Lembranças
100 anos atrás
Num local escondido no meio do deserto, um grande pavilhão feito de aço e ferro está oculto nas areias, um local cujo interior contém máquinas, armas e tecnologias de um futuro muito a frente do atual. Neste lugar, considerado por muitos uma lenda para atiçar a imaginação de crianças, dois homens está diante de um grande monitor, um aparato que funciona por meio de eletricidade e que no momento está demonstrando uma forte e piscante luz vermelha, que é projetada por meio de uma uma única palavra, tão assustadora como seu significado,
PERIGO!- Sengoku, saia logo daqui! _ diz uma voz mecânica e artificial, vinda do homem que está diante do monitor, como se pudesse acessa-lo, um homem peculiar com cabelos negros e espetados, quase como se uma corrente elétrica tivesse passado por eles.
- Não seja louco, eu não vou te deixar! _ Sengoku fala enquanto puxa o estranho homem pelo braço.
- Não seja obtuso, só eu posso controlar o fluxo energético deste reator por tempo o suficiente para você fugir! Agora suma, nossa família decaída deve cair junto comigo!- Eu não vou te deixar! Eu não tenho direito de fazer isto com...Antes de terminar a frase, uma grande liga de aço cai na frente de Sengoku, o separando alguns metros do homem misterioso.
- Este laboratório era tudo para mim, com ele eu iria criar máquinas que iriam melhorar este mundo, torna-lo um lugar melhor! Mas agora... As sombras das vítimas ocasionadas por minhas armas biológicas assombram minha existência! _ o homem fala de maneira tristonha, enquanto fica diante de um monitor que mostra o nível de risco de um grande tubo, preenchido com um liquido verde.
- Nossa família... Ela foi dominada pela ânsia de poder e me convenceram a criar armas ainda mais letais que nós mesmos! O sonho da minha vida foi maculado e eu não posso mais viver com isto! _ o misterioso ser então puxa uma alavanca vermelha do lado do monitor, fazendo uma espécie de cápsula de fuga surgir de alçapão atrás de Sengoku.
- Eu não posso te deixar aqui, você não tem culpa, eles te obrigaram a fazer isto! _ Sengoku fala de maneira desesperada, quase chorando.
Com grande pesar, o homem misterioso toca com seus dedos da mão esquerda numa espécie de bracelete metálico e peculiar que fica no seu ante braço esquerdo, fazendo algumas ligas de aço saírem do interior da cápsula de fuga e agarrarem Sengoku, o puxando para seu interior.
- Adeus, Segoku! Espero que Jashin tenha piedade da minha alma! _ o homem fala com um sorriso, para depois clicar num botão vermelho, fazendo a cápsula de fuga ser projetada para o alto, destruindo o telhado daquele laboratório e voando para longe.
Assim, sozinho em seu laboratório, o homem sorri para sua maior arma, que depois de alguns segundos entra em combustão, criando uma explosão tão colossal que destrói por completo aquele lugar e uma área de mais de dez kilometros de extensão, criando na área de explosão um enorme cogumelo, a última coisa que Sengoku viu pelo visor da cápsula antes de desmaiar.
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- Vovô, o senhor está bem? _ fala uma voz firme e familiar.
Então, o idoso se levanta de supetão, ao que parece ele pegou no sono enquanto estava deitado na sua poltrona.
- Me desculpe, meu neto! Eu dormi por muito tempo?- Não, só dormiu por uns vinte minutos, eu só o acordei porque você parecia estar em pânico, como se tivesse tendo um pesadelo! - Não foi um pesadelo, apenas uma terrível lembrança... Mas, não vamos falar de mim, me diga o que Gaara achou dos seus aerogeradores! _ Sengoku logo troca sua cara triste por um sorriso, de forma a não alarmar seu neto.
- Ele achou incrível, me disse que vai nos dar uma quantia monetária o suficiente para construirmos cem deles!_ Brian fala de maneira meio fria, embora Sengoku saiba que seu neto está muito feliz.
- Estou orgulhoso de você, Brian! Agora podemos seguir para uma ideia meio "insana" que eu tive! - Uma ideia insana? Vinda do senhor? _ Brian pergunta, visivelmente surpreso.
- Ora, eu estou velho mas não estou morto! _ o sábio Borges fala com uma gargalhada, conseguindo até tirar um sorriso do rosto de Brian.
Continua