https://www.youtube.com/watch?v=-MBxKmgisIg
-- Bem… eu conheço-te. –disse ela sentando-se á sua frente. Apoiou a cabeça sobre a mão e fechou os olhos. Quando os abriu, num movimento calmo poderia-se observar o Hisho Hinotegan, para espanto de Maiko…
-- Como… como é que…?
-- Como é que ela é tão rápida? Como é que ele ainda está vivo? Como é que eles ainda podem lutar? Como é que eu posso salvar a pessoa que amo…? – dizia aquela rapariga num tom calmo, mas analitico. – Bem eu sou todas as tuas perguntas… e todas as tuas respostas…
Maiko estava bastante confuso com toda aquela situação. Aquela rapariga, quem quer que ela fosse, conhecia bem Maiko, ou pelo menos conseguia-o enganar bem.
-- “ Akiro, Aoiro… O que faço? Algum sugestão?” – perguntava Maiko.
-- Oh eles não te vão ajudar… Pelo menos durante algum tempo… - disse a rapariga com um sorriso ajustando os seus oculos. – Ah e… ainda não me deste nenhum nome. – terminou com um sorriso que fez gelar a espinha de Maiko. Este levantou-se da cadeira rapidamente, deixando-a cair sonoramente na sala.
-- IMPOSSIVEL! – gritou Maiko, calando-se logo percebendo que para as outras pessoas este estava a falar sozinho. Começou a andar em direcção á saida deixando a rapariga para trás ainda sentada. – “Não não não… Akiro… Aoiro! Merda…” – Maiko percorria a sua mente para trás e para a frente procurando alguma resposta. Era aquele Doujutsu… Seria aquele um aviso? Maiko continuava na direcção da porta mas subitamente todo o lado esquerdo do seu corpo paralisou e deixou-se ficar imovel.
-- Não me parece que percebeste toda a seriedade do assunto… – Aquela rapariga de cabelo e olhos verdes encontrava-se á frente de Maiko. – Neste momento controlo todo o teu hemisferio esquerdo, controlando assim todo o lado direito do teu corpo. Isso implica claro as tuas mãos, pés… tudo. – Disse ela com um sorriso algo doce. Maiko encontrava-se sobre aquela enorme restrição. Por mais que tentasse não conseguia andar. Decidiu não resitir e disfarçar a situação. Afinal encontrava-se no meio de uma biblioteca, imovel. Agarrou num livro e começou a fingir que o lia.
-- ” O que tu queres, ou melhor…
– “Ou melhor quem sou eu?... Bem tal como os outros dois EU sou uma subracção do teu consciente… Podes dizer que eu sou a tua parte analitica. – Disse ela piscando-lhe o olho.
--” O que queres dizer com isso?
–Bem se o que te preocupa é se eu me vou opor a ti, prejudicar-te ou de alguma maneira causar-te preocupações… Bem meu querido, isso só tu poderás dizer. Por enquanto continuarei a explorar a tua intrigante psique… Deverás, muito interessante e per-tur-ba-da. – – Disse ela soletrando a ultima palavra calma e lentamente.
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Depois como se uma simples imagem na superficie de um rio desapareceu. Podia-se ouvir umas subtis gargalhadas.
Todo o corpo de Maiko voltou ao normal dando este um passo forçado na direcção da porta, por momentos quase deixando cair o livro. Colocou-o no sitio e saiu rapidamente da biblioteca, começando a procurar um local mais escondido. Finalmente encontrou-o junto á muralha de Suna. Sentou-se rapidamente na areia quente de Suna e uma forte luz branca inundou os seus olhos.
-- “Akiro… Aoiro!! Estão bem?” – gritava Maiko correndo na direcção dos dois. Estes encontravam-se amordaçados e atordoados, flutando no vazio branco daquela enorme sala. Maiko começou a destruir o que parecia ser ligaduras que rodeavam os braços e pernas de cada um. Estes caiam lentamente no chão e Maiko reparou nalgo que não tinha reparado ainda. Cada um possuia uma longa mas fina pena de um verde subtil, espetada na testa de cada. Maiko retirou-as num movimento rapido retornando o brilho aos olhos de Akiro e Aoiro. Ambos fizeram o mesmo, tentando recuperar o folgo como se de um longo mergulho tivessem realizado.
-- Como é que vocês estão? – perguntava rapidamente Maiko.
-- O que nos aconteceu? Quem era ela?
Maiko deixava-se cair no chão colocando a cabeça sobre os seus joelhos.
—Hey rapaz o que se passa?
-- Estou a começar a perder o controlo sobre mim mesmo… - disse Maiko
– Ora isso não é verdade Maiko… Estamos aqui para
-- ESTOU A FALAR COMIGO MESMO! Isso não é um sinal de sude mental! – Maiko explodiu e toda a sala explodiu e quebrou-se, trazendo-o á realidade… -- Akiko… Raiden… Onde estão? – perguntava Maiko erguendo a cabeça em direcção ao céu. As escassas nuvens brancas manchavam o céu azul com um pouco de serenidade, fazendo Maiko esquecer a brisa quente do deserto. Um pingo de sangue caia sobre o ombro de Maiko. Outro escorria pela sua face. O seu olho e orelha direita libertavam algum sangue, pequenas gotas que escorriam pelo seu corpo. Maiko olhava para o céu… fechando os olhos… lembrando-se dela.
Dimensão de Cristal
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-- SOLTA-ME!!!
-- EU VOU TE MATAR!!
-- Anda cá … e MORRE!!!
Uma figura masculina de cabelos loiros caminhava num passo calmo mas seguro por uma enorme prisão de cristal. Seguia uma e só uma direcção, com um só objectivo em mente.
-- Querido não me queres fazer um favor e libertares-me… ou pelo menos matar todos os outros. – dizia uma figura feminina envolta em fumo. O homem com um gesto simples com a mão projectava contra a parede oposta da sua prisão. Mas esta simplesmente voltava a formar a forma femenina novamente. - Um bocadinho de caos no Mundo não seria problema nenhum!- gritava ela já ao longe.
O silêncio lentamente aumentava assim como a carnificina e sangue seco no local. Cada cela que passava maior e mais antigo era a quantidade de sangue vertido nas paredes.
-- Ora ora ora… O recipiente voltou…
-- Katsura… - disse o Homem num tom baixo e num movimento rápido projectou-o contra uma parede mantendo-o cumprimido contra a mesma.
-- Estou a ver que fazes sempre *urgh* o mesmo truque para todos. – ria-se Katsura apesar de estar a ser fortemente pressionado contra a parede. Vários sombras emvolviam-no e tentavam ataca-lo saindo do solo e tentando perfura-lo mas era inutil tentar atacar aquele homem com aquela barreira na cela.
-- Preciso de respostas… E preciso delas agora. – disse o Homem apertando mais Katsura.
-- Muito bem, muito bem, eu falo… Mas primeiro solta-me… - Pedia Katsura. O homem baixou a sua mão libertando um pouco Katsura, que se agrupava numa sombra mais proxima. Katsura aproximava-se daquele homem loiro e com um sol nos olhos. – De que queres falar então…
-- Bem… Quero que me expliques o porque de dizeres que eu sou um recipiente. O que sabes sobre a Sayure-ue. – disse ele. Katsura esboçou um sorriso e pela primeira vez em muito tempo uma restia de luz emanou dos olhos de Katsura iluminando um pouco a sua cela.
-- Perfeito… - sussurou ele com um sorriso sarcastico.
Base Secundária - Entre o País do Fogo e o País da Terra
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Keitaso procurava um estojo medico para poder tratar como deve de ser a suas feridas. Enquanto procurava cuspia para as suas feridas uma mistura de saliva e bactérias super-corrosivas, que rapidamente devoravam a sua pele e carne morta.
-- Merda… Este veneno… Como é que ela o arranjou tão depressa… - queixava-se Keitaso esboçando um sorriso quando finalmente encontrou uma caixa de primeiros socorros. Abriu-a e lá dentro encontrou apenas sangue e alguns dedos cortados. – Merda para isto. – disse este atirando-a contra uma parede proxima. – Preciso de encontrar a Tsuma… - disse ele. A sua perna continuava cada vez mais a agravar-se, começando a cair pedaços de musculo e pele no chão.
Do outro lado da sala uma forma humana emergia da parede. Coberta pela escuridão Arata lentamente saia da parede, desviando-se da caixa que tinha sido recentemente atirado. Levou uma mão á manga da tunica e de lá retirou um pequeno leque negro com uma ave desenhada em ouro. Concentrou o seu chakra nele e com um rapido movimento de pulso criou um golpe de vento, silencioso e invisivel na direcção de Keitaso, que se encontrava do outro lado da sala de costas voltadas para Arata.