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Boas Pessoal...
Sei que não tenho aparecido muito e não tenho postado nada por mim escrito. Não tenho tido tempo e força par escrever tão regularmente (escola, vida e etc) PEÇO PERDÃO PELA FALTTA DE ASSIDUIDADE! Finalmente arranjei tempo e estou com as forças renovadas (penso eu) para continuar com a história do loiro.
Quem não leu os fillers anteriores não precisará... pois é aqui que a história realmente começa. Precisarão de saber apenas que o Ishimaru foi aceite de volta no clã Sarutobi, passou os testes que o avô lhe propôs como prova de redenção ao seu passado.
Espero que gostem.
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Ishimaru estava sentado no telhado de sua casa. Recostado na chaminé de parede lisa, observava Konoha. A vila estava deserta; não havia crianças nos seus jogos habituais, e muito menos as suas risadas de felicidade e inocência infantil. E também não havia adultos, salvo a excepção de um ou outro homem ou mulher que resolvera sair de casa para ir ao mercado, ou ao bar da esquina. Até esses perderam alguma da sua mais forte clientela, apenas os donos se mantinham atrás do balcão, ansiando por uma invasão de homens famintos de ramen e sake fresco. Toda aquela calma e silêncio profundos podiam ser justificadas com uma palavra: Guerra… Sim o mundo ninja rebentara, como uma grande bola de réstias de ódio, incompreensão e falta de concórdia
O rapaz ergueu a cabeça para o céu límpido e deixou que o vento fresco toca-se o seu rosto levemente, como uma mãe que toca carinhosamente a face de um filho que dorme com uma expressão terna e dócil. Fechou os olhos como quem se refugia em si próprio para ter uma conversa com alguém que não existe mas que tende em acordar connosco. Há quem lhe chame “devaneios”, mas eu prefiro chamar “retiro mental”
- Ishimaru! – Uma voz masculina entrou no seu cérebro e fê-lo voltar bruscamente a si próprio. Ishimaru voltou o olhar para a voz que o chamara e viu um Jounnin parado no caminho em frente ao telhado. Levantou-se prontamente e desceu à rua com um salto. O Jounnin saudou-o com um gesto breve e falou:
- O Hokage Loki quer ver-te! – Informou, apontando o Edificio Principal de forma ausente e apressada. – Ele pede que sejas rápido! – Dito isto, o Jounnin desapareceu numa nuvem de fumo, levando consigo metade das respostas a que Ishimaru se preparava para lhe esclarecer. Pensou que aquele homem devia ser um dos poucos ninjas de alta classe que se encontrava na vila, por isso, o Loki, deveria tê-lo sobrecarregado com serviços.
Dez minutos depois Ishimaru encontrava-se no gabinete do Hokage, conforme lhe fora pedido pelo apressado jounnin. O rapaz loiro escutava atentamente as informações e pedidos do Hokage
-… A tua missão é simples! – Despreocupou-o o Hokage. – Levaras este pergaminho para entregar ao senhor feudal da vila do Carvão.
O loiro assentiu com a cabeça e esperou que o Hokage continuasse.
- Estamos com falta de ninjas na vila, por isso, encarregar-te-ei deste assunto! – Exclamou Loki, com um gesto insignificante. – A vila do Carvão fica no país do Fogo… - continuou a falar enquanto procurava algo nas gavetas da sua secretária. – Aqui está! – Exclamou finalmente, erguendo a cabeça da sua rebuscada procura e entregando, a Ishimaru, um mapa com algumas feições de antiguidade notórias. Depois de se voltar a recostar-se confortavelmente no cadeirão de couro castanho.
- Darei o meu melhor! – Afirmou Ishimaru, com convicção. Esboçou um leve sorriso e recebeu uma expressão encorajadora como resposta pelo Hokage. O rapa fez uma vénia pouco formal e saiu da sala.
Ishimaru despendeu quinze minutos para preparar os pertences para a viajem, analisar cautelosamente o mapa que o Hokage lhe tinha facultado e formular algumas estratégias e pontos de paragem. A viagem não iria ser longa, mas também não queria ter de transportar muito peso, acabando por ser, de uma maneira ou de outra, prejudicial à sua guarda. Carga significaria lentidão nos movimentos, decidiu apenas levar uma mochila com o conteúdo básico e essencial.
O rapaz saiu à vila e pôs-se a caminho do portão de Konoha, acendia um cigarro com o isqueiro metálico. A voz do seu avô surgiu atrás de si:
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- Ouvi dizer que vais em missão! – Chamou a atenção do neto que interrompeu o seu caminho para falar.
- Sim, vou… - Tirou o cigarro da boca e olhou o céu de cristal enquanto expelia o fumo. – Tenho que levar um pergaminho ao senhor feudal da vila do Carvão! – Exclamou, voltando a atenção novamente para o avô. O avô, como sempre, estava vestido com a sua túnica branca, tão branca que transmitia uma sensação de frio a quem o observasse por muito tempo. Passou a mão pelo cabelo grisalho e fino e falou:
- Tenho pena de não poder ir contigo! – Suspirou com uma expressão desiludida. – Mas tenho que ficar aqui, em Konoha, para dar o máximo de suporte e atender a qualquer eventualidade anómala que possa surgir! – Explicou. Ishimaru assentiu com a cabeça e voltou a levar o cigarro à boca.
- Sei-o bem… - disse o louro com uma voz de pouco à-vontade. – A guerra está ai… É a primeira que vejo rebentar à minha frente! – Contactou ele. Parecia estar relutante em querer falar mais sobre o assunto. – Tenho medo! – Acabou por deixar-se levar pelo encadeamento de verdades e confessou a sua angústia. Antóny olhou-o com uma expressão serena e esboçou um sorriso de lábios cerrados. Algumas das suas rugas mais vincadas mostraram a sua existência quando o fez. Por fim, falou em voz clara:
- Ter medo é um sinal que mostra a nossa prudência perante o Mundo! – Argumentou, passando a mão involuntariamente pelo queixo. – Bem, boa sorte… - Antóny interrompeu o seu devaneio filosófico e estava prestes a partir. – Agora tenho de ir! – Dito isto, Antóny mudou a sua rota e caminhou na direcção oposta. Estagnou a meio caminho e, depois de uns segundos de silêncio, Antóny expressou-se com uma voz de encorajamento súbito:
- Força rapaz! – Disse convicto, levantando a mão acima do ombro. Aquelas palavras de confiança desenharam um sorriso largo no rosto do rapaz loiro. Os olhos soberbamente azuis brilharam como gotas de mar, cerrou a mão à sua frente, fê-lo com toda a determinação que tinha na alma.
- Certo! – Olhava as costas do avô, que ainda se mantinha imóvel. O avô deixou fugir um sorriso de dentes cerrados sem que o neto se apercebesse disso… Sentia que podia depositar todo o seu orgulho e confiança no rapaz que vira crescer. Tinha-lhe um paternalismo terno e inquebrável.
Passados dois minutos, Ishimaru colocou-se a caminha do seu dever. Caminhava com uma expressão sorridente, ao ver que o avô lhe voltava a ser o mesmo de sempre. Passavam dois dias desde que Ishimaru estava oficialmente de volta ao clã. Era como se sarasse um hematoma que jorrara sangue por muito, muito tempo. O peso que se declinava sobre o seu peito desaparecera. Acendeu outro cigarro e encheu relaxadamente os pulmões com um trago de ar, procurou pelo mapa e abriu-o enquanto o cigarro lhe pendia na boca.
- Espero que não se torne uma rota demasiado complicada! – Especulou para consigo próprio. Voltou a analisar o mapa por mais alguns breves segundos e percebeu que teria de tomar o caminho de uma floresta não muito densa. Guardou o pergaminho e tirou o cigarro da boca para expelir o fumo direccionando-se á atmosfera em curvas de padrões repetidos. Estagnou ali o passo por dois minutos, como se tivesse esquecido o que tinha para cumprir. Na sua mente passava uma nostalgia profunda de quando tinha menos de metro e meio de altura. Alegrou-se ao pensar que agora poderia recordar esses momentos há muito esquecidos na sua memória. Despertou satisfatoriamente do seu longo e aprazível devaneio e continuou a galgar o seu caminho.
Passadas cinco horas Ishimaru encontrava-se no inicio da floresta. À entrada da floresta era havia uma notória escassez de árvores. Ishimaru sentiu um pouco de calor, convidativo à entrada, tocar-lhe o rosto. Pressupôs que esse calor era conservado pelas arvores que tinham um lugar mais visível e presente ao fundo da floresta, estendiam-se em perfilados de uma sintonia quase inquebrável. Entrou na floresta e contemplou da sua verdejante vestimenta. Folhas que trauteavam a sua melodia de zunzuns com o vento. Foi repentinamente assaltado de doces emoções. Apetecia-lhe iniciar um pranto incessável de felicidade, mas tinha vergonha de que isso pudesse ecoar nos cantos de toda a floresta. Era apenas o renascer, o rebentar de um novo equinócio dentro de si.
Andou sem abrandar o ritmo durante uma hora, a floresta parecia agora um interminável corredor de silêncio ruidoso. Decidiu, finalmente, interromper a caminhada e parar para apoiar o seu corpo fatigado numa das muitas árvores do bosque.Antes que pudesse voltar a olhar a floresta, adormeceu.
Ishimaru acordou uma hora depois. O sol estava já a desaparecer no horizonte coberto de árvores. O céu estava a tomar uma cor escarlate e as nuvens adquiriam um tom alaranjado. Ishimaru colocou-se lentamente sobre si e continuou a caminhar.
Aconteceu uns quilómetros mais tarde…
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Ishimaru começava a sentir-se estranho, a mente iniciava uma serie de visões turvas. Por mais que tentasse controlar os próprios passos, parecia-lhe ser impossível, conseguir andar tornara-se numa luta constante entre o equilíbrio e a coordenação. As fontes da sua cabeça foram subitamente invadidas por uma dor mortalmente atroz, tão dolorasa que o fez lacrimejar. Entre cambaleios e gemidos saturados de dor e pedidos de ajuda, tentava encontrar algo a que se pudesse apoiar. Não aguentava mais, sentia o seu corpo ceder ao chão. A situação piorou quando começou a tiritar tão violentamente que acabou por perder a força e cair no chão. A sua respiraram era ofegante, deixou o rosto cair sobre o árido solo e lutava para não fechar os olhos. Era tarde demais… O negrume da inconsciência abateu-se sobre si.
Alguns minutos mais tarde, ainda na clausura negra, os seus ouvidos permitiram-lhe que ouvisse uma voz inconstante e distante:
- Nunca pensei que alguém fosse cair nesta armadilha… Uma alma jovem! – Afirmou como se estivesse a classificar algo necessário.
Com as roturas que a vida sofre… é possível que acordemos num sitio diferente!
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Espero que tenham gostado, comentem e CRITIQUEM *.*
O próximo está para breve...