilo. - Vamos explorar a área por aqui, depois seguimos lá para cima. – Anunciou.

O Jovem começou a estudar o local onde estava, parecia ter dado a um pequeno átrio. Tinha muitas mesas antigas e cadeiras, todas desalinhadas, no final do átrio ainda se conseguia distinguir uma escada de madeira que leva para o topo do edifício. A escada tinha muitos degraus em falta, outros partidos e os corrimões estavam a cair. Olhou para cima, mas apenas viu tecto, esgueirando-se para o lado de forma a obter uma melhor visão para cima, viu que a escada atravessava o tecto, portanto aquilo teria alguma cave ou mais patamares.

- Vamos a isto! – Disse Kiutchy para si mesmo começando a investigar as mesas mais próximas.

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Continua…

Minutos depois já haviam inspeccionado todas as mesas. Nada descobriram a não ser algumas folhas soltas e instrumentos partidos.

- Muito bem, vamos subir e ver o que há lá em cima. – Disse Belton caminhando para a parede mais próxima. - Um aviso, nenhuma pessoa sem ser um ninja conseguiria subir escadas neste estado. Portanto os ladrões devem ter no mínimo algum conhecimento de técnicas. – O Mestre parou de andar, de seguida virou-se enfrentando o olhar do seu pupilo e revelando uma expressão indecifrável continuou. - Lá em cima teremos de ser cautelosos.

Tornou a rodar e caminhou até à parede. Expressando uma figura amável disse:

- Vamos lá subir! – E com estas palavras começou a subir a parede na horizontal. Kiutchy seguiu-o até à base da antiga parede, de seguida executou o selo necessário, ajudando a concentrar melhor o chakra e começou a caminhar na parede. Colocar um pé à frente do outro, é fácil, mas na vertical quando tens de lutar contra a força da gravidade. O Jovem já o havia feito antes, mas fora sempre em troncos de árvores, andar por uma parede era a sua primeira vez. Assim foi seguindo seu mestre, pela subida.

A “escalada” demorou um pouco pois sempre que chegavam a uma parte estável das escadas, o mais jovem queria parar para descansar um pouco. Desta forma sem nenhum arranhão chegaram à porta do alçapão que daria para o novo… andar? Belton pegou na maçaneta rodou-a e empurrou-a para cima. O Mestre passou seguido do seu pupilo. Ao chegar lá cima Kiutchy apenas reparou na grande quantidade de janelas que havia, eram estreitas e longas. Depois notou que havia chegado a uma sala cheia de mesas e que cada uma delas tinha um monóculo. Parecia ser um posto de observação. De seguida olhou para seu mestre e viu-o calcar a madeira por baixo de si.

- Não sei se viste, mas isto não tem suporte a não ser as próprias paredes da torre. Portanto como já não é assim tão novo é provável que possa… desabar. – Vendo a cara horrorizada de Kiutcy apressou-se a dizer. – Se tal acontecer corre para as paredes e segura-te.

O Gennin subiu os últimos degraus da última parte da escada e fechou a porta no chão atrás de si. Clock, trc trc trc, ssshhhhiiii. Kiutchy virou-se e viu uma corda, com uma ponta incandescente e a diminuir, a outra ponta desaparecia por debaixo do chão de madeira.

- Messss…ttttt…treeee. Acho que aquilo não é bom. – Disse Kiutchy apontando para a ponta da corda incandescente.

Belton virou-se, olhou para a corda e berrou:

- SALTA E SEGURA-TE NA PAREDE!

Perante esta ordem o jovem saltou até ao tecto de pedra fria, prendeu os pés numa estranha reentrância na parede e concentrando chakra nas mãos colou-as.

Passados segundos ouviu um forte ruído. BBBBBUUUUMMMMMM!!! Olhou para baixo e viu o chão de madeira a partir-se em toda a variedade de bocados possíveis. Tábuas soltas, outras ainda coladas voaram na sua direcção. Kiutchy foi obrigado a desviar o olhar para proteger a cabeça, sentindo a madeira a bater-lhe fortemente nas costas. Mesmo assim manteve a sua posição e ficou preso naquele ponto. Segundos depois ouviu um grande estrondo indicando que o chão de madeira caíra no átrio.

Lembrando-se depois do seu companheiro, o jovem procurou por ele, mas não o encontrava em lugar algum. Olhou para baixo revelando a grande distância que o separava da terra firme. O Jovem deixou de concentrar chakra nas mãos e direccionou-o para os pés. Verificando que estava seguro começou a grande descida.

Ao longo da descida foi parando várias vezes como na subida. Depois de ter chegado ao átrio agora irreconhecível com tábuas por todo o lado, começou a procurar nos escombros levantando e baixando a madeira.

- Estou aqui. – Disse Belton assustando o seu pupilo.

Kiutchy virou-se e contemplou seu mestre sem nenhum arranhão.

- Onde esteve? – Perguntou incrédulo.

- Antes das bombas explodirem, fui ver onde eles as tinhas colocado e descobri que estavam entre a madeira, aquele piso é oco e os assaltantes serviram-se disso para colocarem bombas. Adiante… consegui pegar numa bomba, cortar-lhe a fonte de alimentação… o fio que a levaria a explodir – apressou-se a dizer perante a cara de confusão de Kiutchy. - saltar dali de cima cá para baixo, é claro que me magoei – disse olhando para a cara horrorizada do seu pupilo. – e sair do edifício.

- Pois deixou-me lá em cima sozinho. – Disse zangado.

- Aclaro que eu ia te buscar, mas reparei em particularidades estranhas no engenho explosivo e fiquei a estuda-las. Cheguei à conclusão que este engenho é um Kinjutsu originário de Iwagakure. Portanto os nossos amigos devem ser ninjas de Iwa. E estão escondidos na única casa pertencente a uma família de Iwa aqui em Amegakure. Também encontrei este estranho tecido conhece-lo? Desconfio que também seja oriundo da vila da Pedra.

Belton entregou um pequeno fragmento do estranho tecido a Kiutchy este reparou que era escuro e tinha um padrão muito estranho logo de seguida assimilou-o aos dois estranhos encapuzados que vira quando se dirigia para o edifício de Gõu.

- Lembro-me de ver dois encapuzados muito juntos e debruçados sobre algo, caminhavam muito sorrateiramente. Eles usavam este tecido no seu vestuário. – Disse Kiutchy enquanto entregava o tecido a seu mestre.

- Então já sabemos aonde ir. – Disse Belton dirigindo-se à saída da torre.

- Eu não sei. – Protestou o jovem.

- É aquela casa que tem uma loja nas traseiras e vende fogo-de-artifício para toda a vila. – Disse o mestre passando pela entrada.

- Humm…

Assim o Gennin foi seguindo o mestre até à casa e loja que vendia fogo-de-artifício.


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Continua...

Passados minutos a saltar de prédio em prédio, pararam em frente a uma loja fechada e que tinha em cima um letreiro dizendo, “Fogo-de-artifício, nós temos!” Por cima da loja havia uma casa, pequena e pacata era. Kiutchy dirigiu-se à entrada da loja e tentou a abrir em vão a porta.

- Que tal pela entrada da casa? – Perguntou Belton avançando para a esquina da direita e desaparecendo de seguida.

O Jovem seguiu-o, atravessando a esquina da casa subiu uma rua e tornou a virar à direita. Foi dar a uma rua paralela à que estava segundos antes, mas esta era composta por muros, grades, portões e ainda um pouco espaço para jardim. Abriram o portão da primeira casa, dirigiram-se às escadas de madeiras subindo para o alpendre e bateram à porta.

Esperaram mas nenhuma resposta obtiveram, preparando-se arrombaram a porta revelando um Hall de entrada, muito desorganizado. O que parecia um bengaleiro estava partido havia fragmentos de espelhos espalhados pela divisão uma perna de uma mesa fora arrancada e viam-se marcas de botas imundas que sujavam o tapete enrodilhado.

Atravessaram o hall e foram dar a uma cozinha. Do outro lado da cozinha havia umas escadas, que provavelmente dariam para a loja. Ao chegar à banca Kiutchy deu um salto. Havia ali um cadáver de uma mulher, pelo que apresentava fora porta por esfaqueamento e ao seu lado estavam várias facas espalhadas pelo chão. Ainda rebuscado daquele cenário, chamou seu mestre e atravessou uma porta indo para a outra divisão. Parecia uma sala, tinha um único sofá, mas várias cadeiras que dispostas como estavam faziam um quadrado com uma estante cheia de livros. No meio havia uma mesa de madeira, mas o tampo era de um material estranho.
Passou pelo sofá e viu um homem deitado no chão contra a estante de livros a arfar muito lentamente. O indivíduo estava vivo, mas num péssimo estado, tinha várias pisa duras, golpes e pela estrutura da perna parecia que havia fracturado o fémur. Chegando mais perto dele conseguiu distinguir algumas palavras.

- Ó meus filhos! Que foram fazer, entregaram as vossas vidas. Como pude deixar isso acontecer? – Disse ele parecendo não notar em Kiutchy que estava a centímetros de distância.

- Senhor? – Perguntou o jovem um pouco relutante.

- Quem está aí? Quem és tu? – Perguntou o senhor desdenhosamente.

- Eu sou Kiutchy, ninja de Amegakure. Senhor – Apresentou-se pondo-se de pé.

- E eu sou Belton. – Disse a voz de seu mestre, atrás de si. – Pode explicar-nos o que aqui aconteceu? – Perguntou num tom amável.

- Sim claro. Tudo por Amegakure! – Disse o indivíduo deitado, levantando um punho. – Há algum tempo atrás os meus dois filhos, têm se comportado muito estranhamente, sempre fora de casa a andar pelas ruas e quando estão em casa trancam-se no quarto. Hoje chegaram a casa com um estranho jarro e diziam que o tinham de entregar a alguém. Eu perguntei-lhes a quem. Deram-me a pior resposta possível, - Aqui fez uma pausa dramática depois olhou para eles e disse. - À minha antiga vila Iwagakure. Então iniciei uma discussão sobre as relações com aquela vila, falei-lhes que deveriam largar essa missão tonta. Falhei-lhes da honra da família. Mas eles começaram a dizer que se entregassem aquele artefacto à vila de Iwa seriam honrados e recompensados, e talvez pudessem entrar na Academia Ninja da vila. O seu maior sonho era tornarem-se ninjas, eles adoram-nos. De seguida disseram que se nós quiséssemos poderíamos voltar para a vila e viver as nossas antigas vidas. Há, viver a minha antiga vida, gosto muito mais desta aqui! Eles começaram a ficar zangados comigo de seguida um deles levou minha mulher para a cozinha e o outro espancou-me. Passados minutos parou de me espancar juntou-se ao outro e saíram de casa. É esta a história. Por favor ajudem-nos a ver o que está certo. Não os façam desonrar esta família. É este o meu pedido. – Disse o senhor, de seguida fechou os olhos e entregou-se à escuridão.

- Que tragédia. – Disse Belton. – Ficará manchada a honra desta família. Vamos embora.
Belton saiu da sala, seguido por Kiutchy. Atravessaram o horroroso hall, atravessaram a porta desceram os degraus de madeira passaram o portão e abandonaram a casa.

- Vamos atrás daqueles dois. Temos de nos dirigir para o portão Oeste, é que tem a estrada para Iwagakure. – Disse o mestre saltando para a casa mais próxima.

- O quê? Vamos para Iwagakure. – Disse Kiutchy incrédulo.

- Não, nós só queremos ir atrás daqueles dois. Antes de atravessarem para o país da Terra, porque depois já poderão ter forças inimigas a ajudare-los. - Disse Belton já saltando de casa em casa dirigindo-se para Oeste.

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Continua...

Utilizando o Shunshin no Jutsu varreram as ruas e passados minutos apresentavam-se diante do grande portão Oeste da vila da Chuva. Passaram pelos habituais Jounnins, que lhes interrogaram sobre onde iriam e de seguida fizeram-se à estrada. Muito rapidamente foram correndo pela estrada composta de pedras, que formavam padrões engraçados. Na berma da estrada a florestação rasteira abundava e alguns metros depois já se viam árvores de todas as formas e espécies. Enquanto corriam a chuva fustiga-lhes as vestes, mas como já era do seu hábito, não deram por isso.

Passados vários minutos na interminável corrida, começaram a distinguir duas formas pouco definidas devido à chuva, mas dava a entender que eram duas pessoas. Começando então a correr com a sua máxima velocidade Kiutchy apanhou os dois indivíduos passados segundos. Tinham chegado a um vasto planalto apenas com florestação rasteira, mas que mal se via face à chuva. Pegou nos capuzes negros dos dois irmãos e puxou-os para trás, o que lhes causou sufocamento e os fez parar. Segurou em cada um pelo respectivo ombro e afastou-os de modo a meter-se entre eles. Olhou para um e depois para o outro rodando a cabeça. O jarro brilhava nas mãos do ladrão da sua esquerda. Seu mestre chegou e amarrou no da direita.

Kiutchy virou o indivíduo de forma a olha-lo de frente. Tinha uns olhos azuis berrantes, a sua face era coberta por sardas vermelhas contrastando com a pele clara. O seu cabelo loiro estava cortado simetricamente deixando dividido por uma risca, mesmo no meio da cabeça.
- Entrega-me esse jarro! – Disse autoritariamente.

- Não! – Disse ele baixando a cabeça, de forma a cobrir o jarro.

O Gennin tornou a fazer a mesma pergunta, mas apenas para gastar o seu latim, porque a resposta fora a mesma.

- Então à força será! – Disse Kitchy levantando um punho.

Ouviu um estranho som de metal, e viu uma shuriken endereçado à sua cara. Desviou-se mesmo a tempo, mas ainda sentiu a energia do metal frio a passar pela sua face. Olhou para o local de onde viera a shuriken e viu duas pessoas a correrem na sua direcção. Levou a mão ao bolso e retirou umas quantas shurikens, colocou-se em posição e arremessou-as. Como já esperava o alvo esquivara-se saltando ou dando um passo para o lado. Retomaram as suas posições e continuaram a correr.

- Prepara-te! – Disse Belton retirando uma kunai do bolso.

Kiutchy fez o mesmo mas em vez de uma kunai as Aian Nakkuru. Um dos adversários tomou a dianteira, enquanto o outro se posicionava nas suas costas. Ambos continuaram a correr, mas quando apenas se distanciavam de uns metros o ninja da frente saltou e bateu com as palmas das mãos no chão. Ao faze-lo o chão tornou-se bastante solto e diversas rochas saltaram, enviando-os para trás. Depois de cair de costas no chão juntamente com uns quantos pedaços de rocha Kiutchy levantou-se na tentativa de ver os seus adversários, mas uma densa nuvem de pó e areia pairava na sua frente. Olhou para a esquerda e viu seu mestre sendo atacado de frente com uma Katana vinda da nuvem que já começava a dissipar-se. Como esperado seu mestre, muito habilmente, desviou-se da Katana e depois de esta ter passado por si, no último segundo, apanhou-lhe o cabo e espetou-a no solo.

Agora que a nuvem de pó se estava dissipando o Gennin viu o outro ninja a fugir com os dois ladrões da jarra.

- Vai atrás dele! Eu fico com este. – Disse Belton expressando uma cara determinada, enquanto começava a socar repetitivamente o seu adversário.

Começando uma correria eufórica, Kiutchy correu o máximo que os seus pés lhe permitiam, atravessou a escassa nuvem de pó em segundos, e começou a percorrer os rastos de seus adversários. Passados minutos a perseguir, muito rapidamente, os três bandidos já o Gennin começava a ganhar-lhes terreno.

Uns metros adiante Kiutchy viu os corpos dos dois irmãos, decapitados e ambas as cabeças estavam em cima dos cadáveres, mas não se via a jarra. “ Parece que eles o incomodavam demais, agora sou só eu e tu.” Pensou olhando para a pessoa uns largos metros à sua frente. Retomando a corrida, foi subindo por um colina, até perder de vista o seu alvo quando ele atingiu o cume da colina. Correu até ao local onde ele desaparecera. Movimentou-se por ali em busca de alguma pista. De repente sentiu algo puxa-lo para baixo e viu o seu inimigo debaixo do solo tentando puxa-lo para lá também. Sem conseguir travar o seu afundamento, finalmente cedeu e ficou enterrado no solo, apenas com a cabeça de fora. O seu inimigo apareceu na sua visão, visto que ele não conseguia mover o corpo. Abaixou-se de forma a encarar melhor a pessoa enterrada na sua frente de seguida disse:

- Boa sorte! – Pondo-se de pé, começou a andar e concluiu. – Hasta la vista! Haha sempre quis dizer isto!

Kiutchy não ouviu mais som algum a não ser a constante chuva, que começava a irrita-lo, criar-lhe tontura e dores. Portanto fechou os olhos para o mundo, pensando em algo. Algum tempo depois, começou a ouvir passou, então abriu os olhos tentando ver quem era. Foi retirar as Aian Nakkuru, mas lembrou-se que ainda estava enterrado. Começou a tentar rodar a cabeça, em busca de algo para se esconder, mas sem os membros do corpo era difícil tentar agarrar algo. O som dos passos aumentava, então fez o que lhe pareceu melhor para se esconder. Fechou os olhos. Depois lembrou-se que as outras pessoas o continuavam a ver. Desistindo abriu os olhos.

- Haaaaaaa! – Kiutchy fez uma pausa para recuperar o fôlego. – Que susto. Não podia ao menos chamar-me?

- Nem sabes como este momento me vai ficar gravado na memória talvez até os meus netos se riam com isto. – Disse Belton muito alegre. - Não te preocupes eu tiro-te daí. – Concluiu olhando para a cara zangada de seu pupilo.

De repente seu mestre estava na sua frente e depois o solo começou a suga-lo.

- Mestre, mestre. Ó não aquele sacana deve ter posto qualquer jutsu por aqui. – Disse olhando para todos os lados.

De repente sentiu uma mão a tocar-lhe, na barriga.

- Quem está aí? – Perguntou para as nuvens.

De repente ao seu lado a cabeça de Belton surgiu.

- Mestre, está vivo! – Exclamou Kiutchy.

- Sim, e de boa saúde. – Acrescentou o mestre.

Novamente seu mestre foi sugado pelo solo. Passados segundo o Gennin sentiu uma força empurra-lo para fora do solo, com tremenda força. Foi enviado para fora do chão como um foguete que caiu, mal atingiu dois metros de altura. Ao seu lado surgiu Belton completamente inteiro sem nenhuma parte do corpo enterrada.

- Como fez aquilo?! – Perguntou Kiutchy muito espantado.

- Apenas entrei no solo, empurrei um saco de batatas e saí. Nada de mais. – Disse Belton encolhendo os ombros. - Foste apanhado num Ninjutsu de elemento Doton. Para a próxima vez vê onde pões os pés.

- Não precisa de me chamar saco de batatas! – Protestou Kiutchy. – Hã, já é a segunda vez que me diz isso.

- Então significa que não presta atenção ao que te dizem! – Disse Belton. – Toca a mexer, temos um ninja para capturar. – Disse Belton começando a descer a colina.

- Já agora como está o seu adversário? – Perguntou o Gennin interessado.

- Está a dormir ao som da chuva. – Disse o mestre simplesmente.

Então os dois foram descendo a colina seguindo a estrada de pedra. Debatendo sobre como fora a batalha de Belton e do melhor método de combater ninjas de elemento Doton.

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Continua...

À medida que iam correndo ao longo da interminável estrada o estado do tempo ia melhorando, a chuva era cada vez menos, o tempo ia ficando mais quente e as nuvens começavam a desaparecer deixando passar raios de luz. Também a pouca vegetação que existia começava a desaparecer e era substituída por rochas ou pedregulhos que pareciam sair da terra como facas, mas sem serem afiadas.

- Penso que já devemos estar no país da Terra. – Afirmou Belton, com uma cara pensativa. - Normalmente a fronteira fica entre a chuva e o calor de cada país. Já temos mais Sol e calor do que chuva portanto, penso que devemos estar no País da Terra. – Disse apontando para o céu. - Com isto estamos em território do inimigo temos de ser cautelosos. – Agora tomou uma expressão sombria. - Pela terceira vez, vê onde pões os pés.

- Sim, mestre. – Disse Kiutchy, levando o punho fechado ao peito.

Uns minutos depois começaram a ver o adversário muito ao longe. O jovem tinha uma forte tentação de correr o máximo que conseguia, mas já estava cansado e tinha guardar forças, caso de desse um combate. Assim continuou no seu passo moderado, que era menos desgastante.

Rapidamente se apercebeu que o seu adversário estava muito cansado, pois a cada passo que davam estavam mais próximos dele. Finalmente depois de longos minutos, que mais pareceram horas, de perseguição Kiutchy estava a menos de dois metros do adversário. Percorreu o espaço que faltava entre eles, muito rapidamente e atirou-se à pessoa na sua frente conseguindo atira-la ao chão, mas o precioso jarro vou uns metros. Belton correu o máximo que conseguiu e apanhou, com grande subtileza, o jarro ainda no ar. De seguida pousou-o, no solo. Desviando a atenção do jarro, o Gennin colocou-se em cima das costas do adversário e com as duas mãos empurrou-lhe a cara contra a pedra da estrada. A pessoa debaixo do jovem desfeche em lama, sujando Kiutchy.

- Tsuchi Bunshin no Jutsu. Cria clones de lama. – Informou Belton. – O verdadeiro tem de estar perto. Procura-lo por aqui. – Disse Belton apontando todas as rochas naquele lugar. - Que eu por aqui. – Anunciou apontando para o chão.

Kiutchy abanou a cabeça a indicar que percebera, então num salto pousou sobre a rocha mais elevada daquela área. Olhou para todos os locais em redor, mas não avistava nada mais diferente que rochas e montanhas de rochas. Muito rapidamente foi saltando de rocha em rocha e revistando o local em redor da rocha. Passados segundos, viu algo ser expulso do solo. Correu rapidamente para lá e viu o seu inimigo, prendeu-o entre os seus braços e encostou-o a uma rocha, tentando aperta-lo. Logo de seguida Belton surgiu, vindo do solo.

- Entrega-nos o verdadeiro jarro! – Exigiu o mestre, para o preso, enquanto lançava uma shuriken ao jarro e este se partia em múltiplas rochas.

- Muito bem, sendo assim. – Disse a voz do indivíduo preso contra a parede de rocha.

De repente a rocha à qual estava encostado começou a suga-lo. Assustado Kiutchy largou-o, e ele desapareceu.

- Deixas-te o fugir! – Disse o mestre aterrorizado.

- Não é suposto as pessoas desaparecerem por rochas! – Gritou o jovem.

- Acalma-te eu vou procura-lo. – Anunciou Belton. - Fica aqui.

- Pois o cão de guarda, esta missão era minha! – Disse Kiutchy para si mesmo.

Kiutchy retirou as Aian Nakkuru pronto a usa-las a qualquer momento. Mas nada acontecia, então o jovem ficou parado à espera. Cada segundo passava com a sua lentidão, cada segundo um desperdício. De repente o ninja inimigo saiu disparada do solo, mas desta vez estava pronto para atacar, pois já vinha com um punho na direcção de Kiutchy. Este, muito rapidamente, desviou-se para o lado e golpeou-o profundamente no flanco direito. O ninja caiu a gemer, depois levantou-se muito lentamente. Enquanto isso o Gennin correu e pontapeou-o no nariz. Partindo-o e fazendo manchar a cara de sangue ao adversário, este levou as mãos ao nariz e tapou a grande quantidade de sangue que escorria. Kiutchy aproveitou e começou a socar repetidamente na barriga dele e finalizou com um pontapé em espiral, atirando-o ao chão. As mãos de Belton apareceram do solo e rodearam o pescoço do inimigo, começando a sufoca-lo. O Gennin e caiu em cima da barriga do adversário, com os dois pés.

- Dá-me o jarro e paro com a dor. – Exigiu Kiutchy.

O ninja cuspiu sangue para o lado e olhando furiosamente para a pessoa na sua frente puxou uma grande bolsa de couro, que estava debaixo do casaco. Abriu-a e revelou o jarro.
- Obrigado e como prometido. – Disse Kiutchy apanhando o jarro e saindo de cima do ninja. Belton também largou o ninja e apareceu à beira de seu pupilo.

- Muito bem, Kiutchy. Voltaremos para a nossa amada vila. – Disse Belton apontando para a estrada.

- Sim. – Disse saltando.

Então os dois ninjas partiram dali e deixaram o ninja entregue à Natureza. A viagem de regresso foi mais rápida, não só por os dois estarem a correr com muita rapidez, mas também que foram debatendo sobre a batalha. Ao chegarem aos portões da vila foram notificados pelos habituais Jounnins que os deixaram entrar de seguida. Muito agilmente atravessaram a vila até ao centro, o local onde ficava o maior edifício, a casa de Gõu, o líder de Amegakure. Passaram pelos guardas da casa, subiram pelas escadas até ao último andar e percorreram um corredor, até à última porta. Bateram à porta e obtiveram a resposta pelo próprio Gõu.

- Entrem.

Assim fizeram e entraram numa sala que Kiutchy nunca tinha estado. A sala era muito pouco iluminada, não fosse candelabros muito antigos, todos acesos que estavam a queimar uma substância estranha e que dava um cheiro exótico à sala. Esta era muito mais adornada, cheia de quadros de batalhas e retratos de antigos ninjas importantes para a vila. Entre cada desenho havia uma planta muito pequena, que se chamava Bonsai, que era do conhecimento de Kiutchy. Não havia mesas, nem cadeiras, apenas tapetes. Estes eram completamente invulgares com gravuras de animais místicos e padrões que nunca antes tinha visto. Ao fundo da sala havia uma grande varanda, de onde podia observar a vila. O Gennin achou aquela sala era muito mística e adorou a estranha sensação que aquela divisão lhe transmitia.

- Sentem-se. – Ouviu Kiutchy, de uma pessoa sentada num tapete, ao centro da sala.
Assim como a voz ordenou o jovem sentou-se.

- Senhor, conseguimos recuperar o jarro da família Nakamura, intacto. – Começou por dizer Belton. – Aqui está. – Pousou o jarro em frente de Gõu.

- Muito bem. Parece que cumpriram a vossa missão. A família Nakamura e a vila ficará muito grata com vocês. Aqui têm a vossa recompensa, usem-na bem. – Disse olhando para Kiutchy, enquanto entregava um saco de Ryos a cada um. – Muito obrigado e tenham um bom final de dia. – Despediu-se.

- Sim senhor. – Disse Kiutchy levantando-se e dirigindo-se à porta da sala. – Adeus.

- Adeus é para quem morre, prefiro até sempre. – Ouviu a voz alegre do líder de Ame.

- Então, até sempre. – Disse o jovem saindo daquela estranha sala.

Desceu as escadas do edifício, passou pelos guardas e foi para casa, com o bolço a tilintar a cada paço.
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FIM

Alguém pode avaliar?

Por favor, avaliem.

Eu sei que estão ocupados, mas já lá vão 3 dias!

Reservado. Hoje avalio , desculpa o atraso :S

Ninjutsu: 7,5
Taijutsu: 4,75 + 0,5 = 5,25
Kenjutsu: 6 + 0,5 = 6,5
Genjutsu: 2,25
Selos: 2,75
Trabalho de Equipa: 1,5

Força: 3,75
Agilidade: 8,25 + 1 = 9,25
Controlo de Chakra: 7 + 0,5 = 7,5
Raciocínio: 1,5
Constituição: 3,25

2,5/7


Recompensa entregue: 300 ryos + 1 scroll de novo jutsu + 1 ponto de cumprimento + 100 Ryo de "Bom Comportamento"

Humm, foi uma boa missão, bastante descritiva. Apenas nos pontos não tiveste muitos, mas deu para safar muito bem construída toda a missão, e dá para te aumentar a recompensa em 100 Ryo.

Muito Obrigado Luffy