…Broly retirou um pouco de sangue de um ratinho, misturou-o com tinta e, numa enorme rapidez, preencheu uma vasta área com a dita tinta, desenhando no solo uma espécie de estrela gigante.
Ao redor do seu corpo, verificava-se uma enorme camada de chakra e, ao seu redor, pequenas laminas metálicas surgiam do solo, tudo realizado apenas com o poder da concentração de chakra do Jounin de konoha.
- Kinzokuton: Wangetsu Kinzoku (Libertação de metal: Metal crescente) – Gritou Broly, criando o maior número de cones e pirâmides metálicas que conseguia dentro da enorme estrela desenhada no solo. Seguidamente, estas dissolveram-se numa massa prateada escaldante e voltaram ao solo. – Raios, não aconteceu nada, em que estou a errar? Compreendo que não consiga faze-lo tão cedo, mas devia acontecer algo.
Broly retomou a leitura. Seguiu as páginas e, realmente, parecia estar tudo certo. Até que chegou a uma parte onde dizia. “o tamanho da estrela desenhada no solo não pode ser superior ao alcance do poder magnético do utilizador”.
- Meu alcance magnético esta por volta dos 500 metros de raio quando eu dou o meu máximo, e esta linha apenas tem uns…800 metros de raio talvez…pois, já percebi.
O jounin gastara toda a sua tinta para desenhar aquela gigantesca estrela e, consequentemente, teria de regressar a konohagakure para trazer de casa mais um cartuxo.
Chegando perto da nascente de um rio, Broly teve uma excelente ideia para treinar, não só a sua concentração de chakra, mas também sua força: Utilizou o hagane Kairi e fez uma caixa metálica com 1 metro cúbico. Numa das suas faces, esta possuía duas asas que encaixavam perfeitamente nas costas do jounin. A caixa devia faze-lo com mais de 100 kilos. Com a caixa as costas, Broly saltou para o rio e utilizou o mizu no konibiri. Ao enterrar, quase que afundou mas, com algum esforço, conseguiu suportar o peso da caixa e manter-se sobe a crista do rio, que deslizava lentamente na direcção oposta aquela que Broly pretendia ir, o que dificultava ainda mais o seu passo.
Depois de uma dolorosa caminhada, Broly finalmente chega a konohagakure, completamente encharcado de suor. Livrando-se da caixa, correu para casa.
- Nem me lembrava que ela foi aumentada. – Pensou Broly, referindo-se a sua casa. – Não quero que Tsuki e Darko me vejam, vou se cuidadoso: pandoru no yuurei (fantasma de tinta).
Penetrando pelas gretas de uma janela, Broly rapidamente infiltrou-se em casa, pegou num cartuxo e saiu, daria sem duvida um óptimo ladrão se ele o quisesse.
Seguidamente, Broly percorreu o caminho todo de volta: Criou uma caixa metálica, percorreu o rio com o mizu no kinobiri, no entanto, desta vez o trabalho foi facilitado, visto que o rio ia na direcção que ele pretendia, mas não deixou de ser um treino complicado.
Chegando ao local de treino, Broly sentiu-se “apertado” com a quantidade de arvores que o incomodavam, precisava de muito espaço para se sentir calmo e, praticando dez selos disse:
- Mais uma vez: Wagane no kinzoku!
Um caminho de pirâmides metálicas surgiu, arrombando todas as arvores que trespassavam. Num segundo movimento de braços, outra carreira de torres metálicas ascenderam do solo, destruindo outro número implacável de árvores.
- Katon: Goukakyuu no jutsu. – Gritou ele, criando de uma só vez três enormes bolas de fogo em diferentes direcções, incendiando as arvores por onde passavam. – Katon: Karyuu Endan! – Prosseguiu ele.
A floresta estava a arder! Parecia que nada iria proibir a propagação do fogo, mas Broly não temia, ou então nem reparava no que estava a acontecer e prosseguia sempre com o jutsu lança-chamas sem parar.
Broly encontrava-se no meio de um verdadeiro inferno: As chamas rodeavam-no sem deixas escapatória e, se o incêndio continuasse, iria se propagar e destruir toda a floresta de konoha. Quando o Jounin começou a tossir devido a enorme quantidade de fumo, finalmente se centrou na desgraça que estava a acorrer a sua volta e, concentrando enormes quantidades de chakra, realizou uns selos e gritou:
- Yomi Numa (Pântano do Submundo).
Toda a vasta área que se encontrava dominada pelas chamas começou a enterrar-se num enorme pântano. O lodo do mesmo fez o trabalho que nem os bombeiros de konoha fariam melhor: apagou todo o incêndio em poucos segundos. Broly não afundava por controlar o chakra no dito pântano.
- Por pouco, mas no fundo tinha tudo controlado. – Disse ele, limpando suor da testa. – Bem…não queria fazer estes estragos todos, mas enfim, já tenho espaço para treinar.
Já tinha espaço, mas faltava conforto e, devido a isto, Broly dirigiu-se a uma zona não destruída e, ao mergulhar um pau no solo e utilizando seu hagane kairi, modelou na terminação da mesma uma lamina semelhante ás dos machados e cortou uma arvore e arrastou-a para a zona destruída. Seguidamente, recorrendo novamente ao hagane kairi, retirou do solo, numa porção de metal que se erguera, uma espada de metal e, lembrando-se do tempo em que transportava sempre uma katana consigo, utilizou golpes de kenjutsu com esta e fez uma cadeira de madeira, onde podia se sentar confortavelmente e ler o livro sobre jujutsus e rituais. No entanto, pouco tempo depois da cadeira ser construída, foi destruída por uma bomba que era dirigida a Broly, que se esquivou com uma hábil pirueta.
- Quem se atreveu?
- Fomos nós! – Disseram dos rapazes de cabelo verde e com o mesmo uniforme. – Somos protectores da natureza e viemos aqui saber a razão de tanto fumo, seu animal! As árvores são nossas amigas e vamos vinga-las!
- Tinha de ser, um dueto de totós a estragar-me o dia. - Pensou Broly, metendo a mão a cabeça.
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