Algum tempo já havia se passado desde que Hana tinha sido sequestrada e as experiências foram feitas com seu corpo, possibilitando o surgimento de uma KG especializada em cura e defesa - rejeição de fenômenos.
_ E então, dê-me o relatório da última semana. – dizia o líder da organização Nikkō (Raio de Sol).
_ Pois não senhor. Na última semana ela participou de missão em que utilizou perfeitamente os jutsus de clã e também da Kekkei Genkai que aplicamos nela, fez algum treino com antigos membros de equipe, encontrou uma amiga daquele clã Chinmoku no qual já fizemos alguns estudos, passou bastante tempo com a mãe e agora se prepara para ir enfrentar os lobos daquele ninja chamado Kiba que governa uma pequena vila. – falava o homem escondido pela capa própria da organização.
_ Hmm disse que passou bastante tempo com a mãe... fiquei tão empolgado com os poderes de Hana que todas as vezes que falava sobre Misaki eu não percebia. Se apronte, partiremos em 1h. - falava o líder para seu espião que foi pego de surpresa, o cientista que estava por perto acaba por não se conter e entra na conversa.
_ Senhor, não acho que seja uma boa hora para isso, o desenvolvimento da KG de Hana pode ser influenciado. É uma habilidade tão perfeita para ser jogada fora assim por um mero – falava o homem de cabelos cinza quando é interrompido pela voz do líder.
_ Capricho? Um mero capricho? É isso que você acha, Kimimura? – indagava o líder sem aumentar em nada o tom de voz.
_ Não, não, senhor, só estou preocupado com os poderes de Hana. Jamais diria que é capricho o fato de você querer – falava o cientista amedrontado que novamente é interrompido pelo chefe.
_ Chega. Vou arrumar as coisas para partirmos em1h. – terminou o líder, se retirando do local onde estavam apenas o espião e o cientista Kimimura.
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_ Hana-chan. Não quer ir comigo até o sul da floresta colher algumas flores e plantas para criarmos remédios para depois distribuir aos mais necessitados? – perguntou Misaki.
_ Ai mamãe, é que Sakura-sama me emprestou todos esses livros de medicina, estou aproveitando e treinando meu ninjutsu da memória que estivemos trabalhando. Vou decorar esses livros todos. – falou Hana a sorrir mostrando um grande número de livros, todos grossos e pesados.
_ Bem, tudo bem, mas quando chegar você vai me ajudar com o preparo e distribuição dos remédios, ok? – falou Misaki para a garota que apesar de muito interessada no livro se levantou e foi até a mãe.
_ Pode deixar, mamãe, te ajudarei no preparo e na distribuição. Será um prazer. – terminou Hana dando um beijo no rosto de sua mãe que logo após sai de casa rumo à floresta. A garota fica em casa a ler os vários livros médicos com enorme fascínio e com o jutsu da memória aprimorada ativado, a fim de guardar todas as informações contidas naqueles livros.
Enquanto isso Misaki sai de casa a cumprimentar várias pessoas, passa na floricultura de Inoichi, conversa um pouco com ele e pergunta do que precisava da floresta, anota uma pequena lista e continua seu trajeto. Ao chegar no local ela inicia sua procura e posterior colheita, estava calmamente agachada a pegar alguns crisântemos quando do nada saem do chão o líder e o espião da Nikkō. Misaki, experiente ninja rastreadora, só percebe a presença pouco tempo depois de saírem do chão. A kunoichi rapidamente saca uma pequena espada ANBU e entra em posição de ataque.
_ Como é que? Mas... Como? – dizia ela sem acreditar que foi traída pelas suas habilidades de rastreadora.
_ Misa-chan, não se sinta mal. É impossível rastreá-lo. – disse o líder a olhar para seu súdito espião.
_ Continua linda como sempre, Misa-chan. Sabe, tenho saudade de quando – falava ele quando é interrompida por Misaki que parte para cima dele tentando deferir um golpe com sua pequena espada, mas o líder rapidamente se desvia e segura seu braço. A kunoichi rapidamente gira seu corpo e tenta acertar um chute no rosto do inimigo, mas ele também segura sua perna, o que faz a ninja com um único selo expulse enorme quantidade de água de sua boca e projete o líder para longe, o espião entra na terra com medo de ser alvo de algum ataque.
Misaki então faz alguns selos e cria vários espigões de terra que partem rumo ao inimigo, este porém somente com alguns socos e chutes é capaz de quebrar todos. A kunoichi saca vários pergaminhos.
_ Lá vem você com seus pergaminhos de água. – falava o líder mostrando conhecimento nas técnicas de combate da mulher. Ela faz selos e dos pergaminhos (que eram muitos) sai uma enorme quantidade de água, e pelo relevo do local forma-se um acúmulo que permite que a água chegasse aos tornozelos dos ninjas.
A kunoichi rapidamente salta para uma árvore e de sua mão sai eletricidade que acerta a água, mas o inimigo salta antes disso e lança uma enorme bola de fogo de sua boca, Misaki então para se defender faz alguns selos e uma grande parede de água se forma, apagando o fogo e evaporando a água que aumenta a umidade propiciando o uso do Kirigakure no Jutsu e uma densa névoa se formou no local, impossibilitando a visão no raio de 1,5m.
A ex-ANBU fecha os olhos e se concentra bastante, o que permite que saiba a localização exata do inimigo graças ao seu passado como rastreadora; agora com a localização do alvo ela utiliza o Raiton Mijin Kakure No Jutsu já conhecendo o local e se transporta a alguns metros do alvo a utilizar o Mizu Kamikiri (Cortador de Água) criando vários feixes de água que cortam tudo que há pela frente, ao cortar o inimigo ele se desfaz em fumo.
_ Kage Bunshin! – exclama Misaki, mas já era tarde, o líder juntamente com seu súdito estavam atrás dela e ela é totalmente imobilizada pelas mãos do líder da Nikkō.
_ Calma, querida, não quero machuca-la. – dizia o líder enquanto inseria sempre um pouco do seu chakra no cérebro de Misaki para evitar que ela use algum jutsu Yamanaka, a frequência do chakra alterada dificultava muito os Hijutsus e unido ao nervosismo que a kuonichi estava não realizaria nenhum jutsu mental. O espião retira de sua bolsa alguns papéis e cola-os no peito e na testa da kunoichi e após uma grande série de selos a ninja cai sem conseguir se mover, só conseguindo ver, respirar e falar.
_ O que você quer? – pergunta Misaki entendendo a situação: não conseguiria usar os músculos principais de locomoção nem usar seu chakra.
_ Quero saber como está minha esposa e minha filha? – dizia o líder a tirar sua capa.
_ Kirisame, encoste-se em nós, não quero que ninguém sinta nossa presença. – falava o líder para o espião chamado Kirisame.
_ Você não é mais aquele com quem me casei. – dizia Misaki.
_ Acha mesmo que alguém que não seja pai daria um presente daqueles à Hana? – perguntava o homem.
_ Eu sabia que aquela tatuagem era obra sua, só não entendo porque deu uma cura tão eficiente para Hana, por favor não faça mal nenhum à ela. – insistia Misaki.
_ Primeiramente aquilo não é bem uma cura, mas ela descobrirá com o tempo. E acha mesmo que quero ferir minha única filha? Única? Será mesmo única? – dizia o líder a provocar Misaki.
_ Yashin, sabe muito bem o que aconteceu, Hana é nossa única filha e por favor não faça mal algum à ela. – chorava a mãe desesperada, mas sem poder se mover.
_ VOCÊ que não sabe o que aconteceu, querida... Enfim, cuide bem de Hana-chan. Em breve venho visita-las para acertarmos as contas. – sorria Yashin.
_ Bem querida, ainda te amo. – falou Yashin a dar um leve beijo nos lábios de Misaki e desaparecer no chão juntamente com seu espião, levando os papéis de supressão com eles.
Misaki se levanta e vai correndo até Hana, apavorada ela ignora tudo e todos no caminho e ao chegar em sua casa vê Hana segurando um papelzinho.
_ Mamãe, foi você quem deixou isso? – falava Hana calmamente para sua mãe, mas ao perceber o estado em que sua mãe estava ela se preocupa.
_ Mamãe! Mamãe! Seu chakra está instável, seu rosto está pálido, sua pupila dilatada, mãos trêmulas. MAMÃE! – gritava Hana, mas como resposta só obteve um abraço de sua mãe.
_ Eu te amo, filha. – dizia a kunoichi pegando o papel das mãos da menina e leu.
“FILHA, ESTOU COM SAUDADES. EM BREVE NOS ENCONTRAREMOS E NÓS QUATRO SEREMOS DE NOVO UMA FAMÍLIA. TE AMO MUITO.”_ Foi você quem escreveu isso? E quem são “nós quatro”? – perguntava Hana.
_ Sim, filha, fui eu quem escrevi. Queria dizer sobre seu avô e sua avó, estava pensando em passarmos um tempo com eles. – fala Misaki tentando conter seu nervosismo.
_ Não minta para mim. – dizia Hana de cabeça baixa.
_ Sei muito bem que essa letra não é sua, e há uma mínima presença de chakra nesse papel e acho que sabe de quem é, daquele homem que me raptou aquele dia. Então não minta para mim, mamãe. – falava Hana com expressão séria e nervosa, uma expressão rara de se ver na garota.
_ Eu não sei o que ele quer ou o que ele quis dizer. – falou Misaki a chorar.
_ Tudo bem, quando quiser me contar a verdade estarei aqui. – falou Hana decepcionada pela mãe, mas voltava aos estudos de Medicina.
“Então em breve ele virá acertar as contas... e por que ele insiste em falar ‘nós quatro’? Será que...”FIM DA PRIMEIRA PARTE DA SAGA
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