Continuação do Filler 3 – http://www.narutoportugalrpg.com/t9063-filler-3-namorada-alheia
Tsutao dirige-se para a porta e começa a calçar as sandálias apressadamente.
Tsutao… - sussurrava Dan Dan que o tinha perseguido até à entrada.
Tsutao não liga e continua a tentar calçar as sandálias até que por fim consegue, levanta-se e prossegue até à porta saindo da casa a correr. Dan Dan suspira e fica um pouco desanimada voltando para dentro da cozinha. A mãe e o pai chegam todos felizes como se estivessem a cantarolar algo muito baixinho.
-Onde está Tsutao? – Pergunta o pai de imediato ao sentir a falta do filho.
-Foi…ter com a Oichi, parecia urgente! – Inventa Dan Dan não sabendo o que dizer.
-É da maneira que começa a namorar com ela ahah! – Goza Yasuo mais uma vez enquanto põe o braço por cima dos ombros de Dan Dan.
-Pois… - concorda Dan Dan muito desanimadamente.
[…]
Nas ruas de Konoha Tsutao ainda corria tendo que parar perto de um banco sem fôlego. Senta-se no banco enquanto recupera-se da corrida maluca e olha em frente vendo uma taverna com alguns bêbados. Tsutao espera uns míseros minutos e decide entrar na taverna, a taverna era velha e praticamente feita de madeira, as mesas estavam espalhadas por todo o lado, algumas com três cadeiras e outras até com cinco, nitidamente estava toda desarrumada porque os bêbados às vezes gostavam de lutar. Tsutao decide ignorar isto tudo e prosseguir em frente até ao balcão, senta-se num dos bancos sozinho, o balcão também era feito de madeira e a única coisa que se via para beber era álcool atrás de álcool. O empregado do balcão, e possível dono daquela taverna, aparece à frente de Tsutao a limpar as mãos com um pano.
-Deseja alguma coisa pequenote? – Pergunta estranhando a presença de um menor naquele estabelecimento.
-Sumo de laranja por favor! – Pede Tsutao com alguma educação.
-Então uma cerveja a sair! – Anuncia o empregado preparando-se para ir buscar a cerveja.
-Não! Sumo de laranja! – Corrige Tsutao.
-Cerveja… - repete o empregado virando-se para Tsutao.
-Su-mo…
-Cer-ve…
-Não, não, s-u-m-o – insistia Tsutao.
-C-e-r-v-e-j-a – repetia o empregado.
-Ah! Traga lá o raio da cerveja! – Desistia Tsutao pois não estava com cabeça para tretas naquela noite.
O empregado sorri e tira uma cerveja, sabe-se lá de onde, serve num copo e dá o copo para Tsutao. Tsutao fica a olhar para o copo e decide beber um golo. Sem dúvidas refrescou, mas tinha algo de estranho com o sabor, Tsutao começa a sentir-se um pouco maldisposto por não estar habituado àquela bebida. Ouve-se um estrondo por detrás deste, Tsutao vira-se e vê uma mesa desfeita contra a parede. Um bêbado Jounnin estava a fazer frente a outro Jounnin também bêbado.
-Ai é? Pode ser que vá para a cama com a tua mulher antes de ir para a cama com a minha! – Responde o Jounnin do lado esquerdo duma forma agressiva.
-Ai é? Pode ser que vá para a cama com as duas mulheres! – Respondia o outro Jounnin da mesma forma.
Ambos os Jounnin usavam aquele colete típico do seu rank, só que o do lado esquerdo tinha cabelo longo e branco enquanto o outro já era um cabelo encaracolado, longo e castanho.
-Ai é? Pode ser que a minha mulher vá para a cama com a tua mulher! – Respondia o Jounnin de cabelo branco.
-Seu lesbiano! – Gritava o Jounnin de cabelo preto dando um soco no outro.
O Jounnin de cabelo branco responde com um pontapé e ambos começam à luta, todos os outros bêbados fazem um círculo à volta dos dois para ver a luta, soava-se “Dá-lhe duro!” ou “No meio das pernas! No meio das pernas!”, Tsutao deixa o dinheiro da cerveja em cima do balcão, acaba de beber a mesma e vai embora enquanto toda a gente estava distraída. Cá fora continua a vaguear pelas ruas de Konoha, sozinho como tanto queria estar.
-Tsutao! – Gritava Oichi um pouco longe dele.
Tsutao olha para Oichi sentada num banco e vai a correr ter com ela.
-Oichi! Que estás aqui a fazer? – Pergunta juntando-se a ela.
-Bem, vim apanhar um pouco de ar – responde serenamente apontando com o polegar para trás – Vivo ali sabes?
Tsutao olha para trás vendo um prédio com alguns apartamentos.
-Pois, eu vivo num bairro exclusivo para o meu clã, acho que é um exagero – confessa Tsutao rindo-se um pouco.
-Pois é, se existisse um bairro exclusivo para cada clã, Konoha era enorme! – Comenta Oichi rindo-se também – Mas porque estás aqui?
-Vim passear, apanhar ar como tu – diz Tsutao desanimado.
-Tsutao…tu estás triste oiço-te na voz…que se passou? – Pergunta Oichi intrigada.
-Dan Dan e Yasuo foram hoje jantar lá a casa – responde Tsutao – Foi muito constrangedor.
-Pois…já soube que eles namoram – diz Oichi aproximando-se de Tsutao agarrando-o com o seu braço.
Tsutao respira fundo e fica a olhar para as estrelas, o céu hoje estava especialmente estrelado e a companhia de Oichi estava a fazer maravilhas em Tsutao.
-“Tsu” estás com ciúmes do namoro deles? – Pergunta Oichi com um risinho tentando fazer Tsutao rir-se também.
-Claro que não Oichi – responde Tsutao sorrindo para ele.
-Bem… - Oichi não termina a frase largando Tsutao e levantando-se do banco – Tenho que ir embora, adeus!
Tsutao despede-se com um abanar da mão, Oichi sorri e vai embora entrando no prédio. Tsutao fica sentado no banco a pasmar.
-Indo eu, indo eu, para a casa do Hokage – ouvia-se uma voz a cantar numa sombra.
-Indo tu, indo tu, para a casa d Hokage – outra voz parecia tentar acompanhar a voz anterior.
As duas vozes decidem mostrar os seus verdadeiros rostos, era os Jounnin bêbados de ao bocado. Estes estavam ainda mais bêbados e caminhavam pelas ruas de Konoha aos ziguezagues. Tsutao fica quieto a olhar para eles e passarem vergonhas quando o Jounnin de cabelo branco cai.
-Ei! Porque fizeste isso? – Pergunta levantando-se.
-Não fui eu! Foi ele! – Responde o outro apontando-se para Tsutao.
Tsutao vê-se a ser apontado por um dos bêbados e fica curioso para saber o tema de conversa deles.
-Apanha-o! – Grita o de cabelo branco.
-Vamos! – Grita o outro.
Os Jounnin começam a correr na direcção de Tsutao atirando uma kunai contra este, Tsutao abaixa-se e a kunai passa a rasar mas Tsutao não entende o porque do ataque repentino deles. A única coisa que se lembra é de levantar-se do banco e começar a fugir.