Treino Rotineiro
Saí do escritório da Tsuchikage sempre com os ouvidos a latejar pois a consciência negra não se calava nunca com recalamações e todo o tipo de coisas. Caminhei com pesos enormes nos pés que me ajudaraiam a treinar a força e talvez também a resistência segundo os ensinamentos que tinha obtido na Academia. As pernas já me doiam e sentia-as a falecer pois gostava de me afastar de tudo e de todos para treinar sossegado e agora já estava numa floresta externa à vila.
Sentei-me e retirei os pesos com alguma dificuldade não fossem eles pesados e desgastantes. Sem querer deixei-os cair sobre o meu pé esquerdo e quase que soltei uma asneira muito forte. Ao observar com cuidado vi o meu dedo bastante inchado e já a ganhar a cor roxa de dor. Estava mesmo com muitas dores mas lá continuei e optei por treinar os braços para a dor do dedo passar.
Coloquei-me paralelo ao chão e com um empurrão ergui o corpo, completando assim meia flexão, deixei-me descer lentamente e agora completava o que tinha começado. Esforçando-me cada vez mais para completar o exercicio foi igualando o movimento anterior até que cheguei a um ponto em que os meus braços tremiam por todo o lado e era impossivel continuar. Deixei cair a minha cara sobre a terra e arfei vendo claramente a terra levantar-se a cada expiração. Recuperei o cansaço e aproximei-de de uma árvore, nela havia um tronco paralelo ao chão, saltei e agarrei-me nele. Estava pronto para fazer umas elevações, fiz bastante força nos braços e ergui-me elevando o meu pescoço a cima da barra. Consegui fazer força suficiente para me erguer assim durante dez repetições, depois disso os meus braços fraquejaram, talvez pelo exercicio anterior. Já chegava perfeitamente pois o meu dedo já não me doía, apenas parei um pouco para que parasse de soar e descansar um pouco.
Nessa altura preparei-me para treinar as técnicas ninja que tinha aprendido à pouco tempo, para mim fazer jutsus era estranho apesar de já os ter visto. Juntei os dedos com muito agilidade e unidos criavam alguns selos, de seguida fiz como me ensinaram e manipulei o meu chakra para que se espalhasse por todo o corpo, de seguida ia pronunciar o nome da técnica mas a minha consciência negra fê-lo por mim.
– Bunshin no Jutsu! - Com isto duas réplicas ilusórias de mim mesmo fizeram-se aparecer.
– Para a próxima estás calado. - Disse-lhe, mostrando quem mandava.
As minhas réplicas desfizeram-se rápidamente apenas mostrando fumo branco. Comecei então novamente a concentrar o meu chakra e de seguida rapidamente saí do sitio onde estava para ir parar perto de uma árvore, tinha usado com grande agilidade o Shunshin no Jutsu, mais uma técnica que tão bem sabia usar. Repeti a mesm técnica, desta vez ainda mais ágil que a anterior e agora estava no meio da clareira. Estava já a ficar cansado, mas repeti a tamanha agilidade e em menos de um segundo movi-me do meio até perto de uma árvore que ali se encontrava.
Ia usar aquela árvore para fazer o resto do treino. Enviei algum chakra para a zona dos meus pés e concentrei-o aí mantendo-o focado nessa zona. De seguida coloquei um dos pés no tronco e como se fosse colo ele manteve-se aí, depois meti outro pé e este aguentou-se. Estava a fazer o kinobiri e dei apenas dois passos na árvore. Com a minha kunai curvada risquei criando uma marca para ultrapassar. Novamente direcionei a minha energia azul para a planta dos pés, foquei-a ao limite e de seguida corri contra a árvore, coloquei um pé depois o outro e corri ainda algum tempo, mais de quatro passos. Com a kunai habilidosamente tracei um risco no tronco e voltei a cair no chão com algum impacto. Parei um pouco para descansar.
– Deixa de ser mata-moscas. - Disse minha segunda consciência. - Ganha bolas e luta a sério, em vez de fazeres exercicios maricas.
– Desta vez até tens razão. - Dei-lhe razão na esperança que se calasse e até porque tinha uma ideia.
– Nunca passas da merda que és assim.
Desta vez nem me pronunciei e mantive a minha ideia. Comecei a concentar grande parte do meu chakra e de seguida realizei um número simples de selos mas de uma forma rápida. Desta feita criei um baixo número de réplicas que apareceram em redor. Ordenei-lhes que me atacassem, apesar de não sentir dor se quer, por serem ilusão, ia servir para treinar. O primeiro que me atacou era um eu mais corajoso, rapidamente usei o Shunshin no Jutsu e numa corrida muito ágil ataquei-o depois esticando o braço e cortando-lhe a garganta com uma das unais curvadas. Outros dois que estam ali perto iam sofrer algo parecido. Em cada mão segurei numa kunai curvada e à vez atirei uma que lhe furou o coração e depois atirei outra que penetrou na testa do outro clone. Só faltava um. Este já tinha percebido como os outros haviam perdido a vida, por isso teria de ser de forma diferente. Reitirei cinco kunais e atireias ao mesmo tempo, era de mais para o clone e ele apenas se conseguiu defender de uma as outras cravaram-se nas pernas, braços e uma no pescoço.
Isto metia-me a pensar, era mesmo muito fraco. Se os clones eram meus, então eu era assim tão fraco como os clones. Tinha um objectivo para me fortalecer...
– Só paro de treinar no dia em que os meus clones se defenderem de tudo!