[color=red]AVISO: Os jutsus que se encontram entre parênteses são de autoria dos personagens principais e de clones que passam experiência ao original.

Estava fazendo um sol infernal naquela manhã de segunda-feira. As nuvens compartilhavam um pouco da soberania de seu superior solar, enfeitando o céu como pequenos borrões acidentais delineados por Amaterasu. A brisa era suave, mas bastante fria para temperatura do dia. Não estamos tão distantes assim da vila... E do mar... Pensou Hideki, olhando para o horizonte que deixara para trás.

- Algo errado, Seiji? Perguntou um rapaz com um tom bem calmo e premeditado. Os enormes óculos escuros tapavam seus globos oculares que deslizavam milimetricamente para uma direção e outra, analisando o rapaz de cabelos brancos, ora ou outra um pequeno inseto escapava de suas vestes e retornava logo em seguida.

- Nada não, vamos. Respondeu Seiji, enterrando as mãos nas mangas do kimono branco, voltando a caminhar. - Por que você estava na cidade portuária? Não sei se você se lembra mas assaltamos aquela fazenda juntos, e bem, ela é meio distante dos portos ao norte do país. Proferiu calmamente, tentando decifrar o porquê do rapaz ter ido tão ao norte depois de ter estado a menos de uma semana tão ao sul.

- Eu estava pensando em pegar um barco e atravessar pro oeste, o leste não é para mim, meus objetivos serão melhor alcançados lá. Respondeu calmamente. - E você, o que faz ao leste do estreito*? Perguntou novamente, enterrando as mãos nos bolsos de suas vestes.

- Bem, eu nasci aqui. Fui criado aqui. Respondeu o rapaz com um sorriso bem disfarçado, tão disfarçado que nem o Aburame conseguira detectar. O jovem retornou a perguntar, mas dessa vez perguntou de onde seria o hitaite que o rapaz de cabelos brancos carregava dependurado na cintura como se fosse uma corrente. - É o hitaite da vila que eu pertencia, se chama Tsubagakure no Sato, é a vila ninja do país vizinho ao leste que fica de frente para o Estreito de Kasumi. Falou, enquanto mostrava os detalhes de sua bandana riscada.

- Nunca tinha ouvido falar dessa vila. Comentou de volta.

- Poucos ouviram, ainda mais ninjas do leste. Já fomos uma vila famosa e muito poderosa a ponta de destruir qualquer rival, mas sofremos bastante, mais estamos nos recuperando. Alegou. O Aburame passou a observá-lo de uma maneira bastante curiosa, e o seu interesse no parceiro havia ficado mais evidente agora depois dessa alegação. Percebendo o desconforto Hideki falou. - Veja, a capital está logo ali, vamos nos disfarçar para passar pelas sentinelas sem problemas. Sugeriu o Seiji. Juntando as mãos em alguns selos e convergindo chakra pelo corpo, concentrou-se numa imagem física aleatória já conhecida, e libertando a energia homogeneamente, transformou-se em outra pessoa. Yasuo fez o mesmo, realizou os selos lentamente de maneira proposital e convergindo o chakra com um pouco mais de dificuldade, dada a sua inexperiência, começou a distribuir sua energia interna ao redor do corpo, mentalizando uma imagem física qualquer, provocando grandes transformações físicas que foram reveladas após a névoa de fumo ser tragada pela brisa congelante que aliviara o calor infernal que se fazia no momento. (Henge no Jutsu e Henge no Jutsu)

Ao chegar perto dos portões da cidade (que não tinham muros como aldeias ninjas geralmente tem), foram recebidos por um grupo de quatro guardas que portavam lanças nas mãos, armaduras shinobis e katanas embainhadas nas cinturas. - Parem os dois! Quem são? Perguntou um soldado que tomou a dianteira, espetando o cabo da lança no solo de terra ao mesmo tempo que posicionava a mão esquerda na bainha e a direita no punho da katana que jazia dependurada em sua cintura. Hideki manteve a calma e sorriu calmamente, tinha a aparência jovem rapaz de cabelos curtos, vestes comuns e carregava uma casinha de palha nas costas, típica gaiola de pássaros. Atrás, Yasuo tomava a forma de um senhor na casa dos sessenta e cinco anos que andava com auxílio de uma bengala e usava um chapéu de palha de lavrador.

- Olá seu guarda! Eu e meu filho aqui estamos de passagem nesta maravilhosa cidade. Falou Yasuo, na forma do idoso, simulando uma pesada tosse logo em seguida. Hideki na forma jovem de filho foi em direção ao seu “pai”, acudindo-o de forma dissimulada.

- Calma meu pai, não se esforce muito, o calor está demais hoje. Dissimulou Hideki, tomando seu “genitor” pela mão e conduzindo-o em cada passo. O guarda apertava o cabo da espada, retirando-a pela metade, fazendo o sol refletir a luz em seu corpo lateral.

- Eu disse parem! Gritou o homem, terminando de puxar sua espada da bainha. Os outros homens pousaram suas mãos nos punhos de sua katana e deram um passo a frente, segurando suas respectivas lanças com as outras mãos. Exibiam carrancas feias e agressivas, carrancas que exalavam muitos abusos de poder também, deduzira Seiji. O Aburame apertou a mão de seu parceiro como se estivesse prestes a atacar e de segundo em segundo alguns insetos escapavam de sua manga.

Eles estão muito agitados... Preciso manter a calma e o contorle. Pensou Yasuo calmamente. A situação não requeria um combate desnecessário e cansativo.

- Ora senhor, meu pai está cansado da viagem e precisa ainda tratar de negócios, somos mercadores nômades. Não queremos problemas. Tentou Seiji, retirando um pequeno punhado de ryos do bolso, mostrando de canto para o homem. Os olhos do oficial cintilaram em interesse e ganância, e embainhando a espada na bainha e exibindo um leve sorriso malicioso.

- Muito bem, o senhor deve estar mesmo cansado. Retrucou, tomando o montante de ryos da mão do rapaz, aplicando uma “tapinha” no “velho” que quase se desequilibrou e soltou uma tosse dissimulada de dor, os dois nukenins eram bons na arte do fingimento e engodo.

- Mas senhor... todo nosso r-r... Suplicou o “velho”. O soldado virou-se para trás, posicionando a mão direita na empunhadura da katana, incrédulo.

- Pensando bem, pai, nós não precisamos desses ryos. Alegou o jovem, impedindo qualquer possível protesto de ambas as partes e adentrando na cidade logo em seguida. No centro da cidade, trataram de dobrar uma esquina e entrarem em uma viela, canelando o jutsu de transformação para evitar um desgaste de chakra maior.

- Essa foi por pouco... Falou Seiji, respirando fundo e sentando em um caixote velho.

- Ele levou o seu dinheiro, o adiantamento da missão! Poderíamos tê-los matados facilmente e passar normalmente, eles não representam ameaça. Você... Começou o Aburame, liberando seus insetos através de suas mangas, manipulando sua rede de chakra para controlar os espécimes insectóides. (Bōsui no Jin)

- Vamos evitar qualquer reação brusca e desnecessária, aquele dinheiro pode ser recuperado durante nosso pequeno empreendimento. Agora... Vamos ao planejamento da missão. Precisamos descobrir quando será o leilão, precisamos de uma entrada livre para ele e descobrir onde e quem é este comprador/vendedor que está lidando com as antiguidades que vamos furtar. Vou a procura de um mapa da cidade e tentar descobrir onde será o evento, na carta, nosso empregador não deu detalhes disso o que achei estranho, portanto, vamos ter que nos virar com que temos. Vamos nos preparar para o roubo! Finalizou o rapaz, delineando os procedimentos para a elaboração de um plano de roubo. Yasuo concordou silenciosamente, e concentrando chakra, libertou uma nova rede de insetos que começaram a andar e alguns a voar por entre os becos, entrando em casas e bocas de esgoto, acumulando energia nos pés, criando ventosas “adesivas”, e escalando o prédio para ter uma melhor visibilidade. (Kinobori no Jutsu e Bōsui no Jin)

Hideki limitou-se a escalar o edifício e após isto, sumir com uma sequência de shunshin’s, distanciando-se pouco a pouco de seu parceiro a uma alta velocidade, indo à procura de informações relevantes para a montagem do plano de ação no leilão. (Kinobori no Jutsu e Shunshin no Jutsu)

Continua...

Os dois nukenins haviam deixado os seus agressores para trás e entrado dentro de uma casa que estava demasiada próxima do local do leilão. Seiji caminhou em direção ao andar superior, selando todas as janelas com cortinas, dedicando pequenas espiadelas para as ruas próximas e ao edifício que se daria o leilão.

- E então, sabe onde o nosso alvo está? Perguntou o rapaz.

- Segundo meus insetos, naquele edifício. Qual o plano? Proferiu o Aburame logo em seguida, ficando recostado numa mesa com as mãos enterradas nas vestes.

Hideki retirou um pergaminho enrolado de suas vestes, e puxando o capuz da capa negra que ocultava sua aparência, decidiu abrir o artigo em cima da mesa que o seu parceiro estava recostado, logo ele se prontificou e saiu do lugar. O mais velho retirou um pedaço de giz de carvão e começou a delinear alguns traços no pergaminho como círculos e linhas pontilhadas, seu parceiro observava pacientemente e pensativamente.

- Você achou algo no subsolo da cidade, como cisternas de esgoto e túneis? Inquiriu Seiji.

- Hmmm, pode funcionar... Divagou sozinho.

- O que pode funcionar? Yasuo! Me diga, você achou cisternas de esgoto e túneis? Perguntou novamente, um pouco impaciente.

- Ahn, sim. Há túneis de esgoto e cisternas por toda a cidade. É uma rede de túneis que liga a cidade e leva a um canal central que desemboca a quilômetros num grande lago ao norte. Eles não são vigiados por nenhum guarda da cidade. Já estou entendendo seu plano, vamos atacar e fugir pelos esgotos, não? Falou com um sorriso disfarçado no rosto.

- Não. Vamos invadir pelos esgotos, roubar as peças mais valiosas e fugir pelas cisternas em direção ao lago. Vamos precisar de uma distração forte para ninguém perceber nada, ideias? Falou o rapaz, finalizando seu discurso com uma pergunta enquanto observava a janela novamente. O fluxo de guardas aumentava cada vez mais na rua da frente.
- Hmmmm... Usar selos explosivos para gerar pânico e atrair os guardas? Sugeriu o ex-konohanin.

- Não, as peças seriam levadas de nós e a segurança iria dobrar na cidade toda... Droga... Rebateu pensativamente, afundando-se num mar de ideias que pareciam estar na ponta da língua mas não saíam por nada neste mundo.

- O local deve ter algum alarme de incêndio ou um sistema de alerta do tipo, talvez se o acionarmos ele distraia todos. Disse inteligentemente o rapaz, encostando-se na parede do cômodo e afundando-se em pensamentos.

- Hmm, é possível, mas não suficiente. Se eles perceberem incêndio ou deduzirem isto a equipe de segurança vai tratar de lacrar os artefatos e protege-los contra as chamas, e isto se aplica a uma distração com roubo ensaiado encobrindo o verdadeiro também. Só dificultaria ainda mais... Devolveu novamente, mostrando que uma parte do quebra cabeça ainda precisava ser revelada para se encaixar com a distração por meio do sistema de alarme.

- Não sei mais o que pensar. Respondeu o rapaz, um tanto cabisbaixo e pensativo. Aproximando-se da janela o ex-konohanin espiou por entre a cortina e a vidraça, analisando o edifício que ocorreria o leilão, procurava alguma falha estratégica, talvez não tão evidente a um engenheiro, a um pedreiro ou construtor, mas escancarada ou disfarçada para um ninja, suficiente para seu trabalho sujo. Espera ai, aquele edifício tem algumas venezianas abertas no segundo andar, e vitrôs no primeiro, alguns estão abertos! Se eu mandasse uma chuva de insetos pelas janelas e acionasse o alarme também eu criaria um caos que os faria correr devido ao alarme! Raciocinou Yasuo, com um sorriso brilhante no rosto, brilhante e triunfante. O nuke de óculos escuros logo delineou seu plano de ação para seu parceiro, e este satisfeito com o mesmo, aceitou. Era hora da ação.

Parte de Yasuo

O rapaz usava as informações que seus besouros coletavam do comprador de relíquias. Utilizando alguns selos de mão, convergiu chakra o suficiente para se disfarçar de um civil qualquer. Aproximando-se com alguns velozes shunshin’s, tomou a posição no telhado do edifício de dois andares. Um segurança de roupa preta e portando uma katana patrulhava o local, mas não notara o rapaz por estar de costas. - Perfeito. Aproximando-se como um gatuno pelas sombras projetadas pelo sol ao bater nos obstáculos diversos, retirou uma cintilante e frígida kunai e com um salto, agarrou o pescoço do homem por trás e posicionou a ceifeira mortal em seu pescoço, ameaçando cortar a região e manda-lo aos deuses. - Shhh... Fez com a boca, enforcando o homem. O segurança logo notou que não seria morto e tentou revestir debatendo-se como um peixe fora d’água, e diferentemente de um peixe, parecia que estava vencendo seu pescador, até que seus insetos surgiram em sua manga e cobriram o alvo, sugando-lhe o chakra e enviando-o ao plano inconsciente. (Henge no Jutsu, Shunshin no Jutsu e Bosüi no Jin)

Conforme ia despindo o homem e colocando a sua roupa, após cancelar seu henge. Melhor fazer desta maneira para economizar chakra, se não, serei inútil caso o plano b precise ser executado. Afinal, não tenho tanta energia assim também. Planejou estrategicamente, avaliando suas condições físicas e energéticas. Incrivelmente a roupa dera certo no shinobi e com os cabelos, bastou posicionou o boné negro - que dizia “segurança” em grandes letras amarelas -, na cabeça, ficando quase que irreconhecível. Um rádio walkie talkie começou a tocar.

- Setor Alfa, confirmando status. Declarava a voz misteriosa. O rapaz examinava o aparelho, decifrando seu modo de uso. Já tinha usado aparelhos de rádio algumas vezes, e visto também, mais visto do que usado. - Setor Alfa, na escuta? Perguntou novamente a voz.

- Afirmativo. Checagem de status, setor Alfa: tudo ok. Respondeu com a voz grossa.

- Está gripado Takashi? Sua voz está diferente. Declarou o homem.

- Cof cof, um pouco. Ontem à noite acho que me expus demais. Vamos voltar ao trabalho. Rebateu secamente, terminando de vestir o cinto que prendia a bainha da katana na cintura para em seguida tratar de esconder o corpo inconsciente – que foi amordaçado por ele com alguns pedaços de sua própria roupa.

- Câmbio e desligo. Disse o walkie talkie, declarando o fim do breve diálogo.

Falta apenas cinco minutos até der o tempo de eu agir. Espero que Hideki não tenha tido problemas... Pensou preocupado o rapaz.

Parte de Hideki

Hideki andava nos esgotos da cidade utilizando sua capa escura que ocultava sua identidade enquanto que uma mão estava colada a boca para minimizar o intenso fedor do local. Sentia ratos e outros animais não muito agradáveis e bonitos perambularem a sua volta, fugirem ou se aproximarem, com medo e curiosos. Chegando perto do local indicado, saltou na direção da água, saindo da plataforma lateral – plataforma estas que ladeavam os dois extremos do túnel e protegiam visitantes de pisarem na água barrosa e fedorenta -, examinando o teto do local. Está por aqui em algum lugar... Pensou, impaciente. Sentia a água entrar em contato com os pés e enegrecer o tecido branco e limpo de seu kimono. Até que...Uma luz! E água. De repente, uma enorme torrente de água com algum tipo de substância de limpeza começava a cair.

Hideki realizou uma sequência de selos de mãos e expirando o ar fétido do local, concentrando-se não só no refinamento da energia elementar mas também no estômago, para não vomitar, atirou uma bala de ar fétido comprimido fazendo com que os canos acima dele e as plataformas de metal e concreto que formava o chão do andar de cima se abalarem. Estavam frágeis, mas não haviam cedido. Tornando a realizar alguns selos de mãos e repetindo o processo do ar, atirou então três balas, uma após a outra, obrigando os parafusos e o concreto cederem pouco a pouco, repetindo o processo mais duas ou três vezes. Tomara que a faxineira já tenha ido embora desse banheiro e não esteja escutando esse alvoroço de merda. Brincou com a situação para aliviar o stress de estar quase que submerso em pura bosta humana (e animal talvez). (Fuuton: Rekundan)

A placa de ferro e a camada de concreto que continha canos de um duro material haviam cedido, e dado passagem ao rapaz. Seiji acumulou energia nas pernas e flexionando os joelhos saltou para sua liberdade sem fedores horríveis, pousando no banheiro. - Droga... Como vou fazer para ninguém ver isto até lá? Já sei, vou interditar este banheiro! Pensou alto o rapaz, caminhando em direção as cabines e perfurando a parede com um soco poderoso que era maximizado por suas Hando Kyojin, fazendo jorrar água. Não satisfeito, foi em direção aos lavatórios e aplicou uma palmada em cada, fazendo as mesmas estourarem e vazarem. O banheiro logo se tornaria o oitavo mar do mundo. (Rankaken: Gangeki e Rankaken: Assho)

Parte da Dupla

O leilão já havia se iniciado, altos lances eram lançados e diversos itens eram arrebatados a valores altíssimos. Os ricos comemoravam suas posses, os mais pobres amaldiçoavam as posses alheias que falharam em obter através do comércio. O Aburame mantinha-se infiltrado com muito êxito, seguindo todo o contexto e enganando o comando da segurança diversas vezes. Seiji havia interditado o banheiro e usando um henge, se disfarçara.

De repente, Yasuo recebeu informações novas de seus amados insetos e ansioso, utilizou o canal de rádio que havia pego de Seiji após o planejamento do plano, na casa, e comunicou-se com ele. - Seiji, atenção, o nosso alvo vai anunciar suas mercadorias agora, daqui a dois minutos iniciarei a distração.

- Positivo, estarei executando a tarefa neste tempo, só não se esqueças do alarme, vou escapar pelo banheiro masculino com as peças mais valiosas, te encontro no lago ao norte. Respondeu seguidamente, tocando o botão acionador do rádio transmissor preso em sua orelha discretamente.

O Aburame concordou rapidamente e realizando mais uma sequência de selos, modelou seu chakra elemental fazendo surgir uma torre de lama que deu forma a um novo eu do rapaz. - Preciso que vá para o salão principal e tome a posição, acione esse selo explosivo perto de uma cortina que cobrem os vitrôs do primeiro andar, mas interrompa a cadeia de explosão para gerar apenas faísca e fogo em vez de explosão. Entendido? Explicou o rapaz. O clone concordou e pegou o selo explosivo que havia sido dado por Seiji ao rapaz, invadindo o local facilmente pelo acesso da segurança (pois estava de boné, crachá e uniforme de segurança). (Tsuchi Bunshin no Jutsu)

Seiji caminhava por entre a multidão, cortando os pequenos aglomerados que conversavam sobre lances absurdos ou lances muito baixos ou simplesmente sobre como o item era pitoresco e caro e o desejava intensamente. De repente, uma mulher gritou. - FOGOOOO! FOGOOOO! SOCORRO! ESTÁ TENDO UM INCÊNDIO!! Era gorda, histérica e pomposa. Vestia-se excentricamente e carregava um leque. Atrás da mulher, a enorme cortina de pano fino vermelho era lambida na base por chamas que cresciam cada vez mais e segundos depois o alarme soou. Os seguranças se revelaram da multidão e andavam em direção a saída de emergência indicando o local para o rebanho apavorado enquanto que a outra metade encaminhava-se para os itens valiosos com intuito de protege-los.

- Hora da festa! Exclamou Yasuo, libertando uma quantidade mórbida de insetos que invadiram o edifício pelos vitrôx e venezianas do primeiro e segundo andar, criando literalmente um inferno na terra onde havia fogo e criaturas nojentas como insetos. As mulheres davam mais crédito ao pequeno inferninho elaborado pela dupla nukenin, trazendo os homens menos resistentes para a histeria e no final arrastando os mais durões para a preocupação mortal por suas vidas e por seus bens materiais que se arriscavam a queimar. (Bosui no Jin)

Seiji deslizou uma kunai santtotan da manga e atirou num suporte que segurava uma enorme cortina, repetindo o processo mais uma vez. Pegando a cortina e dobrando-a velozmente com auxílio de sua velocidade, foi em direção ao tablado onde ficava os itens expostos e o donos, começando a jogar os itens menores e aparentemente mais valiosos dentro da sacola improvisada. Um proprietário tentou protestar, mas Hideki ergueu as costas da mão esquerda contra a face do homem, jogando-o para fora do tablado com muita violência. As pessoas gritavam, os seguranças tentavam manter a calma enquanto tentavam assimilar tudo enquanto que uma torrente de insetos sobrevoava e rastejava no local que esquentava devido a fumaça produzida pela enorme cortina de tecido pesado que ardia fortemente em chamas. O caos estava instalado. Pouco a pouco o nukenin de cabelos brancos recolhia um cálice de ouro maciço, talheres de prata com veios de ouro desenhados artisticamente, pequenos quadros de arte, pequenas jóias como ametista, rubi e esmeralda (mas não muito grandes) e por ai vai...

- Hideki! Ainda está ai? Perguntou o seu parceiro de crime pelo rádio.

- Estou! Ainda não terminei, falta levar os anéis e colares! Exclamou o rapaz ofegante, arrastando tudo de pequeno, leve e valioso para a sua sacola de cortina vermelha.

- Você precisa fugir! Os seguranças estão se comunicando no walkie talkie e já perceberam a ação! Fuja dai! Exclamou, controlando os insetos para atrapalharem as pessoas e gerar mais pânico.

- Porra! Gritou, girando o saco e o jogando sobre seu ombro, correndo em direção ao banheiro.

Chegando no banheiro, foi surpreendido por dois guardas. O primeiro pisou em sua panturrilha direita fazendo-o cair. O segundo chutou a face do rapaz. Não satisfeito, o primeiro retirou a espada da bainha e se preparou para empalar o nuke no chão quando de repente este virou-se para o lado, cancelando a transformação e ficando todo molhado. Desesperado e atônito com os acontecimentos recentes, agarrou um pedaço de chão que se assemelhava a um tijolo e o atirou contra a face dum guarda. O homem foi surpreendido e caiu para trás, praguejando ferozmente.

Num instante, a katana do segundo guarda voou e atingiu o braço esquerdo do rapaz, penetrando num vão minúsculo das Hando Kyojin fazendo um corte considerável. O garoto rugiu de dor e chutou a canela do homem, aplicando outro chute na barriga e um soco no queixo do mesmo quando este se abaixou após sentir a dor no estômago.  Caído, levou um chute no rosto que fez o mundo girar. Tentou concentrar chakra mas o golpe fora intenso e impedia a ação. Rastejou-se para o lado e atirou outra pedra, mas este esquivou-se e rindo, atirou a pedra contra as costas de Seiji violentamente, deliciando-se com o sadismo que agora tinha em mãos. O ladrão tossia grandes quantidades de sangue e gemia da dor.

O guarda utilizou sua katana e correndo rapidamente tentou finalizou Seiji com um golpe para trespassar seu peito, todavia, o mesmo cruzou os braços numa última defesa, rebatendo a lâmina e dedicando um golpe final contra os testículos de seu agressor, ganhando tempo. Não vai dar... Pensou, indo em direção a sua fuga, sem o roubo, quando de repente, ouviu um zunido que aumentava cada vez mais até irromper numa nuvem de insetos que atingiu o primeiro guarda que terminava de se recuperar dos golpes angariados, lançando-o contra uma cabine desacordado. (Bosui no Jin)

O segundo guarda olhou furioso, e com um sorriso audacioso em seu rosto, brandindo a espada em provocação para depois atirar uma granada de fumaça contra o Aburame, fazendo os insetos fugirem contra a vontade de seu mestre, avançando contra o mesmo logo em seguida com diversos cortes verticais de lados alternados.

O rapaz esquivou-se para a esquerda e para direita, gingou para o lado e saltou para trás do adversário com um flip, abaixando-se e aplicando uma rasteira ligeira logo em seguida. O homem caiu e bateu a cabeça, ficando com ainda mais raiva. Brandiu sua espada num corte ascendente e trocou a posição da mão, aplicando uma estocada de cima para baixo como se estivesse a esfaquear alguém menos que ele com uma faca de cozinha. Ato ousado. Atingiu.

Yasuo guinchou de dor ao ser atingido na clavícula, foi uma perfuração considerável, mas não o suficiente para inutilizar seu braço. O sangue escorria de seu corpo e manchava suas vestes, o suor era presente em sua anatomia e este arfava de dor e um pouco de cansaço físico. O homem investiu novamente, com um corte em seu rosto, leve, para provocar. E, não satisfeito, girou no próprio eixo enquanto erguia o pé direito para aplicar um chute alto giratório contra a face do Aburame, jogando-o ao lado de seu companheiro ladrão.

- Agora, vão morrer os dois e eu terei um grande extra por ter pego os dois ladrões que quase destruíram o prédio e roubaram as antiguidades. Falou vitorioso, aproximando-se com a espada em mãos.

- Espere... Você não deve ganhar bem, né?.... Por que não dividimos as antiguidades e você nos deixa ir embora, simulamos um sequestro e você não fica com a ficha suja. Perfeito para ganhar mais que um “grande extra”, certo? Falou Seiji, cuspindo sangue após engasgar com o mesmo. Seu corpo inteiro doía. Seu parceiro permanecia imóvel ao seu lado, contendo grunhidos de dor enquanto seu ferimento vazava sangue. O homem pareceu pensar, mas então afastou o rosto pensativo e avançou mais.

- Que tal eu matar vocês, fugir com os tesouros e eu mesmo simular um sequestro, assim fico com o grande extra e o extra de vocês! Hahahaha! Rebateu diabolicamente. Hideki ficou sem resposta. O homem então avançou primeiramente contra Yasuo e se preparou para espetar seu coração com a katana, no entanto, o ex-konohanin abriu seus olhos num instante, enviando uma torrente de chakra final refinado em estímulos visuais, o que de alguma forma chocou o segurança e o fez recuar enquanto se debatia e tentava se livrar de suas roupas. (Ennetsu Jigoku no Gen)

- O-O que você fez?? Arrghhhhh... Ugghh... Grrrr. Ggrrr... Aaarghhhhhhhh... Aaarghh! Falava em meio a gritos. Deitou no chão e rolou e rolou, mas nada resolvia. Continuava a se debater. Os dois nukenins se encararam e então o albino entendeu, era um genjutsu. Hideki se aproveitou da situação e cambaleou até conseguir se erguer, montando em cima do segurança e aplicando um potente soco em sua têmpora que o apagou temporariamente. (Rankaken: Gangeki)

- Vamos logo! Vamos fugir! Gritou Yasuo com a voz falhada, se levantando lentamente enquanto pressionava a ferida em sua clavícula para impedir o sangramento demasiado.

- Merda, vamos sair logo daqui! Respondeu seu parceiro, tomando o saco com as joias e antiguidades nas costas novamente e indo em direção a liberdade fétida, fugindo ambos da cena do crime, e com os itens prometidos.

FIM