O rapaz esperneou-se ao entrar na mansão do Hokage. Tinha chegado a Konoha há um dia apenas, mas se esperava as regalias e boas vindas que tivera das outras vezes, bem que se enganara. Ao entrar no portão enorme, nos seus incólumes trajes brancos, foi imediatamente abordado por ninjas que lhe barravam o caminho. Olhou-os calmamente e sorriu, enquanto uma cobra verde serpenteava da sua gola até à mão de um deles, depositando o pergaminho de Gaara com o selo do Kazekage. Foi imediatamente levado a Loki para averiguar e não demorou muito até lhe darem passagem, estavam mais sensatos, ao menos. As ruas estavam estranhamente vazias, sem aquele burburinho constante de Genins a correr atrás dos seus mestres.
Dirigiu-se à mansão vermelha, sem pressas. Enviara os seus homens para rodearem a aldeia por Oeste, para o país dos campos de arroz, onde esperava juntar-se-lhes. Subiu a escada e depois o corredor em espiral, onde ouviu vozes.
- Uma armadilha?! – trovejou Loki espetando um potente soco na parede – e dizes que o falcão de Suna também relatava o mesmo?! Mandem imediatamente uma equipa, estão vidas das crianças em perigo!
- Hokage-sama… Não creio que tenhamos equipas para enviar, estão todas a trabalhar para pagar os custos da guerra e se nos arriscarmos a enviar mais equipas, caso a aldeia fosse atacada…
Os passos nervosos retomaram-se enquanto grandes suspiros se faziam ouvir. Genins de Konoha e Suna, raptados, mortos talvez, lamentava-se o Hokage em voz alta. Até mesmo dois Uchiha. O rapaz tacteou até à porta e abriu-a lentamente, depois de dois toques a anunciar a chegada. Sentiu a cabeça do hokage virar-se na sua direcção. Podia até imaginar as engrenagens a funcionar atrás dos seus olhos irados.
- Eu irei, se mo permitirdes, senhor. – disse com um sorriso e olhos toldados pela venda – afinal, de que vos serve uma aliança se Suna não vos puder ajudar? Também há ninjas da minha vila lá presos, pelo que não pude evitar ouvir – confessou em tom lamentoso – e até um bom amigo meu e por esse arriscar-me-ia ainda que não fosse essa a vossa ordem. – concluiu.
Sentiu os olhos de Loki a analisá-lo, embora não o visse. Sentia o tactear das suas mãos sobre a secretária, embora não produzisse qualquer som.
- Tenho certas dúvidas em enviar-te, Selim, ainda que tenhas vencido o torneio, ainda que possas ser muito competente, não me parece que seja suficiente. Nem sequer sei porque te enviou Arashi sozinho. Não tenho sequer uma equipa que te possa dispensar.
- Oh! Mas eu tenho, Hokage-sama. – anunciou, sentindo Kaoru e Takashi a subir pelo corredor espiralado que conduzia àquele escritório.
Loki fitou-os durante o que lhes pareceu um século. Kaoru levantou-lhe os olhos encarnados analisando a sala. Takashi, por outro lado, engolia toda a incredulidade fulminando Selim com o olhar. Eles estavam ali com uma missão, confirmar a lealdade de Konoha e de uma vez por todas saber se Arashi podia confiar plenamente nesta vila agora rodeada de inimigos.
- Dêem-lhes os dados da missão. – ordenou relutantemente.

Algumas horas mais tarde.

Os três ninjas moviam-se como sombras em direcção ao nordeste. O Jounin ainda não recuperara e talvez por isso não mudasse aquele semblante carrancudo que era tão pouco característico dele.
- Que raio de ideia é a tua? – perguntou finalmente como se não aguentasse mais – Nós viemos aqui para confirmar a lealdade da maldita vila e a primeira coisa que fazes é meter-nos numa p*** duma missão?!
O rapaz de cabelos cinzentos que os acompanhava olhou-o atentamente.
- Selim tem razão – constatou calmamente perante o Jounin perplexo – se Loki recusasse saberíamos que não estava do nosso lado à partida e talvez pudéssemos enviar uma mensagem ao Kazekage. – explicou no seu tom sensato – como aceitou, asseguramo-nos primeiro de que não nos tocará durante algum tempo, pelo menos e não porá a mão a nenhum Genin de Suna.
- Porque raio não nos pode simplesmente matar quando voltarmos?
Kaoru soltou um sorriso antes de continuar – voltaremos com Genins da sua aldeia e até os libertarmos eles serão nossos reféns. Depois de o fazermos… Bom, eles não esquecerão os ninjas que os ajudaram por algum tempo, o que assegurará que não nos fará mal por um bocado.
- Assumindo que não está do nosso lado – concluiu Selim enquanto corria pela planície com a venda tapando apenas um olho – porque se estiver e nos arriscarmos demais, estamos fritos. Além disso, temos vários Genins de Suna presos, aparentemente. E Hayato, teu amigo seu grande idiota – pensou, mas não o disse.
Demoraram dois dias até chegar à floresta cerrada para onde os Genins deveriam ter sido enviados, aparentemente. Era bastante fúnebre, as árvores pareciam murmurar entre si. O próprio ar parecia denso e cheio de mistérios e fábulas, como se cada pequeno rebento tivesse uma história para contar. O Jounin, Takashi, avançou impetuosamente na direcção da floresta, apenas para ser repelido no momento seguinte.
Uma barreira, perfeito. Selim fechou os olhos num suspiro de frustração, não imaginando como isso lhe salvaria a pele.
- Sensei… Kaoru – murmurou.
- Na escola onde tu andas já eu dei aulas - resmungou o Jounin em resposta.

Vieram de todo o lado. De dentro da barreira e de fora dela, das árvores do chão e do céu e no momento seguinte estavam rodeados por oito ninjas. Todos eles envergavam o negro e empunhavam espadas curtas. Não eram demasiado altos e parte das suas caras estivesse tapada, excepto os olhos e os cabelos.
Os ninjas de Suna colocaram-se costas com costas e analisaram os inimigos, ou tentaram até Selim os fitar, colocar a venda no bolso e desatar numa gargalhada.
- São Genins e dois deles Chuunin, ou assim se chamam, são apenas mercenários – anunciou num sorriso – e temem-nos, estes corajosos defensores!
Um dos Genins enfureceu-se com aquilo e atacou-o, na sua inexperiência. Selim limitou-se a olhá-lo e no mesmo instante o rapaz parou embasbacado, contorcendo os olhos e as bochechas num sorriso invisível, sob o pano que lhe cobria a cara. E no momento seguinte caiu inconsciente. Meia dúzia de cobras ergueram-no no ar e uma última dilacerou-lhe a garganta com mandíbulas frias como aço temperado.
Kaoru moveu-se como para atacar, mas o braço de Takashi interpôs-se. Este era trabalho para Selim e o Jounin sabia-o.
- Gostava de saber onde posso desactivar esta barreira, é um bocado incómoda – declarou para ninguém.
Como esperava, um dos Chuunin desatou em praguejo bravo, afirmando para quem o quisesse ouvir que jamais revelaria fosse o que fosse. Isto pareceu divertir o rapaz de cabelo acastanhado, que mostrou o sorriso branco.
- Oh mas dirás, afinal, Selim Puraido ordena-to – disse enquanto o fitava.
Imediatamente o mercenário disparou três localizações onde estavam postos de formação da barreira. Se caíssem os três, a malfadada parede desfazer-se-ia. Contudo, um deles estava dentro da mesma.
O outro mercenário de nível Chuunin brandiu a katana tentando silenciar o colega que se desbocara, mas a sua garganta foi instantaneamente dilacerada pelo Jounin de Suna, com a mão envolta em metal negro. Os restantes, bom, seria injusto chamar-lhes de Genin. Os seus poderes equivaliam a tal, mas todos eles já tinham visto Invernos suficientes para se tornarem melhores ninjas. Estavam hesitantes, entre atacar ou retirar. Estavam em vantagem numéricas, mas um dos seus adversários parecia vencer apenas com um olhar e o outro tinha uma couraça de metal que tornaria todas as suas armas inúteis. Na sua indecisão, apertavam o círculo em volta dos ninja de Suna e esse foi o seu fim. Num momento apenas, uma imensidão de escamas esverdeadas apareceu no ar e no segundo seguinte todos eles jaziam esmagados pelo enorme corpo da serpente, que desapareceu segundos depois numa nuvem de fumo.
- Selim-kun – chamou Kaoru, sempre lesto e insensível enquanto Takashi ainda recuperava da carnificina que os rodeava – consegues entrar na barreira?
Em resposta, o rapaz limitou-se a fechar os olhos e… desaparecer, apenas para reaparecer alguns metros à frente, dentro da barreira. Trocaram entre si um olhar de súplica, era certamente arriscado separarem-se sem saber que guarnição teria cada posto da barreira, mas não tinham tempo para melhor. Um segundo bastava para que todos aqueles rapazes morressem e porquê? Pela diversão de algum excêntrico fidalgote. Não o perdoaria, prometeu a si próprio, não perdoaria que usasse ninjas para tais propósitos.

muito bom apesar de achar o selim arrogante
que é isso de falar na 3ª pessoa? anyway anda lá que ja tou farto da mansão :3

bom filler, aselim arrogante² e esquizofrenico :3 falando só :3
não cheuge rapido demais, preciso primeiro ganhar o exame :3 demore o quanto quiser :3

Bom filler Mata o loan pelo caminho :3 Afinal ele é inimigo

Mata ele! Mata ele!

pena que só apanhei a história por metade mas acho que já percebi tudo. Está bem grandinha (consegue ser maiores que as minhas ).

No final de tudo adorei e um dia espero vir a teer uma escrita tão deliciosafantásticaestraordináriamente boa como a tua !