Aviso já... é um pouco enche-choriços...
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Ventos de Bonança
Chapter VI
O Acordar para o Teste Final
- Citação :
- A dor parecia abrandar, mas o escuro era agora tingido por vermelho. Começava a sangrar dos meus olhos, a cuspir sangue, as minhas mãos pareciam queimadas e não conseguia respirar. A dor desapareceu… assim como tudo…
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-- Como é que ele está? – A voz abafada e longínqua de Masa ouvia-se quase num murmúrio.
-- Estável… mas na mesma. – Respondia um monge com uma longa túnica branca. – Ao menos já abriu os olhos. – Disse ele sem grande alegria na voz.
Maiko encontrava-se numa cama deitado. Possuía as mãos e algumas porções dos braços cobertos por ligaduras e até á pouco tempo estava a ser tratado por alguns médicos vindos de Konoha a pedido de Sora. Estava de olhos abertos, mas não se movia. O seu olhar, baço, sem vida, não dava grandes esperanças aos médicos. Masa aproximava-se da cama onde Maiko estava. Sora tinha chegado ao templo no dia anterior ao acidente e soube logo das notícias através de Masa.
-- Sora! Sora- kun! – Gritava Masa correndo na direcção do Portão do Templo do Fogo.
-- O que se passa? – Perguntava Sora observando a preocupação na cara da sua aluna.
-- É o Maiko… ele… morreu. – Disse Masa num tom sério.
Tanto Masa como Sora fixavam o seu olhar nas mãos de Maiko. As ligaduras escondiam o que até bem pouco tempo era um monte de carne queimada. Sora olhava para Masa.
-- Fala… - disse Masa sem olhar para Sora. – O que queres?
-- Foi uma má ideia leva-lo para a cascata sem ninguém. – Disse Sora num tom reprovativo. – Sabes muito bem que tu…
-- Não precisas de ralhar mais comigo. – Disse Masa num tom condescendente. Não parecia a mesma Masa que respondia sempre torto a Maiko e que lhe metia um respeito tremendo. Estava mais calma, menos segura dos seus actos.
Sora respirou fundo e olhava para a face de Maiko. Estava calmo, de olhos abertos deixados assim pelo médico.
-- “Incompetente…” – disse Sora ao levantar-se para fechar os olhos de Maiko. Aproximava a sua mão dos olhos de Maiko que por momentos faiscavam com um misto rápido de cores antes de ficarem negros e baços novamente. Sora arrastava as pálpebras de Maiko, sem ter notado nada.
Há dois dias atrás Maiko entrava numa cascata gelada, apenas para sair dela em chamas, a gritar e visivelmente perturbado. Masa não conseguiu socorre-lo a tempo e as chamas que rodeavam as suas mãos queimaram-no profundamente. Desde esse dia Maiko mantivera-se num estado de coma profundo, sem reacções.
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A escuridão mantinha-se, cerrada, profunda e negra. Uma figura mantinha-se a flutuar coberta pela escuridão. De costas arqueadas para trás e cabeça pendurada Maiko mantinha o seu olhar fixo, no tecto abobado que não existia. Não se conseguia mexer, apenas os seus olhos cor de âmbar.
--
Maiko… – uma voz calma mas longínqua quebrava o silêncio da escuridão. Era uma voz doce e benevolente que o chunnin conhecia tão bem.
Da escuridão um pequeno ponto luminoso surgia gradualmente bem por cima dele. Da luz um pequeno fio formava-se, movendo-se calmamente como se debaixo de água estivesse. E depois… depois um pequeno pendente surgia.
--
Maiko… – a mesma voz, doce e benevolente chamava-o uma outra vez. Os olhos começavam a brilhar ao reconhecer aquela doce voz. O seu dedo indicador começava a mexer, numa convulsão involuntária. Apontava para cima, para o pendente. Lentamente a sua mão erguia-se do seu corpo arqueado. Os seus olhos começavam a ficar menos baços e começava a ter controlo sobre o seu corpo.
-- Como é que ele está? – A voz abafada e longínqua de Masa ouvia-se quase num murmúrio. -- Masa?... – pensava Maiko. Ouvia a voz dela agora. Parecia… tão perto. A sua mão arrastava-se agora pela sua cara numa tentativa quase inútil de se esticar e agarrar aquela luz, aquele pendente que permanecia a ilumina-lo, a protege-lo da escuridão.
-- Estável… mas na mesma. – Respondia um monge com uma longa túnica branca. – Ao menos já abriu os olhos. – Disse ele sem grande alegria na voz. A escuridão começava a desaparecer gradualmente e da luz emanada pelo pendente surgia um tecto ladrilhado de cores cinzentas. A mão esticada continuava a aproximar-se do pendente.
Subitamente o tecto desaparecia a face de Sora surgia. Aquele olhar penetrante aumentava o espanto de Maiko.
-- “Sora-Sensei?...” – pensava este esticando ainda mais tentando apanhar o pendente. Nesse instante vários vultos de cores diferentes surgiam ao lado de Maiko. Várias mãos, de diversos brilhos vivos, agarravam na minha luz puxando-o na direcção do pendente. Mas eis que, de um momento para o outro, já tão perto do pendente, a mão de Sora torna-se o tecto e a luz do pendente desaparece, com o arrastar da luz.
-- “Não….” – dizia Maiko num tom dormente. – “Estava tão perto… tão… perto”
--
“Não desistas agora…”--
“Depois de tanto esforço… vá… estas lá quase… Não falhes…” --
“Nem penses em desistir … Maiko.” -- “Desistir… falhar… errar… Não! Não posso deixar …” – pensava Maiko numa súbita explosão que acalmou de imediato – “Por ela… aquele pendente… foi a ultima coisa que ela me deu” – pensava num tom calmo, entristecido, mas que depois se transformou em energia e vontade. – “Nunca desistir! NUNCA!” – gritou Maiko mentalmente. Os vultos agarraram na mão de Maiko e assim como este ergueram-se rapidamente. Um brilho de luz surgiu e foi logo capturado pela mão do Chunnin. Toda aquela escuridão parecia gritar e contorcer-se na explosão de luz que ocorreu a seguir. Feixes de luz trespassavam o negro da escuridão, rasgando-a, mostrando aquela sala, impecavelmente branca. Maiko caia com força no chão branco da sala, bem no centro do círculo. Ergueu-se subitamente.
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-- Maiko! – Gritou Masa alarmada. Aproximando-se de Maiko. Sora agarrou-lhe as costas para este não voltar a cair. Os olhos baços de Maiko mostravam agora sinais de vida mas este ainda não se conseguia mover ainda.
De súbito uma explosão de chakra tentava empurrar Sora e Masa mas estes não se moveram. Foi nesse momento que, num folgo profundo tudo voltou ao normal para Maiko. Parecia que lhe tinham privado o doce ar por anos. Os seus movimentos estavam ainda ligeiramente presos mas este já se movia ligeiramente. Fixava o olhar em Masa e em Sora e esboçando um leve sorriso disse um alegre mas fraco:
-- Bom dia…
Maiko ouviu um enorme sermão de Masa, que por sua vez ouvia um sermão de Sora por ter deixado Maiko ir para a Cascata só com ela.
Os três mantiveram-se depois com um plano apertado de treinos, em parte para tentar cumprir com o horário devido aos dois dias perdidos. Sora ensinava-lhe várias técnicas Fuuton que derrubavam quase sempre Maiko enquanto Masa treinava o corpo de Maiko com o que esta sabia, o que levava muitas vezes a Maiko cair no chão cansado e completamente dorido depois do enxerto de porrada que levava de Masa.
Os dias passaram-se e finalmente o ultimo dia tinha chegado, onde Maiko iria provar que aquele tempo no Templo do Fogo não tinha sido em vão…_________________
Estava a ver que não acabava este enche chouriço ainda hoje.... Bem... boa leitura. Proximo é um treino com a luta entre Maiko Vs Sora e Masa.
Isto supostamente era para ter uma série de treinos pelo meio mas... para que?
O Maiko já esta mais forte nesta altura da minha historia do que eu queria e não preciso de mais treinos. Talvez até meta o treino em filler ^-^''
Ah! E antes que me esqueça... Convidado se estas a ler ist e não comentares... levas porrada -_-''