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Suishou Torido
Chapter III
Corpos Roubados
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- Preparado para o jogo do rato e do gato? – Perguntou Seyur fazendo alguns selos e criando uma bola de raios na mão, furando a parede de terra.
- Sempre adorei ser o gato. – Disse Maiko – Também...Nunca fui o rato.O corredor era longo mas afunilado, expandindo-se á medida que aquela pessoa caminhava. Era como se á sua passagem o corredor se alterasse.
-- Rápido! – gritou Seyur correndo atrás dele. Maiko concentrou algum chakra e criou algumas rajadas de fogo que iluminavam o corredor sombriu.
-- Nem pensem que me vão apanhar seus cadavares!!! – gritou o homem. Notava-se que estava a fazer selos e de subito dezenas de senbous. Em simultaneo Maiko e Seyur criam duas barreiras, de Raiton e Fuuton respectivamente. As senbous destruiam-se quase de imediato.
O passo do homem era lento e rapidamente Maiko e Seyur conseguiram ve-lo melhor, e encurala-lo. A sua cara encontrava-se sériamente deformada, pelo menos o seu lado direito. O seu pequeno olho mostrava-se praticamente sem brilho, quase cego.
-- MONSTROS! – disse o homem entrando num panico diferente de um panico normal. Parecia feliz… asssustado mas feliz.
-- Acalme-se… Somos ninjas de Kumo. Vimos em ajuda. – disse Seyur tentando segurar o homem, mas inutilmente pois este tentava morder Seyur.
-- Não me vão enganar novamente com esses vossos truques… Não depois do que me aconteceu! – gritou o homem. Levantou-se desajeitadamente pontapeando Maiko e acionando um dispositivo escondido algures no fundo do corredor, que até então era um beco sem saida.
Ouviu-se uma enorme e pesada pedra a mover-se, a recuar libertando algum pó. Os limites entre a porta e a parede tornavam-se mais salientes.
-- Maiko ele não pode fugir. Não neste estado! – gritou Seyur tentando agarrar o homem que continuava a fugir e esquivando-se do Chunnin.
-- Afasta-te! – disse Maiko. Fez dois selos e em seguida extendeu as mãos ao homem. Correntes começavam a sair do corredor prendendo o homem, quase de seguida. As correntes pareciam lentas, quase estaticas, como se algo estivesse a interferir no chakra do homem.
-- Uff… - disse Seyur suspirando a tentativa falhada de Maiko. Realizou dois selos e disse “Shirei Aruku no Jutsu”. Uma explosão de chakra rodeou Seyur e este correu a uma velocidade mais acelarada que o normal. Estava quase a apanhar o homem, colocava-se pronto, de braços abertos, para fazer uma placagem ao homem quando este juntou as mãos formando um selo invulgar. Quando Seyur o agarrou o seu corpo era como se fosse o de um Bunshin, sem forma, apenas imagem. Seyur rebolava devido á má queda, e embatia contra uma parede de costas, de cabeça para baixo. Ainda confuso Seyur perguntou:
-- O que aconteceu Maiko?
-- Ele… ele simplesmente desapareceu. – Disse Maiko tambem confuso.
-- Seria alguma espécie de Bunshin especial ou de alguma Kekke Genkai? – perguntou o pequeno Chunnin.
-- Não… Parecia-me mais um jutsu de invocação. Ou neste caso, contra-invocação. – disse Maiko esticando a mão a Seyur ajudando-o a subir. – Seja o que quer que tenha sido não estou a gostar deste local.
-- Somos dois. – disse Seyur. – Á pouca água, pouca luz… pouca vida.
-- Voltamos e pedimos mais reforços? – disse Maiko. Seyur abanou a cabeça, passando a mão sobre o cabelo sacudindo-o.
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Numa outra sala, não muito distante de Seyur e Maiko…
Uma figura, quase transparente começava a surgir a cerca de um metro e meio de altura, em pleno ar. Uma pequena onda de chakra fe-la tornar sólida. O estranho homem respirava fundo, quase como se tivesse mergulhado muito fundo. Devido á altura, e da estranha pose em que “aterrou”, caiu de cu e depois de costas, violentamente no chão. Levantou-se passado algum tempo, dorido e cansado. A sala estava praticamente ás escuras, apenas iluminada por uma pequena vela. Pequenos vultos negros tremeliam sob a pequena e ténua luz laranja. O homem agarrou na pequena vela e com algum cuidado começou a acender outras velas que se encontravam espalhadas pela sala. Com cada vela acessa o ambiente macabro daquela sala aumentava cada vez mais. Corpos humanos, ora pendurados como se simples pedaços de carne, ou ainda de peito aberto sobre uma mesa de metal, jaziam na escuridão daquela sala. Pelo menos três encontravam-se pendurados, de mãos atadas e rostos desfigurados, enquanto que outros dois encontravam-se em mesas de metal, tambem estes visivelmente mal tratados. Havia outro ainda que se encontrava num canto, como se algo velho e usado. Este era aquele em que mais se via a loucura de quem tinha feito aquilo. Faltava-lhe um braço, um dos seus olhos tinha desaparecido, enquanto que outro encontrava-se a baloiçar da sua orbita. A sua caixa toráxica, agora visivel devido á falta de pele e musculo, estava partida, com algumas costelas a faltar.
-- Inuteis pedaços de carne… Nem sobreviveram duas horas… - disse o homem com um olhar de desdem. Os seus olhos brilhavam num tom de vermelho sobre a luz ténue das velas, enquanto lançava um olhar de desdem sobre as suas experiências passadas. Agarrou numa vela mais larga e alta, sobre a qual a chama era maior e mais luminosa. Vagarosamente caminhava sobre o chão sujo, vil, que reflectia a chama da vela sob pequenas poças de sangue que ainda não estavam estagnadas. Com uma mão enrugada agarrou numa maçaneta de metal enfurregado pelo sangue. Com um ligeiro clic a porta abriu-se. Do outro lado escuridão.
O Homem caminhava sob o mesmo ritmo. Com cada passada iluminava um rosto, um corpo quase nu, de pele branca, ferida, doente. Mais pessoas, tanto homens como mulheres, que pareciam ter sido aprovadas pelo homem. Encontravam-se reclinadas sobre enormes cadeiras, mas não se encontravam sentadas. Fios e sensores estavam fixos ás suas cabeças e orgãos vitais. Mais um passo mostrou o que parecia ser uma maquina, tambem esta cheia de sangue, com o seu ecrã desligado e ligeiramente rachado. Aquele corredor de corpos continuava, e entre um numero certo de corpos via-se outra máquina, tambem esta desligada, como tantas outras naquela sala. No centro da sala uma pequena mesa encontrava-se. Dois movimentos rápidos com a vela, iluminaram o resto das velas que se encontravam na sala. No centro encontrava-se o que parecia ser uma pequena cupula de vidro com um papel em tons de um castanho claro, escritos com um Kanji quase ilegivel. No lado esquerdo encontrava-se uma mão, voltada para baixo. Na palma da mão encontrava-se uma cicatriz profundo, cravada com fogo e ferro. Três espirais pequenas que se dirigiam na mesma direcção, formando uma éspecie de flor. A mão, preservada dentro de um estranho liquido, mantinha-se a boiar, lenta e suavemente.
-- É hoje… É hoje que eles vão ver… - dizia o homem quase num sussuro. – HOJE! Hoje ela vai ver que eu era de confiança, que conseguia fazer o que ela me tinha pedido. – gritava ele. – HOJE ELES VIVERÃO! – gritou, fazendo uma pausa entre cada palavra.
No seu lado direito encontrava-se uma adaga de prata, meticulosamente limpa. Agarrou nela e num golpe profundo apunhalou-se no coração. A adaga começava a imitir uma aura azulada. O homem, no limiar das suas forças começava a fazer selos. Partiu aquele objecto de vidro e agarrou no papel com todas as suas forças. Concentrou o restante chakra no papel e este soltou-se como se nada tivesse ocorrido. Ao retirar o papel uma movimentação na sala ocorreu, começando a sala a oscilar. Retirou a adaga do seu coração e espetou-a onde se encontrava previamente o papel, onda agora se encontrava um enorme circulo negro, criado com kanjis tão pequenos que eram quase indetectaveis. A adaga expeliu todo o chakra que tinha absorvido e os kanjis brilharam. Um feixe de luz vertical projectava-se no tecto, destruindo-o, revelando o céu azul, iluminando a restante sala. Em simultaneo todos aqueles corpos pareciam ser injectados com aquele chakra, e mesmo de olhos fechados os seus olhos brilhavam de um azul vivo…
-- É agora… - disse o homem, mas foi agarrado por uma mão branca, e depois por outra. Sem resistir começava a ser puxado para o centro de um grupo das suas experiencias. Um grito e uma enorme mancha de sangue foram as unicas coisas que se viram e ouviram… a sua ultima acção foi ser morto pelas suas próprias experiências…
Maiko e Seyur derigiam-se para a saída da aldeia quando um feixe de luz azulada se ergueu bem alto no céu.
-- O que é aquilo? – perguntou curioso Maiko. Seyur ficou a observar o feixe á medida que uma enorme cupula se parecia movimentar em forma descendente.
-- Aquilo… CORRE! – disse Seyur puxando Maiko á medida que começava a correr.
Uma enorme parede de chakra descia rapidamente os céus. Começava a aproximar-se do solo mesmo em frente de Maiko e Seyur. Por fim tocou no chão, criando uma pequena explosão em redor de toda a aldeia que projectou Seyur e Maiko alguns metros. Quando o pó acentou uma parede de vidro, ou algo que parecia ser vidro, encontrava-se á sua frente.
-- O que aconteceu? – perguntou Maiko segurando os seus oculos.
-- Acho que estamos presos… - disse Seyur olhando para cima, vendo que toda aquela parede de vidro continuava em forma de cupula…
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Traped like mouse... with giant zombie cats :3