Os céus ostentavam um sol encarnado, ainda levantando-o do horizonte. E como dizia o ditado, sangue havera sido derramado e eu, ajoelhava-me, sobre ele, ainda que este não fosse nem meu, nem fosse eu quem o tinha reclamado. Guardas abatidos ao longo de todos o quartel-general, ajudavam a pintar o cenário. Nada de bom ocorrera naquela noite...
Oss vários dias antecedentes a este acontecimento tinham sido embrulhados em eventos misteriosos e demasiado estranhos. Vários soldados de primeira classe tinham sido anunciados como mortos. Alguns desaparecidos em missão, que era ao fim de contas, a mesma coisa, e agora isto. O que restavam, do que eram os 1st Class SOLDIER, tinham abandonado a organização, matando todos os que se haviam oposto a eles, dizimando até os de rank equivalente. Era uma das razões pela qual eu me ajoelhara. Um homem deitado, ainda respirando, ensaguentando de uma ponta à outra cuspindo, tossindo sangue, de tempo em tempo. Eu conhecia-o. Era um soldado de primeira classe. Tinha sido prestável e simpático para comigo, aquando da entrada da Kitsune na mesma. À parte disso, tínhamos sido companheiros em missões passadas, com fim de segurar as terras conquistadas de Wutai. Era um bom homem.
- Eles... - tentou dizer, sendo interrompido pelo líquido vermelho que lhe saiu da boca, escorrendo por toda a cara - eles... vão... Kiri... - A sua cara expressava o desespero na sua tentativa de falar. Havia algo que me queria dizer, mas não conseguia - K...K... Kin...
- Kinju? - indaguei, alarmado. O homem esforçou-se, tentando assentir com a cabeça. Olhei-o nos olhos, dos quais a vida escapava lentamente. Nem vinte ninjas médicos o conseguiriam salvar- Asuko, não serás esquecido...
Um movimento rápido e suave, a sua vida acabara, quando a minha Kusanagi o trespassara. Era um sentimento estranho. Já tirara muitas vidas, mas por misericórdia era algo inédito. Por fim, afastei-me, deixando o corpo do homem que já tinha partido para o outro lado, mas não passaria muito tempo até me encontrar de volta sobre o joelho.
Fora até ao escritório do Director. Tinha sido convocado de urgência e a explicação do porquê era desnecessária. Apoiava-me sobre o joelho esquerdo, uma vez mais, juntamente com Fujin e Kuja. A lista dos desertores era lida em voz alta.
- ...Kinju, Daruma, Idaten, Suijin, Hachiman, Inari, Omoikane. - terminou a listagem.
Impossível, ímpossivel!, gritava mentalmente, o Kinju levou dois terços da Kitsune com ele? Que merda é que está acontecer?
- Vocês são os únicos restantes da Kitsune, e aparentemente os únicos leais, e os mais fortes da 2ªClasses, melhor eram. Agora são 1st Class SOLDIER! E a vossa primeira missão como tal será alcançar e retornar os desertores, vivos ou mortos, pouco interessa a esta altura. Vamos enviar um ninja senso para ajudar a sua detecção.
- Não é necessário - interrompi - Fui informado que iriam para Kirigakure.
- Muito bem então, estão dispensados! - A expressão dele mostrava o seu descontentamento com a situação. Nunca o vira enfurecido, quanto mais desta forma.
Saímos imediatamente, dando início à jornada. Sabíamos a direcção para a qual seguiam: Kirigakure no Sato, a minha vila natal. Era lá que os meus pais se tinham refugiado aquando do massacre levado a cabo pelo meu sensei. Era lá onde tudo começara.
- Como falaste com o Asuka? - questionou Fujin, pelo caminho.
- O Asuka contou-me antes de... - respondi, parando nas últimas palavras - Antes de morrer.
Fujin baixou a cabeça, em silêncio, como se homenagem ao falecido. Continuámos, em direcção ao sudeste, ao ponto do país do fogo mais próximo de Kiri, sendo que a viagem teria de ser concluída de barco. Seriam apanhados antes de o conseguirem fazer. De árvore em árvore, saltando de uma para a outra, seguimos um rasto encontrado dos desertores, apressadamente. Os ramos mais pequenos e folhas passavam-nos suavemente na cara, de vez em quando. Duas horas se saltou, e duas horas passaram e finalmente encontrámos o grupo de fugitivos. Atirei uma kunais com força, mas sem o intuito de acertar, apenas passar bem perto, anunciando a chegada.
- Vocês não chegarão ao destino! - Anunciei.
Em vez de continuarem a fugir, voltaram-se e olharam-nos, com sorrisos estampados na cara. Era algo irritante, mas o mais de todos era o de Kinju, que não perdeu tempo a abir a boca para falar.
- Com que então temos a Kitsune inteira - disse em tom alto, gerando uma gargalhada no grupo - Como planeado - o sorriso na sua cara ficou ainda mais rasgado e depois não o contendo, soltou uma enorme gargalhada. Fitei-o com uma expressão de confusão - O Asuka completou bem a sua parte. Só é pena que tenha de ter sido a força...
- KINJU! - rugi, enfurecido - Vais paga-las!
Dei um passo em frente, e de seguida outro, começando a corrida para o ataque. Meti a mão no cabo da espada, começando a desembainha-la. Algo forçou-me contra o chão, brutalmente, sentindo-o quase como se a ser esmagado. Movi lentamente a cabeça, observando Fujin na mesma condição. Uma camada de chakra, de um verde intenso, mais escuro que chakra medicinal, segurava-nos. Era o chakra dos Wutai, do Fluxo da Vida. Riram-se todos à gargalhada, com excepção de Kinju. Esse mostrava um sorriso de satisfação. Kuja também nos traira.
Senti as forças a desvanecerem do meu corpo, devagar. Era o efeito tóxico daquele chakra, denominado de Mako. O contacto contínuo intoxicava o alvo, levando mesmo à perda dos sentidos. A visão começou a ficar detorpada até ao ponto dos meus olhos se fechar. Os sons do exterior ecoavam:
- Vamos para a segunda base... - ecou uma.
- Caíram que nem uns patinhos... - ressoou outra.
Alguém se aproximou de mim.
- Vão ser dados como desaparecidos em missão e vão procurar-vos em Kirigakure. Nunca vos irão encontrar... nem mesmo o poderoso Itachi! - Era Kinju que falava.
A gargalhada que este soltara foi a última coisa que ouvi, antes de cair no meu subconsciente, que gritava, Nanda... nanda, Kuja? Nanda?, incessantemente.

Senti algo, ouvi alguma coisa. Não estava desperto, mas não estava inconsciente. Não devíamos estar no exterior, não havia som de vento, ou o mesmo a abanar o ramo das árvores. Também não havia brisa. Alguém me transportava. Ouvia os seus passos. Algo se abriu e fui colocado no interior de algo, de pé, como quem guarda uma camisa num guarda-fatos, escostado contra a parede interior desse mesmo algo. Não era muito espaçoso, pela rapidez do processo. Meteram-me algo na boca e fecharam-me lá dentro. Um fluído começou a encher aquela espécie de contentor, onde me encontrava. Era Mako líquido, constatei abrindo os olhos, por alguns instantes. O recipiente era transparente e tinha forma cílindrica. Olhei em frente. Quem me fechara ali era, nem mais nem menos do que, Kuja. O meu doujutsu activou-se, sem que eu comandasse. Os dois tomoes giraram, ao surgir, em volta da pupila, sobre a íris escarlate. Miraram Kuja, enquanto giravam e um novo tomoe surgiu. Vi-o no reflexo da parede. Ele pareceu preocupado por um segundo, mas quando me tentei mover, caindo com a cara contra a porta do recipiente, drenado de forças, a sua expressão calma voltou-lhe ao rosto. O fluído continuou a inundar aquele pequeno espaço, mas antes que o fizesse completamente, eu voltara a perder os sentidos...

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Bem, aqui está mais um. Espero que gostem ^^
A saga não termina aqui, mas vai ter uma pausa, e vai avançar muito lentamente, devido à necessidade do meu personagem estar mais forte para a história avançar.
P.S: Ainda não tenho o 3º Tomoe por um mísero ponto, que será obtido pela missão que estou a fazer agora e treinos, portanto, não há grande problema, nesse ponto

Wow... Não esperava boas coisas do Kuja, afinal ele matou o próprio clã apoiado pelo Kinju, but... Trair não estava entre as más habilidades dele em meu pensamento '-' Fico contente de saber que, pelo menos, a traição não fora total, afinal Fujin aparentemente nada tem a ver com isto. E já estás no 3º tomoe? Meus parabéns (já que falta pouco, não há quaisquer problemas). Vê se não demoras a escrever, como já disse, adoro tuas descrições

PS - Eu realmente odeio o Kinju (engraçado que sempre estou a ler Kujin >.<)

Acho que há pouco comentaste a dizer Kujin, logo depois de dizeres Kinju hahaha
A história não vai ficar super-parada, mas vai andar lentamente agora. E agora que tem de andar devagar, tou cheio de motivação para escrever T.T
Pobre Kuja, ele não merece tanto ódio assim :/
Harigato, Eve, agora é o caminho para o Mangekyou (eu juro que me condecorarei DEUS, se eu conseguir isso antes do Exame Chuunin)

Antes de mais nada, digo o que sempre disse desde os meus tempos de "velhote" aqui do fórum: lê o filler antes de o postares, tens vários typos que eram facilmente evitáveis com uma leitura rápida ^^
Falando do filler... A tua história parece-me estar completamente partida, pelo menos da maneira que a apresentas. A tua linha de ideias não é má, mas estás a apressar-te demasiado em atingir certos objectivos (p.e. evoluir o Sharingan). Mais, se fosse eu a escrever este filler, teria que o dividir em 2 ou, quem sabe, em 3. Explora mais o teu personagem, dá asas à imaginação e não andes a "correr"

Caso aches a minha crítica desnecessária, visto que eu não sigo a tua história desde o início e tu até podes querer fazer as coisas assim, eu percebo perfeitamente. Mas como eu gosto de ajudar, cá vai a minha posta de pescada.

Continua a mandar vir fillers, que é para eu voltar a lixar-te o juízo

Eu acho que o filler está muito. Concordo com no Sennin na parte de "correr muito" (como se eu pudesse falar muito ), de resto gostei imenso. Uma parte que me fez confusão (e como não sigo a tua história desde dos seus primórdios) é como é que tu/ a tua família consegue conviver abertamente com uma pessoa que dizimou o seu clã quase todo. E outra coisa: ele não morreu? (NOTA: Não são critíca são mesmo perguntas ).

Gracias.

Gosto da personagem Kinju, e tenho de admitir que como a construiste dá-me cada vez mais vontade de ver os seus passos. Mas esta filler esteve sem dúvida num nível muito elevado, e sinto que apesar de estar lá no topo tu vais conseguir desenvolver. E parabéns pelo o terceiro tomoe. Sobre a tua escrita, já comentei o que tinha a comentar em passadas fillers, e continuas igual com ligeiras mudanças (para o melhor).

Continua, quero ler!

Bem, Sennin, toda as críticas e sugestões são uma maneira de melhorar. Os erros deveram-se a eu tar a escrever no computador "debilitado", digamos assim que nem um corrector tinha e aí está, eu raramente re-leio os fillers (de vez em quando, mas tipo meses mais tarde). Eu tenho uma história delineada, mas só escrevo quando estou com inspiração e às vezes acabo por sintetisar demais
Rich, o Itachi morreu, mas na história do RPG ele foi ressuscitado pelo Pein (que tinha sobrevivido/ ainda não se tinham dado tantos avanços na história do manga/anime) e tornou-se meu sensei O massacre já foi explicado e o Itachi voltou a ser aceite na vila.
Virtus, achei interessante o facto de gostares da personagem que eu criei para ser odiada pelos leitores haha

Muito obrigado a todos ^^