Era madrugada aproximadamente umas 5:45 bem o garoto não sabia direito apenas presumiu em meio ao sono e os olhos pesados que o castigavam intensamente, o garoto, apenas desejava deitar novamente e dormir até a próxima lua mais a vida não era um mar de rosas. Levantou-se sonolento e cambaleando conseguiu ir até o banheiro da residência, onde lavou o rosto e escovou os dentes mais não tomara um bom banho, julgou ser dispensável.

Agora, já era manhã mesmo e o sol se levantava no horizonte em meio as montanhas e as nuvens, sorriu o jovem que repousava ambas as mãos no cabo da sua katana que jazia na cintura. Observando o céu e dando olhadas para dentro do Dojo como se esperasse que algo o atingisse, até que. — Hiroshi!_ Vociferou o samurai velho de dentro do Dojo fazendo com que o menino saltasse da grama e entrasse correndo no local. — Vamos iniciar os treinos. Hoje vamos treinar o físico e praticar um pouco com espadas._ Juntando os braços e abaixando a cabeça em forma de respeito com uma reverência, o aluno, tomou o lugar.

Começando com um pequeno alongamento para não ser atingindo por uma distensão de músculo ou algo parecido desci de segundos em segundos até o chão, na tentativa de tocar os pés mais é claro sempre mantendo as duas pernas retas e sem dobrá-las para fazer o exercício com facilidade, mais logo sentiu uma espada de madeira bater-lhe nas costas. — Agora esta melhor._ Proferiu o homem corrigindo o exercício do garoto, que, julgara estar já ótimo. Aquela pequena parte do alongamento que envolvia a coluna e as pernas durou 10 minutos. Logo, o Kumo-nin segurava as pernas, uma de cada vez, para alongar as pernas e aquecê-las segurando-as por 5 minutos no ar cada, e por último, esticou as pernas no contra uma mesa tentando tocar os pés com a mão. O alongamento era chato mais preciso e ardia os músculos chegando a doer no início, mais era algo normal.

Hiroshi deitou no assoalho do dojo e levando as mãos a cabeça iniciou uma pequena série de flexões para fortalecer o abdômen. Com o auxílio das mãos levantou apenas o dorso deixando as pernas coladas ao assoalho, descendo novamente, subiu novamente, descendo seguidamente. A cada descida e subida ofegava um pouco mais, com intervalos curtos e duração grande o que demonstrava a dificuldade de tal exercício e a força que era requerida, cada vez mais que fazia os músculos da barriga e do braço enrijeciam e ardiam devido ao esforço e as primeiras gotas de suor se manifestavam nas têmporas, descendo para o pescoço e penetrando no roupão do garoto. A meta era atingir 25 abdominais, o que era muito já que o Kumo-nin estava no início dos treinamentos e não tinha uma resistência e força tal elevada a ponto de fazer 50 - 100 abdominais. O exercício de abdominais foi difícil e cansativo para o jovem que já estava se sentindo um peixe de tão encharcado que estava a aquela altura, o suor não era muito mais pouco em todas as partes do corpo colando a roupa na pele o que irritava profundamente o menino que inconformado praguejava todo tipo de xingamento contra Katsumoto em sua mente, já o samurai o observava com um face meio desapontada, provavelmente pensando: " Apenas 25 abdominais e esse garoto já esta encharcado de suor e cansado, tsc esses jovens de hoje em dia. " Mais não importava.

Hiroshi descansava sobre o assoalho do recinto, ofegando de olhos fechados com o cansaço, mais nem foi muito você deve estar pensando mais o problema é que ele nunca treinou muito na vida e muito menos o físico. — Por que esta descansando? 25 flexões garoto, depois praticar com as espadas._

" Velho maldito, pra que esse lixo de treino só me passe as técnicas e pronto, ele deve tá ressentido do golpe que eu dei no ombro dele. "

Katsuro foi ao chão colocando os braços contra o chão e esticando o corpo ficando inclinado. A cada segundo que ficava naquela posição o Kumo-nin tremia mais devido ao esforço, e, a gravidade não ajudava, ela piorava tudo, pressionando o corpo do garoto contra o chão doida para se espatifar no assoalho de madeira polida. De fato o esforço era muito. Desceu pela primeira vez, os braços tremendo, os dentes rangendo e batendo uns nos outros como se estivesse com frio, os braços ardendo e ficando pesados como se tivessem toneladas e também como se estivessem sentando em suas costas. Subiu com um esforço tremendo, ao todo demorou 1 minuto apenas para fazer uma flexão, o esforço era muito e cada vez mais o garoto praguejava em sua mente vários xingamentos que até ele desconhecia, que inventava em sua mente. Desceu novamente e já gemia de dor, tentava falar mais nada saia apenas ruídos irreconhecíveis saiam. Subiu novamente com um esforço tremendo, bem, descer era fácil o subir que era a questão do exercício.

— Arf, arf, arf, arf, ggrrrr._ Nada mais se escutava, nenhuma fala se era ouvida no dojo apenas o ofegar incessante do adolescente que dava socos no assoalho, estranho pensou o sensei que segurava duas espadas de madeira e sentado em uma almofada de pernas cruzadas e escrevendo algo em uma carta. Se aproximou aos rastejos tentando xeretar a carta mais foi frustado, Katsumoto se levantou e cobriu a carta indo até Hiroshi e entregando-lhe uma boken (katana de madeira). — Levanta-te, vamos._ Katsuro se levantou e logo ficou em posição de combate. — Me ataque._ O Kumo-nin posicionou a boken na vertical com a ponta da espada para baixo o a empunhadura para cima na intenção de desferir um corte ascendente como sempre faz em combates, feito isto, começou a correr contra o samurai que deixava a espada a sua frente, aparentemente sem nenhuma posição avançada de defesa. Já estava a 1 metro de distância e iniciou o corte no ar, porém, soltou uma mão e concentrando chakra reunido desapareceu em um shunshin aparecendo no flanco direito e desferindo o corte ascendente, já recuperado, com as duas mãos no cabo.

Katsumoto se virou para o lado direito e abaixou-se deixando a espada cortar o ar, feito isso, bateu com a espada contra o estômago de Katsuro e dançando para trás do adolescente desferiu outro corte em suas costas, tudo isto em menos de 2 segundos. Hiroshi não conseguiu acompanhar e apenas ganhou dois hematomas que ficariam roxos em breve, parou massageando o toráx e se virou olhando para Katsumoto, que, continuava sereno com os olhos semi-fechados.

" Kisama. Não posso ir para cima dele sem pensar, ele sabe que vou tentar pegá-lo desprivinido e vai reagir facilmente. "_ Parou, analisando a postura do homem, nenhuma abertura se revelava diante dos olhos do gennin. Deixou a espada em riste, dobrando os joelhos e firmando os pés no chão andava avançando centímetros, arrastando os pés sobre o assoalho. Encarou o samurai e logo depois sua postura. Correu contra o samurai girando em sentindo horário e desferindo um corte horizontal contra a espada, o homem atacou com um corte vertical visando a cabeça mais o gennin se recuperou com ou girou chocando novamente as espadas, girando novamente executou um chute giratório contra o flanco esquerdo do samurai que agarrou o pé, o prendendo em volta de seu braço, logo, a boken do homem descia, voraz, contra o ombro do gennin que interpôs a katana no meio interceptando.

Os dois permaneceram dividindo forças por 10 segundos mais ou menos, um forçando a espada contra o do outro e o velho estava a ganhar por razões óbvias, de repente Katsumoto o soltou e o empurrou para trás e avançou novamente dançando para o lado e cortando o ombro. O gennin bloqueou o golpe. O samurai avançava com ferocidade, girando diversas vezes e executando cortes impressionantes com uma maestria assustadora que abalava a confiança do garoto que defendia com o instinto, abandonando totalmente os ensinamentos que teve sobre Kendo. A cada choque de espadas a mão trincava sobre a empunhadora deixando-a dolorida. Tentando se recompôr abaixou e apoiando a mão livre fez um chute rasteira giratório, mais falhou. Depois apenas viu a espada pressionada contra seu pescoço. — Acabou Katsuro._ O gennin era insistente e não acreditava nisto, recuou para trás com um pulo e avançou no mesmo segundo golpeando a espada para cima e fazendo um corte no peito do homem, que foi pego de surpresa. " Peguei! "_ Vangloriou-se em seus pensamentos tentando esconder o sorriso que ia de orelha a orelha, mais mal sabia o garoto que aquilo foi proposital.