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https://www.youtube.com/watch?v=Cj4wBGXgWXQ

Juntando as mãos em diversos selos e concentrando uma pequena dose de chakra, moldou sua energia em volta de meu corpo recriando minhas qualidades ninjas e visuais, utilizando a terra no chão (Tsuchi Bunshin no Jutsu). Com um aceno de cabeça e um comando mental, que compartilhamos, o clone começou a soltar diversas ligaduras internas presas no corpo da garota.

— Tu és bem ousado, homem. Ataca o forte, se infiltra e achas que vai sair com uma prisioneira? — disse meu inimigo, completamente arrogante, talvez por ele estar em vantagem em reconhecer o território melhor que eu e ter mais soldados que eu, embora...não tivesse algum para me auxiliar.

O homem sumiu com um passo rápido sacando sua katana e tentando cortar as costas do clone. Me movi rapidamente, retirando kusanagi da bainha e golpeando o ar propositalmente, porém, na trajetória de seu avanço fazendo com que  a lâmina batesse em sua armadura e um pequeno impacto se formasse nos dois objetos (Onsorutörai).

— Você que me traiu... Que roubou ela de mim... Que tentou ferir meus compatriotas... Já me alimentou um dia, me deu de beber e me ensinou... Seu maior erro, não foi trair ou raptá-la... FOI TER ME ENSINADO! — proferi num tom calmo onde gradualmente, elevava-o de acordo com o fervilhar de meu sangue. Agora estava transbordando em ódio e calma ao mesmo tempo, duas forças opostas lutando dentro de mim para tomar o controle de minhas ações.

— Você... — pronunciou num misto de dúvida e surpresa, talvez por ter achado que eu estava preso numa gaiola de piratas ou por eu ter um braço ainda, embora que artificial.

— Sim...sou eu. Agora, vai morrer pelas minhas mãos seu bastardo! — vociferei balançando a kusanagi diversas vezes a sua frente, obrigando-o recuar até para fora da cabana, dando espaço suficiente para o clone sumir com Inoue em meio ao caos criado por mim no forte. Retirei o elmo da armadura revelando meu rosto, uma expressão nunca delineada nele.. Um misto de ódio "controlado".

— Foi um erro eu não ter desferido o golpe final... Agora, só posso corrigir tal erro. — respondeu serenamente com um tom tristonho, me enojei. Queria se passar como mocinho? Alguém que queria praticar o bem? Não me faça rir!

Foi então que notei, sua lâmina em chamas... Aquela maldita técnica que incendiara quase que por completamente o dojo e que apagara as provas mais convincentes e que poderiam estabelecer definitivamente uma caça à aquele homem (Zöfuku Hien). Não alterei minha lâmina, minha estratégia era simplesmente levá-lo ao cansaço mental devido ao uso excessivo de chakra e no final finalizá-lo, embora, esta estratégia não me transmitisse segurança.

" O guerreiro não é medido somente pelo seu poder ou maestria, mas pela sua capacidade de análise e adaptação a situação vigente. " — outra citação dele, que embora palavras de um traidor e serem somente palavras, me ensinaram muito mais que eu imaginaria quando era mais novo.

Avancei em sua direção após recolocar o capacete da armadura, onde apenas minha respiração ecoava de mim, surgi logo a frente dele simulando um corte e novamente desaparecendo para trás e para frente, tentando cortá-lo no tórax com um corte horizontal da esquerda para a direita (Shunshin no Jutsu).

Este girou em seu próprio eixo, em 360 º expelindo uma baforada de chamas provinda de sua lâmina (Kumo-Ryū Kaengir) e interrompendo de imediato minha ofensiva onde pude apenas guardar minha querida kusanagi e realizar uma cessão de selos pré determinadas, trocando de local com um bloco de pedra (Kawarimi no Jutsu).

Realizando mais alguns selos e concentrando uma dose realmente muito pequena, me copiei quatro vezes em clones ilusórios de névoa, idênticos (Oboro Bunshin no Jutsu). Retirei uma kemuridama e a joguei contra o chão, produzindo um fumo intenso, neste momento me misturei numa formação em fila com as ilusões, onde eles copiavam meus movimentos. Com um balançar de kusanagi a névoa se desfez.

Todos avançamos, executando alguns shunshins e nos mesclando um ao lado do outro para confundi-lo. Ele fechou os olhos e apertou o cabo de sua katana, não demorou para investir contra mim e ele investiu contra mim mesmo, como, eu não sabia. Desfiz as ilusões, e interceptei o golpe, fazendo com que as duas lâminas raspassem uma na outra, tentando ganhar a dividida. Rapidamente, retirei a segunda espada posicionada na bainha de minha cintura, cortando a armadura do homem de leve, sem causar dano algum devido a sua qualidade.

Katsumoto correu em minha direção, segurando a bainha de sua katana como se ela fosse cair e arrastando a ponta pela terra, deixando um rastro de fogo por onde passava. Manejou a arma num corte diagonal, da direita para a esquerda, seguido de um corte horizontal da esquerda para a direita finalizando com diversas estocadas.

Cada golpe seu me pressionava cada vez mais, defender aqueles golpes era uma tarefa que requeria toda minha habilidade de manejo e paciência para não efetuar contra ataques ousados. Cada vez que interceptava um corte as faíscas produzidas pelas lâminas eram consumidas e aumentadas pelo fogo correndo pela espada do homem. Após as estocadas, este desapareceu e re apareceu logo atrás, executando um corte descendente na região de minha cabeça.

Me ajoelhei preparando para o impacto, já que naquela velocidade não conseguiria esquivar-me totalmente, posicionei a kusanagi em defensiva e toquei a parte sem corte com a mão livre para ajudar na hora do impacto. BOOOM! As duas lâminas se chocaram, causando uma pequena explosão de chamas por parte da lâmina adversária, esta, quase engoliu minha face. Foi neste momento que tive uma tontura...

" Não...envolva...guerra... Adeus... viva...bem..." — novamente, estas visões me atrapalhavam, novamente, no momento mais inoportuno possível!Um fato que notei era um grito feminino ao fundo. O que pelos céus eram aquilo? Recobrei a visão e notei a falta de força repentina que abateu Katsumoto, as chamas diminuíram até se extinguir por completo e ele recuar de maneira desajeitada.

" O que foi isso? Ele também, sentiu a visão? " — estreitei os olhos observando o velho samurai tocar sua testa com uma expressão preocupada, enquanto ofegava. O que tinha acontecido com ele? Era encenação? Por que a espada dele cessou de repente? Argghh, não importa! Desapareci com diversos shunshins ao ver a abertura que o ancião tinha dado a mim, e fechando o punho metálico – após embainhar kusanagi – e concentrando uma dose de chakra desferi um soco em sua têmpora lançando-o alguns metros a fio pelo terreno, deixando-o tonto, mais do que estava.

Ele rolou no solo e gemeu em dor. Levantou-se, ou tentou, após alguns segundos de recuperação. Ele examinou sua espada e ajoelhado, viu um livro pequeno, uma espécie de diário cair de uma das bolsas geralmente usadas para o estoque de kunais ou shurikens, ele agarrou o artigo rapidamente e o escondeu.

" Que diabos ele está fazendo? " — pensei, curioso e também aflito.

— Entendo...Ressonância... Um acontecimento raro, parecido com as espiritualidades de monges. — pronunciou com uma voz falha, enquanto lentamente, se recuperava.

— Ressonância? — disse atônito com as palavras! Ele estava apenas tentando ganhar tempo? Meu ódio borbulhava ainda mais a cada palavra que saia de sua boca traiçoeira, afinal, um de seus muitos talentos era usar as palavras para esconder suas intenções e enevoar a mente de seus adversários, tal qual uma mariposa num nevoeiro, em busca da lua distante.

— Arrghh... É algo que acontece com pessoas que tem uma forte ligação, ou alguém/algo que marcou a vida de tal pessoa. Quando as duas pessoas estão próximas demais e com emoções fortes e se enfrentam acontece uma ressonância, uma troca de sentimentos e até sonhos, uma espécie de compartilhamento involuntário de algo de suas vidas... No caso, toda vez que manejamos nossas armas há esta ressonância.. — explicou enquanto ateava fogo a sua lâmina novamente (Zöfuku Hien).

" Não recebi nada dele... Então, ele não sente nada, nada em mim marcou ele... Afinal, esse desgraçado é sem coração mesmo. Isso apenas facilita as coisas, executarei-o sem remorso algum. " — pensei, embora, aquele livro me despertasse um interesse quase que sobrenatural sobre mim.

— Mas não importa, você morrerá logo e reaverei Inoue... — disse calmamente.

— Não cite o nome dela, seu filho de puta! — explodi em raiva, sacando minha kusanagi e alterando sua forma natural com um fluxo de chakra (Técnica da Espada Samurai).

— Então, você evoluiu um pouco, afinal. — respondeu com aquele seu tom calmo que me tirava do sério. Cada palavra dita, aquela expressão vazia de sempre...

Considerações: Estou começando a explicar alguns mistérios, a batalha começa! A ideia dessa tal ressonância surgiu do anime Bleach, onde é um efeito que quando dois shinigamis trocam espadadas ativa-se a memória e sentimentos deles, que são transportados para o outro, embora que involuntariamente.

Quanto a OST eu não consegui colocar do jeito que tá no tutorial do Madeira, eu realmente não entendi nada e quando modifiquei dava erros e erros, portanto para não atrasar o lançamento, entrem no youtube e vejam enquanto leêm. Enjoy!