- Eu… eu sou o Kiba. Sou o vosso filho… - diz ele deixando novamente os dois boquiabertos – Não sei o que se está a passar aqui. Mas só pode ser uma coisa… - Kiba voltou as costas e continuou com os dois Chuunins para a mansão do Kage.
À medida que Kiba se ia afastando, o casal shinobi começou-se a rir em tom de gozo, como se em algum universo aquilo fosse possível. Kiba reparou e não ligou, pois apesar de confuso era o que achava mais provável.
- “Ao menos que se orgulhem do filho que vão ter…” – pensava ele melancólico e taciturno. Lentamente, tudo se começava a tornar escuro e lento até que fica completamente negro e parado. Nada se conseguia ver naquele manto preto que cobria Suna, apenas uma criatura pequena e deformada que se aproximava de Kiba.
- Eheh… - dá uma pequena gargalhada e pedaços de cristal começaram a brotar da pele dele, transformando-se este num espelho que reflectia a imagem de Sayure, a mulher que Kiba havia visto antes de ir para aquele lugar.
- Tu! Quem és tu!? – perguntava ele furioso e lembrando-se da imagem espelhada no dia em que Iwagakure havia sido invadida - O que me fizeste?! Onde estou!? Porquê!? – Kiba estava furioso, mas pouco podia fazer, estava como paralisado com uma espécie de medo. Kiba não obteve resposta da grandiosa mulher, apenas uma pequena aura azul que envolvia os olhos dela, fazendo com que uma fina e rápida linha vermelha liquida descesse do seu olho até cair no chão.
- Kiba… a tua presença aqui não foi propositada, antes pelo contrário, foi um acidente. Estás num tempo completamente diferente, mais propriamente dezoito anos atrás – diz ela largando mais uns quantos fios de sangue – apenas isso, está a criar uma estonteante distorção no tempo-espaço continuum.
- Nani!? “Bem, era quase óbvio mas…” – Kiba estava estupefacto, apenas uma questão lhe surgia na cabeça – Quem és tu ao certo?! Eu vi-te… num daqueles espelhos quando Iwagakure se tornou pó… és a líder da…
- Isso não interessa… ou interessa? Está no passado e existem perigos que não imaginas…
- Perigos?
- Não faças nem um pequeno erro nessa tua estadia… nem um. Existe a possibilidade que qualquer erro pode criar complicações tremendas e abismais no futuro. E se cometeres… - diz Sayure com um frio sorriso, embebido num pouco de sangue – se cometeres algum erro, estarás perante os limpadores – Kiba ficou com uma cara confusa – sim, limpadores. São seres tão poderosos que até ausentes do tempo e espaço são… E matar-te-ão, sem que tenhas qualquer hipótese.
- Mas porque?! Quem és tu!? O que é que eu faço!? – Kiba não obteve qualquer resposta, não obteve nada daquela mulher a não ser um sorriso. Depois disso, o espelho quebrou-se e tudo voltou ao normal, como se nada se tivesse passado, Kiba e os Chuunin continuavam a andar – “mas que merda se está a passar aqui, porra!?”
Em dois minutos chegaram à mansão do Kazekage, onde Kiba confrontou o Yondaime com o seu hitaite e a sua máscara de ANBU.
- Mas eu não sei nada de ti, não te conheço – dizia o Kage desconfiado – mas para te ser dado esse cargo, seja por que vila for… é porque talvez sejas bem poderoso e útil.
- Mas porra, não vê o hitaite!? – dizia Kiba enraivecido e fazendo o seu chakra se mostrar naquela sala.
- Porra. Mas quem és tu!? Nunca senti este chakra por estas bandas… quem és tu!?
- Kiba! E sou ANBU de Suna! – diz o rapaz com uma aura de chakra que o envolvia.
- Muito bem, acalma-te – Kiba acatou as ordens do Kage e parou com aquele aparato todo – vais ser entregue ao Hasseki, um dos melhores shinobis da nossa vila para ele te supervisionar e depois veremos o que fazer contigo.
- “Pai? Muito bem, vamos a isto” – pensava Kiba satisfeito, já começava a entrar no jogo. Estava a tentar passar despercebido e conhecer o seu pai.
- Toma isto, e leva-o até ao Hasseki, alguém te dá as indicações à casa dele… “porra, tenho medo que aconteça alguma coisa ao Hasseki mas…” - diz o Yondaime Kazeka finalizando de assinar um scroll, e enrolando-o para posteriormente entregar a Kiba.
- Hai… não preciso de indicações – diz Kiba desaparecendo numa nuvem de fumo.
- “Rapaz esquesito…” Hiki! – disse ele para a porta. Um ANBU entrou e acenou – manda uma carta para Konoha chama-me o Kiryouryouko, líder do clã Kajuimamoto. E já agora… manda alguém seguir aquele gajo, não confio muito nele para andar por aí sozinho – diz o Kage com um ar frio. O ANBU acenou novamente e desapareceu.