Kirigakure, também chamada de vila entre a neblina, um lugar que já foi conhecido por sua grande violência e brutalidade e pelo número invulgarmente elevado de nukenins gerados. Neste local, o jovem sunanin caminha a passos curtos, as pessoas o observam, não é comum ver um shinobi originário de Sunagakure caminhar por este local e ainda armado com uma enorme foice nas costas. Mas, por serem novos tempos de paz entre as vilas ninguém pode (e nem tentam) lhe julgar por seus gostos peculiares, pois, enquanto o jovem não lhes gerar problemas, ele terá passe livre pela região.
 
Entre a névoa e os edifícios em formato cilíndrico que compõem a cidade, o jovem se esgueira pelas partes que ele julga serem as mais sombrias do lugar e vai procurando algo que ele pareça mais "hostil", ao mesmo tempo que se queixa pela insuportável e constante névoa que o rodeia.
                                                                               
" Maldita névoa, não entendo como o povo daqui consegue conviver com tanta umidade, é como se a pessoa estivesse o tempo todo com água pelo corpo. Que saudade de suna ... " _ pensa o jovem entre suspiros.
 
Num beco escuro, localizado entre dois prédios a sua direita, o jovem enxerga com dificuldade uma pequena e maltratada placa presa por uma haste de ferro na entrada do corredor, dizendo em letras pequenas as seguintes palavras:
 
 
Não tendo muitas pistas (e também por precisar beber alguma coisa) Brian se encaminha até o estabelecimento, ele passa pela entrada do bar, o qual não havia porta, ele observa seu interior e percebe que se trata de um lugar bem sujo, com teias de aranha no teto, vestígios de infiltração na parte superior das paredes, entre outros indesejáveis fatos.
 
“ Nada mal, acho que eu estou onde deveria estar ” _  pensa enquanto alinha seu óculos com a mão direita.
 
Diferentemente do resto da cidade, as pessoas dentro do local aparentam não ligar para a presença do sunanin, como se ele fosse apenas um fantasma entre aqueles que não querem ser identificados. O ceifador puxa uma cadeira de madeira, nada confortável, e se senta na frente do balcão de madeira com os braços debruçados sobre ele. O barman, um homem na média idade, careca e gordo, está limpando um copo de vidro nas mãos usando um pano ainda mais encardido olha para o jovem sem demonstrar qualquer interesse e diz:
 
- Se quiser beber algo é bom que tenha dinheiro garoto!
 
- Eu quero apenas água, não bebo nada a dias!

O gordo, assim como algumas pessoas no local, olham de forma irritada para o rapaz após aquele pedido infantil, fato que Brian simplesmente ignora, colocando os ryos no balcão enquanto espera sua água.
 
Vendo a cor do dinheiro, o gordo solta um sorriso, como se não fosse acostumado a ser tão bem pago, entregando a Brian uma garrafa de água, que estranhamente parecia bem limpa, em seguida ele recolhe o dinheiro, o colocando no bolso de sua suja calça.
 
O jovem retira a tampa da garrafa com a mão esquerda e, sem usar qualquer copo, leva o recipiente até sua boca e deixa o líquido escorrer por sua garganta. Dando ao jovem uma grande sensação de alívio por ter sua sede saciada. Enquanto bebe, ele sente uma mão sobre seu ombro direito, o que interrompe seu ato e o irrita bastante.
 
- Se não quiser perder a mão sugiro se afastar. _ diz Brian enquanto mexe o ombro para evitar ser tocado pelo estranho.
 
- Um shinobi de Suna não é comum por aqui. Está com algum problema rapaz? _ fala um homem alto, branco e pálido, trajando um grande manto com um capuz que recobre todo o corpo, que se senta ao lado do jovem.
 
- Eu não lhe devo satisfação de minha vida, agora se me da licença. _ fala Brian depois de dar o último gole na água e se levantar da cadeira para ir em direção a saída do bar.
 
Após cruzar a entrada e andar pelo beco em direção a rua, o jovem nota que a neblina vai ficando cada vez mais densa, chegando ao ponto que o caminho até a rua fica completamente encoberto,  lhe impossibilitando de ver um palmo a sua frente.
 
- Devia ter permanecido em Suna rapaz! Mas agora que veio posso eliminar de vez o filho de Zetsu e ganhar uma boa recompensa. _ diz uma voz escondida entre a névoa que Brian reconhecia como sendo do homem que atrapalhou seu drink.
 
- Você conhece meu pai, mas como sabe que eu sou filho dele? _ pergunta o ceifador enquanto vai colocando seus dedos discretamente sobre o cabo de sua foice.
 
- Este sua foice, não há como não reconhece-la. Ela será um bom souvenir depois que eu despedaçar você.
 
Depois dessa palavras, Brian ouve o som de uma rápida movimentação e, instintivamente, retira sua foice das costas com a mão direita e a posiciona a sua frente, parando a trajetória de uma katana que muito pouco não tocou em sua face.
 
O portador da katana fica surpreso ao ver seu golpe sendo parado e, com aquele movimento,  se possível ver no interior do capuz que ele usa uma bandana de Kiri, com um grande corte na superfície dela, provando que se trata de um nukenin.
 
- Em Suna, somos constantemente vítimas das mais diversas tempestades de areia que obstruem a nossa visão mais do que essa névoa, graças a isto eu aprendi a muito tempo a não depender exclusivamente dos meus olhos. _ responde o sunanin enquanto olha fixamente para o rosto de seu agressor.
 
Enquanto segura o ataque do adversário mantendo a foice na sua frente,  ele faz um gesto de agarrar com sua mãe esquerda, fazendo a areia de sua cabaça flutuar e recobrir o corpo do nukenin, o prendendo numa espécie de caixão de areia, que apenas deixa seu rosto descoberto.  
 
O nukenin demonstra ódio no rosto perante aquele "bloqueio de movimento", que é muito resistente. Com o patife preso, a neblina densa vai se esvaindo, revelando o fim do beco e o caminho até a rua.


- Vamos fazer um jogo, você me diz quem é que quer matar meu pai e terá uma morte rápida, caso contrário, pode ficar calado e terá uma morte lenta. De um jeito ou de outro, Jashin irá ficar satisfeito.

- Hehehehehe, não pode me matar, se o fizer assim que acharem meu corpo a família Yumi virá atrás de você. E eles irão liquida-lo assim como fizerem com a vadia da sua mãe. _ fala o insolente nukenin.
 
- Não haverá o que procurar se não houver corpo para ser encontrado. Eu lhe desejo uma boa morte. _ diz o jovem enquanto fecha bruscamente sua mão esquerda, fazendo o caixão de areia implodir, liquidificando por completo o corpo do infeliz, jogando montes de areia cinza, corrompida pelo sangue, por todo o beco.
 
Neutralizando aquele inconveniente, Brian recolhe a areia suja de sangue de volta para sua cabaça e se ajoelha no local onde o homem foi morto, o qual há uma pequena mais notável mancha de sangue e, fechando os olhos, diz:
 
- Que o inferno lhe receba de braços abertos!
 
Assim, o jovem se levanta e vai indo em direção a rua. Ele não havia adquirido muitas informações concretas sobre seu pai, mas agora já possuía uma nova pista que talvez lhe levasse ao seu paradeiro.
 
“ Família Yumi... se eles querem se vingar do meu pai devem ter alguma ideia de onde ele está. E, quando eu acha-los, nem o inferno será digno das atrocidades que irei lhes infligir. "_  pensa o jovem enquanto fecha bruscamente seus punhos, fazendo os músculos dos braços saltearem por sua pele, influenciados por um misto de raiva e ansiedade.

 
Continua ...
 
 

Obrigado por ler Lance, na verdade o Brian realmente possui o jutsu do funeral do deserto (ala Gaara) e foi só um nukenin de baixo nível, nem sempre o Brian vai ter este sorte, ou será que vai?

São boas ideias Bruno e irei leva-las em consideração. Mas, será que Jashin só está interessado nas almas? Ou seria algo mais?