[Filler OVA] Kazuki + Tenjouno Yuu F2Seguimento do
[Filler OVA]Kazuki + Tenjouno Yuu F1- Spoiler:
- Yuu-san não é? Desculpe mas não fomos apresentados antes, eu sou, Hitsuyaga Kazuki, estive aqui até os primeiros duelos do Exame, e pessoalmente vi que tens um enorme potencial, só precisas é de um pequeno empurrão zinho, o que eu te quero ensinar irá te trazer mais confiança, e se depender de ti mesma, melhores resultados, se tu aceitares a minha proposta, serei teu treinador por algum tempo e te ensinarei muita coisa, para que quando voltes a kumo, os teus familiares surpreendam-se em como tu amadureceste com a experiência que tiveste aqui em konoha.
Yuu ficou surpresa, como seria possível ele saber tal coisa, baixou a cabeça e olhou para o kage dizendo para si mesma. – Ele leu a minha ficha! Claro se ele é ninja desse nível não deve interferir no exame, por isso ele está a se oferecer para isso. –
Kazuki cortou-lhe o pensamento dizendo.
- Não tenhas pressa em responder, não quero que tomes uma decisão apresada, aproveita e pensa, da-me a resposta amanhã, estarei no campo de treino 3 as 9 e meia da manhã, diga-me lá o que pensaste sobre a minha proposta.
Yuu demorou algum tempo a responder e depois concordou, sem mais nada a dizer kazuki acenou despedindo-se e com um selos desapareceu da sala com o Sushin no jutsu.
- Bom era só isso, estás dispensada Tenjouno-chan, pense bem na proposta, e diga-lhe qualquer coisa. – Disse Loki.
Yuu acenou, estando quase sempre calada, deu meia volta e saiu do escritório.
Quando Yuu finalmente regressou ao seu local de repouso, Akari ainda lá se encontrava. Parecia bastante atrapalhada, andando de um lado para o outro com uma expressão definitivamente aflita enquanto enfiava esta e aquela peça de roupa na mochila "à pressão". No entanto, assim que deu conta da presença de Yuu deteve-se por momentos.
-Yuu-san! Qual era o problema?
-Problema? Nenhum, pelos vistos. - Respondeu a jovem, sentando-se no chão perto da cama de Akari. Não queria incomodá-la com os seus dilemas, mas de qualquer maneira não tinha outra pessoa a que pudesse recorrer. – Era só… Bem… Fizeram-me uma proposta.
-Quem? – Inquiriu Akari quase de imediato. Yuu espantou-se com o súbito interesse que inundou a voz da outra jovem. A Chuunin sentou-se mesmo ao lado dela, olhando o rosto dela fixamente enquanto aguardava de forma expectante pela resposta por parte da jovem.
- Hitsuyaga Kazuki. Ofereceu-se para me treinar durante algum tempo.
-HItsuyaga… Kazuki?
O Kazuki?!?! – Akari parecia ter sido imediatamente envolvida por uma onda de histerismo. – Aceitou, certo?
-Eu… Fiquei de lhe dar uma resposta amanhã.
-Yuu-san… Pelo amor de tudo o que é mais sagrado, não se atreva a recusar. – Disse-lhe Akari num tom profundamente sério, quase imperativo. – Você sabe… Faz seque ideia da quantidade de Gennins que era capaz de
matar para ter um único treino com Kazuki-san? É de doidos receber uma proposta dessas e recusar.
-Eu tenho noção disso. – Assegurou-lhe Yuu em tom de desculpa pela sua “doidice”. – E é uma proposta bastante tentadora, especialmente tendo em conta o que podia atirar à cara do meu pai. Mas…
-Mas? – Incentivou Akari, vendo o tempo que Yuu hesitara em continuar. A jovem kunoichi, no entanto, não prosseguiu. Akari também não precisou que ela o fizesse: o leve rubor que lhe invadiu o rosto abatido, bastante parecido ao que presenciara há quase uma hora atrás, deu-lhe a resposta de que precisava. – Entendo. Mas pense bem no assunto. Pode voltar para Kumo em qualquer altura, e provavelmente irá até passar lá o resto da sua vida. Uma proposta destas é algo que não acontece com frequência, é sem dúvida uma oportunidade que deve ser aproveitada ao máximo. Mas Yuu-san é que tem de tomar essa decisão. E agora peço desculpa, mas tenho de acabar a minha bagagem enquanto tenho tempo.
-Ah, peço desculpa por ocupar o seu tempo. – Disparou Yuu de imediato, colocando-se automaticamente de pé e curvando-se numa pequena vénia. – Vou voltar agora para o quarto, se não se importar.
-Tola. Até eu sei que isso são formalidades a mais. – Disse Akari rindo-se jovialmente, estendendo a sua mão e despenteando levemente o cabelo de Yuu. A jovem já ficara estupefacta por este comportamento pouco usual entre as duas, mas para cúmulo (e como se o que acabara de fazer não fosse suficiente) Akari puxou-a para si e envolveu-a num abraço apertado. Yuu não soube o que dizer ou como reagir. Não estava acostumada a contactos tão próximos com outros indivíduos. – Provavelmente não chegarei a tempo de me despedir de si, portanto… Boa-sorte.
-O… Obrigado, Akari-san. – Agradeceu Yuu, retribuindo o abraço de forma algo tosca. Não sabia o que mais poderia dizer. Nem fazia ideia do quão pesado o desejo de “boa-sorte” por parte de Akari era.
Já de volta à divisão que lhe era devida naquela casa, sentada sobre o colchão, Yuu olhava para o horizonte a partir da janela que rasgava a parede daquele quarto. Já haviam passado cerca de 3 horas desde a partida de Akari, e Yuu ainda não sabia o que fazer. A proposta que Kazuki lhe fizera era tentadora, talvez até demais. Era verdade que nunca antes o vira, nem sequer sabia o estilo de combate dele. Mas calculava que um shinobi que era até referido no questionário do Exame Chuunin não era, certamente, um shinobi medíocre. E só a sensação que o chakra dele transmitia era suficiente para o perceber.
Por outro lado, já há muito tempo que ansiava pelo seu regresso a Kumo. Não só por querer confrontar o seu pai ou regressar à sua rotina modesta. Queria revê-
lo. Perceber de uma vez por todas aquela inquietação e incerteza em que ele a havia deixado, desvendar a sensação estranha que a invadira perto dele.
Yuu enterrou o rosto nas suas mãos. O sono começava a levar a melhor, tolhendo-lhe os pensamentos com lentidão enquanto as horas continuavam a passar impiedosamente. O sol já se começara a levantar no horizonte, anunciando o início do dia. Segundo o que Kazuki lhe dissera, estaria neste momento no campo de treino. Naquele momento, a única coisa que ela desejava era ter mais tempo para tomar uma decisão.
Sentou-se na borda da cama, curvando-se sobre as suas pernas. Não tinha bem a certeza do que deveria fazer a seguir, nem sabia se queria tomar uma decisão. Ergueu o rosto, olhando-se no espelho que tinha à sua frente. Tocou a única parte do seu cabelo que não havia cortado, a franja. O seu cabelo, que antes se estendia para além do meio das suas costas quando solto, agora pouco lhe passava das omoplatas. As franjas, mesmo sendo desde que se lembrava a parte mais curta do seu penteado, eram agora muito mais extensas que o resto do cabelo.
Ora aqui está algo em que não tenho dúvidas.Após uns quinze minutos a debater-se com a lâmina de uma kunai, Yuu conseguiu finalmente obter o resultado que queria. Acertou as pontas, de modo a que o cabelo pouco lhe passasse dos ombros, e deu um corte extremamente drástico à franja para que esta não lhe ultrapassasse em muito os limites do rosto. Contemplou o seu trabalho durante alguns segundos antes de amarrar o cabelo como sempre costumava fazer, admirando-se com o quão diferente o seu rosto parecia ao apenas usá-lo solto e bastante mais curto.
E isto só com um corte de cabelo. Nem quero imaginar o que aconteceria com uma plástica…Aquilo em que se estava a tornar, não aquilo que tinha sido até aqui. Apenas aí Yuu percebeu que era isso que realmente importava.
Supera o teu pai. Fora o que o seu avô, já no seu leito de morte, a havia obrigado a prometer, mesmo sabendo o quão fraca e incompetente ela tinha sido até ali. Como poderia ela esperar fazer tal coisa se continuasse a recusar largar o seu passado? E o mais intrigante de tudo: como é que um simples corte de cabelo a poderia fazer chegar a tal conclusão?
Perto das 5 da manhã, Yuu finalmente fechou a porta de entrada da casa dos pais de Akari atrás de si o mais silenciosamente possível. Ao contrário do que pensara, a temperatura no exterior era bastante suportável, agradável até. A jovem vagueou pela vila durante algum tempo, e eram já 7 da manhã quando ela finalmente encontrou o campo de treino.
Tal como havia garantido no escritório do Hokage, Kazuki já lá se encontrava. Os cabelos do shinobi pareciam-lhe mais avermelhados do que ela recordava, mas tal podia simplesmente dever-se à cada vez mais intensa luz do sol. Também a própria expressão dele parecia diferente, mais séria e compenetrada. O shinobi não demorou muito tempo a notar a presença dela, e após as saudações necessárias foi ele o primeiro a expressar-se.
-Então, Yuu-san... O que é que decidiu?