Obs: Não sei se será bem um filler, mais contarei a história do tal pingente. Abraços õ/
2 - The Compass of Order
Há uma lenda que remonta aos primórdios dos tempos e que, atualmente, encontra-se difundida pelo mundo como mera lenda ou mito. O "mito" fala acerca de um poderoso artefato - mais precisamente uma bússola - que surgiu antes mesmo dos deuses. A bússula da ordem e do caos teria poderes incomensuráveis e teria sido este pequeno artefato que criou a nossa dimensão e aquilo que o homem denomina "deus"; a lenda diz ainda que receosos de tamanho poder, os deuses iniciaram uma guerra de maneira que - para acabar com a mesma - Izanami enviou a bússola ao mais remoto e obscuro local do universo.
A verdade? Bem, não há uma real verdade já que não existe real mentira; das poucas coisas que se pode suspeitar é a de que tamanho poder seria devastador nas mãos erradas!
Pois então veio a fome, a doença, a anarquia e por fim a descrença; e eis que em meio á sua descrença o homem olhou ao redor e descobriu então Zaratustra. Zaratustra, para aqueles que não sabem, foi um garoto ( que existiu pouco antes de os Samurais ascenderem ao dominio bélico do mundo) que pregava a união através da ajuda mútua. De inicio as autoridades não deram lá grande importância a este, mas á medida em que sua doutrina tornava-se forte as autoridades tornavam-se temerosas diante de tal carisma, e com a ajuda dos Samurais utilizaram-se da violência para o silenciar.
Muitos anos depois um homem na casa dos vinte surge, afirmando ser o finado zaratustra. Com um semblante irônico e um olhar maligno o homem subiu ao cume da mais alta montanha, e com sua voz tovejou aos ventos e açoitou os pecadores por haverem cometido o grave erro de agir contra sua fé. " - Pois então, homens e mulheres de significância redundante e mesquinha, atentam contra a irmandade que a vós passei com tanto ardor? A mim aquele a quem tanto Kaos como Kosmos submetem-se? Aquele que vos aponta e determina o norte? Com um aceno de minha mão e vossos tolos corações palpitam com tanta força que o chão treme, e é com o sibilar da minha voz que vossas almas se alevantam! Pois afirmo, ó caríssimos senhores, que ainda se todos vós se unissem com suas mazelas intermináveis, suas glórias e temores, seus deuses e louvores, e ainda com vossas insípidas esperanças puxassem a terra para baixo; veriam por si sós que eu sozinho ergueria este mero planeta ao limite do universo! Pois eu sou aquele que delimita, aquele que molda e contorna, aquele a quem deveis eterno respeito. Eu sou Logos, sou aquele que aponta o norte, e hei de ser sempre Zaratustra!"
A lenda ainda diz que a ira dos deuses se fez sobre o coitado do homem ainda por mais seis vezes, mas que por mais que se despejasse sobre ele a colera dos deuses, ainda assim aquele individuo se levantava; diz ainda que, por fim, olhou para o céu com aqueles fustigados olhos púrpuras - com certo brilho de prazer a tingir-lhe a íris - e citou umas poucas palavras:
" - Por mais que deuses sejam, não o seriam pois se eu vos não apontasse o norte; e se ainda assim duvidam do que digo, condeno a vós, e às bestas que os mantém, a perderem o rumo e finalmente ficarem presos a espiral de morte e infortúnio que é a guerra constante!"
O homem nunca mais foi visto, todavia há de se perguntar: e se o mito for realmente um relato dos mais remotos tempos? Se por acaso a teia do universo, tiver lá um nó preciso que - na forma de um homem - tiver poderes sublimes? Pois pelo bem comum, espera-se que continue mito, e que mito seja eternamente.