A sala de monitoramento de Mobius era um lugar espaçoso feito de uma liga metálica quase indestrutível e equipada com dispositivos de alta tecnologia que apenas a elite tinha acesso. Todos os monitores a sua frente podiam se conectar com qualquer robô que possuía desde que estivesse ativo, isso lhe permitia visualizar através dos monitores o que quer que fosse que seus andróides estivessem vendo, e como possuía robôs em pontos estratégicos de sua base isso lhe permitia monitorar o local com tranqüilidade.
Tal equipamento era raro no mundo shinobi e apenas sujeitos poderosos como os Lordes Feudais tinham acesso a tal tecnologia, usavam ela para comunicações a longas distâncias, mas para Mobius possuía outras utilidades, monitorar sua base e as missões de seu exército. Agora mesmo estava conectado com Ryujin e checava o andamento da escolta de seu alvo, Koori Kamino. Essa parte do plano estava indo como planejado, era hora de cuidar de outro assunto, com apenas um comando requisitou a presença de Koji em sua sala. Não demorou muito até que ele chegasse.

Koji: O que você quer?

Normalmente tal comportamento frente a um superior teria lhe rendido uma punição, mas Mobius parecia não se incomodar com a personalidade desagradável de Koji. Ele acreditava que isso acontecia por seu mestre ser meio máquina, então não poderia ficar furioso já que não possuía tal sentimento. Koji adorava o fato de que só seria punido se fosse mal nas missões, nunca por sua personalidade.

Mobius: Eu enviei uma equipe para escoltar Kamino até esta base agora que ele está bem próximo de nós. Sabe o que isso significa?
Koji: Que eu finalmente vou conseguir a minha vingança.
Mobius: Você terá sua chance, mas se falhar a punição será sua exclusão do Império das Máquinas, e por conseqüência, a morte.
Koji: O quê?
Mobius: Eu disse que se tivesse sucesso teria um lugar no meu exército, mas nunca disse que seria permanente.
Koji: Eu pensei que fez isso porque queria um ser humano ainda vivo convertido em máquina para liderar seu exército, disse que a inteligência artificial era limitada e que essa seria a solução ideal. Em que a minha morte seria boa para você?
Mobius: É uma questão de qualidade. Eu o inclui entre os meus porque você desejava se vingar de Kamino, era o espião ideal para se infiltrar na vila que desejava trair e seqüestrar Saori, assim levando Kamino até mim.
Koji: Você quer a ele? Kamino nunca lhe obedecerá.
Mobius: Eu posso controlar Kamino ameaçando a garota que você seqüestrou, humanos são fracos e bem fáceis de se manipular. Ele pode ser a arma que eu desejo para liderar meu exército.
Koji: VOCÊ ME PROMETEU VINGANÇA!
Mobius: Você terá... uma chance. Como eu disse antes é qualidade que eu desejo, haverá um teste final, a luta entre vocês dois que tanto queria, o vencedor permanece vivo e se junta ao meu exército.
Koji: Esse era o seu plano desde o início.
Mobius: Exatamente, se quiser manter o poder que lhe dei, além de permanecer vivo, deve derrotar Kamino em um combate até a morte.
Koji: Com as alterações que eu ganhei no meu corpo não haverá chance para ele.
Mobius: Kamino está bem mais desde a última vez que o viu. Mesmo que ele não seja metade máquina como eu ou você, será uma luta equilibrada. Dispensado!

E com essa ordem final Koji deixou a sala de Mobius que voltou a sua atenção para os monitores que mostravam Kamino sendo escoltado por um de seus servos.

Mobius (pensamento): A probabilidade de Koji vencer esse combate é tão baixa que beira a inexistência, ele não sabe mais essa batalha não passa de um teste para que eu possa checar o quanto Kamino evoluiu. Passando para a fase 2 do meu plano, me livrar do Koji e ganhar Kamino.

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Kamino estava a poucas horas com o indivíduo do Clã Akimichi que acabara de conhecer e que anunciara trabalhar para Mobius. Até então ele não se mostrara interessado em lutar, fato que deixou Kamino bastante satisfeito já que ele parecia bem forte, apenas estava concentrado em completar sua missão. O dragão mecânico que logo descobrira ser o guardião da base de Mobius o guiava até a base do inimigo. O único motivo pelo qual aceitara a carona era porque no momento não havia nada que ele quisesse mais do que encontrar Mobius e ele sabia que o vilão também o queria, o encontro agora era inevitável e já não poderia voltar atrás nem mesmo se quisesse.

Hitokui: É uma máquina bem rápida que Mobius me deu, em breve estaremos na base.
Kamino: Se importa de me responder uma coisa? O que leva um ser humano a trabalhar para alguém como Mobius? Afinal, você não é uma máquina.
Hitokui: Eu faço apenas muitos Nukenins fazem. Trabalho para alguém em troca de alguma coisa, no meu caso, todos os restos dos inimigos que Mobius mata e não consegue transformar em máquinas.
Kamino: Então você não é um membro real do exército de Mobius.
Hitokui: A lealdade dos Nukenins é para quem oferece mais, no momento é ele.
Kamino: Porque ele não o matou e o transformou em máquina?
Hitokui: Ele não conseguiu uma maneira de me converter e manter minha habilidade especial ao mesmo tempo. Fui mantido como um soldado 100% humano por causa de minhas habilidades destrutivas, mas isso não é o bastante. Para ele o soldado perfeito, aquele que lideraria seu exército, seria um ser humano convertido em robô ainda vivo, todo o poder de uma máquina sem uma inteligência artificial limitada. Ele não conseguiu me transformar, então eu não estou qualificado para isso.
Kamino: É o Koji que está.
Hitokui (pensamento): E você também garoto. Você nem consegue imaginar o que o aguarda.