Experimento Sexual

Descendo as escadas, o vulto encapuçado tacteou a parede à procura do interruptor, ligando-o mal lhe tocasse para que as luzes se iluminassem pelo largo corredor. Mais clarificado sobre o que o rodeava, procurou agora a porta da sua sala de testes. Aquela mansão era tão grande e confusa que apenas alguém que vivesse ali durante dezenas de anos, como a Gaina, era capaz de não se perder no meio de toda aquela ornamentação, luxúria e portas... Achou por fim a porta metálica que tanto ansiava encontrar. Vasculhando nos seus bolsos, retirou um molho de três chaves de aparências semelhantes entre si, todas necessárias para abrirem a porta que, com um distinto “click”, concedeu a sua tão bem protegida passagem.
O vulto estava agora numa dimensão totalmente oposta a tudo o resto da mansão. Ao invés da clássica luxúria nobre e toda aquela mobília fina estranhamente adquirida por Gaina, uma pessoa muito pouco materialista, esta enorme sala era essencialmente composta por quatro enormes sofás e duas grandes camas, todos estes com lençóis, almofadas e alcatifas com tons entre o vermelho e o roxo. Ao longo das paredes haviam diversos candelabros acesos, mas as suas chamas não estavam no seu auge, proporcionando um ambiente quente em que a sua baixa intensidade espalhava romance. Por debaixo de alguns desses candelabros distribuíam-se inúmeras celas, desconhecendo-se, devido à escuridão no seu interior, se estavam ou não habitadas.
- Vamos agora ver o que posso fazer com o Kotoamatsukami! – Declarou o vulto, descobrindo a cara para revelar um jovem adulto de longos cabelos castanhos, apresentando um olhar sério e vermelho – Fuumetsu Mangekyo Sharingan!
Ativando a sua Kekkei Genkai predileta, Katsu Imagawa abriu todas as celas sem mexer um músculo, sorrindo maliciosamente enquanto observava pessoas a aparecerem no local. Na verdade nem pareciam pessoas, considerando o seu caminhar lento e desprovido de ação, tal como os seus semblantes de qualquer tipo de emoção. Parecia que as suas mentes estavam limpas, sem qualquer traço das suas personalidades ou de qualquer outro instinto. À medida que se dirigiam para o centro, como para se apresentar a Katsu, este ia as contando. Quando por fim estavam ali todas, o seu sorriso intensificou-se. Todos os seus onze experimentos, perfeito...
- Bem, o que estão à espera? Podem começar! – Vociferou o Imagawa, batendo com as palmas sonoramente e soltando um seca gargalhada maléfica.
Após as sonoras palmadas, que eram mais do que aparentavam ser, os olhos dos onze pareceram recobrar consciência, fornecendo novamente vida e emoção aos corpos inertes. O primeiro experimento, uma rapariga pequena, loira de olhos verdes, foi o primeiro a movimentar-se, agarrando na mão de outro, que pareceu ganhar vida com o toque, um moreno de cabelos ruivos, levando-o para uma das camas. Entre carícias e beijos, envolveram-se numa troca de afeto e amor que envergonharia qualquer um que estivesse a assistir, exceto o Akatsuki, que não se sentia muito satisfeito com aquele resultado.
- Hana Yamanaka e Jow Yagami, como sempre a serem um casal... – Comentou para si mesmo com uma ponta de rancor, ignorando o casal que ainda nem começara a tirar as roupas, trocando-os pelos outros experimentos.
Olhou para um dos sofás na outra ponta da sala, no qual dois experimentos femininos começavam o seu ritual lascivo. Estavam ambos sentados, um entre as pernas do outro, numa experiência muito diferente da do casal. A adolescente de cabelos brancos e seios consideravelmente mais desenvolvidos passava as mãos em todo o corpo da criança que abraçava, muito pequena, loira e de olhos lilás, que gemia a cada toque.
- Faxineira, como... te atreves! – Gemia a loira nas suas vãs tentativas de conversar, nunca conseguindo parar as ações que a faziam tremer, mesmo que assim não o desejasse – Sou... Como... Sou uma princesa!...
A rapariga de cabelos brancos riu-se maleficamente, descendo ambas as mãos para perto do sexo da princesa, tocando-lhe de leve sem, no entanto, intensificar muito. Esse ténue gesto foi suficiente para que a loira soltasse um gemido agudo, começando a suar em diversas regiões da cara, completamente submersa naquele prazer preliminatório.
- Lizzy-sama, sabe bem? – Provocava Harima, falando-lhe aos ouvidos, que apenas colocava a princesa mais louca, mordiscando-os ocasionalmente – Ser uma princesa agora não te vale de nada!
A usuário do Mangekyougan preparava-se para responder, arrogante como sempre, mas um toque intenso dos dedos da sua “empregada” fizeram-na gemer novamente, revirando os olhos, queixando-se mentalmente como estivera tão perto de cair no abismo da loucura. Harima apenas ria diabolicamente, começando a ficar também visivelmente excitada, mexendo nervosamente as suas pernas e esfregando-se o máximo que conseguia no corpo de criança de Elizabeth.
O Imagawa sorriu, muito mais satisfeito com aquele desenrolar de eventos, olhando depois para outro cenário relativamente próximo àquela cena de tortura sexual. Também esse a acontecer num dos sofás, no qual uma rapariga, de cabelos castanhos e olhos verdes, se instalara como uma rainha, esticando-se ao longo do sofá e fitando sedutoramente dois outros experimentos masculinos. Um deles, alto e de cabelos castanhos, aproximou-se das pernas desnudas dela, começando a massajá-las eroticamente, aproveitando para as beijar regularmente. O outro experimento, demasiado vestido para aquela ocasião e portando óculos escuros, claramente desconfortável com a atitude do seu “parceiro” masculino, aproximou-se do tronco da rapariga, envolvendo-a num romântico abraço enquanto tentou a beijar na boca. Esta recusou o prontamente, não por não o desejar, mas por vontade de brincar com aqueles dois. Apontou, ao invés, para o seu pescoço, soltando um sorriso malandro que levou-o a beijar-lhe vorazmente essa área, não deixando as suas mãos quietas que se apressavam a tocar em cada parte da mulher. Esta deliciava-se com todo o carinho que recebia, passando as suas mãos pelo cabelo do experimento que lhe beijava o pescoço, ficando gradualmente mais e mais excitada.
- Como sempre a Midori sabe o que fazer com os homens! – Riu-se Katsu, observando como esta ia recolhendo as pernas, obrigando o experimento que lhe beijava as pernas, Kyo Kusanagi, a aproximar-se das suas partes íntimas. O Jounnin de Iwa nem precisou de permissão, apressando-se a abaixar gradualmente os calções pretos para a deixar de cuecas. A rapariga apenas sorria, piscando-lhe o olho, gesto suficiente para que o Kusanagi tivesse passe livre para fazer o que quisesse – Como vai responder o Brian? – Como se fosse o tivesse ouvido, Brian Borges, que até então se limitara a beijar o pescoço da sua amada e brincar tenuemente com o seu peito, percebeu que estava a perder a “competição”. Lentamente, retirou-lhe o quimono, sem nunca parar os seus beijos sedutores ou carícias românticas, deixando Ayame de apenas roupa interior, para felicidade da rapariga que não conseguia dizer nada, apenas morder o lábio para não gemer excessivamente alto enquanto as suas mãos se focavam agora no cabelo de Kyo, que lhe estava a dar imenso prazer com a sua língua.
Sem nada a queixar naquela situação, virou-se para os restante experimentos. Uma rapariga pequena de cabelos azuis estava ajoelhada à frente de um rapaz todo encapuçado e de máscara, agarrando-lhe nas genitálias e brincando com elas eroticamente, lambendo-as ocasionalmente. Impressionado com a velocidade em que aqueles dois iam, Katsu acalmou-se quando constatou que era Nara Tora e Azura Inugami, achando algo estranho como um morto-vivo apreciava aquele tipo de coisas. No entanto, era possível ouvir alguns gemidos de prazer cavernosos vindos do interior da sua máscara, que motivava Tora a continuar, cada vez mais violentamente, a sua brincadeira. Colocando ambas as mãos no seu cabelo azul, Azura puxava-lhe a cabeça diversas vezes para a frente, movendo sincronizadamente a sua cintura para aumentar significativamente o seu prazer. Inclinou a cabeça trás como se não aguentasse aquela sensação que, ironicamente, o fazia sentir-se tão vivo!
Perto daquele cenário, também eles de pé, um rapaz de cabelos negros espetados para trás beijava intensamente uma garota de cabelos ruivos, encostando-a a uma parede brutalmente. Apesar da força usada, a ruiva parecia gostar do tratamento, enrolando-lhe o pescoço com um braço e nunca descolando bocas. Zehel Matsuri não era indiferente à situação, agarrando-lhe na perna direita e enlaçando-a à volta da sua cintura, movendo-se ocasionalmente para cima numa simulação de penetração, fazendo a imaginação de Tali Masamune ir ao rubro a cada movimento e beijo.
Também satisfeito com aquele casal, Katsu cruzou os braços e apreciou a eficácia do Genjutsu do seu Mangekyo Sharingan, observando como era tão poderoso para moldar a personalidade das pessoas daquela forma. Submerso na sua contemplação, controlando-se para não participar naquela orgia descontrolada, ouviu vozes para lá da porta metálica pela qual entrara. Quando esta se abriu, olhou para trás, vendo dois adolescentes entrarem, conversando entre si ocasionalmente.
- Takeshi, Daisuke, chegaram mesmo a tempo! – Cumprimento o Imagawa, agarrando ambos os adolescentes pelos ombros e puxando-os para perto, virando-lhes as caras para o cenário sexual que até ao momento estava a desfrutar – Apreciem!
O Uchiha engasgou-se por uns momentos, surpreso por ver tanta nudez e pairar tantos gemidos femininos que certamente não lhe eram indiferentes. Hiroshi Daisuke, por sua vez, não parecia muito incomodado com a situação, aparentemente mais experiente com aqueles acontecimentos do que parecia, olhando de soslaio para Katsu.
- Muito interessante... – Limitou-se a comentar, focando a sua atenção em Harima que, não aguentando o calor que lhe invadia o seu corpo, despiu quase toda a roupa, ficando apenas de cuecas. Os seus seios, muito grandes para o seu tamanho, encostaram-se a ambas as faces de Lizzy que, apesar de não estar nua, parecia a mais próxima de um orgasmo de todos ali na sala – Eu... quero aquela!
Num salto, foi a correr para a rapariga de cabelos brancos que parecera conquistar a sua atração sexual, deixando para trás um Katsu satisfeito e um Takeshi abismado, sem saber como reagir. Como se previsse toda a sua inexperiência, o Imagawa bateu-lhe com as mãos nas costas.
- Vá lá, frangote! Tens aqui a tua oportunidade para virar um homem! Vê, o Daisuke não parece muito incomodado! – Tentava o Imagawa convencer o seu aprendiz, apontando para o Nukkenin loiro que beijava intensamente Harima nas bochechas e lhe apalpava vorazmente os peitos, sem a conseguir distrair de torturar sexualmente a pobre princesa – Parece que ele adorou a ideia, vai tu também!
Takeshi voltou a engolir a fundo, olhando para todos à sua volta: Lizzy já não conseguia ofender ninguém, gemendo e gemendo cada vez mais, claramente a atingir, provavelmente, o seu segundo ou terceiro orgasmo com apenas os dedos da sua “faxineira”, esta que por sua vez não desistia de a torturar, passando a mão por todo o seu corpo mas tendo sempre como principal foco o sexo da criança; Hiroshi Daisuke aproveitou-se da situação para atacar vorazmente a Kirinin, apalpando e beijando intensamente os vastos peitos, nunca esquecendo do resto do sensual corpo; Ayame Midori depressa seria a próxima a atingir o seu segundo orgasmo, colocando uma mão nos cabelos de Brian, que beijava ora o seu pescoço e boca ora os seus seios, massajando todo o resto do seu corpo sensualmente, e nos de Kyo, que estava totalmente focado em dar prazer com a sua língua nas zonas íntimas da mulher; Nara Tora continuava com o seu sexo oral a Azura, despindo-se durante o processo para ficar completamente nua, usando a mão livre para apalpar os seus próprios seios ou massajar o seu sexo, começando a não aguentar a intensa tensão sexual, igual ao seu parceiro que não parava de gemer, sentindo o seu órgão a pulsar de prazer de forma tão banal mas eficaz; Tali e Zehel eram os mais próximos de ultrapassarem as preliminares, estando já ambos despidos e completamente ofegantes, ansiando o corpo do outro que estava sempre à distância de um beijo e uma carícia.
Quando parou de observar toda aquela cena, pensou em perguntar ao seu sensei o que raios se estava a passar ali e como é que ele conseguira fazer aquilo. Nesse momento, a sua boca abriu-se por completo ao ver Katsu completamente nu, com o seu Mangekyo Sharingan ativo e a brilhar maliciosamente, se tal era possível. Aproximou-se da única cama ocupada, na qual Hana Yamanaka e Jow Yagami continuavam as carícias e afetos, completamente nus e também eles próximos da fase seguinte. Parou mesmo à frente da cama, captando a atenção da Yamanaka enquanto o ruivo lhe beijava a barriga.
- Ouvi dizer que o Jow te fez engravidar de quatro putos... – Disse o Akatsuki, subindo para cama e olhando o Iwanin nos olhos. Num instante, este afasta-se, dando espaço suficiente a Katsu para que agarrasse Hana nos seus braços – Vamos ver de quantos te consigo engravidar!
A loira pareceu deliciar-se com a proposta, abraçando-o pelo pescoço e deixando que a boca dele espalhasse prazeres ao longo do seu corpo esbelto. Jow afastou-se da cama, dando alguns passos para trás e olhando para cena, sem esboçar qualquer tipo de reação. Takeshi não conseguia mesmo acreditar no que via, piscando os olhos diversas vezes...
Lembrou-se, sem razão alguma, de se esbofetear, uma, duas, três vezes, mas nada parecia fazê-lo acordar daquele sonho. Tentou uma quarta...

Num sobressalto, acordou, olhando à sua volta, ofegante e a suar de todos os poros do corpo. Respirando fundo, satisfeito por constatar que aquilo não fora nada além de um sonho, ergueu-se. Sentiu nesse momento como as suas regiões de baixo estavam consideravelmente animadas, tentando ignorá-las e correndo para casa-de-banho. Lavou a cara, para limpar todo o suor aglomerado, e olhou-se ao espelho, vendo uma face bela com cabelos loiros espigados a penderem-lhe quase à frente dos olhos.
- Mas que sonho foi este... – Perguntou-se Angelus, voltando a molhar a cara como se água lhe desvanecesse qualquer memória daquela noite estranha – Tenho mesmo de começar a fazer mais sexo com a Tsu...