Deixando o acampamento após o almoço, Ran levou consigo o restante do material que havia comprado na vila logo cedo. Já possuía a idéia do que iria fazer e havia comprado o material para isso. No caso, agora só lhe faltava concretizar seu desejo. Ainda estava cansada de seu esforço da manhã, mas como é de todo adolescente, a ansiedade era sua maior fonte de energia.

Pensou em como seria sua tarde, o que a fez adiantar as passadas e em poucos minutos havia chegado à área da construção. Tomou um breve banho no lago para relaxar, decidindo por começar a construir o setor de treinamento de taijutsu. Ele seria composto de vários troncos, pendurados em resistentes fios. Assim os troncos ganhariam um movimento de pêndulo, sendo suficiente para emular, mesmo que toscamente, as manobras de um homem durante o combate.

Dando prosseguimento à construção, arregaçou as mangas e dirigiu-se à pilha de madeira que havia feito. Ela logo escolheu onde seria sua primeira empreitada. A área escolhida ficava a cerca de dez metros à direta do lago. Era composta por imensos carvalhos secos com frondosos galhos que pareciam bem firmes no caule. O único problema é que teria que subir até grandes alturas para fixar as roldanas de sustentação.

Resolvendo por à prova sua capacidade, decidiu arriscar. Retornou à área central e pegou grandes pregos de metal, roldanas e grossas cordas. Dirigindo-se a primeira árvore escolhida, Ran concentrou seu chakra nos pés. Pondo na mochila os pregos e as roldanas, fixou o pé esquerdo no tronco do carvalho e iniciou a perigosa subida. Nesse momento sentiu um calafrio. Percebeu que havia gasto muita energia pela manhã, mesmo assim continuou.

Passo a passo ela via o topo da árvore mais próximo. Mantendo sua concentração, Ran chega próximo ao topo e acha um grande galho que se estendia por cerca de cinco metros, beirando a margem da floresta. “Esse é o primeiro.” – Diz enquanto ficava de ponta cabeça para caminhar de cabeça para baixo até o meio do galho.

Ao chegar à metade do galho, retirou da mochila o martelo, o grande prego e a roldana. Ainda mantendo o chakra concentrado, ela põe o prego na roldana e com dificuldade começa a pregá-la no galho. Estava tensa em manter a flutuação certa de seu chakra, pois um deslize naquela altura seria fatal. Terminando de pregar a roldana, ela passa a corda, descendo da mesma maneira que subira.

Vagarosamente chegando até o chão, manteve o fluxo com exímia destreza. “Bom, agora só faltam vinte e três.” – Disse sorrindo, ao ver a quantidade de roldanas espalhadas no chão. Então, árvore após árvore continuou a subir usando seu chakra, até que na última árvore seu chakra falha. Ran assustou-se por um momento, dando num rápido e agudo grito. Sabia que iria se machucar feio se caísse no solo.

Recompondo-se, Ran gira o corpo e tenta alcançar o tronco com sua mão. Já concentrando seu chakra para agarrar-se. Caindo velozmente, ela faz um último esforço para tentar alcançá-lo. Sua tentativa obteve êxito, evitando o acidente fatal. Ela percebeu que precisaria descansar mais um pouco para continuar com o levantamento dos troncos, ou então correria o risco de não sair inteira dali. Então chegando ao solo, suspirou e retornou ao campo central, onde comeu alguns bolinhos de arroz que sua mãe preparara.

Após um breve momento de descanso, o sol já estava baixo quando Ran retornou aos seus afazeres. Já havia colocado os ganchos nos vinte e quatro troncos, só lhe faltando içá-los nas roldanas. Então, tronco por tronco, ela os levava até o ponto certo, amarrava-os com a corda e os puxava pondo à prova toda sua força remanescente. Os troncos eram pesados, afinal tinham o tamanho e peso de um grande homem, mas isso não a desanimava.

Os primeiros subiram. Suas mãos começavam a esquentar através de suas luvas. Seus músculos estavam tensos e inchados. Puxando com força cada um dos vinte e quatro, ela sentiu que estava no limite. Até agora, mesmo ofegante, continuava a puxar. Ela queria que cada tronco ficasse numa altura diferente para ajudar no aprofundamento de suas técnicas, o que tornava o trabalho mais difícil.

As roldanas rangiam e os grandes troncos tremiam resistentes. Mesmo assim foram vencidos pela perseverança da jovem, que viu seu trabalho terminado um pouco antes do sol se por. Sentando-se para apreciar o serviço bem feito, ela descansou mais uma vez, retornou ao campo central e pegou seu equipamento ninja. Decidindo por testar o recém criado setor do campo de treinamento.

Então, de frente aos troncos pendurados, Ran põe duas grossas tiras de couro da mochila e as amarra em seus punhos. Concentrando-se por alguns segundos e logo em seguida abre olhos num semblante de fúria. Agora existiam vinte e quatro alvos naquela área que deveriam ser confrontados. A iluminação era precária e o vento fazia os troncos balançarem desordenadamente.

Correndo em direção a eles, Ran desfere um soco certeiro no centro do primeiro tronco, fazendo-o girar na árvore e obrigando a ninja a evadir-se para não ser atingida. Assim, concentrou seu chakra na sola do pé direito e cravou-o no meio da segunda árvore. O que serviu de apoio para atingir o segundo alvo, que balançava a cerca de cinco metros de altura.

O golpe foi novamente certeiro, e num som abafado o pesado tronco afastou-se e retornou cambaleante pela rajada de vento que soprava. Pega de surpresa pela velocidade de retorno, Ran estava em pleno ar e não haveria como esquivar-se do pesado golpe. O qual certamente a faria cair de uma altura considerável. Só havia tempo para tentar minimizar o dano.

O eco da pancada assustou os pássaros que ali testemunhavam o treinamento. Ran cobriu sua lateral com o braço e no impacto foi arremessada ao tronco oposto, onde o terceiro tronco estava pendurado um pouco mais abaixo. Ainda atordoada com o golpe, a ninja girou seu corpo, rapidamente pegando um shuriken e o lançando em direção ao terceiro alvo, acertando-o em cheio, enquanto concentrava seu chakra nas pernas.

Chocando-se contra a árvore oposta, Ran fincou-se na estrutura. Seu chakra foi suficiente para prendê-la sem que caísse perigosamente. Parando por um instante, ela percebeu a escuridão já era completa. E com um grande hematoma cobrindo toda lateral de seu braço, decidiu por encerrar o treino e retornar ao acampamento. Sabia que no dia seguinte precisaria de mais energia para terminar seu centro de treinamento.

Então, retirou a shuriken do terceiro tronco, juntou seu equipamento ninja e entrou na escuridão da floresta. Seu braço doía e estava mais uma vez exausta. E sorrindo concluiu consigo que a construção é um momento ideal para se treinar. Com todos os seus perigos e objetos afiados. Fazendo com que ela permanecesse sempre alerta. Isso seria suficiente para acender novamente sua vontade de treinar.

Fim da Parte II.
Continua...

Reservado

Ran Asakawa

HN
Ninjutsu: 4,25
Taijutsu: 1,75 + 0,25 = 2
Kenjutsu: 4,75 + 0,25 = 5
Genjutsu: 2
Selos: 3,5
Trabalho de Equipa: 2

HC
Força: 4 + 0,25 = 4,25
Agilidade: 5,25 + 0,25 = 5,5
Controlo de Chakra: 5 + 0,75 = 5,75
Raciocínio: 3 + 0,25 = 3,25
Constituição: 5 + 0,25 = 5,25

Total: 2,25 / 5 Pontos

Comentários: Achei que tiveste uma ideia excelente em treinar ao construir um "circuito". Porém, devias ter alongado mais o treino e ter usado esse tal "circuito". Resumindo, tiveste uma boa ideia, aproveitaste-a bem até certo ponto e depois decidiste acabar rápido com o treino.
Para a próxima, não te preocupes com tamanho dos textos, quem tem que se preocupar é quem avalia Estás a melhorar a descrição dos movimentos do personagem, mas podia estar melhor ainda. Continua que vais no bom caminho ^^


Actualizado!