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[Filler 68] Maratona Mortal. EJWNGUN
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[Filler 68] Maratona Mortal. EJWNGUN


E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
 
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 [Filler 68] Maratona Mortal.

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Ozzymandias

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Ozzymandias

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MensagemAssunto: [Filler 68] Maratona Mortal.   [Filler 68] Maratona Mortal. Icon_minitimeQui 22 Out 2015 - 19:36

A brisa nordeste movia as pequenas ondas que deslizavam sobre a barba suja do desdentado pirata. Com seu uniforme ensopado e rasgado, sua barriga volumosa estava voltada ao límpido céu azul que fervilhava com as dezenas de gaivotas que circundavam sua carcaça, como se estivessem averiguando se ele estava morto para avançarem num banquete.  - Hmmm... - Gemeu instintivamente, assustando os pássaros que começavam a mordiscá-lo. Virando-se de lado, o homem trazia um grande hematoma na testa, o que provavelmente era a origem de sua inconsciência. Com os pés descalços e olhos fechados, seu corpo estava estirado sob uma grande formação de corais que se estendia numa trajetória levemente curvilínea por incríveis dois quilômetros, desembocando nas areias brancas da praia de uma pequena ilha coberta por coqueiros e grama rasteira. Todos os marinheiros experientes conheciam aquele local: Atol dos Tubarões. O nome não poderia ser outro, graças a grande quantidade de tubarões que procriavam nas águas quentes do Atol, protegidos por uma muralha natural que só se "abria" quando as águas da maré enchiam o suficiente para poderem nadar e ganhar o alto-mar. Como feras aprisionadas, os novos predadores deslizavam suas barbatanas na superfície, ansiosos para finalmente começar a caça. - Filho da puta. – Reclamou, abrindo vagarosamente os olhos, que se incomodaram fortemente com a luminosidade daquela tarde, Barba-de-ferro sentia todo o seu corpo dolorido. Mas era sua testa que mais lhe incomodava. Levando a mão esquerda ao ferimento, o feio fez uma careta de desagrado, esforçando-se para se sentar e olhar em volta.

Citação :

- Você não vai a lugar algum, pirata! – Disse a máquina furiosa, manobrando numa longa curva sob a água para alcança-lo rapidamente... E sob o som dos gritos desesperados dos sobreviventes, Daisuke brilhava refletindo o sol, sorrindo à frente do capitão. Barba-de-ferro finalmente percebeu quem o atacante era. O fedelho que costumava dificultar seu trabalho com a tripulação agora estava mudado. Mudado e com um olhar assassino.... Agora ele sabia que estava com um gigantesco problema nas mãos. – Podemos negociar... Tenho informações importantes! – Gemia o homem, agarrando-se a um barril de rum que boiava com a corrente. O barbudo tremia e pareceu não acreditar quando o nukenin acenou positivamente, agarrando-o pelo colarinho com seu braço poderoso. - Sim... Vamos negociar. – Concluiu, trazendo o desafeto próximo a seu rosto metálico.

Mãos apoiadas no coral e num gemido de esforço, as palmas nuas dos pés de barba-de-ferro finalmente tocaram o lodo e as algas sob uma fina camada de água que alcançava seus tornozelos. Ofegante e ansioso, o pirata olhou para o ambiente à procura da marionete. Ajoelhando-se, ele buscou água salgada para lavar o ferimento que deixava sua visão turva, lavando o rosto para por fim ao conhecido torpor após seu sono forçado. Seus pensamentos não conseguiam camuflar o ódio e a vontade de vingança que tinha contra seu desafeto. Aquele rapaz realmente lhe tinha gerado uma ira que nunca tinha sentido antes. Instintivamente o homem levou a mão à bainha da espada, mas não a encontrou, terminando por amaldiçoar aquele rato que o deixara à deriva. Olhos inchados e ainda incomodados pela luz intensa, ele averiguou os arredores mais uma vez, mas só o que conseguiu ver apenas uma vela branca de um pequeno bote que começava a se perder no horizonte. - Maldito, desgraçado! Volta aqui! - Esbravejou com sua voz esganiçada pela sede que sentia, achando que Daisuke poderia estar logo ali. - Desgraçado! - Repetiu até perder a voz. Não adiantava. A embarcação acabou por sumir no firmamento. Onde estou? - Perguntou-se, ao tentar buscar alguma informação do lugar. De cima do coral, ele logo visualizou a pequena ilha no final da trilha quando seu sangue gelou. Apavorado, seu corpo tremia e ele parecia não acreditar onde fora deixado. Olhando para a posição do sol, o pirata rapidamente calculou quanto tempo teria. Pelos mares! Ainda dá tempo! - Comemorou, começando a cambalear desesperadamente pelo coral na direção da ilhota.


Citação :

A pequena embarcação balançava vazia à mercê das pequenas ondas do mar azul, sob o sol no final da manhã. Preso ao leito do oceano por uma corrente enferrujada, o bote mal cabia seis homens sentados nas dezenas de ripas de madeira que juntas formavam algo parecido com um banco. Logo abaixo, um pequeno mastro descansava no ventre úmido da nave, enrolado por uma vela encardida pelos dias intensos de uso. A tranquilidade estava presente... Pelo menos até que um grito desesperado eclodiu de dois grandes vultos que acabavam de surgir como mágica sob o bote. Com o peso repentino, a embarcação rangeu e protestou ainda mais do que o prisioneiro barbado que ainda gritava ofensas à marionete gigante. - Você até que é valente... Mesmo amarrado. - Provocou Daisuke, puxando com violência a corda que amarrara no pescoço do pirata. Num gemido, Barba-de-ferro caiu de joelhos e silenciou.


O som dos seus pés batendo na água salgada e sua respiração ofegante. Eram apenas estes ruídos que Barba-de-ferro percebia, apesar de estar envolto por uma das mais belas paisagens dos mares do sul. Mas ele não tinha tempo para apreciação... Pelo menos não agora. Sua vida estava em perigo. - Ainda dá tempo! - Tentava se convencer à medida que avançava aos tropeços pelo coral. Logo a maré estaria cheia e os "portões" da enseada estariam abertos e o coral afiado não facilitava para seus pés descalços. Logo um rastro de sangue começou a persegui-lo, esvaindo dos pequenos cortes que ganhava a cada passada. Ele não tinha tempo para sentir dor. Seu coração acelerado parecia querer saltar pela sua boca, e seus olhos ansiavam pela segurança da areia branca da ilhota. Ainda faltava alguma distância. De repente, a água se espantou e por um canto de olho o pirata pôde ver dois pequenos animais acinzentados saltando próximos ao paredão. Mas ele não tinha tempo para prestar atenção e perceber que aqueles filhotes de tubarões não estavam sozinhos. Esperando pela maré, os predadores já pressentiam a maré e o cheiro inebriante de sangue. Com seus olhos famintos, eles observavam o vulto débil e cambaleante, ansiando pela primeira refeição após o nascimento. - Eu... Não... Vou... Desistir! - Gritava enraivecido, numa tentativa desesperada de aumentar a velocidade da corrida. A maré já se aproximava. Ameaçadora. Seus pés já não conseguiam elevar-se acima da linha da água que já lhe cobria metade das canelas. A respiração ainda mais cansada dava a vez à uma espuma azeda em sua boca num flagrante sintoma de exaustão. Sua penitência parecia não ter fim. Ainda faltavam algumas centenas de metros para a meta quando seus pés foram perfurados.


Citação :

- Ele traiu o próprio pai?! - Daisuke parecia não acreditar no que o pirata dizia. - Huahuahuahua! O filho da puta é traiçoeiro mesmo! - Esbravejou, cruzando os braços como se esperasse o homem falar ainda mais das novidades do Buraco. Amarrado e acuado no meio do oceano, Barba-de-ferro continuou contando o que sabia. Segundo ele, um estranho titereiro que ofereceu trabalhar para Nero e este o recusou, pois não queria que a fórmula secreta do selo caísse em mãos erradas. Porém, Lian aproveitou a oportunidade para agir pelas costas do próprio pai, contratando-o para fazer a segurança em troca da busca pela fórmula. Daisuke gelou. Ele se lembrou de quando, num momento de fúria, tinha partido a estátua do deus macaco, encontrando por sorte o que os piratas procuravam. Aquela notícia seria seu trunfo. Agora sabia por onde começar para minar as defesas do inimigo. - Continue. - Acenou ao pirata. Esquematizando a queda do País da Lua Crescente, Lian tinha o apoio dos outros generais, restando apenas um deles... Emboscar Daketsu foi fácil. O pirata sorriu. - Tudo estava pronto. Só nos restava a fórmula. - Concluiu.


Pequenas criaturas negras e armadas com dezenas de espinhos dolorosos. O coral agora fervilhava com os ouriços. Barba-de-ferro queria chorar, mas já não tinha forças. Com a vista turva, ele tentava diferenciar as cores das algas e a escuridão de dor... Mas não adiantava. Ele não tinha tempo. A água salgada já beirava seus joelhos e logo as feras comeriam sua carne. Desesperava-se, ele rasgou outra tira de tecido para amarrar na sola dos pés. Tenho que resistir à dor. Mais uma vez ele prosseguia. Gemendo de dor a cada metro. O pirata começou a pensar em todos aqueles que ele já executara da mesma maneira. Olhos de ira, de vingança, e temor. Talvez fosse mesmo o momento de aqueles mortos buscarem seu algoz. Cem metros... Ele estava tão perto... Pulmões queimando, tentando enviar energia aos músculos que não aguentavam mais qualquer movimento. Vista cansada. Vontade de desistir. As pernas fraquejaram e o pirata caiu. Braços em frangalhos tremiam ao forçar uma nova investida. Cinquenta metros... Vinte... Dez... Ele já sentia a profundidade diminuir até que finalmente seus pés alcançaram a areia. O pirata gritaria de felicidade se não estivesse exausto. Virando-se devagar, ele viu todo o caminho que percorrera, começando a tramar contra aquele demônio que tentou matá-lo. - Comerei teu figad... - Dizia quando a dor chegou. Havia algo errado. O que aconteceu? A Dormência e suores frios invadiram seu corpo. Válvulas interrompidas e súplicas atrofiavam cada fibra que tinha até que, tonteando, Barba-de-ferro caiu de joelhos. Estendendo as mãos, ele alucinava tentando esganar a aparição da marionete. Tarde demais. Sua consciência acabava de lhe deixar e seu corpo despencou sem vida nas areias da ilhota.


Citação :

- Mas como você é malvado. Hehehe! - Brincou Kazuki, estendendo uma pequena ampola.
- Marionetes não tem palavra. - Sorriu Daisuke, aplicando o veneno no pirata desacordado.

 



CONTINUA...
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MensagemAssunto: Re: [Filler 68] Maratona Mortal.   [Filler 68] Maratona Mortal. Icon_minitimeSex 23 Out 2015 - 19:11

Wow gosto da tua escrita. A história, descrições e linguagem utilizada são bastante agressivas =0
Os quotes suponho que sejam flashbacks, se for o caso agradeço pa ver se eu apanho algum sentido da história (já que estás tão avançado nela).

RIP Barba-de-ferro, contínua Very Happy
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MensagemAssunto: Re: [Filler 68] Maratona Mortal.   [Filler 68] Maratona Mortal. Icon_minitimeDom 25 Out 2015 - 2:20

Um filler bem emocionante e escrito de forma a ambientar o leitor na linguagem característica dos piratas, a cena da maratona foi memorável e ilustrou melhor com belos flashsbacks oque adicionou conteúdo, pelo que me lembro, Daisuke se vingou pela morte de uma mulher, não?

Continue o bom trabalho!
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MensagemAssunto: Re: [Filler 68] Maratona Mortal.   [Filler 68] Maratona Mortal. Icon_minitime

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