Casa de Sora
Sora levara Rima para a cozinha, onde se sentaram à mesa. Com Sora a segurar na mão de Rima que ainda não parara de chorar.
- O que se passou Rima? Estás num caco…
- É a minha m-mãe… - Murmurou Rima no meio de dois soluços.
- A tua mãe? Mas ela não estava…hum… Morta? – Perguntou Sora hesitante.
- E-era o que eu pe-pensava, m-mas…
- Tem calma, respira fundo. Não tenhas pressa.
- O meu p-pai, q-que aliás n-nem é o m-meu pai verdadeiro, disse q-que a minha m-mãe estava v-viva, q-que me tinha a-abandonado…
- Achas que é verdade? – Pergunta Sora, um pouco desconfiada.
- Q-que mais poderia s-ser? Seria c-cruel demais. Até p-para ele. – Respondeu Rima.
- O que é que vais fazer agora? – Pergunta Sora.
- Estás a falar do q-quê?
- Da tua mãe. Vais procurá-la?
- Não s-sei. Ainda n-não pensei nisso. Se e-ela ainda não me veio procurar, não deve querer fazê-lo a-agora. – Respondeu Rima olhando para o tecto. Sora abraçou a amiga.
- Pode ser que tenhas uma surpresa, não percas a fé. – Diz Sora com um sorriso reconfortante. Rima lembrou-se subitamente do sonho em que a sua mãe lhe dizia repetidamente: “Não percas a fé”. E sorriu para a amiga, pensou que talvez a sua mãe não soubesse onde se encontrava, ou que a julgava morta.
- Mas c-como é que eu a e-encontro? – Pergunta Rima, já mais calma.
- Uhm… A tua mãe não era ANBU?
- S-sim, suponho que sim.
- Então deve haver registos, nem que seja da sua candidatura. Eu posso falar com o Kazekage, se quiseres.
- F-fazias isso por m-mim?
- Claro! Somos amigas, não somos? – Rima abraça Sora comovida. – Como é que ela se chamava?
- Emihiro. – Respondeu Rima, já mais animada. Nisto ouve-se a porta a abrir.
- Mãe! Sora! – Chamava uma voz masculina.
- Estou na cozinha! – Respondeu Sora. Nisto, um rapaz alto de cabelos ruivos e olhos castanhos entra na cozinha.
- Não sabia que tínhamos visitas. – Diz o rapaz, reparando em Rima. – A mãe não vem almoçar connosco?
- A mãe foi falar com uns fornecedores. És mesmo mal educado… - diz Sora.
- Ok, ok. – O rapaz aproxima-se de Rima, curva-se e pega-lhe na mão. – O meu nome é Ichimaru, mas pode tratar-me por Ichi. E como se chama a menina? – Diz o rapaz, dando um beijo na mão de Rima. Esta olhava surpreendida para o rapaz, de olhos muito abertos.
- Não ligues Rima, ele é um totó… - Diz Sora, pegando nas mãos de Rima e dando um carolo em Ichimaru.
- Vocês são irmãos? – Pergunta Rima.
- Não, a mãe da Sora adoptou-me quando eu era puto. O que há de almoço?
- Ramen. – Responde Sora
- Outra vez? Mas tu não sabes fazer mais nada? – Protesta Ichimaru
- Olha quem fala, nem comida congelada consegues aquecer! – Respondeu Sora
- Eu acho ramen uma óptima ideia. – Interveio Rima. Sora e Ichimaru pararam de lutar, Ichimaru sentou-se à mesa enquanto Sora servia a comida.
O almoço passou-se calmamente, e a conversa foi animada. Rima sentia-se mais leve, e resolveu deixar Sora e Ichi e ir visitar Shizuna. Não precisou
de procurar muito, pois a sua amiga estava a passar pela rua.
- Shi! – Chamou Rima
- Oh, oi Rima. Como está o teu pai? – A expressão de Rima mudou bruscamente, o seu sorriso desfez-se e os seus olhos foram inundados pela tristeza. – O que se passa amiga?
- Ele está bem, acho… - Foi a resposta.
- Achas? Mas não foste vê-lo? O que se passou? – Pergunta Shizuna, preocupada.
- Vem comigo à pensão. Eu conto-te no meu quarto. – Responde Rima, agarrando no braço de Shizuna e dirigindo-se para a pensão em passo largo.
Quarto de Rima, Pensão.
- Conta-me, estou a ficar preocupada. – Diz Shizuna agarrando nas mãos da amiga.
- Bem, eu fui ver o meu pai. – Começou Rima. – E ele disse que… Disse que ele não era… o meu pai biológico.
- Estás a falar a sério?! – Pergunta Shizuna, surpresa.
- Muito a sério, e não foi só isso. – Respondeu Rima, deixando Shizuna ainda mais preocupada.
- Não?
- A minha mãe está viva. – Declarou Rima, Shizuna abriu e fechou a boca sem conseguir proferir qualquer som.
- C-como é que sabes? – Perguntou por fim.
- O meu… Uhm… Não-Pai disse-mo… Depois de me atirar à cara que não era o meu pai verdadeiro. – Respondeu Rima cabisbaixa, Shizuna abraçou-a.
- O que é que vais fazer agora? – Pergunta Shizuna.
- Vou procurá-la.
Em Suna, noutro lugar.
- Orihime! Onde vais? – Pergunta uma voz.
- A Kumogakure, tenho de falar com a Hiroki.
- Vais-lhe contar?
- Sim. Vou-lhe pedir que entregue a carta e aquilo.
- Tu é que sabes, mas eu nunca confiei na Hiroki.
- Ela é a minha melhor amiga, mãe.
Suna, Pensão, Quarto dos Irmãos Kurohoshi
- Maninho, a Shizuna era bem gira, não achas? – Pergunta Sasame a Genji.
- Já esqueceste a Rima? És rápida, hein? – Responde o irmão com um sorriso.
- Não! É gira para ti!
- Não sejas parva. Sabes que eu não gosto destas conversas. – Respondeu Genji, parecendo incomodado.
- Tenho a certeza que ela não se iria importar de seres virgem. – Diz a Kunoichi, fazendo um sorriso trocista.
- Sasame!! – Grita Genji furioso, atirando uma almofada à cara da irmã.
The End
O que será “aquilo”?
Bem, deixem comentário! ^^