O barco balançava pouco e mesmo com a suave brisa no rosto não impediam que Daisuke ficasse enjoado com aquele movimento suave, mas constante das ondas. Era seu primeiro dia como marinheiro e para seu desgosto, o trabalho duro começara logo cedo. Com balde e esfregão, o nukenin lavava o convés sem nenhuma motivação. Já estava sentindo saudade do tempo em que as criadas lhe serviam sempre um rico café-da-manhã quando acordava. "Vamos lá! Rápido nisso!" - Gritava o timoneiro magrelo. Respondendo positivamente, o garoto recomeçou a limpeza com mais vontade, pulsando seus músculos com força para retirar as manchas de piche do assoalho quando levou seu chakra para os pés e assim evitou qualquer escorregão vergonhoso diante dos poucos marinheiros que começavam a acordar.
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Agora vá empilhar as caixas no depósito para liberar espaço. - Comandou o contramestre. Com uma terrível cara de sono, Daisuke desceu nas escadarias até o ventre do navio, onde dezenas de caixotes que estavam espalhados pelo piso do local. Levando as mãos à primeira delas, ele se agachou para dividir o peso com suas pernas e então forçou seus braços para puxar a caixa, colocando-a sobre a primeira que vira. -
Isso aqui vai durar o dia inteiro. - Reclamou ao perceber o tamanho do trabalho que teria. Agachando-se mais uma vez, ele trouxe outra caixa para cima e a recolocou de forma organizada com um gemido de esforço. Não demorou muito para suar bastante e retornar ao convés para tomar água quando se surpreendeu com o forte vento que vinha do convés.
"Algo me diz que aquilo não é legal." - Concluiu o garoto ao vencer o último lance de degraus e se deparar com o céu negro no horizonte. Nuvens pesadas iluminadas com alguns relâmpagos jogavam o vento na direção do navio que começava a balançar mais forte à medida que as ondas ficavam mais bravias e o mar mais denso. Olhando em volta, o loiro viu alguns marinheiros com caras sérias começando a amarrar os objetos soltos no convés sob os gritos ameaçadores do capitão que comandava o timoneiro direto para a tempestade. Daisuke não sabia bem de navegação, mas achou aquela atitude bem estranha - afinal iriam de contra a uma tempestade - até que algo lhe chamou a atenção nos limites da embarcação. Aproximando-se da beirada, ele testou seu equilíbrio e esticou a cabeça para fora e engoliu a seco o que tinha visto.
O mar não havia ficado escuro por causa da tempestade e sim por causa de uma barreira natural de pedra dos dois lados do navio que atravessava na única passagem que tinham até o litoral da ilha para onde iriam. Mal daria para manobrar o navio, quando mais enfrentar uma tempestade. Parecia que os deuses não se agradaram com a chegada deles pelo estreito, pois se o navio desviasse por algum motivo, ele afundaria. Aquela conclusão óbvia atingiu o garoto ao som de mais um trovão no horizonte. Sem a menor experiência em tempestades no mar. Rapidamente procurando o comandante com os olhos para perguntar o que poderia fazer, logo foi interrompido pela voz do barbudo que aos berros comandava que ele ajudasse na amarração das velas.
Obedecendo atentamente, o jovem saltou agilmente para a escada de cordas e começou a subir com velocidade na direção das amarras, onde alguns marinheiros já iniciavam os preparativos. Mais uma vez forçando seu corpo, ele gemeu algumas vezes até conseguir puxar a pesada lona que envolvia a vela para então amarrar sua parte à medida que a embarcação balançava ainda mais forte. -
NÃO. MEU DEUS! - Gritou o homem ao seu lado, acabando por escorregar para a morte. Sem pestanejar, o nukenin prendeu seu pé nas amarras e se jogou com os braços à frente para agarrar o marinheiro pelo uniforme. O homem tinha acabado de borrar as calças, mas se recompôs enquanto o ninja usava sua força para trazê-lo de volta até o mastro. Agradecido, o marinheiro sorriu envergonhado pelo seu erro e acenou silenciosamente para o rapaz quando começou a descer com toda cautela possível.
Daisuke acompanhou os outros e também desceu, pois agora teriam que aguardar dentro do navio até a tempestade passar. A sorte estava lançada e o barco balançava com mais violência à medida que todos se amontoavam na parte mais baixa da embarcação para manter seu ponto de equilíbrio. Alguns marinheiros começaram a rezar, enquanto outros abriam os odres para beber saquê. -
Se morrermos hoje, pelo menos será divertido! - Gritou outro, passando o reservatório para o garoto que bebeu três goles daquele líquido rançoso que aqueceu seu corpo já úmido pela enxurrada d´água que entrava no porão através das pequenas falhas nas tábuas envernizadas. O barco rangia e o som dos trovões se tornava mais forte, mas apesar de todo o ruído, ainda podiam ouvir os gritos de comando do capitão e de seu timoneiro.
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Meia à estibordo! Segure! Vamos seu molenga! - Gritava o capitão.
Daisuke permanecia encostado à tábua próxima ao fim dos degraus, olhando para cima na tentativa de ver algum relâmpago. Estava mais curioso que temeroso, porque onde vivia quase não chovia, quanto mais trovoava. Assim, ele esticava o pescoço para sentir as gotas de chuva enquanto seu rosto era iluminado pela poderosa manifestação da natureza. "Lindo." - Ele pensava consigo, após tomar outro gole de rum e fazia nova careta para a diversão dos tripulantes. Mas quando o nukenin começava a sentir os efeitos iniciais da embriaguez, um estrondo fez o barco tremer e ranger. Na lateral esquerda do porão onde estavam uma tábua rachou e a água salgada começou a entrar com grande velocidade. -
Rápido! Reparem a tábua! Tirem os baldes e esvaziem o local! - Comandou o contramestre novamente.
Nesse momento os homens gemeram de medo, mas ouviram as instruções e começaram a trabalhar. Fazendo força mais uma vez, Daisuke levantou uma grande tábua no depósito e a carregou sozinho até o local do vazamento, onde a suspendeu gemendo com a contração de seus braços que fizeram toda força para elevar a madeira. Os outros marinheiros agarraram a tábua estendida e começaram a pregá-la no buraco, onde outros já tentavam vedar os espaços com piche. Daisuke começou a ficar nervoso com a quantidade de água que entrava e se apressou para ajudar os homens que retiravam a água com baldes. Um trabalho em grupo essencial. Balde a balde a altura da água foi diminuindo, e a esperança voltava novamente até que outro estrondo tremeu a embarcação, mas dessa vez não houve vazamento.
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Mas que droga! Parece que o vento está contra nós! - Gemeu outro marinheiro.
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Vou ver o que aconteceu! Deve ter acontecido alguma coisa! - Gritou o loiro, levando seu chakra para as pernas para efetuar um veloz shunshin até o convés que ficara silencioso de repente. Ressurgindo próximo à beirada esquerda, ele mantinha seu chakra nos pés para não escorregar por causa da superfície molhada e o vento fortíssimo que levava mais uma vez a embarcação para a beirada da passagem. "Onde está o capitão e o outro?" - Estranhou o loiro ao ver o leme desgovernado. Preocupado, jogou-se sobre a mureta e o mar escuro logo foi clareado por mais um relâmpago que mostrou dois homens à deriva no mar há cerca de vinte metros. Os dois acenavam por ajuda quando mais uma vez o barco estrondou e subiu o coral a ponto de ficar encalhado.
Sem pensar, Daisuke inclinou-se e potencializou os músculos das pernas para efetuar um rápido baunsubaunsu na direção dos dois homens, mas o vento atrapalhou o ninja no meio do caminho, fazendo-o aterrissar de forma desajeitada a ponto de quicar na água até chegar próximo aos dois. Aquilo doeu tanto que quase o fez afundar, pois tinha perdido o controle do chakra. A tensão superficial da água parecia cimento e sem dúvida havia rachado uma ou duas costelas. Porém a adrenalina da situação o fez acordar e com fortes braçadas conseguiu alcançar na superfície conturbada onde levou uma bronca dos dois. -
Ficou louco?! Vamos, nos ajude! - Suplicou o comandante. -
Precisamos desencalhar o navio ou ele afundará! - Concluiu. Com dificuldades para respirar direito devido à dor, Daisuke usou seu chakra para ficar de pé na superfície e então puxou os outros dois com toda força que tinha para ai deslizar rapidamente até a embarcação onde ajudou os dois homens a subirem.
Nesse momento, quando Daisuke manipulava seu chakra mais uma vez para escalar a lateral escorregadia, o restante da tripulação já surgia na lateral com varas de madeira para começarem a empurrar o navio para longe do coral. Terminando de subir ao convés, o loiro seguiu os marinheiros e também empunhou a vareta para empurrar. Todos faziam força e gemiam na tempestade, mas mesmo assim o navio permanecia no mesmo lugar. As resistentes tábuas começavam a ranger com mais força enquanto eram açoitadas pelas ondas empurradas pelos fortes ventos. A situação era desesperadora. -
Estamos perdidos! Não conseguiremos! - Gritou um dos tripulantes e pelo silêncio que se fez após esse comentário indicava que ele tinha razão. Estavam perdidos. Daisuke não acreditava naquilo. Viera do deserto para morrer nas profundezas do mar bravio.
Porém, uma ideia surgiu do escuro de seu pessimismo. "Preciso soltar o navio." - Concluiu repentinamente até saltar novamente na água gelada. Sem entender, a tripulação gritava agoniada pelo sumiço do garoto sob as águas e enquanto isso, Daisuke colocava as mãos à frente até conseguir encontrar o rochedo coberto por musgo há cerca de dois metros de profundidade. Lá de baixo conseguia ouvir os ruídos da madeira rangendo sob a pedra quando levou seu chakra de volta aos pés, fixando-os no obstáculo. Uma vez preso, o loiro cerrou os dois punhos e juntou energia nesse golpe crucial. Suas mãos desceram com tanta força que venceram a resistência da água até estourarem na rocha que fez toda a área tremer. Lá de cima, o impacto fez subir uma tromba d´água até os marinheiros assustados, mas logo suspiraram de alegria quando o navio deslizou para fora de sua prisão. -
Alí está ele! - Gritou um deles, apontando para o loiro que boiava inconsciente, após se atingido na cabeça com alguns pedaços de coral.
12 HORAS DEPOIS...
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Piratas! Piratas! - Gritou o comandante do navio ao acionar o sino de emergência. Daisuke acordou assustado em sua rede no fundo do navio. Ele não sabia há quanto tempo dormia, mas os poucos raios de sol que via pelas frestas das tábuas indicavam que a tempestade já havia sumido. -
Piratas! - Gritou o comandante novamente. "Droga!" - Reclamou o nukenin, ainda com dores pelo corpo. Terminando de se vestir em poucos segundos, ele foi o último a subir as escadas, quando viu ao longe um navio negro que singrava nas águas tranquilas e silenciosas. Aquela embarcação era rápida. -
Postos de combate! - Comandou o contramestre aos marinheiros que se armavam com espadas e bastões, enquanto Daisuke apenas observava tudo àquilo com certa ansiedade. Virando-se com violência, o capitão da embarcação olhou para o garoto que acabara de acordar e comandou que ele defendesse as mercadorias, atacando qualquer um que conseguir descer até o porão.
A proximidade do combate fazia o garoto ofegar e tremer. A princípio queria uma viagem segura até o País da Lua, e certamente uma luta contra a natureza e ainda uma luta contra piratas não estavam na sua programação. Mesmo assim, após dar uma boa olhada na embarcação que se aproximava, o rapaz saiu em disparada e saltou escadaria abaixo até chegar à beira da entrada do grande depósito. "Ninguém passará." - Pensou com confiança quando sentiu um abrupto tremor e logo gritos e sons de lâminas ecoaram navio à dentro. Não demorou muito para que Daisuke ouvisse os primeiros passos descendo na sua direção. Como seus olhos já estava acostumados com a penumbra, ele conseguiu se esconder na beirada, onde a luz do exterior não alcançava quando já ouviu gargalhadas de dois piratas que acabavam de descer ao porão em busca da mercadoria. -
Lariat! - Gritou ao elevar o braço após convergir seu chakra para a região do impacto.
O primeiro pirata foi atingido na cintura e "voou" de volta atingindo o outro que vinha logo atrás. Assustado, o pirata não conseguiu ver o que aconteceu e levantou sua lança na tentativa de se proteger. Daisuke não aguardou o bandido se recuperar e direcionou sua energia para os pés, saltando na lateral do corrimão, ele girou o corpo e chicoteou a perna num chute lateral. O estalo ecoou no porão enquanto o homem era jogado violentamente contra a firme parede de madeira. A madeira rachou um pouco e o pirata deslizou inconsciente pela escada à baixo até chegar ao fundo. "Menos dois." - Comemorou em silêncio. Porém, enquanto ouvia sons de combate no convés, mais uma leva de piratas começou a descer os degraus até a escuridão que ele se encontrava. Dessa vez não tinha ideia de quantos estavam descendo, mas mesmo assim resolveu agir assim que o primeiro terminou a descida.
Saindo novamente da lateral, Daisuke juntou toda força numa rápida rasteira que elevaram o primeiro no ar para então atingi-lo no peito com um forte soco descendente. O bandido gemeu alto, o que alertou os outros quatro piratas que vinham logo atrás. Brandindo suas lanças, eles avançaram de dois em dois, aproveitando o pouco espaço que a escadaria lhes permitia. O loiro sorriu e atingiu a lança do primeiro inimigo que jazia ao seu lado. A arma foi atirada no ar num silvo agudo quando foi agarrada pelo garoto que permaneceu na posição de ataque, logo estocando o ar na direção do pescoço do elemento. O pirata tentou esquivar-se, mas o espaço apertado impedia sua movimentação. O homem gritou e seu sangue espirrou nos olhos do outro que não conseguiu ver e tentou acertar o nukenin que se inclinou com rapidez e escapou da morte.
Respondendo o "carinho", Daisuke estocou a lança mais uma vez e perfurou fundo o estômago do pirata que caiu de costas nos degraus já morto. Os outros dois que vinham atrás tentaram atacar o ninja com outras lanças. O primeiro errou o alvo e atingiu a madeira, enquanto o outro que parecia mais experiente obrigou Daisuke a esquivar-se, mas mesmo assim um filete de sangue surgiu de seu braço no momento em que a lança retornou para outro ataque. "Não vou deixar você me acertar novamente!" - Irritou-se o jovem, agarrando a lança enterrada no pirata que matara para puxá-la com toda força. A lança arqueou e no momento em que iria quebrar o loiro a soltou. A madeira maleável voltou com força e atingiu o rosto do pirata da esquerda e enquanto o homem se debatia de dor, o ninja aproveitou a oportunidade e agarrou a arma do outro com um forte puxão.
O homem resistiu um pouco, mas se desequilibrou e caiu por cima do garoto que o recebeu com o punho cerrado embebido com chakra. -
Okashô! - Explodiu o golpe. O ruído rugiu em todo o navio enquanto o pirata quebrava o assoalho e se perdia de vista. Pelo buraco recém-aberto, outros piratas olharam assustados para o porão, onde o loiro os fitava com um sorriso malvado. "O que estão esperando?! Desçam e matem o desgraçado!" - Comandou um homem fora do alcance da visão do nukenin. Estas palavras pareciam açoites, pois fizeram cerca de dez piratas saltarem para dentro do buraco enfurecidos. Agora a coisa tinha ficado séria. Sem aguardar, o ninja juntou chakra nas pernas e interceptou o primeiro homem com um chute lateral que projetou o pirata para alguns barris de água, rachando alguns. A água começou a escorrer, por todo o lado, obrigando a todos um equilíbrio acima do normal. Utilizando seu chakra, Daisuke aproveitou a água para deslizar rapidamente parta agarrar o quimono do segundo e desferir uma fortíssima cabeçada (Heddo Batto).
O sangue desceu em sua testa indicando que também havia se machucado, mas a adrenalina do momento camuflou a dor que sentiria. Vendo a agilidade do jovem, os piratas começaram a tentar vencer o medo e desequilíbrio para alcançá-lo. Alguns até jogavam suas lanças na direção dele, mas o jovem ziguezagueava entre os caixotes, esquivando-se com agilidade. -
Peguem-no! - Mais uma vez a voz do homem os açoitava. Nesse momento, os oito começaram a se espalhar para cercar o rapaz, que durante o seu caminho bloqueou uma das lanças para atingi-la com um soco, partindo-a ao meio. O pirata ainda tentou sacar sua espada, mas logo Daisuke agarrou a parte da lança quebrada e a estocou no peito do bandido. O sangue espirrou novamente. Os piratas restantes já começavam a vacilar em seu ataque quando um deles se escondeu atrás de um dos caixotes e girou a lança no momento em que o nukenin passava.
A madeira atingiu o peito do garoto em cheio, jogando-o para um dos cantos do porão. "Merda" - Reclamou com grande dor no peito, mas não teve tempo para se recuperar, pois foi atingido por outra lança arremessada que raspou em seu pescoço. Essa tinha sido por pouco. Rapidamente os outros sete piratas cercaram o rapaz que agora estava encurralado. -
Vai morrer desgraçado! - Gritou um deles. Daisuke viu a morte se aproximar, mas resolveu apostar sua vida numa jogada arriscada. Juntando as mãos em rápidos selos, ele converteu seu chakra em energia elétrica e atingiu o assoalho coberto de água. Todos no recinto sofreram grande descarga elétrica, ficando atordoados os suficientes para que o nukenin pudesse saltar por cima deles e procurar abrigo entre outros caixotes. Os homens agora estavam enfurecidos. Tremendo com o choque, eles cambaleavam nos corredores das mercadorias e tateavam o caminho com suas lanças a procura do rapaz.
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Ei Bonshi, ele está por aí? - Sussurrou um dos homens para seu companheiro. Contudo, ao invés de responder, Bonshi se virou com agilidade e desferiu uma forte estocada no peito do homem que ficou surpreso e caiu com seus olhos arregalados. Só então Daisuke desfez o henge no jutsu e fez novamente o selo para alterar sua aparência com o que acabara de ser morto. Um plano sagaz. Os piratas mal sabiam o porquê de seus números estarem diminuindo rapidamente. Um pós outro, Daisuke se "fantasiava" usando seu chakra e desferia uma estocada no peito dos alvos. Ele repetiu a operação até que apenas um restou. Apesar dos sons de luta no convés, no porão apenas o som da água derramando se fazia presente. O último pirata estava assustado e tentava olhar para todos os lados a procura de seus companheiros quando o nukenin resolveu desfazer seu henge para encarar o adversário cara-a-cara.
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Quem é você?! Um demônio?! - Gritou o homem desesperado, buscando a saída de maneira estabanada. Sem responder, Daisuke efetuou um rápido shunshin e ressurgiu na frente do elemento que tentou golpeá-lo com sua lança. Esquivando-se com dificuldade, o nukenin agarrou a arma e usou toda força para arrancá-la das mãos do homem que agora estava desarmado. Essa foi a gota d´água para que o pirata esquecesse tudo e corresse na direção da saída, mas Daisuke tinha outros planos. Girando o corpo num chute lateral, ele atingiu o covarde nas costelas quando puxou seu colarinho e juntou chakra no punho num soco ascendente. Não usou muito chakra, só o suficiente para que o inimigo se chocasse contra o teto para retornar ao chão da mesma forma que partiu. Daisuke ofegava e sangrava após o combate terminado, quando ouviu a mesma voz que comandava os piratas gritando para que os piratas partissem em retirada. A tripulação comemorava pela vitória conseguida.
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Ei garoto, tudo bem aí embaixo?! - Perguntava um dos tripulantes, ponto a cabeça no buraco feito à força pelo pirata. Acenando com a cabeça, o jovem rasgava alguns tecidos de sua roupa para improvisar alguns curativos para seus ferimentos. Logo os tripulantes desceram para ver que a mercadoria estava salva e com pouquíssimo dano, o que para eles era um tremendo sucesso pelas circunstâncias em que o cargueiro se encontrou. Mesmo assim, alguns marinheiros foram mortos e a tripulação se juntou para uma pequena cerimônia em homenagem aos mortos. Ainda com dores e extremamente cansado, o loiro preferiu descansar para chegar ao destino com forças para fugir caso necessário. Então após mais alguns dias, o navio chegou ao porto pretendido são e salvo, deixando Daisuke bastante tranquilo para receber o dinheiro e pegar uma embarcação para retornar ao buraco de onde saíra. "Até que foi emocionante." - Concluiu ao se despedir dos marinheiros. Apesar de tudo, ele fez boas amizades naqueles dias em que passou em alto-mar.
FIM
Assunto: Missão Rank D - Custom 
Qui 16 Ago 2012 - 14:11
