Era cedo, o brando calor do sol aquecia levemente o ar, criando uma atmosfera agradável. Não havia sinais de nuvens, apenas aquelas que ao longe ocultavam Kumogakure, um imenso céu azul estendia-se até onde a vista alcançava. No topo de uma pequena planície, rodeada por árvores, ervas altas e alguns canais de água uma série de estacas de madeira estavam espetadas no solo.
Agarrei em mais duas estacas e espetei-as a cerca de 3 metros uma da outra, olhei em meu redor, contente com o meu trabalho. Formando um círculo em meu redor estavam cerca de 30 estacas de madeira, as estacas variavam de tamanho, eram pedaços de madeira que encontrava caídos ou pela vila ou pelos vales e planícies, todas espetadas estrategicamente de modo a poder melhorar o meu modo de combate.
Lentamente projectei o meu rádio até este sair pela palma das minhas mãos, formando uma pequena lâmina de osso mas tão denso como aço. Num Shunshin avancei de imediato contra uma das estacas, num movimento rotativo cortei-a ao meio e logo de seguida num novo Shunshin avancei em frente e em X, atravessei uma outra estaca, rodei sobre mim mesmo de braços abertos e ao girar fiz 2 golpes em mais duas estacas que não chegaram para as partir, saltei no ar e aterrei em frente a uma estaca mais grossa, puxei os braços atrás e espetei as lâminas na estaca, fazendo força para o lado de fora destrui a estaca de dentro para fora, desfazendo-a em lascas. Rodei para trás e estava um tronco de uma árvore, com cerca de 2 metros, lancei-me contra ele e com um Konoha Shoufuu que o mandou ao ar, saltei na sua direcção e em pleno voo atravessei o tronco aplicando-lhe dois cortes que o partiram ao meio. Ao aterrar, avancei por entre várias estacas desferindo golpes em todas as estacas, uns mais certeiros que outros, mas quase todas apresentavam danos. Só faltavam 5, estes estavam dispostos em fila, e bastante próximos uns dos outros, eu teria de aplicar os golpes e passar entre eles, aumentado assim a minha agilidade em espaços pequenos.
Avancei contra o primeiro e cravei um dos ossos no tronco, com a ajuda dos pés impulsionei-me para trás e cortei desde o meio até ao topo, rapidamente coloquei-me entre o tronco meio corto e o que o precedia e mesmo com pouco espaço espetei ambos os ossos no tronco, impulsionei-me para cima ficando em cima dele e desferi vários golpes na parte superior, como se tentasse decapitar alguém.
Dei um mortal para trás, ficando entre o anterior e o tronco ainda intacto, em 3 Shunshins executei um corte em cada um dos 3 troncos restantes, que de imediato de dividiram em 2.
Limpei o suor da testa e olhei em meu redor, era um cemitério de galhos, ramos e troncos, nem todos haviam sido cortados eficazmente mas todos tinham pelo menos marcas de cortes.
Após descansar um pouco fui até ao riacho que ali corria decidido a treinar o meu controlo de chakra. Após concentrar algum chakra no pés, avancei para a superfície do riacho, senti o meu pé afundar de imediato, mas após coordenar a concentração de chakra e os movimentos o meu pé foi “empurrado” para a superfície e a pouco e pouco e pouco ia dando os primeiros passos. Ainda sofria alguns desequilíbrios, mas nada de mais e com o tempo foi-se corrigindo. Avancei ao longo do riacho pois pelo que conhecia da zona, no fim da planície havia um pequeno precipício onde caía uma pequena cascata. Ao chegar à cascata saltei para a sua base, mergulhando no rio que, felizmente era fundo o suficiente para não espetar uma bela cabeçada. Voltei á superfície e coloquei-me debaixo da cascata, a água gelada atingia-me as costas com grande intensidade, e tive de aumenta a minha concentração para não ser projectado para baixo. Lentamente dobrei os joelhos e comecei executar alguns agachamentos, dificultados pela força exercida pela cascata. As minhas pernas começaram a dar de si e fui obrigado a parar e a sair debaixo da cascata. Comecei a ouvir alguém a chamar-me, olhei para o topo da cascata e era o meu pai.
- Kosshi anda dai, temos de ir à do Raikage.