Era uma vez, num pequeno aglomerado de árvores um pequeno rapaz que vivia o seu dia a dia sozinho. Não por opção dele, mas sim por uma das variadas razões existentes e igualmente más que leva os pais a abandonarem os seus próprios filhos no meio de uma floresta. Este pequeno individuo só se lembrava do seu nome, visto que foi abandonado quando tinha apenas cinco anos de idade. Satu Kareka era assim chamado este diabrete.
Satu Kareka não pode ser chamado de Homo Sapiens Sapiens, pois ele ainda esta na fase de caçar para comer, melhor dizendo... mata e rouba para comer. Podemos lhe chamar de criança "recoletora". Vamos então dar inicio à grande aventura deste pequeno ser humano, que de humano tem pouco.
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- Tem piedade, perdoa os meus pecados, prometo que não volto a comer a mulher de quem te contratou. A morte não será necessário. - disse um senhor que se encontrava deitado no chão de rabo para o ar, numa noite fria com Satu Kareka em cima deste com uma kunai já encostada ao seu pescoço.
- Aqui não se trata de vingança ou de maldade. Trata-se de profissionalismo. A tua morte é necessária para a minha sobrevivência. Mas eu a ti te prometo que no futuro quando eu tiver poder, não existira nenhuma criança que seja obrigada como eu a fazer-te isto. Podes pedir o teu último desejo. - disse Satu Kareka, com um sorriso de compromisso quando proclamou a sua promessa.
- Visto que não há volta a dar, podes dizer ao cabrão que te contratou que a mulher dele não vale um caralho.
Satu Kareka num pequeno e rápido golpe com aplicamento de forças e contrações em seus músculos, aplicou o golpe no pescoço do seu alvo, atravessando-o assim e deixando a sua cabeça caída no chão. Satu, desdobrou um lenço de pano que tinha tirado do bolso para limpar o sangue da sua kunai, de seguida pegou no senhor e pousou-o em cima do seu ombro.
Dado por finalizado o serviço, Satu deslocou-se até ao local de encontro marcado com o outro senhor que o contratou.
Era uma pequena cabana no meio de bastantes árvores, a terra era bem dura e tinha alguns musgos, por de tras da cabana existia um grande muro com uma porta castanha que devia ser a entrada secreta para a casa do senhor. O muro era cinzento e tinha trepadeiras até ao seu topo.
- Não devo ser o primeiro a quem ele recorre... a passagem secreta é antiga... antiga o sufeciente para possuir trepadeiras até ao seu topo. - pensou Satu para consigo.
Satu bateu à porca da cabana e um senhor bastante gordo com a cara tapada veio recebe-lo, nem existiu uma simples troca de palavras. O senhor retirou um pequeno envelope do bolso traseiro das suas calças e entregou-o ao Satu. Satu pousou o corpo ensaguentado no sofa existente na cabana e perguntou :
- O que vai fazer ao corpo?
- Isso já não é contigo. Põe-te a andar.
***
Isto é um simples dia retratado da vida de Satu. O dinheiro que ele adquiria com os seus serviços, era exclusivo para sobreviver. No entanto, este dia teve uma coisa em especial que difere dos outros tantos. Foi a grande promessa que Satu fez antes de matar o seu alvo. Assim começa a grande jornada deste pequeno "assasino".