Fukkatsu Kamui
Filler 40 – Missão Falhada
Anteriormente...Caminhava tranquilo num chão robusto que tornava audível cada passada. O louro adentrava-se num portão florido de cor-de-rosa, a típica cor das flores de cerejeira que aquela quinta estava cheia. Identificou uma cascata enorme como papel de fundo da sua casa. Entrou rodando a maçaneta e ouviu vozes, era a sua familia.
– Olá pai, olá mãe. Cheguei. - Disse Kamui anunciando a sua entrada.
– Kamui regressaste, dá cá um abraço ao teu pai. - O chuunin sentira-se puxado e depois esmagado pela força do seu progenitor enquanto a mãe havia sido bem mais suave.
– Onde anda o Oshitsune? E a Kamiki? - Questionou ele respectivamente pelo irmão mais velho e pela irmã também ela mais velha.
– O Oshitsune continua em missão, já à quase um mês. A Kamiki foi promovida a ninja directora do Hospital. - Respondeu-se Fushina a sua mãe.
– Olha que bom, ainda passo por lá para felicita-la. Mas agora tenho de ir ao escritório de Shoruga-sama, até logo.
Acenou rapidamente sem se quer abanar a mão e de seguida pôs-se a caminho. Percorreu a estrada da sua amada vila sempre com o som de cascatas a preecher o dia solarengo e finalmente após uns minutos longos chegou ao edificio que ostentava todos os assuntos administrativos da vila.
As suas vontades não iam alegres, nem ele queria dar uma noticia falsa, mas porém verdadeira, ao seu líder. O coração começava a bater cada vez mais acelerado com medo da desconfiança que poderiam sentir nele, e se isso acontecesse, o objectivo do rapaz estava bloqueado.
Num correrio embalado pelos batuques sentidos do coração, subiu as escadas em caracol demorando apenas um nada de tempo. Bateu com secura na porta de pinho e deu entrada no gabinete, acompanhado por um rangido. Lá viu Shoruga, a pessoa que ele sabia estar possúida por alguém, mas queria manter tudo isso secreto. Ele já tinha a sua desculpa preparada para o seu governante por isso calculou que não fossem haver problemas.
– Bom dia Kamui. Se te vejo por aqui é porque alguma merda não correu bem. - Disse rigido e desagrradável.
– O meu disfarce foi descoberto Shoruga-sama. - Mentiu o louro. - A minha missão de infiltração na Akatsuki por mais que me custe admitir.
– Mas descoberto como? - Notava-se alguma irritação na sua voz, não lhe agradava nada não ter conseguido um infiltrado naquela organização. - Como? Explica-te porra!
– Tenha calma. Peço-lhe que compreenda, usei uma técnica que penetrava numa marioneta. Dessa forma eu não possuía chakra e isso levou a desconfianças. Descobriram quem eu era quando pesquisaram pelo dono da marioneta.
– Mas que marioneta era essa? - Inquiriu com furtividade.
– A do Sandaime Kazekage. - Respondeu com inocencia.
– Burro! Com uma marioneta dessas tentaste infiltração? No que estava eu a pensar ao enviar um Chuunin. - O Líder da vila não se estava a aperceber de que tinha entregue uma missão de uma dificuldade acrescida para um mero Chuunin, e que se estava a exceder no ralhete que pronunciava.
Nesse momento Kamui não suportava mais aqueles insultos e pressão psicológica que lhe carregava me cima, ainda mais por saber perfeitamente que a mentalidade não estava sã e sabendo que a falha da sua missão tinha sido depropositada e que se este tivesse se quer tentado podia ser que se infiltrasse na organização. O Fukkatsu puxou o velho sentado pelos colarinhos e gritou-lhe na cara com tamanha violência que dois Anbus entravam na sala.
– NÃO ME PONHA AS CULPAS EM MIM OUVIU? EU NÃO SOU UM CHUUNIN NORMAL E VOU SALVAR ESTA VILA, OUVIU? OUVIU BEM? ESPERO QUE SIM, ADEUS. - O rapaz largou o homem lançando o braço como se desfizesse de um papel na rua.
Shoruga podia ter defendido tudo isto, tal era a surpresa que este ficava incrédulo com a atitude revoltada de Kamui. Com os nervos à flôr da pele e todos os acontecimentos que a sua vida tinha recebido nos últimos tempos o louro saía do Gabinete chateado, até zangado e irritado com tudo aquilo. Estava determinado a mudar tudo o que acreditava estar errado, viu pessoas na rua a discutir e sentiu raiva, aliás ódio de morte dessas pessoas que discutiam por coisas insignificantes enquanto a vida como eles a conheciam podia tomar uma reviravolta. No fundo, Kamui sabia que o mundo não estava preparado para o que vinha e os seus sentimentos exaltavam-se exageradamente com a sua personalidade bastante forte.
Quando o chuunin saíu do escritório e com todas aquelas emoçoes disperças no ar, Shoruga pareceu recuperar pouco da sua personalidade que à muito tempo parecia estar presa por algo e disse baixo o suficiente para os Anbus não ouvirem:
– Desculpa Kamui...