Koi e Tori acabam de sair de um banho que lhes soube pela vida. A água podia estar mais fria que o vento nórdico nos montes mais altos, mas estava calma o suficiente para poderem brincar com os peixes que por lá andavam. Nenhuma preocupação em os apanhar, só por uma simples forma de diversão. As roupas estendidas numas rochas onde o sol insidia com uma grande força, até parecia, de vez em quando, que quando as nuvens tapavam o céu e um feixe de luz insidia nas mesmas, parecia que eram roupas divinas. No entanto, por melhor que fosse a sensação de ter uma corrente leve a roçar os músculos doridos, cansados, pesados como se tivessem caminhado durante meses sem parar, os irmãos tinham de sair, a comida escasseava. Sem outra hipótese, vestem-se à velocidade da luz e começam a agendar um plano. Pegam em pequenas pedras para marcar o caminho se eventualmente se separarem.

- Acho que estamos prontos. – disse Koi, enfiando pequenas pedras num saco, que tinham encontrado no rio enquanto “ brincavam”.

- Sim maninho está tudo. Seguimos para Noroeste sempre em linha reta para não nos perdermos. - afirmou Tori com uma cara algo estranha enquanto contemplava a beleza que no pequeno bosque, do outro lado do rio, sobe a luz de um sol grandioso e belo.

- Mano, também não te esqueças que estou a apanhar estas pedras por alguma razão. Sabes uma coisa mano…. – disse Koi baixando a cabeça

- Diz! Individuo com uma grande capacidade “ressonadora”! – diz ,enquanto ri, Tori com um pequeno mas notório sorriso na cara.

- NÓS JÁ LÁ DEVIAMOS ESTAR! MEXE MAS É ESSE CU!!! – grita Koi aos ouvidos do seu pobre irmão.

“Está bem, está bem” disse Tori, tocando no ombro de Koi, apontando-o para o bosque e dando-lhe um valente chuto no traseiro. Koi decide calar-se e começa a caminhar em direção ao bosque sombrio, escuro como um dia de eclipse Solar. Devagar os irmãos iam se apercebendo que até no bosque existiam regras. Animais silenciosos com vontade própria não gostavam de ser incomodados. Koi, mais uma vez, faz o que não deve provocando um dos esquilos que estavam à procura também de mantimentos para o inverno.

- Olha aqueles bichos tão fofos! – disse Koi tentando parecer uma pessoa sensível.

- Deixa-os estar em paz! Isso vai te correr mal acredita! – resmunga Tori, sempre sério como uma estatua de mármore, só que um bocado mais feia.

Dito e feito Koi vai por a mão num dos esquilos que lhe morde o dedo e, muito rapidamente, sobe-lhe pelo braço e acaba por entrar na camisola.

- Sai, diabo, sai de “dentro” de mim! – grita com um fiozinho de medo.

O coitado do animal salta para fora da camisola de Koi e vai, sorrateiramente, para trás da árvore…

- Estás a ver rapaz? Para a próxima estás quieto! – diz Tori muito sabiamente.

- Acho que falaste um bocado cedo de mais Tori. – disse Koi com um ar apavorado, apontando para a árvore, a árvore onde o destemido e bravo esquilo se escondeu.

- Vamos fazer o seguinte irmão: Vamos virar as costas muito, mas mesmo muito devagarinho... – dão meia volta, concentram só mesmo um bocado de chakra nos pés, para ganharem algum impulso extra...

– AGORA CORRE! – grita Tori para o irmão pois, mesmo atrás deles, cerca de dez esquilos furiosos os estavam a tentar caçar.

- Estás a ver, sempre a mesma coisa pá! Agora vamos ser comidos por um esquadrão Elite de esquilos armados até as sobrancelhas! – Tori repreende Koi, correndo, ambos, pela vida.

Ambos corriam desenfreadamente, pareciam uma fonte, água escorria por cada poro que tinham na sua pele, já um bocado queimada do sol quente e húmida de tanto suor que lhes percorria o corpo. Do nada, Koi deixa de sentir o solo, pois, naquele momento, encontravam-se numa descida derrapante por um precipício. Cerca de dez metros de altura! Por isso, até que a queda não foi assim tão desastrosa. Porém, o relevo inconstante, pedras afiadas, outras redondas, galhos partidos e bolotas voadoras causaram alguma dor a Koi, que quando chega a solo firme não consegue avistar o seu irmão.

- Estou aqui rapaz! – avisa Tori que cai a um metro de Koi. Tinha se apercebido que o caminho de terra batida estava mesmo a acabar. Então, deu, um segundo antes de cair, um salto suficientemente forte para aterrar na zona certa, mesmo ao pé do seu irmão.

Tori estica a sua mão direita para ajudar o seu pobre irmão, que estava num completo farrapo, a levantar-se. Koi agarra-lhe a mão com força e ergue-se do chão deixando uma das bolotas, que estavam entranhadas na roupa, no solo fértil onde se encontravam.

Tsk….tsk….tsk…tsk…

Os irmãos começam a ouvir um som muito estranho, proveniente dos arbustos. Parecia que alguém ou alguma coisa andava a petiscar algum fruto delicioso perdido no bosque. Aproximam-se muito cautelosamente, como quando tentavam fugir de casa à noite para brincar num parque abandonado lá ao pé, para ver o que se escondia no escuro. Uns olhos vermelhos sobressaíram do negro constante que era aquele pequeno cubículo onde a fera se escondia. O bicho não saía daquele local. Então, Koi teve a ideia de por uma das suas cenouras à entrada da casa do animal. Tori ficou atento à porta não existente do lar da criatura misteriosa enquanto que Koi muito, muito devagarinho se aproximou por trás e colocou a cenoura.

- Agora só temos de esperar que ele saia. - disse Koi ao seu irmão através de sinais que eles inventaram.

Uma besta pequena como um recém-nascido, felpuda e fofa, como uma almofada que ambos usavam para ajudar a adormecer, era nada mais nada menos que um coelho.

- VAMOS A ELE, AGORA MANO! – grita Koi a pensar já no belo almoço que iriam ter.

Os irmãos, dando um salto gigante, a uns poucos centímetros do animal, sentem uma brisa por entres os dedos. O coelho tinha desaparecido à velocidade da luz. Quando caem, embatem com a cabeça um no outro.

- Fogo Koi! Tu a as tuas ideias, dão sempre para o torto. Agora estou a ver coelhos à minha volta em vez de estrelas! – reclama Tori passando a sua mão cheia de terra pelo cabelo preto, como a noite mais sombria.

- Desta vez falhamos. Acontece mano. Para a próxima vamos ter mais sorte, vais ver! – disse Koi com um ar tonto mas fortemente invicto e convencido que a sua sorte iria mudar.

Ambos tomam a decisão de voltar para a sua gruta, a que chamam de lar, provisório claro…


(Se queres continuar a ler a história de Koi e Tori segue para o próximo capítulo: [Treino 02 - Nara Koi e Tori] Dia 1 - A Armadilha de Koi )

Avaliação de Nara Koi:

Habilitações Ninjas:

Ninjutsu: 1
Taijutsu: 2
Kenjutsu: 1
Genjutsu: 2
Selos: 3
Trabalho de Equipa: 3

Habilitações Corporais:

Força: 1
Agilidade: 2 + 0,25 = 2,25
Controlo de Chakra: 4 + 0,25 = 4,25
Raciocínio: 3
Constituição: 2 + 1,25 = 3,25

Avaliação: 1,75/7

Total de Habilitações: 24 + 1,75 = 25,75

Avaliação de Nara Tori:

Habilitações Ninjas:

Ninjutsu: 3
Taijutsu: 1 + 0,25 = 1,25
Kenjutsu: 2
Genjutsu: 1
Selos: 3
Trabalho de Equipa: 2

Habilitações Corporais:

Força: 1
Agilidade: 3 + 0,25 = 3,25
Controlo de Chakra: 3 + 0,25 = 3,25
Raciocínio: 4
Constituição: 1 + 0,75 = 1,75

Avaliação: 1,5/3,5

Total de Habilitações: 24 + 1,5 = 25,5

Comentários:

Vou deixar para comentar melhor no outro treino onde é continuação.