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Memorias Perdidas
A sala estava escura, apenas iluminada pela escassa luz da noite, o silêncio percorria a sala sem sinais de parar, uma silhueta encontrava-se sentada no parapeito da janela, olhando para a escura noite que se abatia sobre a vila.
Levantou-se da cadeira e aproximou-se de uma pequena secretaria com um pergaminho aberto sobre ela. Pegou no pergaminho e começou a tentar perceber o que aquilo era, parecia uma espécie de contrato, vários nomes percorriam a extensão do pergaminho, cada um adornado com uma marca em sangue daquilo que parecia ser uma mão.
- Mas porque raio esta aqui o meu nome. – Perguntava-se o rapaz ao olhar para o seu nome escrito no pergaminho, colocou a mão sobre a marca debaixo do seu nome, coincidiam. – Mas quem é este tal de Scyth? Porque é que não me consigo lembrar? – O rapaz fechou o pergaminho e voltou a sentar-se na janela.
- Scyth, Scyth, Scyth… mas quem é o Sc… - Não conseguiu terminar a frase, uma enorme dor de cabeça invadiu-lhe os pensamentos não dando espaço para mais nada senão dor. A dor era insuportável, caiu do parapeito da janela, e de joelhos no chão gritava em sofrimento, agarrado á cabeça encolhia-se sobre si e agitava-se violentamente tentando afastar a dor, tudo escureceu, e os sentidos abandonaram-no.
Imagens soltas preencheram o seu inconsciente, um homem alto, de cabelos escuros caía ensanguentado á sua frente pedindo que ele fugisse, uma mulher morta sobre a poça do seu próprio sangue… um riso abafado percorreu a sua mente… o seu tio a olhar para si ameaçadoramente, uma Louva-a-Deus a atacar um estranho rapaz de cabelos laranja… e a escuridão voltou…
- Ankuko! – Uma voz vinda da porta atravessou o quarto. Kuja aproximou-se de Ankuko, levantando-o do chão e colocando-o sobre a cama no canto do quarto. – Ankuko, Ankuko, estas me a ouvir? Ankuko! – Kuja chamava por Ankuko na esperança de conseguir acordar Ankuko. Este começou lentamente a abrir os olhos, à sua frente Kuja olhava em pânico para si.
- Que aconteceu? – Perguntou Ankuko levantando-se de imediato, ficando sentado na cama.
- Não sei, vinha te dizer que o jantar estava pronto e encontrei-te desmaiado no chão.
- Só me lembro de uma enorme dor de cabeça…
- Dor de cabeça? – Perguntou Kuja surpreso.
- Sim…
- Deixa não à de ser nada, agora vamos jantar.
- Não tenho fome, só me apetece é deitar-me e tentar dormir.
- Ok… se é isso que queres. – Disse Kuja abandonando o quarto.
Durante o jantar.
- Então o Ankuko não vem jantar? – Perguntou Antetsu sentado à mesa.
- Diz que não tem fome. – Respondeu Kuja sentando-se á sua frente.
- Porque?
- Não sei, só sei que… o Jutsu esta a perder o efeito, e ele esta a começar a recuperar a memória.
- O que? Já? Não era suposto ele reagir tão rápido ao Jutsu…
- Eu sei…
- Temos de fazer algo…
- Repetir o Jutsu pode começar a afectar o seu sistema nervoso, temos de pensar em algo...
E o jantar continuo em puro silêncio…
O silêncio da mente… a gritar na sua alma.