Citação :

Este filler pode ser considerado um treino, mas não sabia se era mais adequado postar aqui ou na área de treinos. Pois ainda é uma parte importante da trama.

04 - Flow

- Yanx? - disse uma voz calma e feminina.
- Huh... - babulciei algo, enquanto sentia meus pulmões ardendo.
- Acorde, querido...

Comecei a abrir os olhos lentamente. Estava inerte, deitado de barriga para cima, no chão de terra. Estava em uma cúpula, fechada por todos os lados, e o ar estava morno.

Ou melhor, o que eu achava que era ar.

Ao me levantar, senti uma certa "leveza" nos meus movimentos. Meus pulmões ainda pareciam estar queimando, e sentia enjoo só de respirar. Ou quase.

Tentei me lembrar do que havia acontecido antes de desmaiar: meu pai havia me levado para uma caverna subterrânea, que começou a encher de água e me matou afogado. Quando me lembrei da última parte, me senti nauseado. Se você acha que já teve um enjoo muito, mas muito forte, ele nem se compara à tonteira sentido quando lembramos de nossa morte. Vomitei toda a água que havia entrado nos meus pulmões, a que nem se deu o trabalho de molhar o piso.

A água simplesmente desapareceu, como se tivesse sido diluída ao meu redor. Foi quando finalmente percebi que ainda estava submergido.

Olhei para meu corpo nu, procurando alguma ferida, ou algo parecido, mas encontrei coisas piores: minha pele estava muito pálida, chegando a ter um tom azulado, e no meu pescoço haviam alguns cortes, pelos quais a àgua entrava e saía.

"Morri, e agora sou um zumbi." pensei. Não havia uma explicação muito lógica para aquilo; estava respirando dentro d'água. Estava tão mergulhado nos meus pensamentos (trocadilho e_e) que nem percebi Minazuki se aproximando de mim.

- Yanx? - disse a mesma voz feminina - É você mesmo?

Olhei para trás, e só avistei minha querida arraia. Procurei por mais alguém, quando percebi que o som vinha dela.

- S-sim. Você está falando? - perguntei, muito surpreso.
- Na verdade, eu sempre falei. Mas agora você consegue me ouvir.

Sua voz me lembrava uma garota da minha idade, o que me deixou bastante constrangido por sempre tratá-la como um animal.

- Ah, não se preocupe com isso. Todos do seu clã acham que não temos pensamentos próprios.
- Você leu meus pensamentos?
- Sim, fazemos isso o tempo todo.

Devia ter batido forte com a cabeça em alguma pedra, ou em algumas pedras. Não acreditava no que via, ou ouvia, ou respirava. Tudo parecia novo para mim, como se tivesse nascido denovo.

- M-mas como eu estou respirando... água? - perguntei para a senhorita sabichona.
- Lembre-se do que seu pai falou. - respondeu calmamente.

Nas próximas semanas você conhecerá o lado da família de sua avó. Então minha avó, e meus ancestrais também falavam com peixes e respiravam dentro d'água. Só tinha uma explicação lógica:

- Então eu s... - comecei com minha teoria.
- Não. Você definitivamente não é uma sereia. Ou tritão. Ou seja lá como se chamem.
- Então o que é isso?
- Não tenho a menor idéia.

Comecei a assimilar tudo o que eu sabia: sou filho de Meks Mogul com uma Criminosa Rank S, neto do Mestre do Clã Mogul e de uma senhora com passado desconhecido. Tentei assimilar os nomes, mas nada. Fiquei pensando por um bom tempo, até que percebi que saber aquilo não iria me ajudar a sair dali.

Comecei a raciocinar: a entrada foi bloqueada, e a saída de água foi lacrada. Então a única saída era a fonte de água. Comecei a nadar numa velocidade incrível para cima da colina onde se encontrava a cachoeira, e achei um pequeno buraco nela. Era incrivelmente apertado, mas ainda sentia uma leve corrente de água passando por alí, o que significava que aquele buraco dava em algum lugar.

Comecei a cavar, aumentando a largura do buraco, pouco por pouco, dia por dia, para tentar sair dalí.

~~ ~~ ~~ ~~ ~~

Três semanas se passaram. As algas que se formavam alí eram nossa fonte primária de alimento. Havia avançado bastante, o suficiente para quase triplicar meu condicionamento físico. Estava exausto, e nada me dava mais felicidade do que sentir a corrente se tornando mais forte.

Minhas mãos tinham alguns cortes, mas nada que Minazuki não pudesse resolver. O brilho dos meus olhos estavam desaparecendo, se tornando cada vez mais brancos e menos coloridos. Tinha olheiras, mas nada era pior do que o isolamento social.

~~ ~~ ~~ ~~ ~~

No vigésimo terceiro dia, consegui avistar a saída. Meu corpo se sentiu completamente relaxado. Saí do túnel, que dava em outra caverna, quase idêntica à primeira. Mas esta estava apenas metade-inundada, e tinha uma saída no teto. Um pequeno túnel com uma escada, à uma distância de seis elefantes de altura (nem me pergunte por que usei eles para medir).

Meu corpo estava ainda se acostumando com o ar novamente. Senti meus pulmões arderem como antes, e minhas guelras (cortes no pescoço) se fecharem. Deitei numa pedra que ficava acima do nível da água, e suspirei por sair daquele pesadelo.

- Parabéns! - disse uma mulher, que veio em minha direção aplaudindo.

Reconheci a voz quase que instantâneamente: era a mesma assassina que fora contratada. Ela veio em minha direção, e viu meu corpo nu, me fazendo me sentir envergonhado denovo.

- Ah, qual é? Quem mais vai me ver assim? - perguntei angustiado para o maldito narrador que fez o script.
- Se depender de mim, mais ninguém! Suiton: Suigadan!

Ela fez os selos de mão, e da água apareceu um círculo de espigões, que começaram a vir em minha direção. Concentrei chakra nos meus pés e dei um pulo para trás, e depois para os lados, tentando me desviar da água. Mas numa velocidade incrível, a mulher apareceu atrás de mim, e tentou cravar sua kunai em minhas costas.

Só tentou.

Um vulto vermelho apareceu entre nós dois, impedindo o contato da Kunai em minha pele. Uma nuvem de fumaça apareceu, e dela saiu um senhor de idade, fazendo uns selos de mão, e pouco depois apontou seus cinco dedos em nossa direção e bradou:

Suiton: Goshokuzame!

Da ponta de seus dedos saíram jatos de água, que logo se moldaram na forma de tubarões. Os cinco animais simplesmente desviaram de mim, e tentaram acertar a assassina. Ela deu um pulo para trás, e me agarrou como refém, fazendo os tubarões pararem.

- Se estes animais se aproximarem mais um centímetro, juro que arranco a cabeça deste menino fora! - disse a mulher.

Ficamos na mesma posição por um tempo, até que eu percebi o que havia acontecido. Tentei me soltar, o que resultou numa ação brusca da mulher, que me enforcou até que eu desmaiasse.

As últimas coisas que ouvi foram a voz do meu pai gritando, e um grito de dor.

~~ ~~ ~~ ~~ ~~

- Yanx? Acorde... - disse a voz feminina.

Com um salto, acordei novamente. Olhei ao meu redor, com o coração disparado, procurando por sinais de luta.

Tudo que vi foi o corpo de uma mulher, banhado em sangue, caído no chão. Nem sinal do meu pai, nem do meu avô. Tudo que me restara era minha bandana e Minazuki.

Hesitei por alguns segundos, até que peguei uma kunai e cortei as vestes da mulher morta.

- A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena. - disse com uma cara beem abusada.

Spoiler:

Levei um golpe de Minazuki, que leu meus pensamentos ecchi, e me fez sair do país das fantasias.

Agora tinha que descobrir como sair dalí. E algo me dizia que só poderia sair pelo buraco no teto.
Tudo aquilo era um teste, para que eu treinasse minhas habilidades. E aquele golpe que a mulher me mostrara fazia parte dele.

Li o filler e estou a gostar da história. Apesar disso acho que por vezes apressas demais a narração e isso cria alguns "saltos" que tira a fluidez do texto. Tenta descrever um pouco melhor as cenas que tu pensas ser mais importante. As vezes só dizeres que a caverna estava mal iluminada, a agua fria, o chão era de terra batida, etc, dá um outro dramatismo á leitura. Nada que com a continuação da escrita não melhores

Uma coisa que tens de alterar no teu texto é o nome do clã. Não tenho nada contra criares um clã com uma KG inspirada em tubarões (mas toma atenção que já existe um membro, o administrador Madeira que possui uma Kekkei Genkai com esse tema) mas com o nome Hoshigake não é aprovada. Pelo simples facto de se ligar ao Kisame e ele não tinha nenhuma Kekkei Genkai, nem pertence a nenhum clã. Não te esqueças que tambem tens de criar o clã (ainda por cima tendo uma Kekkei Genkai) no Concelho dos Kages.

Ora bem, alguns conselhos para melhorar ainda mais a escrita

Citação :

- Ah, qual é? Quem mais vai me ver assim? - perguntei angustiado para o maldito narrador que fez o script.

Gosto quando um escritor têm a ousadia de quebrar a 4º parede e fazer o que fizeste, principalmente para fins comicos, mas acho que, com o ambiente que estavas a criar e a maneira como descreveste essa ousadia pode-te sair mal Quebrou por completo o ambiente um pouco dramatico que tinhas no texto. Podes usar, mas tenta usar de uma forma mais discreta e em fillers mais leves.

Citação :

Levei um golpe de Minazuki, que leu meus pensamentos, me fazendo voltar para o mundo real.

Um pequeno detalhe que me obrigou a ler uma parte do texto duas vezes. Ao usares "voltar para o mundo real" parece que tudo aquilo foi um Genjutsu. Se o que tu querias era sair da caverna penso que se tivesses escrito "mundo exterior" em vez de "mundo real" ficava melhor. Não te esqueças que aqui as ilusões podem ser usados e que adjectivos como "ilusório", "irreal", "criado" etc, pode levar ao leitor a pensar que se trata de um Genjutsu.

Quanto a tu dizeres que isto é um treino, poderias colocar lá, mas irias ganhar pouquissimos pontos, talvez nem 0,5 pontos. Se fizeres um treino tens de focar mais na tua personagem. Nada que uma visita á zona de tuturiais não te tire as duvidas

E acabei (yeay parede de texto Espero que não te importes ^^)

DOUBLE: Editei, agora adequando ao que disseste. E vou fazer um treino separado, mas que também irá para a "listinha".