Duas esferas gigantes de fogo sobrevoarão uma pequena aglomeração de pessoas até se chocarem e destruírem por completo uma parede de pedra a partindo imediatamente em pequenos pedaços de pedregulhos que sem sustentação atingiam o chão e algumas pessoas que corriam para todos os lados sem ter algum treino para saber o que fazer quando tal situação chegasse e os atingisse: Um Ataque.
Nunca haviam sido atacados antes e sentiam que esta soberba e este sentimento de serem intocáveis alguma vez os trairia, mas mesmo assim não acreditavam no que acontecia.
Ao longo da viela onde estavam duas dúzias de homens totalmente vestidos com um sobretudo negro que deixavam a mostra somente seus olhos, seguiam um homem esbelto e alto que carregava em suas mãos uma espada que pingava gotas de sangue.
Graças a quase inexistente iluminação mais detalhes fisiológicos do homem não podiam ser identificados, o desespero e medo tomou-os conta quando tentarão correrem na direção contraria aos seus inimigos depararam com um parede muito maior do que poderiam escalar, ao tentarem retornar ao lugar para onde estavam, notarão que os homens de sobretudo já os haviam cercado e esperavam uma única ordem por seu líder para se movimentarem.
Com passos lentos e imponentes o líder se aproximou das pessoas, e graças a um feixe límpido da luz lunar elas deslumbrarão seu executor: sua feição era de um homem de 35 anos com algumas rugas que lhe tentava fazer com que sua idade fosse mais avançada do que realmente era, seus olhos azuis e seu cabelo ruivo lhe alcançavam o peito e em sua testa podia se notar uma faixa de cor azul que tinha em seu meio uma placa de metal.
A luz da lua lhe veio diretamente ao rosto e suas vitimas tremeram perante seu predador, e com um sorriso fez um gesto com a mão direita dando a permissão que seus subordinados tanto esperavam, a ordem para o assassinato.
Sem pestanejar os capachos movimentarão as mãos em ritmo sincronizado terminando por lançar de suas bocas um feixe continuo e poderoso de chamas flamejantes e rubras que consumirão lentamente e dolorosamente os cidadãos indefesos que nada puderam fazer a não ser gritarem e praguejarem seus algozes que olhavam inertes a fogueira de corpos flamejantes serem criados e consumidos até virarem puras cinzas que ainda continuavam a queimar como se estivessem em um circulo infinito de sofrimento e agonia.
Ao se certificar de que nenhuma de suas presas continuava viva, o líder ordena que seus subordinados o seguissem e assim o fizeram lançando-se com velozes e alternados shunshins em direção a mais uma viela e aglomeração de pessoas para continuarem a sua chacina.
Este era o cenário que se estendia a quinze minutos e trazia consigo a total destruição e morte lenta e dolorosa dos cidadãos daquela pequena aldeia, famílias que tinham gerações quase incontáveis caiam uma atras a outra e assim se repetia consecutivamente enquanto os assassinos assistiam e praticavam seus atos mortais com todas as pessoas que encontravam pelo caminho enquanto partiam em direção ao seu maior espolio daquele brutal ataque: A Base da Defesa da Cidade... Seus passos e os gritos dos infortunados que ficavam em seus caminhos somente contrastavam com os crescentes focos de incêndio que aumentavam em uma velocidade sônica por toda a cidade.
O som das explosões combatia pela supremacia, com o som dos sinos gigantes que ficavam ao oeste da cidade tentando avisar aos cidadãos que por pura sorte ainda não tinham sido encontrados ou mortos pelos invasores, que tudo aquilo que estava acontecendo iria continuar pois não tinham capacidade suficiente para líder a um ataque desta dimensão.
Numa Cúpula que media quase 30 metros de altura, uma figura observava o massacre de uma das dezenas de janelas que o edifício possuía. Seus cabelos loiros e longos que lhe chegavam ao centro da costas e já tinha lhe sido sinal de honra e beleza contrastava com seu semblante abalado e irritado, por não poder fazer nada além de observar sua cidade sendo incendiada e destruída lentamente enquanto os invasores chegavam cada vez mais perto de sua casa.
O desespero foi extremamente aumentado quando uma explosão atingiu um dos andares inferiores da cúpula e fez todo o prédio tremer. Sua atenção foi tomada por um de seus servos que adentrou seu aposento e tinha em seu rosto o desespero e o medo nítidos, em seus olhos castanhos o choro lhe consumia e não lhe cabia dentro do corpo.
— Meu senhor! Eles adentraram nossas defesas e atacaram nosso arsenal de armas. Creio que não poderemos nos defender deles e estamos totalmente encurralados no ultimo andar do prédio. — As palavras do servo unidos ao seu tom transmitiam seu medo e o desespero de não saber o que aconteceria a si. Seu líder a sua frente ainda olhava para a cidade que ardia lentamente em chamas e tentava planejar algo para si fazer que pudesse reverter aquela situação.
— Risor, e a saída secreta foi danificada? — Perguntava em desespero o homem a espera da resposta positiva de seu servo.
— Lamento meu senhor, a explosão danificou os alicerces de nosso porão e veio a trazer a inutilização destes graças as vigas que impedem a passagem de qualquer pessoa viva para lá. — O desespero em ambos aumentou e durante segundos apenas se olharam enquanto tentavam pensar em algo que lhes pudesse retirar daquele inferno.
— Como eles podem ter nos atacado e inutilizado nossa passagem de fuga tão facilmente ? — Perguntava o líder retirando-se de perto da janela e indo na direção da porta do quarto para tentar sair do edifício.
— Creio que fomos traídos por alguém de nossa confiança senhor. — Respondeu o servo abaixando a cabeça enquanto seu líder passava por si.
— Quando tudo isto acabar, eu irei matar muito dolorosamente este traidor que entregou não só meu castelo e família, mas sim minha cidade. Não importe quem seja ele irá receber as consequências.
— Concordo meu senhor. — Disse o servo para de seguida sair atras de seu líder carregando em suas mãos sua espada.
Mais uma explosão acontece e todo o lado esquerdo do prédio é destruído, com a onda de choque os dois homens se desequilibram e caem do prédio a uma altura de 15 metros até conseguirem se segurar a uma viga ornamentada parando assim a queda que seria com certeza fatal. Num esforço quase inumano os dois conseguem fazer força suficiente nos braços para conseguir subir e se pendurarem na viga.
— Meu Senhor. Acho que todos em nosso palácio morreram. — Falou o servo controlando o choro quase iminente de ver toda sua vila e seu palácio para qual dedicou sua vida sendo totalmente destruídos.
— Risor, Homens não choram... Iremos reconstruir nosso palácio e também nossa cidade não deixarei quem fez isto impune, te dou minha palavra. — Falou o Homem com grande imponência e se elevando na viga olhando em volta sua cidade agora totalmente em chamas. O ódio lhe veio ao coração como nunca havia vindo antes, seus másculos se endureceram e inconscientemente apertou firmemente a mão demonstrando que havia chegado a seu limite, os culpados por fazer aquilo iriam pedir para nunca terem o conhecido. Ele iria vingar-se daqueles que fizeram isto a sua cidade e iria honrar seu nome novamente após o ataque que lhe fizeram.
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