Neste belo dia de sábado em Sunagakure, Brian se levanta da sua cama, ainda um pouco sonolento e segue para a cozinha, onde ele normalmente toma o seu café da manhã antes de ir para a oficina de seu mestre Kankurõ, lugar onde ele o ajuda a fazer novas marionetes e de vez em quando, criar máquinas completamente novas.

Assim, o mais jovem dos Borges segue pelo corredor leste de sua casa, indo em direção a cozinha. No local, o jovem abre a geladeira para pegar uma garrafa de vidro com leite e alguns aperitivos como presunto, queijo mussarela, manteiga, entre outros. Com sua aparente refeição nas mãos o jovem a coloca em cima da mesa que fica no centro desta sala e depois puxa uma cadeira para se sentar.

Contudo, quando ia abrir o pão que está estava em cima da mesa com uma faca, o jovem repara que sobre a mesa está uma espécie de bilhete e, a julgar pela caligrafia fina e um tanto quanto formal demais, só podendo ser uma mensagem do seu avô.


“Que formalidade desnecessária...” _ Brian pensa consigo mesmo, para então voltar a se deliciar com sua refeição pois só depois de termina-la é que ele irá se encontrar com seu avô.




Sobre o calor fervoroso do deserto, uma figura morena e anciã aguarda pacientemente a chegada de um dos seus familiares. Ele é alto, possui um físico bem definido para alguém de sua idade e está trajando seu clássico kimono branco com alguns detalhes na cor preta, ele está a observar o horizonte, que na visão de todo mundo é apenas uma grande e extenso deserto, mas ao olhar otimista de Sengoku Borges, aquilo é uma grande oportunidade.

- O senhor estava me esperando? _ Brian pergunta, surgindo de um turbilhão de areia a alguns metros atrás do seu avô.

- Sim meu neto, eu desejava conversar com você! Vamos caminhar um pouco, afinal a visão do nosso grande deserto é uma ótima maneira de clarear as ideias! _ o Borges mais velho fala com um sorriso acolhedor, para depois ir caminhando vagarosamente para fora da vila, indo direto para o deserto e sendo seguido pelo seu neto.

Assim, os dois Borges vão adentrando pelos confins do deserto, enquanto o sol escaldante e os ventos ininterruptos castigam seus corpos, contudo, para um membro de tal família, tais fenômenos não chegam a ser um incômodo, podendo até se dizer que lhes traz uma grande sensasão de conforto.

- Vovô, o que o senhor deseja falar comigo? _ o rapaz pergunta, enquanto caminha calmamente ao lado daquele que também foi o seu primeiro mentor.

- Meu estimado neto, quando você olha para este vasto deserto... O que você pensa?

- Por mais que tal visão seja acolhedora, eu admito que só penso em calor, areia e uma certa sensação de paz, como se neste lugar, o tempo não passasse. Assim, mesmo que eu passe anos longe de Suna, este lugar ainda será o mesmo!

- Seu ponto de vista é sábio para alguém tão jovem! _ Sengoku responde, esboçando um sorriso que mostra o orgulho que ele sente do seu neto estar amadurecendo. - Alguns anos atrás eu teria concordado com você, mas hoje, eu discordo firmemente! _ salienta o sábio Borges, enquanto passa sua mão direita sobre sua longa e grisalha barba.

- Eu não entendi!

- Sabe meu neto, é verdade que Suna é um local infértil e que as poucas formas de vida que vivem aqui são bruscas e ariscas. Nós, shinobis de Suna, tivemos que nos desenvolver de uma maneira muito mais elevada que nossos compatriotas de outras vilas pois, diferentemente deles, a nossa própria região demográfica está contra nós, sempre nos torturando com o calor, a necessidade de água e a ininterrupta importação de alimentos que precisamos requisitar de outras vilas. _ Sengoku para de caminhar subitamente, ato que parece surpreender um pouco Brian. - Porém, desde que eu presenciei aquela magnífica máquina de locomoção, que seu pai e Kankurõ batizaram de... Qual é mesmo o nome?

- A mechano hog!? _ completa Brian, que achou bem curioso o fato do seu avô ter esquecido de algo.

- Precisamente, me perdoe por tal embaraço, este nome é deveras “moderno” para alguém na minha idade se afeiçoar. Bem, desde a criação daquele veículo, eu percebi que nós quebramos várias fronteiras com aquela máquina e ao meu ver, isto é apenas o começo!

- O começo para que? _ o jovem pergunta, bastante curioso.

- Para o futuro, meu neto! Uma revolução tecnológica sem precedentes em que Suna será a primogenie (do latim, que quer dizer o primeiro a nascer), um futuro que nós, os Borges, vamos ajudar a construir com sangue, engenhosidade e muito suor! _ Sengoku termina seu pensamento com um sorriso esperançoso e verdadeiro na face.

Opah, isto promete! Parece que o vovô do Brian fartou-se da sua vila ser a mais "retrógrada" e planeia para ela uma revolução tecnológica! Awesome, vamos ver se Suna passa de uma vila feita de areia para algo muito mais metálico e futurístico! Fico à espera ansiosamente :3.

Continua ^^

Sim, isto é o começo de uma série de melhorias que pretendo fazer me Sunagakure, já cansei do fato da minha vila ser tida como "antiquada" e presa no tempo. E bem, com certeza esta história não será só informativa, pois terá uma participação muito grande família Borges ^^.

E obrigado por lerem!