T2 O Nascer de um Novo Sol Parte 3
- O começo deverá ser o campo de treinos.
- Não, o começo deverá ser onde nascemos.
- Discordo de vós, o começo será nos portões da vila. As opiniões eram diversas e já ninguém sabe quem disse o quê. A mensagem que Luna deixara era, talvez, a mais controversa questão que já tinham deixado entre aqueles três. Destacaram que Luna tinha uma atitude forte e, talvez, que não quereria saber de tudo o que se passou antes de se reunirem com ela. De facto, não poderia ser onde tinham nascido: saberia lá Luna onde tinha sido. Também era possível excluir a hipótese de ir para os portões da vila: era uma hipótese simplesmente má. Porém, o destino dos jovens não era o campo de treinos: não foi aí que a aventura começou.
Tudo começou, aí sim, na Academia. Tinha sido lá que eles se tinham conhecido, que tinham conhecido Luna e onde tinham aprendido as bases fortes. Achavam que Luna nunca iria esquecer sítio tão importante, com tais recordações próximas.
Não tardaram a chegar àquela casa de ensinos e educação. Voltaram ao ponto de encontro daquela manhã: a sala 3 do comprido corredor do primeiro piso. Quando correram a porta viram uma pessoa familiar.
- Oh! Como são estes estudantes inteligentes. – Discursou sarcasticamente Luna, com um riso entre dentes. – Preparados para a 2ª fase do vosso teste?
- Sim. – Disseram em uníssono. No entanto, no início ficaram a pensar no que tinha dito a professora.
- Muito bem. Já que estão bem preparados, passo a ditar as regras do teste. – Disse Luna, já com as regras a saírem-lhe da boca. – Isto é um duelo ninja, vocês são uma equipa; é proibido atacar membros da própria equipa; como estamos em sistema fechado e pequeno, não são permitidos as técnicas elementares; quem sair da sala está desqualificado, juntamente com todos os seus parceiros; quem ganha é a equipa em questão, não uma só pessoa; se vocês perderem, terão de vir para a academia amanhã.
Estavam os três algo receosos mas aceitaram as regras. Luna dera o duelo como iniciado e a partir daí já não havia nada a protestar.
Mas Ohan, Yui e Yuji não são assim tão burros. Já supunham que iam ser julgados em batalha e decidiram criar noções básicas de trabalho em equipa.
Luna permanecia em frente da mesa do professor. Os três estavam no topo da sala, atrás da última mesa. Começaram a avançar. Os rapazes desceram as escadas até ao coração da sala e Yui saltou de mesa em mesa. Fizeram-no rapidamente. Os rapazes avançaram até Luna. Yuji avança de punho fechado e Ohan com a palma estendida.
Yuji chegou primeiro mas Luna conseguiu afastar-se. Já Ohan, que se movia com o Byakugan nos olhos, acerta na barriga de Luna. Yui, que estava a saltar pelas mesas, dá um enorme salto e uma volta ágil no ar. Acaba por dar um pontapé na nuca de Luna, que desaparecera com a Técnica de Substituição.
Luna reaparece por trás dos jovens e dá um pequeno salto. Usa um pé para acertar nas costas de Yui e consegue dar um muro em Ohan e Yuji. Os jovens caem mas rapidamente se levantam. Yuji foi logo o primeiro a levantar-se, enquanto Yui foi a última.
Então foram para o plano B. O plano de turnos. O primeiro terno era o de Yuji. Yuji multiplica-se com a Técnica de Clones e Ohan e Yui dão-lhe suporte. Yuji realizava técnicas corporais, o que parecia não ser o seu forte. Apesar de tudo, tinha jeito. Muitos clones aproximaram-se de Luna que, por vezes, sentia toques de Yuji. Luna defendia-se das Kunais enviadas por Ohan e dos Shurikens arremessados por Yui, enquanto se protegia dos ataques de Yuji. Ohan, que tem o Byakugan, conseguia perceber qual era o verdadeiro Yuji. Assim, lançou uma kunai para perto do companheiro que agarrou nela e lançou-se a Luna. Luna, que é espera e atenta, descobre o verdadeiro Yuji e toca-lhe delicadamente na face, com um murro de eterna dor.
Yuji ainda podia dar algum suporte, mas estava ligeiramente aborrecido. Yui avançou.
-
Oto no Kyūshū… - Disse Yui enquanto realizava alguns selos. Faz um breve inspiro e é impossível ouvir qualquer coisa em redor.
Yui foi tomar proveito da sua velocidade e agilidade e corre pela sala. Salta pelas paredes e impulsiona-se em qualquer lado. Tenta desaparecer da vista de Luna mas esta consegue acompanhar os movimentos. Mas caiu em falso.
Luna ouviu uma voz tão aguda cuja fonte estava mesmo atrás de si. Era uma voz irritante e animalesca, impossível e pouco fresca, dotada de sensações arrepiantes e emoções congelantes. Deu para perceber que a Yui que andava a tentar sair do campo de visão de Luna era um clone. Luna ficou com uma dor nos ouvidos de tanta dimensão que ficou enraivecida. Luna pega em Yui e levita-a, posteriormente dá-lhe um murro na barriga. Yui desmaia.
Apenas sobrava Ohan. O pequeno Ohan, o novinho dali. Ohan pega numa das suas Kunais de três pontas e avança até Luna.
Começa por lançar a Kunai a Luna que se desvia e salta. Assim, escapa do ataque que Ohan ia fazer a seguir. Muito bem pensado por parte de Luna. Mesmo assim, Ohan volta atrás para realizar o Shukuken contra Luna; porém, apenas tem tempo de se agachar e escapar de Luna. No entanto, consegue usar o Shukuken na perna esquerda da mestra. Já a perna direita serviu para dar um pontapé em Ohan. Este é engolido pelo chão e, com dificuldade, levanta-se. O rapaz corre e dá um grande salto até Luna. Luna prepara-se para atacar o jovem no ar, mas este desvia a sua mão e cai no chão em frente da mestra. Abaixa-se para ser mais difícil de lhe acertar e realiza o Shukuken na barriga de Luna.
Mas esta não se fica. Luna não cai e corre até ao pequeno. Salta de forma a Ohan não lhe atingir órgãos vitais: com os pés para a frente. Ohan, perante isto, não sabe o que fazer. Luna acerta-lhe com os dois pés nos dois ombros e deixa-o no chão. Chega-se ao pé de Ohan e dá-lhe um murro na barriga.
- Ai ai. Como eu esperava. Muito
fracos, infinitamente
fracos. – Diz Luna, desiludida. – Amanhã voltam para a academia.
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((Sem grande paciência para escrever))