Prólogo | A Lenda da Princesa Sakura |
Capítulo I | O Início |
Capítulo II | Jantar |
Capítulo III | Fujikawa Hideaki |
Capítulo IV | Fujikawa Ichiro |
Capítulo V | Casa de Máquinas |
Capítulo V
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Casa de Máquinas
_ Okaerinasai, Keigo-kun! – diz Aika ao receber seu amigo no hall de entrada.
_ Oi. – responde ele a tirar a gravata e entregar a maleta para o mordomo.
_ O que houve, não se sente bem? – perguntou ela preocupada com a feição estranha de Keigo.
_ É só cansaço e estresse, por isso odeio lidar com a empresa, só problema o dia todo... – falava ele quando percebe que aquele assunto seria um tanto desagradável. _ Mas conte-me, como foi a tarde com meu irmão? Encontrei Hideaki e ele me falou sobre a manhã, mas estou mesmo curioso para saber como foi com Ichiro. – perguntou Keigo enquanto subiam as escadas.
_ Foi perfeita, nos divertimos muito, pena que você não pode ir conosco. – respondeu ela.
_ Espera, dissestes que foi perfeita a tarde??? Meu irmão é um bipolar super bizarro, não sei como pode se divertir com ele. – assustou-se Keigo já a entrar em seu quarto seguido pela garota.
_ Não seja mau, assumo que no início estava bem chato, mas do nada ele ficou divertido e brincalhão. – dizia ela a sentar-se na cama a sorrir.
_ Ok, por essa não esperava, hahaha. E você sentou-se em minha cama para me assistir tirar a roupa? – brincou ele.
_ Estávamos a conversar, não pense bobagens. – respondeu ela nervosa já a levantar-se da cama.
_ Hahahaha, ficas tão bonitinha nervosa. – ria ele a olha-lá. _ Vou tomar meu banho, depois conversamos mais. Senti saudades suas. – disse ele a dar um beijo na testa da garota.
_ Eu também. – sorriu ela sem graça.
”Por quê menti? Eu me diverti tanto com Ichiro-san que nem me lembrei de Keigo-kun... Por quê menti para ele?”, sofria Aika consigo mesma nos pensamentos.
_ Arrume-se para jantarmos fora, sairemos daqui uma hora. – sorriu ele a dirigir-se ao quarto de banho.
(...)_ Fujikawa-dono, estamos prontos. – falou um homem vestido de negro a usar óculos escuros, e ambos caminhavam por um corredor pouco iluminado e úmido até chegarem à uma porta com uma placa “Casa de Máquinas”.
_ Esse é o baderneiro... – fala o velho Fujikawa a observar um homem amarrado numa cadeira, este encontrava-se bastante suado e a sangrar pela boca, a sala tinha mais dois homens. _ Quantos anos tens? 40? 50? Não tens vergonha de ficar fazendo bagunça nessa idade? Corrompendo os jovens com falsas esperanças... – dizia Rintarō a andar ao redor do homem. _ Qual o nome dele? – pergunta ele dirigindo-se à um dos homens de negro.
_ Kugo Sahuro. – respondeu ele.
_ Kugo-san... – falou Rintarō a se aproximar do rosto do homem que se mostrava bastante nervoso. _ Me diga quem está por trás disso, quem é o líder de vocês, sei que o líder do sindicato era só mais um lacaio em todo esse plano. – falava o velho em um tom que causava medo a qualquer um que escutasse.
_ Se era só mais um lacaio por que o matou? – desafiava o homem com coragem excepcional.
_ Soube que tens uma mulher, dois filhos e um neto a caminho... seria muito ruim se algo acontecesse à eles, correcto? – perguntava Rintarō a apertar os olhos contendo a irritação.
_ Veio aqui só para fazer essas ameaças baratas? Por que se deu ao trabalho de vir aqui? Não podias ter mandado um dos seus empregados fazerem isso? – provocou Sahuro.
_ Sua coragem é louvável, mas imprudente demais. Nesse momento tenho um homem a visitar Aya e outro na casa de uma mulher chamada Hina... seria muito ruim se por acaso uma casa pegar fogo matando uma senhora queimada e uma mulher cair no banho matando ela e o bebê... – dizia Rintarō já com um tom mais nervoso, mas sem perder a classe.
_ Fujikawa-dono, deixe minha família fora disso. – falou Sahuro já com diferença de tom a perceber que o líder da Companhia Fujikawa não estava a blefar.
_ Ganhou um pouco de prudência repentinamente, vejo que não és burro. Agora me diga quem está por trás disso e tudo mais que sabes. – falou Rintarō a puxar uma cadeira próxima e sentar-se.
_ Fujikawa-dono, o que o senhor faz com seus empregados é desumano, os da área de colheita não tem nenhuma proteção contra o sol ou insetos, na área de fabricação de essências as pessoas lidam com produtos perigosos correndo riscos já que nem máscaras o senhor fornece, remédios então o senhor não dá sequer um ambiente limpo. Eu imploro, melhore as condições de trabalho, há muitas outras melhorias necessárias, mas comece fazendo o básico, por favor Fujikawa-dono. – pedia o homem em desespero.
_ Vais me ajudar ou não? – perguntou Rintarō.
_ Senhor, eu peço, nos ajude, a empresa tem que pensar em seus funcionários... – falava Sahuro quando interrompido por Rintarō a levantar-se da cadeira.
_ Não me diga o que minha empresa tem ou não que fazer. – falou ele já a dar as costas e se dirigir aos seus homens. _ Matem ele, a esposa, os filhos e a nora grávida, mas não só matem, façam com que sofram bastante antes de morrer. – disse Rintarō a sair da sala seguido por um de seus homens, enquanto os outros dois providenciavam para que as ordens do chefe fossem cumpridas. Gritos vindos daquela sala eram ouvidos, parecia que Sahuro tinha voltado atrás e queria ajudar, mas já era tarde...
_ Fujikawa-dono, não é correcto o senhor fazer essas coisas, tens muitos homens que podem fazer esse trabalho, não é seguro tomar frente – falava o homem de negro que acompanhava Rintarō quando interrompido pelo velho que para de caminhar bruscamente.
_ Da minha empresa cuido eu, não gosto de deixa-la em outras mãos, todo e qualquer assunto será tratado por mim e acho bom você só responder ao que te perguntar, a próxima opinião que der sem que eu requisite... bem, acho que já sabes. – disse o velho a continuar a caminhar pelos corredores escuros e úmidos.
_ Sumimasen, Fujikawa-dono. – disse o homem que se calou em seguida com medo.
(...)_ Otōsan hoje está atrasado, queria me despedir dele antes de sair, mas já esperamos tempo demais. Vamos, Aika-chan? – sorriu Keigo a levantar-se do sofá e oferecer a mão para a garota.
_ Com certeza, Keigo-kun, já estou faminta haha. – riu a garota a dar a mão para o rapaz.
_ Tens um sorriso tão lindo... e com esse olhar... duvido que haja mulher mais bonita que tu. – falou Keigo a olhar nos olhos de Aika.
_ Assim me deixas sem graça... – corou a garota.
_ Já deves ter ouvido isso várias vezes. – sorriu ele, mas percebe que o sorriso da garota desvaneceu-se. Logo Keigo percebe o porquê, ela com amnésia não se lembraria se tinham dito à ela que era bela. _ Gomenasai, não me lembrei – e logo para novamente, esse
“não me lembrei” não era algo bom para se dizer à alguém com amnésia. O rapaz não sabia o que dizer.
_ Haha, não se preocupe. Ao mesmo tempo que é bom não se lembrar de nada é estranho, talvez tenha alguém a me procurar, talvez eu tenha uma família, amigos, um cãozinho ou gatinho, não sei, podem ter pessoas que me amam e sentem minha falta... – pensava ela em voz alta. _ Mas né, não posso fazer nada quanto à isso. Esqueci-me de comentar, mas ficas bem bonitinho quando embaraçado haha. – riu ela a disfarçar aquele sentimento triste.
_ Eu não estava embaraçado... – contestou ele enquanto a moça passava o braço no dele.
_ Claro, aquele suor em sua testa era só do calor, haha. – brincava ela e ambos saem da mansão rumo ao restaurante.
- Spoiler:
Sorry se acharem que há falta de qualidade ou por qualquer erro, metade foi escrita há 2 meses e a outra metade hoje