No episódio anterior:
- Tenshin! Kenichi! A Rima?! – Perguntou Hikari ao chegar ao pé dos dois rapazes, que se entreolharam surpresos.
- Não sabemos. – Responderam quase em uníssono.
- Merda! – Praguejou, para supresa dos dois pupilos. Nisto chega Lee com uma expressão deveras apoquentada.
- O Príncipe desapareceu! – Anunciou o ninja de Konoha.- Porra! – Rosnou a sensei cerrando os punhos. – Como é que vocês se separaram da Rima, pá?
- Bem, nós… - Kenichi olhou Tenshin meio embaraçado, e o colega olhou-o em pânico. – Ela estava um pouco bêbeda.
- Adolescentes idiotas. – Resmungou Hikari massajando as têmporas e procurando acalmar-se. – E quando foi a última vez que viiste o príncipe Lee-san?
- Ele disse que ia à casa de banho, mas depois desapareceu. – Respondeu Lee meio embaraçado. – Mas nós vamos encontrá-los, não importa como! – Disse confiante, fazendo uma pose “nice guy”.
- A única coisa que temos é este pedaço do quimono da Rima… Mas nenhum de nós tem habilidades de rastreio suficientes.
- Eu posso patrulhar a área circundante com alguns animais de argila, não devem estar muito longe. – sugeriu Kenichi.
- Sim faz isso. – Concordou a sensei. – E tu Tenshin, podes controlar animal qualquer e fazer o mesmo. Eu e o Lee-san vamos informar os reis, qualquer coisa mantenham-nos em contacto.
- Hai! – Disseram os pupilos em uníssono, e assim Hikari e Lee partiram deixando Tenshin e Kenichi sozinhos.
- A culpa foi minha… - Diz Tenshin desgosto.
- pois é. – Concordou Kenichi.
- Hei! Era suposto estares do meu lado, pá!
[Algures no País da Lua]
Sombras moviam-se num barracão abandonado, a luz apenas providenciada por uma lâmpada de luz fraca, podia-se distinguir quatro vultos de pé, próximos de uma mesa de madeira e de uma cozinha improvisada com um mini frigorífico. Não muito longe podia-se reconhecer os vultos de Rima e do Príncipe Hikaru, amarrados a cadeiras.
Rima começava a despertar, olhou confusa à sua volta, tentou gritar por ajuda mas tinha a boca selada por fita-cola, furiosa e assustada tentava soltar-se das cordas que a prendiam remexendo-se na cadeira mas acabou por cair, o barulho da queda alertou os seus captores.
Um deles aproximou-se e levantou-a com brusquidão, olhou-a na semi-obscuridão e esboçou um sorriso psicopata. Rima abriu os olhos ao reconhecer o homem.
- Vejo que te lembras de mim, filha da Orihime. – Pronunciou na sua voz rouca e arrepiante. – Espero que estejas confortável.
Num gesto rápido e inesperado retirou a fita-cola da boca da kunoichi que cerrou os dentes para não gritar de dor.
- Quem és tu? – Perguntou com os olhar a transbordar de raiva. – O que queres de mim? Porque raptaste o príncipe?
- Calma, tantas perguntas para uma menina, não devias cansar essa cabecinha. – Troçou o homem. – Não interessa quem sou, mas para ti vou ser o teu maior pesadelo! E ali o Principezinho é só um objecto de troca. Tu serás o objecto da minha vingança.
- Eu não lhe fiz nada, eu nem o conheço!
- Mas és a filha daquela pêga que me trocou por um Meia Leca do clã Kurohoshi. – Respondeu o homem.
- Ninguém chama pega à minha mãe seu filho da puta! – Gritou enraivecida. “Só eu” completou mentalmente. – Nem tens o direito de falar mal do meu pai! És metade do homem que ele é, a minha mãe trocou-te por alguma razão. Não deves valer a ponta de um corno.
- Pegazinha. – rosnou o homem pregando um estalo a Rima, quase a derrubando da cadeira, a kunoichi mal se recompôs cuspiu na cara do homem provocadoramente. – Sua vaca!
O homem enraivecido deu um pontapé na kunoichi, seguido de uma série de murros que acabou por colocar a kunoichi inconsciente. O chefe limpou o punho ensanguentado à blusa e chamou um dos seus subordinados.
- Põe-lhe fita-cola na boca outra vez. – Ordenou. – Esta putazinha tem a língua afiadinha como a da mãe. Tu ai, ó Charneco, informa o nosso amado Rei que temos o filhinho dele, e que só o voltará a ver se cumprir todas as minhas exigências. Vai!
- Hai! – Disse o ninja de cabelos roxos desaparecendo.
[Sunagakure, Casa de Rima]
Ichimaru observava a pequena Sora a brincar com duas bonecas de trapos, a menina olhou-o com os seus enormes olhos cinzentos que subitamente se tornaram dourados, Ichimaru levantou-se assustado e aproximou-se da rapariga.
- Ichi… -Falou a rapariga numa voz que não era a sua
- Desculpa não me ter despedido de ti.-- Continuou, os olhos de Ichimaru encheram-se de lágrimas ao reconhecer a voz que a pequena emitia.
- Sora…
- Eu amo-te Ichi, mas não quero que vivas preso ao passado, nem nesse ódio. – - Desculpa Sora… Eu não te consegui salvar. – Disse entre lágrimas, a menina aproximou-se dele e abraçou-o.
- Promete-me que não vais desistir… – Sussurrou-lhe ao ouvido beijando-o na face.
- Prometo… - Respondeu fechando os olhos ainda agarrando a menina, cujos olhos retornaram à cor original e desmaiou nos braços de Ichi, que ainda chorava. – Prometo.
[País da Lua, Palácio Real]
- Estamos a fazer tudo ao nosso alcance para encontrarmos o Príncipe. – Declara Lee, ao Rei Michiru que abraçava a Rainha chorosa.
- Confio em ti Lee-san, a minha guarda também estará à disposição. – Subitamente as grandes portas da Sala do trono são abertas de par em par, e dois guardas reais entram segurando um homem que sorria desagradavelmente.
- Sua Majestade, este homem diz saber onde está o Príncipe. – Declarou um dos guardas.
- Arigato, saiam e deixem-no aqui. – Ordenou o Rei, os guardas olharam-no apreensivos. – Não se preocupem tenho dois ninjas perfeitamente competentes comigo.
Após uma curta vénia, os dois guardas saíram da Sala. O Rei levantou-se e aproximou-se do homem.
- Quem tem o meu filho? – Perguntou.
- Chizu - Declarou sorrindo, o Rei abriu os olhos de espanto. – Creio que não é necessário dizer quais são as suas exigências. Tem até ao nascer do sol, ou o seu filho morrerá.
O Rei chamou a guarda para levarem o mensdageiro para uma cela, deixando-se cair no trono.
- Se me permite, mas quais são as suas exigências? – Perguntou Lee.
- 3 Toneladas do queijo tradicional de Tsuki no Kuni. – Declarou, enquanto Lee e Hikari olharam-se com gotas na cabeça.
Continua…
Depois de meses de ausência apateceu-me escrever. Não está grande coisa, mas prontes.