Despertara para um novo dia, por sua vez, não um dos melhores. Era ainda madrugada quando me haviam decidido despertar. Não, não era uma mulher ao meu lado na cama dando o "bom-dia", depois de uma noite de diversão, nem me traziam o pequeno-almoço à cama e o Sol ainda nascia a Este e se ponha a Oeste e ainda a chuva caía, embora não no País do Fogo naquele preciso dia. Não, era um mero chamamento ao serviço. As noites já eram complicadas o suficiente para que me viesse lixar a cabeça antes do galo. Como observável, encontrava-me de mau humor e enquanto eu pontapeei a mesinha de cabeceira para o outro lado do quatro, um recruta gritava:
- Por favor... eu só estou a fazer o que me pediram!
- Então peço-te que não perturbes o meu sono! - retorqui.
- Mas o Director...
- O que tem o Director? O quer que seja pode esperar até eu tomar o meu café da manhã - disse-lhe.
- É algo urgente - informou - Uma missão.
Sem lhe responder, levantei-me. O meu corpo apenas coberto por um par de boxers. Andei até ao balcão e enchi uma cafeteira com agua e depois café. Agarrei numa caneca e meti-a à frente da cafeteira e depois arrastei-a cerca de um metro para a frente. Cuspi fogo com tal intensidade que a agua, evaporando e condensando-se, foi disparada, como se a cafeteira de uma fonte se tratasse, até à caneca. Porém, a caneca era grande e não estava cheia. Abri uma gaveta e retirei dois quadrados de uma tablete de chocolate branco e derreti-os no café. Ainda insatisfeito com o produto, retirei do armário uma garrafa de vidro.
- Sr. Raiden... isso é... - começou a perguntar.
- Whisky... - respondi - Nada melhor para despertar.
Removi a tampa e deixei a bebida escorrer até a caneca estar cheira. Repôs a garrafa ao seu lugar anterior. Agarrei uma colher e deitei várias colheradas de açúcar na caneca e mexi durante um bocado. Virei as costas ao balcão e fui até ao roupeiro. Tirei umas calças e vesti-as e de seguida calcei as minhas botas. Voltei ao balcão e agarrei a caneca, aproximando-a da boca e de seguida vertendo todo o seu conteúdo de uma vez pela garganta abaixo. De seguida coloquei uma camisa sem mangas, preta, tal como o sobretudo que se seguiu. Peguei nos meus itens necessários a qualquer possível missão e por fim abandonei o quarto, com o recruta que me escoltaria até ao Director Lazard. Finalmente, chegamos ao seu escritório.
- Raiden, finalmente! Porque demoraste tanto? - inquiriu Lazard.
- Tinha que me preparar decentemente... afinal, ouvi dizer que era uma missão urgente. Portanto, assumo que seja importante - respondi-lhe, com a secura do deserto no meu tom.
- Sim, sim. Os teus colegas chegaram aqui a horas - acusou, apontando para Fujin e Kuja que se encontravam de pé, do outro lado do escritório - De qualquer das maneiras, tenho uma missão urgente para vocês. Perdemos contacto com um dos laboratórios onde se andava a extrair Mako. Mandamos uma equipa há dois dias e ainda não reportaram de volta. Algo se passou lá. A vossa missão é averiguar o problema, resolvê-lo e se possível resgatar algum sobrevivente do que quer que tenha acontecido.
- Hai - respondemos os três em uníssono.
- Alguma questão?
A falta de resposta foi resposta suficiente.
- Será vos dado um mapa da localização do laboratório e um mapa das instalações. Boa sorte, estão dispensados...
Abandonamos o escritório, assim como o quartel general da SOLDIER e depois de duas horas de viagem a pé, chegámos ao nosso destino.
- Como vamos abordar esta missão? - questionou Fujin.
- Com toda a subtileza do Raiden, pois claro - respondeu Kuja - Matámos tudo o que nos aparecer à frente - disse soltando um gargalhada.
Estes estados de manifestação de humor no Kuja eram algo de raro e portanto, quando surgiam, independentemente do quão rabugento eu pudesse estar, acaba sempre por ceder, juntando-me nas gargalhadas. Decidi aproximar-me do edifício e analisa-lo com o Sharingan. O que viu deixou-me incrédulo. Criaturas com estranhas características morfológicas vagueavam pelo laboratório. Emanavam um forte fluxo de chakra. O que quer que fosse, não era humano. Observei mais atentamente e encontrei alguns corpos ainda vivos, ou que pelo menos ainda continham chakra em circulação e ainda à distância, pequenos fluxos começavam a aproximar-se. Era um grupo de shinobis, de certeza. Criei um Karasu Kage Bushin e enviei-o sobre o laboratório para observar os identificar e assim que o fez, desfez-se, transferindo a informação para mim. Um grupo de Wutai aproximava-se. Embora a maioria dos Wutai nos aceitasse agora, alguns rejeitaram de todo a hipótese de nos aceitarem no seu território, que era agora nosso, depois de conquistado, e formaram grupos de rebeldes. Era um desses que se aproximava agora. A minha dúvida debruçava-se sobre as suas intenções quanto à visita do laboratório.
- Bem, o que é que descobriste? - inquiriu Fujin, aquando da minha chegada.
- Há alguma, aliás, algumas coisas não humanas ali dentro. Deveríamos tomar cuidado, pois os seus fluxos de energia são fortes - informei - E temos companhia... um grupo de Wutai aproxima-se. Já devem estar prestes a entrar pelo outro lado do laboratório.
- Vamos lá, então - sugeriu Kuja - A curiosidade é ardente.
Seguimos para o interior do edifício. Percorremos vários corredores e salas vazios até finalmente encontrarmos um grupo de pequenos monstros que ao verem as nossas figuras, nos abordaram em combate.
Continua...
Passaram-se uns dias desde o último filler e portanto, aqui está mais um, que acaba de forma um pouco abrupta, mas com o devido propósito, sendo que a parte 2 será a luta, que se realizará na forma de um treino e a terceira parte onde o enredo continuará. Espero que gostem