- AARRGH! – Rima acabara de ser apanhada na explosão de uma das esferas, acabando por sofrer danos na perna direita, mas nada que a incapacitasse, o ninja sorriu desagradavelmente e deu-lhe um soco que a fez ir contra a parede da cabine do comandante, aproximou-se da rapariga caída e ergueu-a segurando-a pelo pescoço até a olhar nos olhos.
- Então princesinha, entregas-me o príncipe ou não?- Vai-te lixar. – Respondeu cuspindo para os olhos do oponente e aplicando-lhe um potentíssimo pontapé nos genitais que fez com que o homem se vergasse, gemendo de dor. Concentrou chakra e força nos dois punhos e no momento em que o ninja se levantou, gritou. – Jishin Ouda!
Rima atingira o ninja mesmo em cheio no abdómen, projectando-o contra as barras de segurança do navio, despedaçando-as e caindo no mar, aparentemente sem sentidos.
Por seu lado Tenshin e Kenichi pareciam estar na mó de cima, utilizando fios ninja, o Yamanaka utilizara o Chakra Kami Nawa para imobilizar o adversário que Kenichi deixara sem sentidos com Pinch Hooper Plague, que acabou também por cair à água.
- Boa! Eu sabia que conseguíamos! – Exclamou Tenshin ajeitando a franja.
- À instantes não tinhas tanta a certeza menina. – Troçou Rima olhando o colega de lado, o que fez com que Kenichi soltasse uma gargalhada e Tenshin desviasse o rosto ofendido. –
- Atenção! Chegaremos ao porto da Vila da Lua dentro de minutos! – Anunciou o capitão, Rima entrou na cabine para informar a sensei e deu com ela debruçada sobre a sanita a vomitar, cuja cara apresentava um alarmante tom verde.
- Ela vai ficar bem Rima-san. – Disse Lee com o seu habitual sorrisinho “colgate”.
- Até me admira ela ainda ter o que vomitar. – Brincou Rima
Alguns minutos depois a comitiva do Príncipe da Lua desembarcava em terra firme, e com a sensei de Rima ainda a cambalear ligeiramente com a indisposição, seguiram para o Palácio da Ilha. Os ninjas observavam com admiração as ruas coloridas e barulhentas e a azáfama dos preparativos para o grande Festival, foi então que um homem de cabelos negros e barba por fazer interpelou a comitiva, e Rima pensando tratar-se de um assassino contratado para matar o príncipe não tardou a encostar-lhe uma kunai à maçã de Adão.
- Então Ori, já não me reconheces? – Perguntou o homem, assustado com a postura agrassiva de Rima.
- Ori? Orihime? – Perguntou Rima confusa arqueando a sobrancelha. – Eu sou a filha dela.
- Filha? – Perguntou, apanhado de surpresa, mas depressa se recompos. – É por isso que és tão parecida com ela. Presumo que sejas filha do Isshin, certo?
- Olhe lá, mas que raio é você? – Perguntou irritada ainda sem diminuir a pressão da kunai contra o pescoço do estranho. – E como conheçe os meus pais?
- Sou um velho amigo. – Respondeu com um sorriso, Rima no entanto não suavizou a sua expressão. Tinha um mau pressentimento em relação àquele homem.
- Anda Rima-san, este senhor não é uma ameaça. – Disse Lee puxando Rima pelo ombro. – Pedimos desculpa pelo incómodo.
O grupo continuou o seu caminho, e Rima olhou uma última vez para o estranho que acenava e lhe sorria, olhou o sensei que adquirira uma expressão séria.
- Quem era aquele? – Perguntou a Kunoichi a Lee. – E como conheçe os meus pais?
- Não sei. – Respondeu. – Mas há algo nele que não me cheira bem.
- Pensei exactamente no mesmo. – Anuiu Rima. – Será que…
- AAAHhh! – Gritou, ou melhor guinchou Tenshin. – Digam-me que isto não é dejectos de bovino!
[Konoha, Mansão do Clã Kurohoshi]
- Ou seja, sugeres que a Rima seja liberta dos encargos de Herdeira do Clã? – Perguntou Isshin olhando Orihime em descrença. – Isso não é possível.
- Porra Isshin, queres perder outra filha? A única filha que te resta?
- A culpa foi tua! Foste tu que a tiraste de mim! – Vociferou Isshin, batendo com o punho na mesa e fazendo o bule e as chávenas de chá estremecerem.
- Pára de agir como um puto mimado! Foste tu que me forçaste a isto! Eu não me esqueço que atiraste uma espada às costas da Sora quando ela tinha cinco anos! – Apontando o dedo ao homem à sua frente com o olhar enraivecido.
- Era um treino! – Argumentou Isshin.
- E ela era uma criança! E tu tiraste-lhe isso! Eu não podia deixar que fizesses isso à Rima.
- Fiz o que ditavam as regras, sabes que não tinha outra escolha. -
- Como é que pudeste enganar-me tanto… - Murmurou a kunoichi, deixando Isshin com uma expressão confusa. – Dizias que ias mudar tudo, que não querias saber das regras, que os nossos filhos iam ter uma infância normal, e olha o que aconteceu. A mais velha morreu pela tua demanda estúpida pela permanência do teu sangue na chefia do clã, e a mais nova odeia-nos. Não foi isto que eu imaginei quando nos casámos…
- Façamos um acordo. – Diz isshin num tom mais calmo. – Eu não nomeio a Rima a próxima chefe do clã nem a vou sujeitar aos testes, mas…
- Mas? – Impancientou-se Orihime.
- Ela tem de ser treinada como manda o protocolo, no Mundo Sagrado. – Declarou sério, e Orihime expirou profundamente.
[Suna, Casa da Rima]
- Cheguei! – Anunciou Sasame entrando em casa. – Oi Ichi! Já podes ir.
O rapaz nada disse, limitou-se a levantar do sofá de onde vigiava Sora que brincava com uma boneca de trapos, a menina ao ver Sasame correu para os seus braços e depositou-lhe um beijo na face da kunoichi.
- Ichi! Espera! – Ainda chamou Sasame, mas Ichimaru já havia saído porta fora, a kunoichi suspirou aborrecida. – Nem sabes a falta que fazes Sora…
A pequena olhou a rapariga que a segurava confusa ao ouvir o seu nome, Sasame sorriu e beijou-lhe a testa.
[Algures no país da Lua]
Um homem encontrava-se sentado à mesa, debicando um pedaço de pão e queijo com uma faca de ponta e mola, com um sorriso sinistro e um brilho doentio no olhar.
- Com que então a fedelha da Ori está cá, hum?... Acho que não há mal nenhum em alterar o meu grande plano. – Disse colocando mais um pedaço de queijo no pão e devorando-o enquanto um brilho assassino lhe tomava conta do olhar.
..::Continua::..
E eis mais um “enche-chouriços” para reanimar a mini-saga.
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