- Vá pessoal, vamos para o pátio! – Vitan gritava e gesticulava tentando chamar à atenção dos miúdos mas sem sucesso. Foi então que decidido a chamar a atenção das crianças, realizou um pequeno selo, transformando-se num leão com o Henge no Jutsu. Num enorme rugido, todos os alunos ficaram em sentido, assustados pelo ruído. Vitan voltou á sua forma original.
- Agora que tenho a vossa atenção, vamos todos para o pátio. – Vitan ia a sair da sala, quando uma das empregadas de limpeza entrou apressada na sala, armada com uma vassoura.
- Ouvi um barulho, o que se passou? – Dizia ofegante.
- Nada, simplesmente eles precisavam de um pequeno incentivo.
- Não me pregue sustos destes menino. – A empregada abalou mais aliviada. Os miúdos riam de tudo aquilo, divertidos.
Quando chegaram ao pátio, Vitan mandou os jovens sentarem-se em redor dele, de modo a estarem sossegados.
- Bem, agora que aqui estamos e vocês já estão mais calmos, o que querem que eu faça? Um de cada vez por favor, levantem o braço. – Um emaranhado de braços subiram que nem flechas. – Hum…. Podes ser tu com a camisola verde. – Um rapaz baixo, com um penteado a tigela, levantou-se:
- Consegues fazer os selos todos de seguida e muito rápido?
- Muito rápido não sei, mas acho que de seguida consigo, vamos lá ver. – Vitan dobrou ligeiramente as pernas, colocando-se numa posição firme e equilibrada, virou as mãos para cima, e começou. – Boi, Rato, Porco, Cão, Galo, Macaco, Cabra, Cavalo, Cobra, Dragão, Coelho, Tigre! – Em movimentos rápidos, mas algo atrapalhados, Vitan terminou os 12 selos. As crianças não pareciam muito convencidas.
- Isso foi muito mal feito, eu mal consegui distinguir o Cavalo do Dragão. – Disse o rapaz da camisola verde.
- Mas isso é fácil, queres ver, o Cavalo colocas as palmas das mãos viradas para a frente, e colocas os dedos uns entre os outros, dobrando os dedos na primeira articulação a contar da palma da mão, e unes os indicadores esticados, assim vês, e no dragão, fazes o mesmo, mas depois fechas a mão, e unes o dedo mindinho.
- Spoiler:
- A assim esta bem. Faz mais uma vez, mas agora mais rápido!
– Ok vou tentar. – Vitan inspirou fundo. - Boi, Rato, Porco, Cão, Galo, Macaco, Cabra, Cavalo, Cobra, Dragão, Coelho, Tigre! – Desta vez já saíram melhor coordenados e rápido, deixando as crianças satisfeitas e a tentar imitar Vitan.
- Isto não é assim tão difícil. – Vitan deslumbrava-se na sua presunção, quando um ruído vindo da esquerda lhe chamou a atenção.
- Rápido, agachem-se todos! – Gritou Vitan, á medida que tirava de oito Shurikens, uma em cada espaço entre os dedos, e lançava duas delas, que rebentaram dois balões de água que voavam na sua direcção. Voltou-se para trás, lançando mais três Shurikens rebentando mais dois balões de água, um grito de uma rapariga chamou a sua atenção, conseguindo lançar a tempo as restantes 3 Shurikens, conseguindo rebentar os dois balões que iam atingir um grupo de 4 raparigas. O ataque cessou.
- Parece que a nota estava correcta, parece que andam a tentar lixar-me a missão. – Pensava Vitan. – Estão todos bem? Venham aqui todos.
- Sim está tudo fixe. – Respondeu a multidão de alunos. Alguns choravam com o susto, outros ficavam curiosos com o ataque, mas havia um rapaz que alheio a todo o ataque, estava isolado do grupo, Vitan aproximou-se dele.
- Estas bem? Não te magoaste? – O rapaz apenas abanou a cabeça, afastando-se de Vitan em seguida.
- Ele lá sabe… bem alguém quer saber mais alguma coisa?
- Eu! Como é que conseguiste subir para o tecto?
- Isso é fácil, queres ver. Primeiro concentras chakra nos pés, assim. – Uma aura azul envolveu os seus pés. – Agora usas o chakra para aderir à superfície de algo, neste caso vou subir aquela árvore, aqui vai! – Vitan trepou a árvore facilmente com o Kinobiri, e do topo da árvore viu algo que o alarmou, no topo do telhado de uma casa alguns rapazes tinham montada uma grande fisga, e preparavam-se para lançar algo para a academia.
- Miudagem, tudo para debaixo da árvore já! – Ordenou Vitan, os miúdos correram confusos para junto do tronco da árvore, enquanto Vitan olhava expectante para o projéctil que iriam lançar sobre si. De repente, o som de borracha a estalar ouviu-se no ar, e vários projécteis abateram-se sobre o pátio.
- Fraldas sujas! – Gritou um dos miúdos.
- Fraldas sujas? Mas que raio… - Vitan, colocou-se em posição de ataque, realizou alguns selos, concentrou chakra no peito, e disparou 3 bolas de fogo contra as fraldas fazendo estas carbonizarem muito antes de atingirem a academia. Mas eles não se davam por vencidos, e atiravam aquilo que pareciam ser… sapatos.
- Sapatos? – Vitan a rir-se da situação, desceu da árvore, e aplicando vários murros e pontapés, defendia as crianças dos sapatos. Aplicou um murro num dos sapatos que vinham na sua direcção, fazendo este cair no chão, com um pontapé rotativo repeliu mais um par de sapatos que iam na sua direcção. Deu uma cambalhota e num salto aplicou uma espécie de pontapé de bicicleta num sapato defendendo uma rapariga que se encolheu ao ver o sapato vir na sua direcção. Os ataques cessaram.
- Estão todos bem?
- O Anmaru não está aqui.
- Quem?
- É um patego com uma cicatriz que parece um rabo.
- Não digas isso! – Defendia uma rapariga.
- Ahaha, gosta do Anmaru!
- Não gosto nada!
- Calem-se os dois, o vosso colega desapareceu, e vocês estão com conversas parvas. Vamos á procura dele. Dividam-se em 2 grupos, e não saiam do perímetro do pátio, eu vou enviar um Bunshin com cada grupo, mas lembrem-se, ele não vos pode ajudar é apenas uma ilusão, ele apenas irá servir para assustar ou para me vir avisar caso algo aconteça. Vamos!
A turma dividiu-se em dois grupos, ficando Vitan sozinho apenas com um pequeno rapaz vestido de preto e com uma fita na cabeça.
- Como te chamas?
- Mikuzi…
- Bem Mizuki, vamos lá à procura dele.
- Eu sei para onde ele foi…
- Sabes? E não disseste nada? – O rapaz limitou-se a encolher os ombros. – Então onde esta?
- Foi por ali. – Disse o rapaz, apontando na direcção do telhado de a pouco.
- Aqueles c#$”~3s! Vamos.
Os dois, seguiram em direcção ao telhado, não era muito longe, chegaram lá num par de minutos. Quando lá chegaram, silenciosamente espiaram o que se passava no telhado.
- Agora vamos lixar aquele parolo.
- É tão fixe gozar com estes Gennis que são destacados para estas missões da treta.
Três rapazes atavam o miúdo na fisga, e preparavam para o lançar, quando Vitan saltou para a sua frente.
- Mas o que é que vocês pensam que estão a fazer? – Disse Vitan confrontando os rapazes.
- Olha o patego, mas pensas que és alguém? Para fazeres esta missão não me parece… - O que parecia ser o líder avançava na direcção de Vitan, enquanto os outros riam deste. De súbito Vitan desapareceu numa nuvem de fumo, e deu lugar a Mikuzi.
- Desculpa Vitan, não aguentei muito mais. – Disse olhando exactamente para o lugar onde Vitan estava escondido.
- Não olhes para aqui! Ah, tarde de mais. – Vitan saiu debaixo de uma telha, agarrado a cabeça. – Boa, mais valia ter aparecido e ter dito olá, era mais fácil.
- Então afinal o parolo estava escondido, nem tens coragem para apareceres primeiro, e mandas um rapaz no teu lugar? – Os outros dois rapazes agarraram em Mizuki, enquanto que o líder avançava sobre Vitan. – Pronto para brincar?
- Sim! – O líder olhou para trás apenas a tempo de ver, um murro de Vitan acertar em cheio na sua cara.
- Mas que raio… vais pagá-las! – O líder fugiu, a chorar, os restantes ninjas imitaram-no, partindo em retirada.
- Vá lá, o meu plano resultou, duplo henge rula! – Disse Vitan orgulhoso de si próprio. – Bem, vamos leva-los para a academia.
Chegaram à escola, onde Vitan entregou a salvo todos os alunos.
FIM