– DESAFIO-TE PARA UM DUELO DE 3 DIAS, HAYASHI!!! Após o berro irado de Kita, um sopro pesado de vento percorreu os dois de modo algo teatral. Hayashi ergueu uma sobrancelha, impressionado com o berro do seu oponente. Kaede e Suzaku limitavam-se a olhar para a cena que se desenrolava à sua frente, pasmos e incrédulos.
-Como queiras. – Anuiu Hayahi, movimentando a mão à frente do nariz como se estivesse a enxotar uma mosca particularmente incómoda.
-HAHAHA. – Kita sorriu, confiante e num tom de gozo. – Esse tom de indiferença não te safa, lá por dentro estás a tremer de excitação! Eu sei!!!
Hayashi suspirou, entretido pelas reacções de Kita.
-Se não te importares, fazemos o duelo num local mais… Próprio?
-A mim é-me igual. – Resmungou Kita, encolhendo os ombros.
Já no local onde se iria dar o combate, a vários quilómetros de distância do local onde haviam chocado, os dois oponentes entreolhavam-se num plano coberto por poeira castanha. Os seus estudantes, ainda a poucos metros de distância, observavam-nos com breve interesse. O vento, inconstante, alternava-se entre rajadas mais fortes e outras mais amenas. A dada altura, juntamente com a poeira do solo, a brisa arrastou consigo uma bola de plantas mortas, que passou de modo lento e quase solene pelos dois professores.
-Doing,doing, doing… - Começou Suzaku num tom muito baixo, imitando um relógio, como que para marcar o início do duelo entre os dois professores.
Os outros três olharam atónitos para Suzaku, e no momento a seguir já Hayashi se encontrava atrás do seu aluno, dando-lhe um forte carolo na cabeça.
-Peço imensas desculpas, Kita-san e… Quem quer que sejas. – Kaede alçou uma sobrancelha, franzindo o rosto perante a falta de reconhecimento por parte de Hayashi. – O meu aprendiz é um
bocadinho brincalhão, especialmente nas alturas menos próprias… - Foi dizendo Hayashi, rindo-se embaraçadamente enquanto coçava a base da sua nuca.
Kaede revirou os olhos, como se tudo aquilo fosse extremamente aborrecido, retirando-se do local logo de seguida. Suzaku, por sua vez, olhou com raiva para o professor. Provavelmente este havia-lhe acertado com mais força do que calculava, já que Suzaku sentia a sua cabeça a latejar com a dor do golpe que Hayashi lhe deferira. Quando o seu professor finalmente o largou, Suzaku massajou o local onde Hayashi o havia atingido, apertando fortemente os olhos e mordendo o lábio inferior.
Suzaku olhou mais uma vez para os dois mestres, que trocavam palavras ácidas mais uma vez. Pelos vistos não começariam a combater tão cedo. Suspirando concisamente, Suzaku virou costas à pequena arena improvisada, dirigindo-se para um pequeno riacho do seu conhecimento, algures nas redondezas. Quando lá chegou, viu que um vulto já se encontrava à margem do pequeno curso de água. Quando ele próprio já se encontrava a poucos metros da água cristalina, conseguiu identificar a rapariga que acompanhava o tal de Kita. Qual era mesmo o nome dela?
Curioso em relação à estranha, mas não o suficiente para se dignar a olhar para ela, Suzaku curvou-se ligeiramente, apanhando um punhado de água com as suas mãos em concha e atirando-a para o seu rosto, salpicando levemente as suas roupas. Bafejando com o aborrecimento, Suzaku voltou a massajar a sua cabeça, fechando os olhos. Ouviu alguns movimentos ali perto e, calculando que fosse a rapariga, abriu um olho preguiçoso para verificar o que é que ela estava a fazer. Viu-a a amarrar algumas ligaduras em volta do braço ainda manchado com água, não conseguindo também deixar de reparar em vários cortes e arranhões. Reparou também numa foice enorme, encostada numa árvore ali perto. Seria ela pertença daquela estranha?
-Aconselhava-te a não pores essas ligaduras muito apertadas… - Murmurou Suzaku, voltando-se para a estranha.
Kaede nada respondeu, limitando-se a olhar para Suzaku com uma expressão neutra. Como que desafiando o rapaz, Kaede puxou a ponta da ligadura com ainda mais força, apertando-a contra o seu braço mais que antes. Suzaku encolheu os ombros.
Bolas, que falta de humor…Kaede, por sua vez, ainda estava curiosa relativamente ao objecto que Suzaku tinha preso às suas costas. Mas o jovem shinobi, não estando a par dessa curiosidade, assumiu que ela olhava para ele, observando-o.
Porra, o raio da moça não pára de olhar para mim… Será que tenho algo na cara?” Pensou Suzaku, começando a ficar irritado com o olhar analista de Kaede. No entanto, preocupava-se mais com a (aparente) seriedade extrema da rapariga. [i]Hmm… Vamos lá quebrar essa compostura…Suzaku aproximou-se lentamente de Kaede com o ar mais inocente que conseguiu fingir. Pelos vistos não era o suficiente, pois a expressão séria e hostil da rapariga continuava imutável.
-Que foi? – Inquiriu ela num tom neutral, acabando de amarrar a ligadura no seu braço.
-Hmm… Nada de especial…
Sem que Kaede tivesse tempo para reagir, Suzaku empurrou-a para dentro da água. A rapariga foi apanhada de surpresa pela água gélida e, quando se levantou, com as roupas ensopadas, ficou alguns segundos a tentar acalmar a sua respiração. Irada, voltou o seu rosto para Suzaku.
-Posso saber qual é a tua ideia? – Inquiriu ela, prestes a explodir, deixando as suas mãos caírem novamente dentro de água.
Suzaku limitou-se a encolher os ombros, com um sorriso meio brincalhão, meio gozão, no rosto. Sem mais palavras, virou costas a Kaede e começou o seu caminho para fora do local.
-Não fiques dentro de água muito tempo, ainda te constipas. – Disse ele, acenando, ainda a rir-se.
-Seu… - Rosnou Kaede, barafustando e praguejando sozinha. Ainda avistando o jovem de costas, Kaede teve uma espécie de inspiração súbita. – Não te vais sair a rir, macambúzio…
Dando um salto para fora de água e expirando profundamente, Kaede começou a fazer alguns selos de mãos, concentrando em simultâneo algum ar nos seus pulmões.
Só o suficiente para o atordoar…Quando menos contava, Suzaku sentiu uma dor aguda nas costas, dor essa que, por qualquer motivo, o derrubou e fez rebolar no solo por um bom par de metros. Quando finalmente parou, Suzaku apoiou a mão esquerda no chão, levantando o seu tronco ligeiramente enquanto tossia. Kaede acabara de o atingir com uma quantidade leve de ar comprimido.
Rekudan…-Essa é a paga pela tua generosidade.
Vendo Kaede passar por si, já com a foice atada às costas, Suzaku lamentou-se enquanto massajava as costas ao de leve. Primeiro Hayashi, agora uma rapariga que não conhecia de lado nenhum… Se continuassem a agredi-lo assim, provavelmente chegaria à meia-idade todo desmontado.
Aqui está outro filler da Saga Suzaku/Kaede...
Espero que gostem!
Ps: Aishiteru~desu SP-KK(Não digam isto a ela ok?
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)
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Ter 2 Dez 2008 - 0:01
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... E obrigado por me informares disso!
