Ventos de Mudança
Chapter XIII
Sonho iludido…
- Citação :
- Maiko deixava-se cair no chão colocando a cabeça sobre os seus joelhos.
—Hey rapaz o que se passa?
-- Estou a começar a perder o controlo sobre mim mesmo… - disse Maiko
– Ora isso não é verdade Maiko… Estamos aqui para
-- ESTOU A FALAR COMIGO MESMO! Isso não é um sinal de saude mental! – Maiko explodiu e toda a sala explodiu e quebrou-se, trazendo-o á realidade… -- Akiko… Raiden… Onde estão? – perguntava Maiko erguendo a cabeça em direcção ao céu. As escassas nuvens brancas manchavam o céu azul com um pouco de serenidade, fazendo Maiko esquecer a brisa quente do deserto. Um pingo de sangue caia sobre o ombro de Maiko. Outro escorria pela sua face. O seu olho e orelha direita libertavam algum sangue, pequenas gotas que escorriam pelo seu corpo. Maiko olhava para o céu… fechando os olhos… lembrando-se dela.
Já se tinham passado pelo menos quinze dias desde este incidente. Maiko ficara mais alguns dias em Suna, ajudando Hitomi a encontrar uma casa em que alguem a acolhessem gratuitamente, e a explorar mais um pouco a cidade. Era dificil para Maiko ver a sua grande amiga longe de si. Sentia saudades dos velhos tempos em Kumo onde treinavam brincando aos ninjas, com Hitomi e Raiden e até com Serena. Agora, tudo isso parecia distante e inalcansavel. A vida em Konoha tambem não trazia grande agitação para Maiko. A sua avó continuava numa missão e ninguem o informava de nada, por mais que este pedisse. Tambem não lhe mentiam quando Maiko perguntava “Onde está a Avó?”, isso tinha ele confirmado por si proprio. A sua tia Naomi tambem se encontrava em multiplas missões, apenas aparecendo em casa para dar noticias ou reposousar, e as vezes até era um clone que trazia as noticias. Os dias de Maiko eram agora aborrecidos e tediosos. Tinha de fazer os treinos praticamente sozinho, visto que Kurenai estava ocupado com a ensinar alguns ninjas e Ino recusava-se a ensinar as técnicas do seu clã dizendo “Estás muito fraco ainda. Conseguia derrobar-te e controlar-te facilmente”. Maiko suplicava por alguma missão, algum desafio, mas até nisso o Hokage parecia estar contra ele, não conseguindo dar-lhe nenhuma missão.
Maiko suspirava, enquanto caminhava lentamente pelas ruas de Konoha dirigindo-se a casa de sua tia. O sol punha-se e o Chunnin via a sua sombra a aumentar consideravelmente. Ao lado da sua apareciam mais duas sombras já lhe familiares.
--
”Bored to much?” – perguntava Akiro com um tom de gozo mas tambem de tédio. Se Maiko não treinava ou lutava, ele muito menos.
-- “Nem digas nada… Daqui a pouco volto para Suna. Ao menos lá sempre tinha a Hitomi…” – pensou.
--
“Bem que podia-mos ir salvar a Ak- a sua fala foi interrompida. A segunda sombra movimentava-se rapidamente colocando a sua mão no que parecia ser a boca de Akiro.
--
”Bravo Akiro… Muito subtil” – sussurava Aoiro mandando Akiro calar-se. A sombra deste desaparecia do chão e logo em seguida a de Aorio tambem. Maiko suspirava fundo mais uma vez, coçando ao de leve o seu olho direito.
Passaram cinco minutos e, colocando a chave na porta e abrindo-a, entrou em casa. Não estava ninguem em casa. “Talvez foram visitar alguem e voltam tarde” pensou Maiko acerca da sua mãe e irmãos. A pequena sala onde se lembrava de passar muitas vezes feriados e dias especiais em pequeno com a sua familia, encontrava-se apenas iluminada por uma pequena luz, quase morta que se propagava a partir da lareira ampla. Maiko aproximou-se e colocou alguma lenha fina e com um movimento ascendente da mão o fogo aumentava rapidamente fazendo com que a lenha se quebrasse pouco depois.
Sem acender nenhuma luz dirigia-se para o seu quarto, não antes de ter preparado algum ramen instantaneo que iria comer no quarto. Ao virar a esquina entre a sala e o corredor deu um leve encontrão com Serena. Sem dizerem nada, apenas um rapido olhar, ambos seguiram o seu caminho. Serena encontrava-se diferente desde que Maiko vira de Suna, pelo menos fisicamente. O seu longo cabelo rosa, encontrava-se agora curto, pelos ombros, excepto uma parte central que mantinha presa numa forma de trança longa dentro de um pano respiravel branco. Apesar de agora estar apenas como trança, Maiko já podera observar em alguns treinos da sua prima que em batalha Serena usava uma lamina extremamente afiada presa ao cabelo que a protegia de ataques pelas costas. Defendia-se usando um jutsu de vento e apunhalava facilmente qualquer infeliz que quisesse ataca-la cobardemente.
Maiko continuava o seu caminho, subindo as escadas. No topo das escadas outra figura conhecida, mas recente para ele, aparecia no meio de uma espiral de distorção.
--
Alguma coisa se passa? – perguntoi Midoro. Maiko não falou, olhando-a nos olhos, parando por breves instantes, e depois seguindo o seu caminho entrando no seu quarto. –
Hey! HEY! Ao menos sê bem educado e fala comigo…-- Estou sem paciencia para discutir comigo mesmo sobre futilidades… - disse friamente Maiko, mas algo captou ligeiramente a sua curiosidade. Midoro não se chocou, mas sim desiludida, baixando um pouco a cabeça e sentando-se na cama.
--
Peço desculpa Maiko, mas nós somos parte de ti. – disse ela.
-- Uma parte não muito saudavel, devo dizer.
Um silêncio manteve-se no quarto, apenas quebrado pelo som da pelicula plástica do ramen instantaneo a abrir-se.
--
Bem, de qualquer forma planei um plano de treino para ti, com base no que tens pensado ultimamente. – Do seu kimono retirou um pequeno pregaminho que deixou em cima da cama de Maiko. -
Espero que te ajude a te preparar… – E desapareceu de seguida, sem fazer barulho. Com ela o pergaminho tambem desaparecia. De imediato Maiko recebia as ideias de Midoro para o seu plano. Maiko iria voltar aquela base da Karasuemo que tinha explorado com Serena e com Naomi, e iria treinar lá e explorar a base. Não só iria conhecer a base melhor, e quem sabe, outras tantas parecidas, como poderia encontrar algo importante, algo que desse um trunfo a Maiko.
-- Obrigado pessoal…- disse. Comeu o resto do ramem e despiu-se para um rápido banho. A água quente acalmava-o, e iria tornar o seu sono melhor.
Depressa entrou na sua cama com um pequeno sorriso e adormeceu.
Passaram-se cerca de duas horas desde que Maiko adormeceu. A noite lá fora já avançada, mostrava algumas estrelas mais corajosas a desafiar a luz vinda de Konoha. No quarto de Maiko, por cima da sua cabeça algo de estranho se criava. Uma esfera de cristal, bastante pequena começava a rodopiar crescendo lentamente. Passado pouco tempo estava do tamanho de um berlinde grande. Depois algo ainda mais bizarro aconteceu. Uma pequena retina aparecia, semi transparente. Observava o quarto de Maiko, até que o encontrou.
--
Ele está a dormir. Perfeito. – ouviu-se vindo daquela esfera de cristal. Desceu lentamente até que tocou e permaneceu na testa de Maiko. Uma aura de chakra tornava-se visivel em torno da esfera, e lentamente espalhava-se pela sua testa.
Um nevoiro rasteiro iluminava um local escuro, apenas iluminado por uma lua longicua, em quarto minguante. Ao longe ouviam-se passos abafados por uma água superficial. Duas gotas caiam na água, uma mais pequena que a outra, entre-curtando as pequenas ondas de água.
-- Onde estou? – perguntou-se Maiko, saindo de dentro do espesso nevoeiro. Olhava em frente e só via a escuridão, e a lua e o seu reflexo. – Estranho… Não conheço este recanto da minha mente. – fez uma pausa. Depois chamou-os: - Midoro! Aoiro! Akiro! – fez novamente uma pausa. – Alguem?! – Ninguem lhe respondeu. Suspirou fundo e continuou em frente, como já há algum tempo o fazia.
Instantes, segundos, minutos… talvez horas passaram. Dentro daquele local a sensação de tempo e espaço era completamente irrelevante. Finalmente, ao fundo daquela escuridão avistava uma pequena luz, suspensa por algo. Ao aproximar-se reparava que era um candeiro de rua, alto e feito de cristal. E depois outro, e mais outro. O facto de serem de cristal intrigavam Maiko. Á medida que avançava por aquele caminho de luz começava a avistar o que pareciam ser prédios altos e redondos. Começavam a tomar forma e mostravam-se, alguns, bem fixos e altos á montanha. Lentamente Maiko reconhecia aquele local. Lentamente, recordava-se de Kumogakure no Sato, a sua terra natal. Começava a reconhecer edificios, locais, sons. O som da água a correr ao longe fe-lo lembrar-se de uma enorme fonte que se encontrava numa zona de Kumo mais escondida. Apressou o passo. Há muito que não mergulhava as mãos naquela fonte. Finalmente viu-a, tal como se lembrava dela, até com alguns dos caracteristicos pássaros de Kumo. No centro da fonte, muitissimo bem trabalhado encontravam-se três ninjas, formando uma éspecia de triangulo, em que no centro, bem no alto, encontrava-se um ninja musculado empunhando um
tanto.
Maiko admirava a fonte e o seu redor quando algo fez despertar a sua atenção. Do outro lado da fonte encontrava-se sentada, de costas para cima, uma rapariga de longos cabelos negros. Maiko estremeceu.
--“Seria ela” – pensou ele. Devagar e cautelosamente caminhou até ela, contornando a fonte. Foi preciso apenas um olhar para ter a confirmação. Um olhar bastou. – AKIKO! – gritou ele de felicidade. A rapariga assustou-se. A sua cabeça, inclinada para baixo admirando o chão levantou-se num apice e olhou para Maiko. Sem perder tempo saltou do seu lugar e agarrou-se a Maiko, caindo os dois.
-- Maiko, oh Maiko tive tantas saudades tuas. – disse ela beijando-o de seguida. Os dois no chão não resistiram e durante longos momentos partilharam o mesmo beijo, longo e demorado, cheio de saudades e paixão. As mãos de Maiko acaricavam as costas de Akiko e esta por sua vez passava com a sua mão suave na cara do seu amado. Finalmente os dois estavam juntos. Sonho ou real Maiko não queria saber, mas se fosse um sonho não queria acordar nunca mais.
-- Eu amo-te. – disse Maiko olhando-a. Os seus rostos a poucos centimetros um do outro partilhavam a mesma respiração, o mesmo calor.
-- Eu nunca te esqueci. – disse Akiko sorrindo dando-lhe um pequeno beijo.
Maiko e Akiko encontravam-se agora sentados naquela fonte, de mãos dadas. Akiko ao colo do seu amado com um sorriso grandioso. Não partilhavam palavras. Essas poderiam ser sem sentido, mas as suas acções falavam mais alto. Esse silêncio foi cortado por Akiko.
-- Há dois meses que espero por ti… - disse num tom melancólico.
-- Há dois meses que tento encontrar-te… - disse Maiko com um pouco de culpa. – Ainda hoje estou há tua procura. – disse apertando com mais força a mão de Akiko, como se ela fosse fugir. Akiko sorriu.
-- Não és o único á minha procura. – disse sorrindo. – A tua avó tambem está a faze-lo.
-- A… A minha avó? Como o sabes? – perguntou Maiko.
-- Não sei, mas desde que fui raptada comecei a sentir chakra de outras pessoas. Sem saber andei sempre a sentir o teu chakra. – fez uma breve pausa. – Mas ultimamente tenho sentido o chakra da tua avó mais perto de mim.
-- Mas isso quer dizer que…
-- Sim. Acho que a tua avó está em Iwagakure. Ou pelo menos perto…
-- Sozinha? Mas isso é suicidio!
-- Desculpa… - disse Akiko com um tom de culpa e tristeza. Maiko depressa lhe deu mais um beijo dizendo que a culpa não era sua.
Mais duas gotas caiam da ponta do
Tanto do homem da estátua. A água que escorria da fonte tinha parado.
-- E como estão a Hitomi e o Raiden? Já se “juntaram” ? – perguntou rindo.
-- Bem… - Maiko colocou a mão na cabeça rindo-se um pouco forçadamente. – A Hitomi está em Suna a melhorar o seu controlo de marionetas… O Raiden partiu na direcção de Iwagakure para treinar – engoliu em seco – antes da Invasão.
Novamente um silêncio abateu-se sobre aquele local.
-- Ele está vivo. – disse Akiko interrompendo o silêncio. – Eu consigo senti-lo. Mas algo de estranho, pois parece-me que uma enorme nuvem de chakra o rodeia, que distorce o chakra dele.
-- Está vivo? Excelente… - disse Maiko felicissimo. Beijaram-se novamente.
Sons de passos ouviam-se subtilmente ao longe, como se alguem se aproximasse, lenta e vagarosamente.-- Eu sinto a perder-me, Maiko. Como se parte de mim estivesse a ser mudada, alterada. – disse Akiko. Maiko ficou sem saber o que dizer.
-- Irei procurar-te. Quer isto seja um sonho ou não, sei que estas viva…
-- Mas isto não é um sonho caro Maiko. – disse uma voz vinda das sombras. Maiko colocou-se logo numa posição defensiva em torno de Akiko. – Não precisas de ter medo. – disse aquele homem esboçando um sorriso meio escondido por baixo de um capuz.
-- Não te preocupes Maiko. – disse Akiko segurando-lhe a mão. – Esse é Kazou-sama. É ele que me têm mantido aqui, protegendo-me. – disse ela.
Maiko mantinha-se atento. Um homem estranho, que tapava a cara como ele o fazia era suspeito.
-- O-Obrigado. – disse Maiko. Kazou aproximou-se de Maiko e Akiko.
-- Infelizmente tenho uma má noticia para ambos, mas em particular para ti Akiko. – disse ele alarmando-os. – Este mundo que criei dentro da tua mente Akiko, e que agora transmiti ao Maiko-kun, está a desfazer-se. As defesas que coloquei estão em baixo e brevemente ela irá aparecer.
-- Ela? – perguntou Maiko. Akiko estremeceu e agarrou-se ao seu amado.
-- Mas porque?! Não consegues aguentar este mundo por mais tempo. Proteger-me dela? – questionava-se Akiko.
-- Peço mil perdões Akiko-sama. – disse Kazou.
-- Não… - disse Akiko lacrimejando. Maiko estava confuso mas sabia que tinha de reconfortar a sua amada.
-- Seja de quem estão a falar de certo que conseguimos vence-la. – disse Maiko optimista.
-- Não. Ela é muito forte para nós os três neste momento. –disse Kazou.
-- Maiko! Eu não te quero perder nem esquecer-te! – disse Akiko.
-- Isso nunca irá acontecer! – O ritmo calmo tornava-se mais agressivo e confuso. Akiko levava as mãos ao pescoço e retirava com cuidado um pequeno pendente que tinha ao pescoço.
-- Isto é para ti. – disse entregando o pendente a Maiko. – É a única coisa que tenho da minha mãe, e agora é teu. Guarda-o bem por favor.
Maiko recebia-o confuso e guardava-o na sua mão.
-- Temos de sair daqui Maiko. – disse Kazou cortando aquele momento. – Não sei por quanto tempo consigo manter-vos aqui. Talvez mais umas horas mas depois… Urg! – algo tinha atingido o ombro de Kazou. Uma espada de cristal tinha-o trespassado por completo.
-- NÃO! – exclamou Akiko correndo em direcção de Kazou, mas ficando parada no sitio onde estava, imovel, como se algo a prendesse.
-- Ora ora ora… Se não é o Primeiro. – Uma voz suave vinha das sombras, do mesmo local de onde tinha vindo aquela espada. Maiko reconhecia aquela voz, mas não se lembrava de onde. Lentamente o corpo de Akiko flutava e dirigia-se para a voz. Maiko agarrou a sua mão por breves instantes mas depois foi projectado para perto de Kazou.
Ao de leve, por cima da água, uma mulher descalça caminhava sobre as águas. Não tocava na água, mas criava pequenas ondinhas por de baixo dos seus pés.
-- TU! – disse Kazou. Com um selo a água que se encontrava á frente da mulher explodiu e cristalizou-se. Mas em vão. O cristal desfazia-se em pó no momento seguinte. A figura revelava-se. Uma mulher alta, bela, de longos cabelos cinzentos, soltos e um pouco selvagens caminhava em direcção ao grupo, com a mão estendida para Akiko. Esta lutava para se soltar, mas sem resultados.
-- Larga-a! – disse Maiko tentando cuspir uma bola de fogo mas não criando nada.
-- Patético. – disse Sayure. – É esta a tua defesa Kazou? Uma águinha de nada e esse rapaz? Deves estar mesmo muito fraco… - disse rindo-se com algum escarnio.
-- Tu devias morrer pelo que queres fazer. – disse Kazou cristalizando a ferida do seu ombro.
-- Morrer por tentar criar uma Utopia? Um mundo perfeito sem ódio? – disse.
Maiko saltava para tentar soltar Akiko, mas Sayure projectava-o novamente para trás com força. Akiko estava agora junto a Sayure. Esta mantinha os seus braços em torno dela, com um abraço.
-- Estou anciosa para que ela desperte. Mantiveste-a longe de mim durante dois meses, mas eu posso esperar até ser necessário. Mas hoje, ela será minha. – disse Sayure. Lentamente passou com a sua mão pelos olhos de Akiko. Os seus olhos negro mudavam lentamente. Primeiro ficaram purpuras acinzentados e depois uma estranha forma aparecia no centro dos seus olhos.
-- Não a vais levar! – gritaram Maiko e Kazou em simultaneo. O Hisho Hinotegan de Maiko activava-se e enumeras bolas de fogo apareciam por cima de Sayure. Kazou, com um movimento cristalizava-as e dava-lhes a forma de espadas de cristal e que desciam velozmente sobre Sayure. Trespassaram-na por completo, mas estranhamento não existia sangue. Sayure ria.
-- Pobres idiotas. Não me conseguem destruir aqui. Nem aqui nem agora. – disse esta levitando com Akiko alguns metros no ar. – Apenas destruiram este mundo com esse tolo ataque. – disse.
As espadas trespassavam o chão, e lentamente pequenas fendas apareciam vindas das espadas, prelongando-se rapidamente por todo aquele mundo.
-- Não… - disse Kazou com um tom de voz quase sem esperança.
-- Maiko… É esse o teu nome certo? – disse com um riso. – Vê esta rapariga pelo ultima vez. Se alguma vez a vires será a ultima. – disse Sayure. Ergeu a sua mão direita e estalou os dedos. As duas cristalizavam-se rapidamente explodindo libertando centenas de pequenos cristais.
-- NÃOOOOO! – gritou Maiko em furia. – Perdia-a novamente!
-- Maiko rápido, saí daqui! – gritou Kazou. O seu mundo quebrava-se e desfazia-se num apice. Correu em direcção a Maiko e com um murro forte na sua testa projectou-o para longe.
Akiko acordava. Uma massissa onda de chakra emanava dela, tão forte que cristalizou aquela sala num instante. Os seus olhos abriam-se revelando-se diferentes. Os seus olhos outrora negros, encontravam-se agora purpuras-acinzentados, e bem no centro de ambos os olhos, uma pequena estrela de quatro pontas rodava sobre si.
-- Ela acordou! Ela acordou! – dizia um médico entrando de rompante no seu quarto. Akiko olhou para ele e quase sem pensar emitiu outra onda de chakra grotesca, cristalizando-o quase de seguida.
Respirava fundo, e colocava os seus pés no chão, pela primeira vez passados dois meses.
Um espelho cristalizava-se á sua frente, como se fosse uma flor…
O estranho olho que se encontrava na testa de Maiko partia-se e este acordava instantaneamente. Os seus olhos abriram-se e as duas pequenas estrelas dos seus olhos separavam-se, dando lugar a uma nova estrela. O seu quarto encontrava-se a arder, com chamas de um amarelo claro.
-- MAIKO! MAIKO! – gritava a sua mãe do outro lado da porta.
-- Eu estou bem! – gritou Maiko tossindo. Tentava sair do seu quarto mas as chamas estavam bastante quentes.
-- FUUTON- ATSUGAI! – gritou a sua mãe. A porta ficara arrombada, mostrando a figura da sua mãe bastante preocupada.
-- Eu paro-as! – disse Maiko. Fazia força com as duas mãos para baixo, como se empurrasse algo. Lentamente as chamas diminuiam, mas não era o suficiente.
-- Afastem-se! – gritou Serena. Entre as suas mãos encontrava-se uma esfera de água que rapidamente apagava e congelava a entrada do quarto de Maiko.
-- Saí agora Maiko! Salva-te! – disse a sua mãe.
-- “Salvo-me a mim, mas não consigo salva-la… Salvo-me a mim, mas continuo a ser um inutil…” Não! Eu apago-as agora! – gritou Maiko com furia. Com um movimento rápido com as mãos, um movimento com força e furia, as chamas extinguiram-se quase de imediato. – Consegui… - disse Maiko. O seu olho direito encontrava-se cheio de sangue, e Maiko caía redondo no chão…
Um espelho cristalizava-se á sua frente, como se fosse uma flor…Do outro lado do espelho aparecia a imagem de Sayure.
-- Como estás minha querida? – perguntou suavemente.
Akiko ficou a olhar para ela confusa e depois respondeu.
--
Quem sou eu? Na mão aberta de Maiko, que estava inconsciente para preocupação de todos, encontrava-se um pequeno pendente, reconhecido apenas por este... Qual é o limite entre o sonho e a realidade?________________________________________
Final desta Saga… finally.
Quero comentários, opiniões e teorias do que se passou com a Akiko e assim :3