Filler 25 - A Fuga, e o sequestro...

Agarro na mão da rapariga e corremos freneticamente para a saída da vila. Em direcção ao pequeno portão, já podíamos ver as centenas de Kibaku Fuda presas à pequena muralha daquela vila, protegendo-a de ataques externos mas que agora iria ser a sua condenação.
A rapariga quando olha para os papéis espalhados pela aldeia, cessa o avanço e faz um gesto brusco com a mão para cessar o meu de igual forma – Não vamos deixar aqui o Eiji, NÃO VAMOS! – Gritava não desejando um destino daqueles para o seu amado.
-Não temos tempo para salvá-lo! – Bramo puxando-a para que esta viesse comigo.
Ela, casmurra e mais forte que eu fisicamente, fica quieta enquanto deixava as minhas tentativas vãs de puxá-la para a segurança. Apercebo-me que esta não queria mesmo abandoná-lo. Sem outro remédio, acerto-lhe com um soco na barriga bem forte, esta não se consegue esquivar do ataque surpresa e acaba se ajoelhar mas, Kaguya que era, aquele mero soco não tinha chegado para fazê-la desmaiar.
-Chega… - Murmuro pegando no corpo dela, ainda consciente, e a colocá-lo sobre os meus ombros confortavelmente. Depressa redirecciono-me para a salvação.
O Sol crescia mediante eu conseguia ver fora da vila mais perto. Por obra do destino os papéis já começaram a arder e não tardariam a explodir. Dou um extenso salto conseguindo passar pelas muralhas e pousar do outro lado sem cair numa das pequenas armadilhas. Apesar de tudo tinha que prosseguir em frente.
-Tenho que conseguir… - Pensava à medida que o meu suor descia-me pela pele e me causa incómodos. (Parar OST)

Perto de Eiji….
-Parece que vou morrer mesmo… - Murmura o rapaz respirando cada vez mais devagar. Uma imensa poça de sangue já se alastrara à sua volta.
O rapaz decide fechar os olhos por sua própria vontade e esperar que a morte viesse. Mas ouve uns sons à sua frente e instantaneamente abre os olhos. Um vulto debruça-se à frente dele e observa-o com um Sharingan de 3º Tomoe.
-Porque este olho não me é estranho? – Pensa o rapaz… - K-kouta-kun?
O vulto não responde, levanta-se e segreda umas coisas com um homem que o acompanhava. Este acompanhante acena com a cabeça e desaparece num Sunshin no Jutsu. O vulto volta a colocar-se à frente do controlador de marionetas, mas desta vez sem se debruçar.
-Nunca pensei que o “Kouta-sama” te fosse abandonar… - Comenta tentando conter uma leve gargalhada.
Eiji cospe um pouco de sangue para a frente e fica atento aos comentários do indivíduo que, definitivamente, não era o Kouta. Mas prefere ficar calado em relação ao que o estranho ser comentara. O mesmo homem volta a aparecer bramindo:
-Saikōsai-bi-sama, temos que partir imediatamente… - Avisa o homem enquanto o observa.
-Eiji, controlador de marionetas, dos poucos possuidores de Meiton, e ainda assim aquele idiota do Tsutao não te soube aproveitar? – Questiona-se debruçando-se à frente de Eiji enquanto lhe passa as mãos pelos cabelos.
-T-tsutao? – Pensava o rapaz sem conseguir falar ou muito menos mexer-se.
-Saikōsai-bi-sama!! Vamos, agora! - Gritava o subordinado preocupado com a segurança e imprudência de seu mestre.
-Aquele Flautista adora pôr-me em situações assim. Eiji, vais vir comigo. Vou tornar-te forte, mas só com o ódio que conseguires gerar. Pensa aqui comigo, de quem é a culpa de estares neste estado? Quem é que te abandonou aqui? Quem é que agora está sozinho com a tua amada? O Tsu… Err, Kouta planeou isto tudo só para ficar com aquela Kaguya só para ele entendes? – Inventava o líder enquanto continuava a massajar os cabelos do rapaz de uma forma gentil.
O rapaz não respondia, mas pensou drasticamente sobre o assunto. Mesmo sem responder ou expressar qualquer tipo de informações, ele queria juntar-se àquele homem. O líder da Shin no San entendeu isso.
-Levem-no para a Parcela de Yuki, lá vai ficar a descansar. Reconstruam-no as partes do corpo que faltam e façam todos os possíveis para que este não morra, quando ele estiver em bom estado de saúde contactem-me. Eu próprio tomarei conta dele – Ordenava o líder desaparecendo num Sunshin depois.
O homem que o acompanhava ajoelha-se perante Eiji e coloca o corpo dele nos ombros desaparecendo de igual forma. (Parar OST)

No nosso lado…

-Que sensação é esta? – Hesito virando-me para o local onde Eiji tinha sido levado, apesar de não consegui-lo ver com exactidão pois estava muito longe.
Tão distraído que estava que nem consegui ver o resto dos papéis a arder e a causar uma enorme explosão à minha frente. Só me lembrei em colocar os braços em “X” enquanto a explosão tomava conta do meu corpo e o engolia no extenso mar de chamas. Ainda me sinto a bater com as costas em algo espesso, a rapariga tinha sido projectado para um lugar diferente que o meu, pois não a consigo ver em lado nenhum. Oiço outro “BUM”, seguido por mais explosões. Ainda tenho tempo de dar a volta e esconder-me por detrás do tronco onde eu tinha embatido, conseguindo resistir às outras explosões que provinham. Via o Sol a iluminar-me a cara, estava com sono e as explosões acabaram, pelo que eu achava. Lentamente, o sono invade-me os olhos, até que caio para o lado dominado pelo sono. (Parar OST)

Algumas horas depois…

Acordo repentinamente e olho para os meus lados. Uma fogueira ardia à minha frente, rodeada por inúmeros galhos. À minha frente estava a rapariga, calada mas pensativa, enquanto observava obcecadamente os galhos postos no lume a tornarem-se cinzas.
-Miyuki-san, passa-se algo? – Pergunto sentando-me onde outrora estive deitado, enquanto limpo o cabelo das cinzas que se tinham lá aglomerado.
A rapariga nada diz, meramente aponta para trás. Eu olho para onde ela tinha apontado e observo uma gruta iluminada. Esfrego os olhos não conseguindo acreditar no que via, depois olho furiosamente para a rapariga.
-A Parcela de Taki… - Murmuro, a rapariga olha para mim e acena com a cabeça tristemente – Não te preocupes, esta vai ser a primeira a cair…
Continua….