Filler 4 – A Descoberta
Nesse instante a estátua começava a ganhar cor, logo de seguida começou a mover-se. O jutsu tinha dado certo e a mulher voltava agora para os braços do marido, felizes e envoltos de lágrimas os dois sorriam abraçados. Até que o tempo foi-se passando e a barriga de Suviko começava a crescer, o bébé tinha-se mantido vivo tal como a mãe e estava prestes a nascer. Certo dia Oroku decidiu ele mergulhar na água para ver o que aconteceria. Mergulhou e passado algum tempo voltou à superfície onde contou a Suviko o que vira de baixo de água. A água tinha-lhe proporcionado a visão de uma gruta escura e escondida numa floresta.
— Oroku-kun, acho que devemos partir em busca dessa gruta. – Disse Suviko para o amado.
— Não tenho certezas, mas concordo contigo.
Assim o casal partiu por terras próximas em busca dessa tal gruta mostrada pela água, Oroku levou consigo toda a quantidade desta água que conseguiu. Percorreram florestas, campos e aldeias em busca da gruta. Numa das aldeias que visitaram, viram num jornal com noticias da região que a sua casa tinha sido queimada e haviam suspeitas de fogo posto. Cada vez mais tinham a certeza de que deviam encontrar a gruta, queriam uma resposta para a razão de irem para a gruta mas não a encontravam, deixavam que o destino lhes respondesse quando encontrassem a caverna.
Vários dias a procurar nas florestas até que Oroku pareceu avistar a entrada da gruta que tinha visto debaixo de água. Aproximou-se a apercebeu-se de que era aquela, cautelosos os dois namorados entraram às escuras. Ao fim de algum tempo a percorrer labirintos esculpidos na terra Oroku encontrou o sitio que visualizara na fonte. Nesse mesmo instante Suviko começou a ter contracções fortíssimas e acreditava que o bebé ia nascer ali.
O bebé nasceu, era um menino saudável, forte e bonito. Tinha os olhos do pai e as bochechas rosadas da mãe assim como o cabelo loiro. Assim que o bebé nasceu decidiram voltar para a sua vila natal, Kumogakure. Pelo caminho simpatizaram com uma aldeia pequenina e livres de problemas, então decidiram ficar aí a viver com o seu filho em paz.
A família vivia bem e em prosperidade, até que um dia Oroku, Suviko e o seu filho desenvolveram uma doença sem cura e que mais cedo ou mais tarde morreriam. Quando Oroku soube disso, criou uma fonte na vila com intenção de ajudar a todos como ele, a fonte era constituída da água que ele havia criado, água esta que podia mostrar quem nós realmente somos e qual o caminho que devemos seguir.
O primeiro a falecer foi o filho do casal e de seguida Suviko que acabou por morrer não só pela doença mas também por desgosto. Oroku foi-se preparando para morrer, preparou a fonte com um mecanismo em que apenas pessoas com bom coração a conseguiriam descobrir e com um kinjutsu suicidou-se deixando rastos do seu chakra para ajudar viajantes em busca da fonte, como se fosse um fantasma. O kinjutsu terminara e Oroku foi ao encontro da sua família, no mundo dos mortos, enquanto que o seu fantasma de chakra permanecia perto da vila pronto para ajudar quem precisasse.
[FIM DO FLASHBACK]
— Que história tão bonita. – Disse para o velho camponês.
— Ainda bem que gostaram, e é uma história verídica.
— Claro que é verídica. – Disse eu para o camponês. – Não concorda Oroku-sama? – Perguntei ao camponês depois de perceber que o fantasma de chakra era na verdade este camponês.
— És perspicaz meu rapaz. Agora que já sabem como encontrar a fonte, despeço-me de vocês e desejo-lhes uma boa caçada.
— Obrigado. – Agradeceu a Kirin.
— O que vamos fazer Kirin? – Disse-lhe depois do fantasma de Oroku desaparecer.
— Vamos até à fonte, acho que percebi aquela charada de apenas as pessoas de bom coração encontrarem a fonte.
— Eu sigo-te. – Disse-lhe como se lhe pedisse para indicar o caminho.
— Auf, auf. – O Kizaru caminhava ao meu lado e não parava de latir, parecia estar bastante contente por finalmente encontrar-mos a fonte.
Caminhamos pela aldeia até chegarmos ao portão por onde tínhamos entrada pela primeira vez na vila. Lá havia uma fonte, mas nunca pensei que fosse aquela. O Kizaru saltou para a água, talvez pensasse que era aquela fonte, mas não deu em nada, não era aquela de certeza. Então perguntei à Kirin porque é que ela queria vir até esta fonte.
— Esta fonte diz-nos onde fica a fonte verdadeira. – Disse sorridente.
— Como é que é? Fala, fala. – Pedi-lhe.
— Quando passamos aqui pela primeira vez, observei todas estas moedas e apercebi-me de que as pessoas as deixam aqui para pedirem desejos, pessoas gananciosas e que querem tudo.
— Então se pedir-mos o desejo de encontrar a fonte ela diz-nos onde é?
— Claro que não. – Negou a Kirin colocando a mão sobre a testa como se quisesse dizer que a minha ideia era completamente estúpida. – Mas imagina o que faria uma pessoa egoísta ao pedir um desejo?
— Não sei.
— Uma pessoa egoísta atiraria a moeda e antes dela tocar na água já estava de olhos fechados pronta a pedir infindáveis desejos, enquanto que uma pessoa de bom coração atiraria a moeda e olhava para ela como se fosse um sinal de esperança e nunca fecharia os olhos, tem tudo a ver com a psicologia humana.
— WTF? Como sabes tu estas coisas todas? Bem isso não interessa, vamos atirar uma moeda?
— ‘Bora. – Disse a Kirin, atirou a moeda e pediu-me para não fechar os olhos e mante-los fixos na moeda. A moeda de cinco ryo caiu na água e logo um raio de sol espelhou nela fazendo ricochete e saindo em direcção à floresta.
— Vês? É nesta direcção que se encontra a fonte.