- Shiiin! Querido! A comida está na mesa – Fazia-se ecoar com estas palavras a voz doce de Aiko por sua casa.
Sem muitas demoras, pequenos passos em corrida faziam ouvir-se no chão do corredor até á cozinha, aproximando-se rapidamente, até que começam a abrandar, fazendo Aiko olhar em direcção á porta, onde vê um pequeno rapaz moreno com cabelo loiro espetado a passar pela porta todo sorridente em direcção á mesa. Era Shin, cinco anos haviam passado, sem problemas ou complicações. Shin andava empolgado por faltar pouco para entrar na academia, e Aiko, juntamente com Bee, ensinaram-lhe já algumas coisas básicas, como lançar um Shuriken e uma Kunai, nada de especial, Bee inclusive no 5º aniversário de Shin, havia-lhe comprado um par de Tonfas, e andava recentemente a ensiná-lo a usá-los.
Shin senta-se na sua cadeira, ficando apenas a ver-se o pequeno do peito para cima, coloca de seguida os braços em cima da mesa agarrando os talheres, preparando-se para comer.
- Lavas-te as mãos meu menino? – Pergunta a mãe enquanto colocava a comida na mesa e servia os pratos de ambos.
O rapaz rapidamente acena afirmativamente com a cabeça, enquanto espera pelo seu prato estar cheio, atacando rapidamente a comida, mas sem sucesso, pois a mãe tira-lhe o prato da frente, fazendo Shin espetar o garfo na mesa.
- Deixa-me ver bem as tuas mãos – Pedia Aiko, enquanto Shin sorria para a mãe tentando esconder as suas mãos – Eu pedi para ver as tuas mãos meu menino – Insiste Aiko, com um olhar ameaçador, intimidando Shin, que se levanta rapidamente em direcção a casa de banho para lavar as mesmas.
Quando volta, vai até á mãe e estende as mãos – Aqui está mamã, limpinhas, posso comer agora? – Pergunta o rapaz com uma inocente e esfomeado.
- Vá vai lá sentar-te – Diz a mãe enquanto coloca o prato de novo a frente do rapaz.
Rapidamente Shin terminou a sua refeição, e levantou-se da mesa, colocando a sua louça para lavar e correndo para o seu quarto, mas não demorou muito tempo até este voltar á cozinha.
- Mãe! Onde estão os meus Tonfas? – Pergunta o rapaz á mãe com medo de os ter perdido.
- Nunca sabes onde pões as coisas seu tolo – afirma a mãe ao acompanhar o rapaz até ao quarto, e como qualquer mãe, sem perder muito tempo, debaixo da cama do rapaz, puxou os Tonfas.
- Mas eu procurei aí mãe – diz o rapaz embasbacado após ver a sua mãe retirar as suas armas debaixo da cama e a entregar-lhe.
De seguida ouve-se alguém a bater directamente na janela de Shin, fazendo Aiko virar a cara e assustar-se ao ver Bee com a cara espalmada no vidro, enquanto que Shin fica radiante abrindo rapidamente a janela e cumprimentando Bee, já mais alto e com um penteado diferente do que tinha á cinco anos, com um bater de punhos.
- Comé Mano Shin, Mana Aiko, tudo em cima Bros? – Pergunta Bee no meio de movimentos com as mãos, como se fosse um rapper.
- Tudo no topo Bro Bee – Responde o miúdo, numa tentativa de imitar Bee, mas Bee agarra-o, fazendo-o parar, sussurrando ao ouvido – Mano, aqui não, ainda tens de melhorar isso, percebes?
- Bem Bee e Shin, vamos a ver se vocês se portam bem, sim tu também Bee, ás vezes consegues ser pior que um miúdo de cinco anos – afirma Aiko com um olhar de repreensão, mas Bee, parecendo não lhe dar ouvidos aproximasse dela pondo o seu braço por cima dela, pois este já estava maior que Aiko – Calma Mana, tens de relaxar! Nós ficamos bem – tenta Bee conforta-la, mas sem sucesso que ao velos a sair pela janela, mantém um ar de preocupação enquanto fecha a janela.
Quando ia a sair do quarto do Shin, por baixo da porta de sua casa, vê um bilhete a passar e quando vai rapidamente a abri-la para ver quem tinha deixado o bilhete já lá não estava ninguém. Aiko fecha assim a porta e agarra o bilhete, lendo-o de seguida.
Terminada a leitura do Bilhete, Aiko agarra-o com força amachucando-o um pouco e sai de casa a correr em direcção ao edifício do Raikage.
“A” no meio de papelada, barafustava a todo o momento, “transpirava” irritação por tudo o que eram poros, e quando em mais nada conseguia pensar, Aiko bate a porta do gabinete do Raikage.
- Não me chateiem com mais papelada, já não chega ter de ser eu sozinho a tratar de tudo o que já tenho aqui – Gritava “A” a olhar para a porta com uma mão no ar cheia de papelada, enquanto que, sem hesitar, Aiko entra na mesma no gabinete, com o bilhete na mão de cabeça para baixo.
- Aiko? Mais papeis? Não ouviste o que eu disse? Já tenho que chegue! – Continuava o Raikage a resmungar sem entender a expressão triste de Aiko – Passa-se algo rapariga? Diz alguma coisa – Com isto “A” dá uma pancada ligeira no braço de Aiko para ver se ela reage, mas esta simplesmente, levanta o braço direito batendo com este no peito do Raikage entregando-lhe o bilhete que tinha recebido. O Raikage atrapalhado, agarra no bilhete e começa a lê-lo.
- Citação :
- “Olá minha querida Aiko Katsuo.
Como já deves saber, o clã do teu filho não está totalmente extinto, sim, porque eu sei que ele é um Kaguya, e tem todos os poderes daquela magnifica Kekkei Genkai, mas como eu estava a dizer, um dos meus servos, Kimimaru, ele acabou de morrer de uma doença desconhecida numa luta contra uns ninjas de Konohagakure, como já deves saber, e eu já não pude usar aquele corpo para ser o meu próximo corpo, portanto durante este tempo que ele teve adoentado eu tenho procurado outro membro do mesmo clã, pois eu tenho que possuir tamanho poder, e descobri que um miúdo, deste clã, que havia nascido a pouco tempo em Kumogakure, o que me dará tempo suficiente para poder criá-lo em cativeiro, tornando-o poderoso e fazer dele o meu próximo corpo.
Bem acabando com as explicações, tens hoje até á meia-noite minha querida para me entregares, nos portões de Kumo, caso não o faças, eu mesmo, mais os meus lacaios, faremos o favor de o ir buscar á força, e acabar com a tua vida e do resto da tua família.
Com os melhores cumprimentos,
Orochimaru.”
“A” termina de ler a carta e de seguida amachuca-o todo apertando o seu punho, e queimando o papel com a electricidade que envolveu no seu punho.
- Desculpa Aiko, eu acabei a esquecer-me de te contar acerca da morte deste Kaguya – explica o Raikage com sentimento de culpa.
- Não tem mal – Sorri Aiko – Nada me alegra mais saber que o meu marido pode ainda estar vivo, o meu problema, é o Shin, eu não sei o que fazer, nunca pensei que encontrassem o Shin – comenta Aiko.
- Pelo que percebi, hoje o Bee está a tomar conta dele certo? Portanto ele está em segurança, mesmo com aquele cabeça Oca, vamos é dirigir-nos lá, e contar o que se passa a Bee… – Sugere “A” recebendo a aprovação de Aiko com um aceno de cabeça e de seguida saem do gabinete do Raikage em direcção ao campo de treinos falar com Bee.
Pelo caminho, “A” explicou o seu plano a Aiko, deixando um grupo de jounins de Kumo mais ANBUs a observar a casa de Aiko durante toda a noite discretamente para poderem apanhar o Orochimaru sem este desconfiar de nada, devido a sua sede de poder.
Ao chegarem ao campo de treinos, ouviam o impacto entre madeira, quando lá chegaram, o pequeno Shin, cheio de entusiasmo, praticava contra um boneco de treino, batendo-lhe com os seus tonfas.
Discretamente “A” chamou Bee, e explicou-lhe todo o sucedido, enquanto Aiko foi ter com Shin dando-lhe um abraço, deixando o miúdo confuso, mas que inocentemente retribui.
Assunto: Filler01/Parte05 - A Ameaça 
Seg 12 Mar 2012 - 0:46
