< Filler 11 >
Ouviam-se vozes em redor de Vitan, mal percebia o que era dito, apenas um ruído ensurdecedor, que fez Vitan finalmente acordar.
- Onde… estou? – Perguntou Vitan, num tom de voz débil.
- Vitan? – Uma voz familiar fez-se ouvir na sala. Vitan abriu lentamente os olhos, a seu lado estava Hiagushi, tinha um braço ao peito, enfaixado em gesso. – Finalmente acordas-te.
- O que aconteceu com o teu braço? – Vitan levantou-se ficando sentado na cama.
- Ei, ei, calma, ainda estás muito fraco. Deixa-te estar quieto. – Avisou Hiagushi algo alarmado.
- Não te preocupes… eu estou … – Vitan agarrou o braço esquerdo, dando um pequeno gemido de dor.
- Eu avisei-te… - Repreendeu Hiagushi.
- Podias ter dito logo…
- Não tenho culpa de seres casmurro… o braço já está bem, o corte não era muito fundo, e os médicos conseguiram fechá-lo, amanhã já deve estar bom.
- Quanto tempo estive a dormir? – Perguntou Vitan ainda agarrado ao braço.
- Meio-dia.
- Tanto tempo… eu que não gosto nada de dormir… e o Ankuko? Que aconteceu? - Disparou Vitan de repente.
- Não se sabe, eles conseguiram fugir, não sabemos se algum deles perdeu a vida, ou se ficou ferido.
- Aquele Ankuko… parecia estar ali obrigado…
- Eram um grupo bem misterioso… aquele Murimoto… - Disse Hiagushi virando a cara e cerrando os dentes.
- Porque é que ele…
- Ele já andava a ser investigado a algum tempo, mas nunca conseguimos encontrar nada que justificasse um interrogatório.
- Os pais dele… morreram por minha causa, e eles sempre foram contra isso, não deviam de ter sido obrigados a tal.
- Não te massacres mais com isso, é passado.
- Sim… - Disse Vitan cabisbaixo.
Seguiu-se um pequeno silêncio, quebrado por Vitan.
- Aquele poder… era meu?
- Sim, a tua alma finalmente acordou.
- Acordou como?
- O poder encerrado nela, por algum motivo revelou-se.
- O poder do Shinigami…
- Não… o teu poder, ele está dentro de ti, não do Shinigami.
- Mas foi o Shinigami que mo deu, você disse que a alma que o Shinigami me havia oferecido tinha vários poderes.
- O poder está-te na alma, pertence-te, agora é teu.
- É meu… mas será que também as outras almas terão algum poder?
- Não sei, é provável.
- Que farei eu com tanto poder?
- Isso cabe-te a ti decidir.
- Serei eu capaz de acarretar tal responsabilidade?
- Só o futuro o dirá.
- O futuro…
- Mas sentes algo diferente?
- Sim… aquele vazio, diminuiu, já não me sinto mais perdido, finalmente sei quem sou, o que sou… e o que tenho de fazer…
- Assim já gosto mais de te ver!
- Sim… - Disse Vitan, forçando um sorrido.
- Então e o que é que tens que fazer?
- Completar-me! Agora que finalmente sei quem sou, posso encontrar as partes que faltam de mim.
- Sabes ao menos por onde começar?
- Não… mas o tempo dirá.
- Estás mais maduro…
- Aprendi a aceitar as ocorrências da vida, se não posso mudar o passado… ao menos vou escrever o meu futuro!
- É assim que se fala.
A conversa foi interrompida pelo abrir da porta do quarto. Uma rapariga, de cabelos castanhos, mais ou menos da altura de Vitan, entrou no quarto.
- Finalmente chegas-te.
- Desculpe o atraso.
- Bem Vitan, há algo que tenho para te contar.
- Força. – Respondeu Vitan.
- Visto que o teu Sensei, se revelou um traidor, ficas-te sem Sensei, então eu ofereci-me para te treinar, visto também que vais precisar de ajuda no controlo do teu novo poder.
- A sério? Fixe… mas controlo? Como assim?
- Não achas-te que agora ias andar por ai à campeão, a usar o teu poder sempre que quiseres não?
- Yah… era giro.
- Mas não, tudo tem o seu lado mau. Mas amanhã logo falamos melhor.
- Ok…
- Esta é a Sophia. – Disse Hiagushi apontado com a cabeça para a rapariga. – Ela era já minha aluna, por isso vai passar a ser tua colega.
- Prazer. – Disse Vitan. A rapariga desprezou-o.
- Que simpática… - Pensou Vitan.
- Bem, a Sophia vai ficar aqui contigo para o caso de acontecer algo. Adeus. – Disse desaparecendo.
Aquela ia ser uma longa tarde…
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Este filler custou-me um pouco a escrever, por isso não sei se está muito bom, tive alguma dificuldade em expressar as ideias que queria transmitir, mas pronto.